Entrevista com Carlos Evaristo na Revista SÁBADO: “As relíquias mais macabras em Portugal”

Revista “Sábado” 2 de Julho de 2022.

Além do coração de D. Pedro IV, que será trasladado para o Brasil, há outros restos mortais de santos e criminosos, preservados em Portugal.

Durante mais de cinco horas, peritos do Instituto de Medicina Legal avaliaram o estado de um coração com 187 anos. O órgão, preservado em formol, não foi retirado do vaso de vidro que o preserva intacto. Antes foi removida e avaliada uma pequena amostra. Os cuidados com um coração que há muito deixou de bater têm razão de ser: é o coração de um Rei. Mais precisamente de D. Pedro IV, o monarca que declarou a independência do Brasil e que Brasília quer ver presente nas celebrações do bicentenário, no próximo mês de setembro.

A cabeça de Diogo Alves, o assassino do Aqueduto das Águas Livres, está preservada na Faculdade de Medicina de Lisboa.

Não foi a primeira vez que a relíquia foi avaliada. Desde 1835, quando o coração foi entregue à cidade do Porto, fizeram-se “várias verificações e análises ao estado de conservação do coração, sempre por peritos de Farmácia e de Medicina das Escolas de Medicina do Porto e mais recentemente pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar”, explica Francisco Ribeiro da Silva, mesário da Venerável Irmandade da Lapa, onde está guardada a relíquia.

O coração de D. Pedro IV foi examinado por peritos antes de ser autorizada a sua transladação para o Brasil.

O coração foi entregue ao então presidente da câmara do Porto, Vicente Ferreira de Novais, cinco meses após a morte do Rei, dentro de um pequeno cofre de prata dourada. Só ao fim de um mês é que os médicos da então Real Escola Cirúrgica do Porto decidiram colocá-lo num vaso de vidro.

Ao longo dos anos, foi necessário fazer alterações. “Segundo a documentação, em 1872 os líquidos foram substituídos. E em 1908 o álcool foi substituído por líquido indefinidamente conservador de Kaiserling”, diz à SÁBADO Francisco Ribeiro da Silva. “Acredito que isso sucedeu mais vezes, não muitas, não obstante as dificuldades de lidar com o vidro sem o partir.”

A viagem transatlântica foi autorizada e o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, acompanhará a relíquia até Brasília, a 8 de setembro. Será a primeira vez que o órgão deixa as quatro paredes que habita. “Para fora do espaço da Igreja jamais o coração saiu.”

Cinco peritos do Instituto de Medicina Legal avaliaram o estado do coração de D. Pedro IV antes da viagem para o Brasil.

Mas a prática não é inédita. “Há corações de santos que fizeram peregrinações pelos Estados Unidos. Desde que esteja mergulhado em formol é duvidoso que mude de natureza”, garante Carlos Evaristo, especialista em relíquias sagradas.

Não é o único coração real preservado há centenas de anos. No Mosteiro de São Vicente de Fora, onde se encontra o Panteão dos Reis da Dinastia de Bragança, estão os corações e as vísceras de quatro monarcas e um príncipe. “Estão guardadas em potes de porcelana chinesa, depositados debaixo do chão da Capela dos Meninos de Palhavã [referente aos filhos bastardos de D. João V], por baixo de pedras recortadas em forma de diamante”, explica Miguel Pires, guia do mosteiro. O coração e as vísceras eram retirados para permitir o processo de embalsamamento. “Encontram-se no mosteiro os corações de D. João V, D. José I, D. João VI, D. Pedro III e do príncipe Augusto [herdeiro do trono do Brasil].”

A zona onde está enterrado o coração e as vísceras do Rei D. João V, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

A sua presença foi confirmada pelo arqueólogo Fernando Rodrigues Ferreira que, no ano 2000, exumou o caixão de madeira que continha o pote de porcelana das entranhas de D. João VI. O objetivo era confirmar a tese de que o monarca, marido de D. Carlota Joaquina e pai de D. Pedro IV, que fugira das tropas napoleónicas para o Brasil, em 1807, tinha sido envenenado. Análises aos pedaços de intestino e de fígado lá encontrados determinaram a causa de morte: envenenamento por arsénio.

Relíquia científica
A única cabeça embalsamada de um criminoso com os olhos abertos em Portugal. “Ele está a olhar para nós”, diz à SÁBADO António Gonçalves Ferreira, diretor do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina de Lisboa, que há 180 anos guarda a alegada cabeça do homicida em série Diogo Alves. Porquê? Não se sabe. “Não costumava ser assim. Os corpos eram e são embalsamados como morrem, de olhos fechados.”

Os caixões dos reis da dinastia de Bragança antes das obras em São Vicente de Fora, em 1932.

Foi assim para reis, rainhas e bispos. “Os corpos eram preservados como forma de homenagem, tal como se prestavam aos faraós do Egito”, explica Carlos Evaristo, especialista em relíquias sagradas e fundador da Regalis Lipsanotheca, um repositório de relíquias.

Não foi o caso de Diogo Alves. O galego que serviu em casas de nobres no século XIX, foi preso e condenado à morte na forca, pela morte de cerca de 70 pessoas. Muitas delas, lavadeiras e agricultores que atravessavam o Aqueduto das Águas Livres para chegar a Lisboa e fazer negócio. O homem, e o seu gangue, roubava-os e, de seguida, atirava-os do aqueduto abaixo. A tática resultou: durante meses as autoridades não investigaram os crimes, convencidos de que se tratava antes de suicídios.

Quando foi enforcado, a 19 de fevereiro de 1841, no Cais do Tojo, a sua cabeça foi decepada e entregue à Escola Médico-Cirúrgica com a intenção de a estudar. “No fim do século XIX, procurava-se correlacionar alterações de comportamento com disformias da cabeça”, explica o diretor do Instituto de Anatomia, mas nada foi feito. “Não foram feitos exames, porque a cabeça está intacta”, explica António Gonçalves Ferreira. “E não há qualquer registo de um estudo na Faculdade de Medicina.”

O sarcófago da Rainha Santa Isabel no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra.

Mais: não é certo que a cabeça, cabelos, bigode e pera louros sejam do galego. “Descobriu-se uma série de documentos antigos sobre crânios identificados como sendo do grupo de Diogo Alves. Levanta dúvidas se a cabeça será mesmo de- le ou de um dos capangas.” Um mistério que não terá resolução. “Até agora, nenhum descendente reclamou a cabeça.”

Uma mão com quase 700 anos
Em Coimbra, a mão de uma rainha declarada santa foi exposta ao público no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em 2016, por ordem do bispo de Coimbra. Celebravam-se, então, os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel, consorte do Rei D. Dinis. A princesa de Aragão morreu em Estremoz em 1336 e foi enterrada, a seu pedido, em Coimbra. Em 1612, quando se abriu pela primeira vez o seu túmulo para o processo de canonização, encontraram o corpo “mui são, inteiro e sem corrupção, de maneira a que a cabeça estava com os cabelos inteiros, louros e sãos, de maneira que pegando por eles estavam fixos. A testa e todo o rosto coberto pela mesma carne, muito alba e bem proporcionada, com nariz, orelhas, olhos e boca, sem corrupção”, lê-se nos autos oficiais. Não foi milagre. “A Rainha Santa Isabel terá sido mumificada, possivelmente com sal nitrato, como as múmias do Egito, porque tem uma aparência escura”, explica Carlos Evaristo. A preservação do corpo terá sido feita para que o cadáver suportasse a viagem de Estremoz, no Alentejo, até Coimbra.

Durante anos a família real portuguesa em visita a Coimbra beijava a mão da rainha Santa e surgiram várias relíquias do seu cabelo. “No tempo de D. Miguel I [aclamado em 1828], o bispo de Coimbra abriu o sarcófago e cortou uma madeixa de cabelo da Rainha, que ofereceu ao Rei e às suas irmãs”, conta Carlos Evaristo. “Nós na Lipsanotheca temos um relicário com o cabelo.”

Carlos Evaristo avaliou o estado do corpo do arcebispo de Braga, D. Lourenço Vicente.

As relíquias de santos foram durante séculos muito populares. “Não havia igreja que não tivesse a sua pedra d’ara [pedra de mármore colocada no centro do altar com um orifício] onde estava guardada uma relíquia de santo”, explica Carlos Evaristo, coautor do livro Relíquias Sagradas. As relíquias são consideradas pelo Vaticano como sacramentais, por ajudarem à fé cristã, e tiveram o seu auge no século XVIII, depois de o “Papa Pio IX ter mandado exumar cerca de 20 mil cadáveres de mártires das catacumbas de Roma, considerados santos por terem morrido pela fé, e distribuiu as suas relíquias pelo mundo”.

Mas o seu culto tem desaparecido e há relíquias esquecidas em sótãos de igrejas, em reservas de museus e “algumas foram parar ao lixo”, garante Carlos Evaristo. Para travar o seu desaparecimento, o especialista, que ajuda dioceses a preservar e autenticar relíquias, criou um espaço, a Regalis Lipsanotheca (real relicário em latim), em Ourém e Fátima. Aqui, deposita em altares, como manda o Vaticano, uma coleção que só é superada pela Lipsanotheca Pontifícia, situada ao lado da capela privada do Papa no Vaticano e que contém relíquias de todos os santos canonizados pela Igreja.

Canibalismo
O cientista britânico que comeu o coração de Luís XIV
O geólogo inglês William Buckley, deão da Abadia de Westminster, em Londres, ficou conhecido por, em 1848, ter engolido um pedaço do coração do Rei francês Luís XIV, que se encontrava guardado num medalhão de prata da família Harcourt. Não o fez deliberadamente: pensou ser um mineral e quis identificá-lo com a boca.

Susana Lúcio

FONTE: Revista “Sábado”, 2 de Julho de 2022; Páginas

https://www.sabado.pt/vida/detalhe/as-reliquias-mais-macabras-em-portugal

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Entrevista com Carlos Evaristo sobre o Traslado do Coração do Imperador D. Pedro I para o Brasil e sobre as Relíquias históricas e religiosas em Portugal na Revista “Notícias Magazine” do Jornal de Notícias

O Deputado Federal Brasileiro Príncipe D. Luiz Phillipe de Orleans Bragança com o Cônsul Honorário do Brasil em Fátima. Foto tirada em Ourém no passado mês de Janeiro, um dia antes do pedido formal do Governo do Brasil a pedir a trasladação do Coroação do Imperador D. Pedro I ter sido entregue à Câmara Municipal do Porto e â Irmandade de Nossa Senhora da Lapa. (Foto de José Alves)

Por Sara Sofia Gonçalves (Jornalista)

FONTE: Notícias Magazine, Jornal de Notícias, 26 de Junho de 2022 , Páginas 38 a 43

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Capelão Geral da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala veio a Fátima para aprovar resoluções, discutir a Reforma da Ordem e apelar ao “Perdão de São Miguel”

D. Manuel António Mendes dos Santos assinou a Acta de Tomada de Posse como 2º Chanceler-Mor da Associação

O Capelão Geral da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala, o Bispo Dom Manuel António Mendes dos Santos, reuniu esta segunda-feira em Fátima com o Secretario Geral da Mesa da Federação R.I.S.M.A. para aprovar resoluções do Capítulo Geral que teve lugar em Santiago de Compostela no passado dia 8 de Maio.

Quis também o Bispo de São Tomé e Príncipe discutir a Reforma da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e os vários projectos em curso para este Ano Jubilar proclamado pelo Papa Francisco que incluem a criação de novas Associações complementares.

Desde 2001 que a Real Ordem de São Miguel da Ala está Canonicamente Erecta na Igreja Católica como Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala. A mesma era desde 1848 uma Ordem Dinástica ou Condecoração da Casa Real Portuguesa conferida pelos descendentes de D. Miguel I na Chefia da Casa desde o fim das Ordens Monásticas Militares. A Ordem está aprovada hoje por duas Arquidioceses e cinco Dioceses que mantêm Delegações Oficiais NIHIL OBSTAT em 17 países do Mundo incluindo Portugal. Duas Arquidioceses Castrenses e três Comunidades Monásticas da Ordem mantêm a mesma reconhecida pela Santa Sé como sendo Militar e Monástica.

Em Portugal as Associações Diocesanas têm reconhecimento ao abrigo da Concordata mesmo que não tenham actividade económica no país, o que é caso da R.I.S.M.A. cujos fundos provenientes de quotas, joias e donativos são inteiramente recolhidos na conta da Diocese de São Tomé e Príncipe. Estas Associações são representadas internacionalmente pelos Capelães e pelos Juízes que são os responsáveis da Mesa da Federação R.I.S.M.A., espiritualmente sedeada em Alcobaça, a sede histórica da Ordem fundada por D. Afonso Henriques e aprovada em 1171 pelo Papa Alexandre III.

Fátima foi o local escolhido para esta reunião de trabalho, não só por ser terra de Nossa Senhora e de sua mensagem de Paz para a humanidade, mas também por ser a terra sagrada das aparições da Rainha de Portugal e de São Miguel como Anjo de Portugal e da Paz, em 1916 e 1917. Por isso, segundo o Secretário Episcopal, Carlos Evaristo, “É sempre um local predilecto para reunir, invocar e pedir a ajuda da Mãe do Céu e do Príncipe das Milícias celestes para mediar os vários assuntos importantes que há por resolver.”

A Arquidiocese de Santiago de Compostela é uma das 8 Sedes Canónicas da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala.

Reforma da Ordem Dinástica, Real Irmandade; Denominação e Símbolos

Um dos mais importantes assuntos em mão é a Reforma da Ordem e Real Irmandade de São Miguel da Ala anunciada o ano passado. Esta Reforma tem como principal objectivo rever os Estatutos e implementar o uso estandardizado de uma denominação social, nova e mais actual, sem com isso querer renunciar às denominações antigas e históricas.

Assim sendo a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala na sociedade passaria a ser conhecida por “Real Irmandade da Ordem da Asa de São Miguel” no Português corrente e quando traduzido para outras línguas.

Para além da mudança no nome haverá também uma homologação dos símbolos e um regulamento que determina quem os pode usar dentro da Federação R.I.S.M.A., os Cargos Representativos para além de alterações aos hábitos, diplomas, Insígnias e a criação de um novo grau; o de Grã-Cruz com o Colar da Real Irmandade conferido em várias categorias.

O novo colar, assim como o novo símbolo já estão registados como marcas patentes e em uso desde Setembro de 2021.

Registo e uso de Marcas e Criação de novas Associações de Direito Civil

A Reforma é de facto algo que já está a ser preparada há mais de uma década e levou à criação de novas associações de direito civil em vários países para assim complementarem as Delegações das associações religiosas como instituições sem fins lucrativos locais que podem servir de intermediárias para recolha de donativos para as Dioceses com Delegações, fornecendo assim recibos legais aos doadores que são deduzíveis no IRS.

É o caso da recém criada associação Americana; “Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House” que vai ajudar a Delegação da R.I.S.M.A. da Diocese de São Tomé e Príncipe dos Estados Unidos a fornecer recibos aos seus membros dado que não beneficiam da Associação 501 3C “Real Ordem de São Miguel da Ala” que complementa exclusivamente a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala Castrense da Arquidiocese para os Serviços Militares dos E.U.A..

Indulgências a lucrar e o Encerramento do Ano Jubilar

A R.I.S.M.A. que está a celebrar o Ano Jubilar Indulgenciado dos 850 anos da Ordem de São Miguel da Ala proclamado em 2021 pelo Papa Francisco através de dois Decretos emitidos pela Santa Sé a 25 de Março, tem celebrações agendadas em todas as Dioceses de Erecção Canónica e locais onde se encontram Delegações R.I.S.M.A..

O Encerramento Oficial do Jubileu terá lugar com uma Missa Solene Capitular Internacional em Alcobaça, a 29 de Setembro de 2022, depois das cerimónias já realizadas em Estocolmo, Suécia; Braga, Coimbra, Fátima e Santarém, Portugal; Oseira e Santiago de Compostela, Espanha; e Washington e New Jersey, E.U.A..

JUBILEU

850º ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA REAL ORDEM DE SÃO MIGUEL DA ALA

20º ANIVERSÁRIO DA REAL IRMANDADE DA ORDEM DE SÃO MIGUEL DA ALA

ANO JUBILAR

(8 DE MAIO DE 2021 – 29 DE SETEMBRO DE 2022)

DECRETO

(Tradução)

Prot. 446/21/I

A Penitenciaria Apostólica, em virtude das faculdades especificamente outorgadas pelo Santíssimo Padre em Cristo Nosso Senhor, pela Divina Providência Papa Francisco;

Aos Eminentíssimos e Reverendíssimos Cardeais, aos Beatíssimos e Reverendíssimos Patriarcas, aos Excelentíssimos e Reverendíssimos Arcebispos e Bispos Protectores ou Capelães, aos Membros das Ordens Dinásticas da Casa Real de Portugal;

Gentilmente Concede que nos dias 8 de Maio, 10 de Junho e 24 a 29 de Setembro de 2021, pelos Oitocentos e Cinquenta anos desde que o Rei D. Afonso Henriques fundou a Real Ordem Monástica Dinástica e Militar de São Miguel da Ala, Canonicamente Aprovada pela Bula do Papa Alexandre III no ano MCLXXVII (1177), e no Vigésimo Aniversário da Erecção Canónica da Real Irmandade de São Miguel da Ala, que após a Celebração do Santo Sacrifício, seja Dada a Bênção Papal, com Indulgência Plenária anexa, nas condições usuais (Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração pelas intenções do Sumo Pontífice);

A Sua Alteza Real D. Duarte Pio, Duque de Bragança, Conde de Ourém, Afilhado Baptismal do Servo de Deus Papa Pio XII e da Rainha D. Amelia d’Orléans e Bragança, a todos e individualmente Membros da Casa Real de Portugal; aos Capelães, ao Conselho, aos Chanceleres e Juizes da Real Irmandade, aos Confrades Professos e Honorários (Membros), e também a todos os Bispos, Cónegos e Presbíteros, Diáconos, Religiosos e Religiosas, aos associados de todas as Irmandades e a todos os fiéis presentes que participem nas Cerimónias Sagradas com espírito penitente e animados pela caridade;

Os fiéis que com devoção receberem a Bênção Papal, embora impedidos por circunstâncias razoáveis, não podendo assistir fisicamente aos Ritos Sagrados, desde que assistam com piedosa intenção durante os mesmos Ritos por meio da Televisão e da Rádio, poderão igualmente ganhar Indulgência Plenária, de acordo com as regras da lei.

Este Decreto é válido para o Ano do Jubileu, sem prejuízo de qualquer disposição em contrário.

Dado em Roma, no Palácio da Penitenciaria Apostólica,

Aos 25 dias de Março, do Ano da Encarnação do Senhor MMXXI (2021)

(Assinaturas)

Cardeal Mauro Piacenza – Penitenciario Mor                        Christophorus Nykiel – Regente

(No 375º Aniversário da Aclamação e Coroação da Virgem Santa Maria Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal)

BEATISSIMO PADRE

(Tradução)

Prot. 447/21/I

D. Manuel Antonio Mendes dos Santos, C.F.M. Bispo de São Tomé e Príncipe, Capelão Geral da Casa Real Portuguesa, juntamente com Sua Alteza Real Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, Conde de Ourém, Grão-Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real de Portugal, os Membros da mesma Casa Real, com os Eminentissimos Cardeais, os Beatíssimos Patriarcas, os Excelentíssimos Arcebispos e Bispos Protectores, os Capelães e os Membros das mesmas Ordens Dinásticas;

Com grande alegria chamam à atenção de Vossa Santidade, que em 8 de Maio, 10 de Junho, 24 a 29 de Setembro de 2021, e nos demais feriados até 29 de Setembro de 2022, celebraremos os Oitocentos e Cinquenta anos da Real Ordem Monástica Dinástica e Militar de São Miguel da Ala, fundada pelo Rei Dom Afonso Henriques e aprovada em 1177 por Bula do Papa Alexandre III, sendo o Vigésimo Aniversário da Erecção da Real Irmandade de São Miguel da Ala.

Que, para que este duplo acontecimento seja dignamente acolhido, através de uma adequada Catequese e dos meios de santificação, principalmente o Sacramento da Santíssima Eucaristia juntamente com o da Penitência, nos fazem esperar uma vida mais perfeita, formada pelos frutos da Fé, Esperança e Caridade, segundo o espírito evangélico.

Para este fim, muito pode contribuir o dom das Indulgências, que com esta petição imploramos com confiança a Vossa Santidade, visível, princípio e fundamento da Comunhão e unidade de Católicos em Deus, etc.

Dia 25 de Março de 2021

A Penitenciaria Apostólica, por Mandato do Santíssimo Nosso Senhor Papa Francisco, Concede de bom grado um Ano Jubilar, com uma Indulgência Plenária anexada nas condições habituais (Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração pelas intenções do Sumo Pontífice) a lucrarem todos e Membros individuais da Casa Real Portuguesa, os Eminentes e Excelentes Prelados (Bispos) Capelães, todos os Membros Professos e Honorários das Ordens já referidas e todos os fiéis piedosos, verdadeiramente penitentes e movidos pela caridade, que também pode ser aplicado, a título de sufrágio, às almas dos fiéis do Purgatório, se o Santuário, determinado na súplica, (nomeadamente o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça – Sede Espiritual da Ordem desde 1171 -, no Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém, nas Igrejas Paroquias de Fátima e de Ourém, na Regalis Lipsanotheca no Castelo de Ourém em Portugal – Sede do Secretariado da Real Irmandade de São Miguel da Ala -, no Santuário de Santiago de Compostela, no Mosteiro de Santa Maria de Osera em Espanha, no Santuário de São Miguel no Monte Gargano, Itália e em todos os outros Santuários dedicados a São Miguel Arcanjo) que forem visitados em peregrinação, e se lá estiverem presentes em celebrações sagradas, ou pelo menos por um tempo apropriado, pela fidelidade à vocação Cristã, devem derramar humildes orações, concluindo com o Pai Nosso, o Símbolo da Fé (o Credo), com invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria e a São Miguel Arcanjo.

Os piedosos Membros que estão doentes, impedidos por idade, ou por outro motivo grave, podem obter uma Indulgência Plenária, detestando todo pecado, com o desejo de cumprir, quando lhes for possível, as três condições habituais, participarão espiritualmente nas celebrações Jubilares, oferecendo orações e sofrimentos a Deus, que é Misericordioso, por intercessão da Virgem Santa Maria.

Para que este acesso à obtenção da Graça Divina por meio das Chaves da Igreja seja mais facilmente realizado por meio da Caridade Pastoral, esta Penitenciaria exorta os Capelães das citadas Ordens a oferecerem-se com espírito voluntário e generoso à Celebração do Sacramento da Penitência e a administrar o Sacramento com frequência da Sagrada Comunhão aos enfermos.

O presente será válido por todo o Ano Jubilar.

Não obstante qualquer disposição em contrário.

(Assinaturas)

Cardeal Mauro Piacenza – Penitenciario Mor              Christophorus Nykiel – Regente

D. Manuel António Mendes dos Santos rezou esta manhã em Fátima pelos membros da R.I.S.M.A.

Acções judiciais prejudiciais à R.I.S.M.A. e alerta para a possibilidade de Interdições Canónicas

Como a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Diocese de São Tomé e Príncipe é a única Associação que tem Delegação em Portugal a operar com o “Nihil Obstat”, é ela que tem pago todas as despesas judiciais de acções movidas por um grupo de pessoas que se dizem representar uma associação civil também denominada de Ordem de São Miguel da Ala.

Os membros deste grupo, segundo D. Manuel António, têm vindo a atacar, não só a Real Irmandade, como o Duque de Bragança e várias pessoas e organizações que são completamente inocentes.

Uma vez que somente as obras sociais da Diocese como o orfanato “Casa dos Pequeninos” é que beneficiam em 100 por cento das receitas da actividade da Real Irmandade (como também dos acordos de licenciamento das marcas cedidas pelo Duque de Bragança a produtores que fornecem insígnia, capas e bordados aos membros), são os pobres, que acabam por pagar a factura desta guerra à semelhança das outras.

D. Manuel António Mendes dos Santos considera que o Duque de Bragança tem sido o principal alvo dos ataques judiciais que só servem para manifestar vinganças pessoais e políticas com grave prejuízo para os pobres.

Que é a Diocese de São Tomé e Príncipe e nenhuma outra pessoa ou organização que recebe receitas das actividades R.I.S.M.A. em Portugal, foi um facto comprovado em sede de Justiça num dos muitos processos que acabaram por ver os símbolos antigos registados a favor de D. Duarte Pio, como Grão-Mestre Nato da Ordem Dinástica reconhecido pela Santa Sé no Decreto Apostólico que Proclamou o Ano Jubilar dos 850 anos da Ordem e os 20 anos da Real Irmandade.

Segundo o Capelão-Geral; “Há mais de 15 anos que dinheiro angariado pela R.I.S.M.A. para as obras sociais da Diocese de São Tomé e Príncipe, tem sido usado nestes processos judiciais para se pagar custas processuais e honorários dos advogados que defendem o Duque de Bragança e outras pessoas e associações atacadas, prejudicando os pobres.”

O ano passado a Cúria da R.I.S.M.A. para complementar as Indulgências dadas pelo Santo Padre, decretou um Perdão Geral a todos os que têm vindo a atacar as actividades da R.I.S.M.A. e a perseguir os inocentes.

O chamado “Perdão de São Miguel” procura assim, não só perdoar mas integrar na Real Irmandade, todos aqueles que verdadeiramente arrependidos, querem ser acolhidos de baixo da Asa protectora do Arcanjo e assim fazer parte desta Milícia que propaga devoção ao Anjo de Portugal e da Paz.

Para D. Manuel António, “as únicas pessoas prejudicadas com estas acções judiciais contínuas são os pobres”. E como tirar o pão aos pobres é um pecado que brada ao Céu, a Cúria da R.I.S.M.A. (os Bispos e Capelães) relembraram recentemente que acções que maquinam contra a Igreja com prejuízo para com os pobres poderão levar à aplicação de interdições canónicas graves previstas nos Cânones 1368, 1369, 1373 (3), e 1374 do Código de Direito Canónico contra todos os responsáveis, os membros, representantes e clero que apoia ou faça parte de um grupo.

Mas para D. Manuel António a Igreja é sinónimo de Misericórdia e seria melhor chegar-se a um acordo de paz do que lançar interdições canónicas e excomunhões.

Com a finalidade de se chegar a um acordo que ponha fim a estas batalhas legais vai ter início de 10 a 19 de Junho, uma novena de oração a São Miguel, Anjo de Portugal e da Paz e pede-se a todos os membros da R.I.S.M.A. e aos devotos de São Miguel que participem com as suas orações.

30 de Maio de 2022

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Duque de Bragança promove campanha de angariação de fundos para apoiar vitimas do conflicto na Ucrânia

O Duque de Bragança em Kiev com os Bispos Católicos protectores da R.I.S.M.A. Ucrânia

NOTÍCIA – Fundos angariados para ajuda às vítimas do conflicto foram enviados directamente por Membros da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala: R.I.S.M.A. dos Estados Unidos e de Inglaterra, como também pelas instituições parceiras, para as Dioceses na Ucrânia com Delegações R.I.S.M.A.. Estas ficaram encarregues da distribuição dos bens e o uso dos fundos na reconstrução e reparação de edifícios destruídos nas Dioceses.

Uma boa parte do dinheiro irá mesmo ser empregue em obras urgentes de reconstrução nas instalações monásticas da R.I.S.M.A. na zona de Bucha, perto de Kiev, instalações que o Duque de Bragança havia inaugurado com as autoridades diocesanas pouco antes do início do conflicto. Os edifícios que foram agora danificados, serviram de refúgio a muitos civis durante os bombardeamentos em Março e neles morreram cinco Confrades da Real Irmandade e uma mãe com uma criança que estavam entre os refugiados.

Salvos por milagre de São Miguel, na opinião do Dr. Oleg Jarouz foi o próprio Delegado da R.I.S.M.A na Ucrânia, assim como seu afilhado e a esposa do mesmo, todos residentes na zona de Bucha. Os três Confrades acabaram de entrar na cozinha para jantar e estavam a rezar ao Arcanjo quando uma bomba caiu destruindo totalmente as restantes divisões da casa. Seguidamente os sobreviventes deslocaram-se para Kiev onde alugaram um apartamento e assim escaparam ao massacre que teve lugar na região alguns dias depois.

Em Portugal, esta campanha de angariação contou com o apoio das Fundações D. Manuel II e Oureana, assim como da Real Confraria do Santo Condestável e Real Guarda de Honra que forneceram principalmente bens de primeira necessidade, comprados ou recebidos de doação para o efeito, por benfeitores e empresas. Entre os bens distribuídos, contam-se medicamentos, vestuário e agasalhos e bens de primeira necessidade, leite e brinquedos.

São até agora doze benfeitores que já contribuíram monetariamente com donativos que totalizam 100, 000 Euros. Entre eles estão o Col. Stephen Besinaiz, o Col. John Thoma, o Capitão Justin Carpentier, a Dama Catherine Stevenson, o Prof. Moritz Hunzinger, o Oficial Peter Hunng Mguyen, a Dama Vi Thi Hupngke, o Col. William Boswell, o Col. do Kentucky Stephen Breu, o Prof. Michael Hesemann, Martin Braybrooks e Simon Wintle.

Para o Duque de Bragança, “o apoio às vítimas de guerra é muito importante e urgente, não só para o povo que sofre no local de conficto, como para os refugiados”. 

D. Duarte de Bragança referiu ainda que se vai manter esta linha de apoio aberta por forma a continuar a apoiar as vítimas e que já há mais confrades comprometidos a ajudarem. As famílias de Raul e Maria Sepúlveda e José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho por exemplo, já se comprometeram com um contributo de apoio no total de 15, 000 €, pessoalmente, e através da Fundação Spes et Gaudis e da Associação da Família Cunha Coutinho.

D. Duarte nas instalações da R.I.S.M.A. em Bucha.

A Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala está hoje sob a protecção de oito Dioceses Católicas com Delegações em 17 países, nomeadamente na Alemanha, na Austrália, no Brasil, no Canadá, na Croácia, na Espanha, nos Estados Unidos da América, na França, na Itália, no Líbano, em Malta, na Rússia, na Ucrânia, na Hungria, em São Tomé e Príncipe, na Suíça e na Suécia.

Para o Secretário Geral da Federação R.I.S.M.A. Carlos Evaristo, “A Real Irmandade tem actualmente cerca de 2,500 membros, duas unidades de membros Militares nas Arquidioceses para serviços militares na América do Norte e na Europa, e três Comunidades Monásticas com irmãos religiosos professos da Ordem; no Brasil, em Espanha e na Ucrânia.

O Secretário Episcopal e Chanceler em Exercício referiu ainda que “Vários foram os Confrades Ucranianos refugiados em Portugal e na Alemanha que foram assistidos monetariamente e acolhidos por outros membros. Destaca-se entres os membros da Real Irmandade que se prontificaram logo para a ajudarem a recolher e a alimentar refugiados; Maria Filomena de Castro no Porto, Michael Hesemann na Baviera e David Alves Pereira em Ourém .”

São Miguel da Ala, é a Ordem Dinástica da Casa Real Portuguesa mais antiga que celebra este ano 850 anos da sua fundação e os 20 anos da Erecção Canónica como Real Irmandade tendo recebido do Papa Francisco uma Bula de Indulgências conferida por Decreto e ainda outro Decreto que proclama um Ano Jubilar.

A Ordem medieval que era Militar e Monástica, foi fundada por D. Afonso Henriques e aprovada pelo Papa Alexandre III em 1177. É hoje uma instituição dinástica que através da Real Irmandade apoia maioritariamente obras caritativas na Diocese de São Tomé e Príncipe para além de outras causas humanitárias e culturais das dioceses da Federação R.I.S.M.A.

FONTES: https://monarquiaportuguesa.blogs.sapo.pt/duque-de-braganca-no-apoio-as-vitimas-1009754

https://www.reallisboa.pt/ral/index.php/component/content/article/10-noticias/163-duque-de-braganca-no-apoio-as-vitimas-do-conflito-na-ucrania?Itemid=101&fbclid=IwAR0iApK6HdunE6H6Ej-meJ3BrXBpCPSerE5-6bJVgKSUP6fBSehHzIwimlY

27 de Abril de 2022

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Colégio Heráldico da Fundação Oureana representado no IV Colóquio Internacional sobre a Nobreza realizado na nova Sede da Real Associação de Hidalgos de Espanha (Madrid, 22 e 23 de Abril de 2022)

IV Colóquio Internacional sobre a Nobreza

A sede da Real Associação de Hidalgos de Espanha acolheu o IV Colóquio Internacional sobre a Nobreza com o lema ‘Nobreza de sangue, títulos nobres e heráldica, nobre, sua evolução histórica, sobrevivência e representação nos países da Europa’.

O evento que teve lugar na nova sede da Associação localizada no coração de Madrid decorreu nos dias 22 e 23 de Abril e contou com a participação de mais de 50 especialistas no assunto.

A abertura oficial do Coloquio foi feita pelo Presidente da Real Associação de Hidalgos de Espanha, Don Manuel Pardo de Vera e Diaz.
O Presidente da Direção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo falou sobre:“The Survival of Feudal Rights and Recognition of Autonomous Neutral Territories during Monarchies and in present day Republics”.
Carlos Evaristo falou sobre:“The Survival of Feudal Rights and Recognition of Autonomous Neutral Territories during Monarchies and in present day Republics”.
Carlos Evaristo falou sobre:“The Survival of Feudal Rights and Recognition of Autonomous Neutral Territories during Monarchies and in present day Republics”.

Nomeação de Carlos Evaristo

Durante a Assembleia-Geral das entidades organizadoras foram admitidos novos membros de reconhecida perícia no campo da genealogia e heráldica . Carlos Evaristo, que representou pela 4ª vez o Colégio Heráldico da Fundação Oureana foi nomeado Membro do Instituto Internacional de Genealogia e Heráldica. A proposta da sua nomeação acabou por ser votada por unanimidade dos distintos membros do Conselho.

É de relembrar que o Colégio Heráldico da Fundação Oureana, fundado por Carlos Evaristo, desde 1996 que aconselha, desenha e da pareceres heráldicos gratuitos a entidades estatais e particulares tendo proposto já a numerosos governos, a criação de Ordens Honoríficas de Estado e o regulamento do uso de brasões segundo as regras tradicionais e normas internacionais.

O Conde Dr. Pier Felice degli Uberti, Presidente da CIGH e da ICOC deu as boas vindas a todos os participantes no Colóquio.
A D. Elizabeth Roads​,, Lyon Clerh Emérita na Corte do Lord Lyon da Escócia e Secretária Geral da Ordem do Cardo falou sobre: “The Chapel and history of the Most Ancient and Most Noble Order of the Thistle”.
Don Manuel Pardo de Vera y Díaz: falou sobre “La filiación y la nobleza. Pleitos de Hidalguía”.
Don Guido Peter Broich apresentou o tema: “The residuality of the Nobility in the Meritorious Systems of today. Revive a cultural engine”.
Don Luis Agustín García Moreno falou sobre: “Los gardingos godos”.
Dr. Marcos Fernández de Béthencourt: apresentou uma conferencia sobre “Una visión general de la nobleza en Francia”

Dr. George Cuneo falou sobre: “The birth of the Presidents of Tuscany and the attempt to reform the noble legislation in the Lorena age”.
Don Manuel Ladron de Guevara and Isasa explicou: “La Hidalguía in the Bascas Provinces – Guipúzcoa a unique case in the Spanish Nobility” .
O Heraldista de Estado de Malta, Charles A. Gauci que tem colaborado com o Colégio Heráldico da Fundação Oureana​ apresentou o tema: “The evolution of Heraldry in Malta (with reference to the Nobility)”.
Don Eduardo Pardo de Guevara y Valdés falou em Espanhol sobre “La nobleza gallega y sus redes de poder al final de la Edad Media (siglos XIV y XV)”.
Don Carlos Mack, Barão de Stoneywood na Escócia​ apresentou o tema: “The Survival of Feudalism in the UK through lncorporeal Property (Feudal Titles)”.
O Príncipe Maurizio Gonzaga dei Vodice i Vescovado falou dos seus ilustres antepassados entre eles São Luiz Gonzaga e apresentou em Italiano o tema:“Prince General Don Maurizio Ferrante Gonzaga del Vodice di Vescovado: a hero from a high ethical and social profile” .
Don Fabio Cassani Pironti, reconhecido perito em Nobreza Pontif+icia apresentou o tema:”Pontific nobility yesterday and today”.
O antigo Ministro da República Checa, Dr. Antonin Stanĕk​ falou sobre: “The history of the Czech nobility is the history of the Czech lands” .
O Conde de Cavagliá Don Pier Felice degli Uberti apresentou a conferência:“The impossibility of recognizing noble titles in the Italian Republic, and legal possibilities of protection for the descendants of the Italian nobility”.
O Príncipe Landolfo Caracal di Melissano:“The Nobility associated with the Basilica of St. James and its Archiconfraternity”
O Príncipe Guglielmo Giovanelli Marconi, neto de Guglielmo Marcono terminou a sua conferencia sobre o avô entitulada: “Un esempio della nobiltà italiana del XX secolo: il marchese Guglielmo Marconi” surpriendendo os presentes com a conclusão de que se há pessoas que há semelhança do grande inventor da rádio, são superinteligentes e não necessitam de terminar estudos universitários para terem sucesso na vida, então que sigam em frente com o seu sonho.
O Dr. Adam Berniczei-Roykó​ Chanceler da Ordem de Vitez da Hungria explicou a Coroa de Santo Estêvão na sua conferência: : “Die heilige Krone von Ungarn (The Holy Crown of Hungary)”.
A Drª. Filomena Castro Alves foi outra figura Portuguesa que discursou em inglês sobre: “Brief history of the evolution of nobility in Portugal throughout the Four Dynasties”.
A Professora Elena Postigo Castelos apresentou o tema: “Love, Honor and Obey the Prince. The Knights of Toison between 1516 and 1555″ tendo-se interessado pelo tema do IV Conde de Ourém na origem da Ordem do Tosão de Ouro.

Jantar de Gala

Com um estrondoso sucesso de participação e a apresentação de 51 comunicações, o IV Colóquio Internacional da Nobreza terminou com a realização de um Jantar de Gala que teve ligar no elegantíssimo Wellington Hotel em Madrid.

Durante o evento, o Presidente da Real Associação de Hidalgos da Espanha Don Manuel Pardo de Vera y Díaz, deu a palavra à Presidente da Comissão Intercongresso Elisabeth Roads e ao Presidente da Comissão Internacional das Ordens de Cavalaria (ICOC) o Conde Pier Felice degli Uberti.

Além disso, a Cruz de Mérito da Real Associação de Hidalgos da Espanha foi concedida a Don Marco Horak e à Federação Francesa de Genealogia, que na ausência de seu Presidente foi recebida por Michel Teillard d’Eyry. O Secretário-Geral DonFernando González de Canales y Ruiz leu a Ata de Concessão.

O Presidente da Real Associação de Hidalgos da Espanha Don Manuel Pardo de Vera y Díaz.
O Secretário-Geral Don Fernando González de Canales y Ruiz lna leitura da Ata.
A Cruz de Mérito da Real Associação de Hidalgos da Espanha foi concedida a Don Marco Horak e à Federação Francesa de Genealogia, que na ausência de seu Presidente foi recebida por Michel Teillard d’Eyry.
O Presidente da Comissão Internacional das Ordens de Cavalaria (ICOC) o Conde Pier Felice degli Uberti.
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A Presidente da Comissão Intercongresso Elisabeth Roads, Secretária Geral da Ordem do Cardo do Reino Unido.
Maria Margarida Evaristo com Elizabeth Roads.
O Jantar de Gala no Hotel Wellingon em Madrid oferecido pela Associação de Hidalgos de Espanha..

https://www.abc.es/sociedad/abci-madrid-acoge-coloquio-internacional-sobre-nobleza-202204221736_video.html

FONTE: https://www.abc.es/sociedad/abci-madrid-acoge-coloquio-internacional-sobre-nobleza-202204221736_video.html?ref=https%3A%2F%2Fwww.bing.com%2F&fbclid=IwAR3Y07kwyDyNnaaFX9wcFuLiBnCv_4Vr0Br8yw9KLa-xfWypAqYk0rhxfoU

23 de Abril de 2022

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Castelo de Ourém encanta visitantes com a nova iluminação

AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA PARA NOVA ILUMINAÇÃO EXTERIOR NO CASTELO EM TERRENO DA FUNDAÇÃO

O Castelo de Ourém está de novo iluminado todas as noites graças à instalação de novos holofotes exteriores e ao Acordo de Parceria e Colaboração celebrado entre o Município e a Fundação Oureana.

A Fundação Histórico – Cultural Oureana, atendendo à necessidade de haver iluminação exterior no Castelo de Ourém e isto após as importantes obras de requalificação, veio em resposta a um pedido da Câmara Municipal de Ourém para se realizar trabalhos de infraestruturas para instalação da referida iluminação adjudicados à ACA; Engenharia Construcção, autorizou por despacho Nº A-211/2021 da Direcção, de 26 de Outubro de 2021, a instalação de novos holofotes exteriores e a realização de trabalhos no terreno junto ao Torreão Poente, propriedade da Fundação e inscrito na Matriz da Conservatória do Registo Predial desde 1970, sob o artigo nº 10051.

É facto que os terrenos que circundam os torreões do Castelo de ambos os lados e que do lado do Torreão Poente vão desde a Casa Alta até “ao fosso do Castelo”, também referido em documentos como “a pingadeira do telhado dos torreões”, são propriedade da Fundação desde 1995.

“Anteriormente este terreno pertenceu ao Fundador da Fundação, John Mathias Haffert”, explicou o Presidente da Direcção Carlos, Evaristo, “que o adquiriu, na década de 1960, do Século XX, para preservar o Castelo da descaracterização, pois à época, construções novas eram autorizadas junto ao Castelo e havia até um projecto de instalar um solar junto ao torreão poente encomendado por um anterior proprietário sueco, dono da fábrica das caixas registadoras “Sveda”. Quando John Haffert soube disso enviou um logo advogado ter com o proprietário e comprou a Casa Alta e o referido terreno.” Mais tarde, Haffert adquiriu os terrenos ao lado do outro torreão onde está situada hoje a Casa de Velório da Fundação, colocada gratuitamente ao uso da Paróquia através de um Protocolo com a Junta de Freguesia, celebrado há 9 anos e com encargos patrocinados pela Fundação.

A presente autorização para a instalação da nova iluminação do Castelo foi concedida dentro dos termos do Acordo de Parceria e Colaboração celebrado entre a Fundação Histórico – Cultural Oureana e a Câmara Municipal de Ourém, a 26 de Setembro de 2020, e desta forma, substitui uma outra “Autorização para Instalação de Holofotes de Iluminação”, (holofotes que foram removidos recentemente com as obras) que vigorava há já várias décadas, tendo sido emitida pelo então Procurador Joseph Howard Braun, em representação de John Mathias Haffert, Fundador da Fundação Histórico – Cultural Oureana.

(Fotos: Luís Albuquerque – Presidente da Câmara Municipal de Ourém)

30 de Abril de 2022

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Fátima: Was Rússia validly Consecrated?

With the crisis in Ukraine, voices have been raised again that doubt that Russia was really Consecrated to the Immaculate Heart of Mary by Pope John Paul II in 1984.

Guest Commentary by Michael Hesemann

TRANSLATION

When Our Lady of Fatima appeared for the third time to the little shepherds Lúcia, Jacinta and Francisco, on July 13th, 1917, she revealed three mysteries to them. The second secret read: “To avoid (a new world war) I will come to ask for the Consecration of Russia to my Immaculate Heart and the Communion of Reparation on the first Saturdays of the month. If my wishes are heard, Russia will be converted and there will be peace. Otherwise, she will spread her errors throughout the world, provoking wars and persecutions against the Church. The good will be martyred, the Holy Father will suffer a lot, various nations will be destroyed, but in the end my Immaculate Heart will triumph. The Holy Father will Consecrate Russia to me, which will be converted, and the world will have some time of peace”.

Twelve years later, on June 13th, 1929, Our Lady really returned. Jacinta and Francisco had since died; they had been victims of the Spanish flu, the great pandemic of the early 20th century. Lúcia, on the other hand, had joined the order of the Dorothean Sisters (she only became a Carmelite in 1946) and lived in the Monastery of Tuy, on the Spanish-Portuguese border. There she was praying in front of the tabernacle when she had an apparition of Our Lady granting her a vision of the Holy Trinity and declaring: “The time has come when God asks the Holy Father, together with all the bishops of the world, to Consecrate the Russia to my Immaculate Heart and thus save her”.

Immediately, the nun tried to write to the Pope through her bishop, but to no avail. Fatima was not yet recognized by the Church at this time and Pius XI was not a great friend of private revelations. This changed when, in 1939, Pius XII. a new Pope ascended to the Chair of Peter. Eugenio Pacelli was ordained a bishop on the day of Fatima, May 13th, 1917, already seeing it as a sign of divine providence. However, at that time he still knew too little about the phenomena to react “prematurely”. So he first asked Sister Lucia, through her bishop, to write her Memoirs of the Events of 1917, which she did. When her Memoirs were finally published in 1942 and also available in Italian, in the midst of World War II, Pius XII, in fact, on the 31st of October 1942, in a radio address to the Portuguese people, consecrated the whole world to the Immaculate Heart of Mary, but without referring to Russia: “To peoples divided by error or discord, and above all to those who profess a single devotion to You and where there was not a house where Your venerable icons were not cherished, perhaps hidden today and preserved for better days, give them peace and lead them back to the one flock of Christ, among the one true shepherd. ”

Sister Lucia later explained that the Consecration, while well-intentioned, was not in accordance with the will of the Blessed Mother, who had specifically asked for an act of Consecration “together with all the bishops of the world”. However, a miracle happened: October 31st, 1942 became the decisive turning point in World War II. Just three days later, Hitler experienced his first major defeat at el-Alamein, followed a few weeks later by Stalingrad, where his end was sealed. But something was also happening in Russia. Before the war, Stalin was one of the cruelest persecutors of Christians in history, he suddenly made icons fly over Russian cities for Our Lady to protect them, and he founded three new churches in Stalingrad. From then on, at least the Russian Orthodox Church did not suffer any major attacks. However, Russia was still a long way from conversion. On the contrary: World War II led to communism subjugating all of Eastern Europe and now reaching the rest of the world as well. The Cold War was born and with it the world was on the brink of nuclear war twice, in the 1960s and 1980s. But no Pope was willing to carry out the Consecration in the way desired by the Blessed Mother, not even John XXIII, who even prevented the publication of the Third Secret, nor Paul VI, who made a pilgrimage to Fatima in 1967. Only the assassination attempt on Fatima Day, May 13th, 1981, shook Pope John Paul II. On the anniversary of the assasination attempt he traveled to Fatima and consulted Sister Lucia to effectively celebrate the solemn Consecration of the world and to at least – in pectore – carry out the Consecration of Russia. And again a miracle happened. According to Sister Lucia, in 1985 a third (atomic) war was threatened, but instead the Northern Fleet’s central weapons depot exploded on May 13th, 1984, which decisively hampered the war capabilities of the Northern Fleet. Russia. The time of the “hawks” in the Kremlin came to an end and in 1985 the “dove” Mikhail Gorbachev was elected the new secretary general .

CPSU leader and then President of the USSR. His policy of “perestroika” included the introduction of religious freedom in the formerly militantly atheist state. In 1989 the Warsaw Pact states in Eastern Europe were liberated, in 1990 German reunification was allowed, in 1991 on the Feast of the Immaculate Heart of Mary (22nd of August – today of the “Queenship of Mary”) of all things, the radicals’ attempt to save communism collapsed, and it was Christmas for the entire Soviet Union. What followed was, in fact, the greatest miracle in history, the great power’s conversion from atheism: the anti-Christian Soviet Union became Christian Russia. Today, 82% of Russians profess Orthodox Christianity, since 1990, 30,000 new Churches have been consecrated and more than 800 new monasteries founded, and about 6,000 young people are ordained priests every year. Communism was postponed; in the 2021 Duma elections, the Communist Party received just 18% of the vote, little more than the SED’s successor Die Linke in Berlin (14.3%).

In any case, the Blessed Virgin at Fatima only spoke of a “time of peace” that would be granted by the Consecration. After all, it lasted 37 years, 77 even since the end of World War II, which corresponded to about one or two biblical generations (40 years).

However, traditionalist circles like to claim that the 1984 Consecration was invalid. A Canadian priest turned layman through his greed for money and disobedience to his bishop and Rome, a radical anti-Semitic and Holocaust denier, the late Nicholas Gruner raised millions with his self-proclaimed “Fatima Crusade” against Saint John Paul II and Benedict XVI with the messages of Our Lady. Gruner even went so far as to accuse the Vatican of falsifying documents and replacing Sister Lucia with an actress to avoid the Blessed Mother’s wishes.

In December 2016, in Aljustrel, the home village of the three visionary children of Fátima, I was able to interview Maria dos Santos, then 96 years old, Sister Lucia. She explained to me in front of the camera – I posted the interview on youtube – that in the 1990s she was repeatedly questioned by pilgrims about the validity of the Consecration. Since her family was also allowed to visit Lúcia regularly at Carmelo de Coimbra, she took the opportunity to refer this matter to Sister Lúcia. The seer’s answer was surprisingly clear: “The Blessed Mother promised that Russia would convert if she was Consecrated and look, she was converted!”

This is exactly what the Holy See has been proclaiming since 1984. Thus, in June 2000, Cardinal Ratzinger published a letter written by Sister Lucia, in which she confirmed to Pope John Paul II on November 8th, 1989: “Yes, it has been done, as Our Lady asked, since March 25th, 1984” – “Yes, everything was done as Our Lady requested, on March 25th, 1984.” The claim that the letter is a forgery because it was typed is absurd. Those who visit the Carmel of Coimbra, the monastery where Sister Lúcia lived, will still find her beloved typewriter there. There are also photos showing her typinng with it. Earlier, on August 29th, 1989, she had stated, also in writing: “After (his visit to Fatima) he (John Paul II) wrote to all the bishops of the world asking them to join him. He had the image of Our Lady of Fatima brought to Rome on March 25th, 1984. Then, together with the bishops who wanted to help him, he publicly performed the Consecration the way the Blessed Virgin wanted it to be. After that, people asked me if it was carried out the way Our Lady wanted, and I replied, ‘Yes!'”

Despite this, Archbishop Tarcisio Bertone, who was later named Archbishop and admitted to the College of Cardinals before Benedict XVI. served as Cardinal Secretary of State, again the “question of all questions” when he visited Sister Lucia in Coimbra on November 17th, 2001 on behalf of Pope John Paul II: Is Father Gruner right when he speaks of an omission?” Here, too, the response of the 93-year-old Seer left nothing to be desired in terms of clarity: “The World Consecration, at the request of Our Lady, took place in 1984 and was accepted by Heaven.”

Of course Cardinal Bertone was also accused of lying. The fact that Sister Lucia herself, in her latest book, “A Mensagem de Fátima” (Coimbra 2006), published posthumously by her co-sisters, confirmed the validity of the Consecration and antagonized all those who doubted, did not change anything: “Afterward, finally, there are still blind people who do not see or do not want to see and say: But there are still wars in this world… (but there are) civil wars that have always existed and will always exist.. The promise of peace refers to the wars throughout the world, instigated by the dissemination of Russia’s mistakes. This Consecration was made public by the Holy Father John Paul II in Rome on March 25th, 1984, before the miraculous image of Our Lady…”

But there is undeniable proof of the validity of the Consecration that even traditionalist conspiracy theorists should really accept. After all, Sister Lucia twice commented on the Consecration of Russia on camera.

We owe this proof to her longtime interpreter, the Portuguese specialist in Fátima, Carlos Evaristo, who grew up in Canada. He accompanied several English-speaking Cardinals to Carmel in Coimbra in the 1990s to translate during their meetings with the Sisters. On two occasions, they allowed him to record conversations to openly contradict Father Gruner’s lies. The first of these two conversations took place on October 11th, 1992, when Indian Cardinal Antony Padiyara visited Sister Lucia. On the recording, Sister Lucia can be heard clearly saying: “Everything has led to this Consecration being accepted… The Pope had Russia in mind when he mentioned ‘those peoples’ in the act of Consecration in 1984. Those familiar with the call to Consecration of Russia knew what he was referring to… God knew what the Pope’s intention was and that he meant Russia by the Consecration. Intent is important. Just like when a priest intends to consecrate a host… There is no need to consecrate Russia again.”

A year later, on October 11th 1993, Filipino Cardinal Ricardo Vidal visited her. Again Evaristo interprets, and again everything was recorded on video. And again Sister Lucia is clearly heard speaking of Russia’s conversion:

“You have to understand one thing. We must not misinterpret the word ‘conversion’. The word ‘conversion’, ‘convert’, ‘a conversion’ indicates a change. A ‘conversion’ is a change from evil to good. But that does not mean that all evil disappears… The Holy Father made the Consecration and this Consecration is valid. The Blessed Virgin never said that the Pope had to pronounce the word ‘Russia’. She said: ‘He will consecrate Russia to me and she will be converted. And then there will be peace.” But this promise of peace referred to the wars and persecutions caused by the errors of atheistic communism all over the world… The 1984 Consecration prevented an atomic war that would have broken out in 1985… The wars that are going on now are civil wars, not world wars. Local wars. The Blessed Virgin never referred to such wars.”

Of course, it is good and right to invoke the Mother of God in a crisis and to entrust to her again countries in need or war, even if this has already happened in the past. In this regard, Russian and Ukrainian bishops have recently called for the Consecration of Russia and Ukraine to the Immaculate Heart of Mary. But this requirement has nothing to do with the fact that the 1984 Consecration was valid. At that time, it destroyed Soviet communism and brought about the conversion of a great power. So we have good reason to hope that this time it will bring peace to besieged Ukraine.

Russia (kath.net)

March 15, 2022

SOURCE: https://kath.net/news/77832?fbclid=IwAR3byBwHk8qBqPt_XXPRfGfwWGMdXQKYiYsur9C3LLQVIIrRIbltFGLvbDw

Holy See Announces: “On March 25th, the Pope will Consecrate Russia and Ukraine to the Immaculate Heart of Mary”

The consecration of Russia and Ukraine to the Immaculate Heart of Mary by Pope Francis will take place during the Celebration of Penance on the 25th of March in St Peter’s Basilica.

By Vatican News

Pope Francis will consecrate Russia and Ukraine to the Immaculate Heart of Mary on Friday, the 25th of March, during the Celebration of Penance that he will preside over at 5pm in St Peter’s Basilica.

The Director of the Holy See Press Office, Matteo Bruni, said in a statement: “The same act, on the same day, will be performed in Fatima by Cardinal Konrad Krajewski, papal almoner,” who is being sent there by the Pope.  

The day of the Feast of the Annunciation of the Lord was chosen for the consecration.

Martyrdom of the good

In the apparition of 13 July 1917, in Fatima, Our Lady had asked for the consecration of Russia to Her Immaculate Heart, stating that if this request were not granted, Russia would spread “its errors throughout the world, promoting wars and persecution of the Church.”

“The good,” she added, “will be martyred; the Holy Father will have much to suffer, various nations will be destroyed.”

Consecrations of Russia to Mary

After the Fatima apparitions there were various acts of consecration to the Immaculate Heart of Mary.

Pope Pius XII, on 31 October 1942, consecrated the whole world, and on the 7th of July 1952 he consecrated the peoples of Russia to the Immaculate Heart of Mary in the Apostolic Letter Sacro vergente anno:

“Just as a few years ago we consecrated the whole world to the Immaculate Heart of the Virgin Mother of God, so now, in a most special way, we consecrate all the peoples of Russia to the same Immaculate Heart. – Pope Pius XII”

On the 21st of November 1964, Pope St Paul VI renewed the consecration of Russia to the Immaculate Heart in the presence of the Fathers of the Second Vatican Council.

Pope St. John Paul II composed a prayer for what he called an ‘Act of Entrustment’ to be celebrated in the Basilica of St Mary Major on the 7th of June 1981, the Solemnity of Pentecost.

In June 2000, the Holy See revealed the third part of the secret of Fatima.

At the time, the then-Archbishop Tarcisio Bertone, Secretary of the Congregation for the Doctrine of the Faith, pointed out that Sister Lucia, in a letter of 1989, had personally confirmed that this solemn and universal act of consecration corresponded to what Our Lady wanted: “Yes, it was done,” wrote the visionary, “just as Our Lady had asked, on the 25th of March 1984”.

March 15, 2022

SOURCE: https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2022-03/pope-francis-to-consecrate-russia-and-ukraine-to-the-immaculate.html?fbclid=IwAR0eeBtdFDrRF4K3SDplT1chyp5g6C57Cg6nOKAI9i-Gwj78aBfuRBoRXy0

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Fátima: A Rússia foi validamente consagrada?

Com a crise na Ucrânia, levantaram-se novamente vozes que duvidam de que a Rússia tenha realmente sido Consagrada ao Imaculado Coração de Maria pelo Papa João Paulo II em 1984

Com a crise na Ucrânia, levantaram-se novamente vozes que duvidam de que a Rússia tenha realmente sido Consagrada ao Imaculado Coração de Maria pelo Papa João Paulo II em 1984

Comentário convidado de Michael Hesemann

TRADUÇÃO

Quando Nossa Senhora de Fátima apareceu pela terceira vez aos pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, a 13 de Julho de 1917, revelou-lhes três mistérios. O segundo segredo dizia: “Para evitar (uma nova guerra mundial) virei pedir a Consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão de Reparação nos primeiros sábados do mês. Se meus desejos forem ouvidos, a Rússia se converterá e haverá paz. Caso contrário, espalhará seus erros pelo mundo, provocando guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre sofrerá muito, várias nações serão destruídas, mas no final o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre Consagra-me-à a Rússia, que se converterá, e o mundo terá algum tempo de paz”.

Doze anos depois, a 13 de Junho de 1929, Nossa Senhora realmente voltou. Jacinta e Francisco morreram desde então; eles haviam sido vítimas da gripe espanhola, a grande pandemia do início do século 20. Lúcia, por outro lado, havia entrado na ordem das Irmãs Doroteias (ela só se tornou carmelita em 1946) e morava no Mosteiro de Tuy, na fronteira hispano-portuguesa. Lá estava ela a rezar em frente ao tabernáculo quando teve uma aparição de Nossa Senhora concedendo-lhe uma visão da Santíssima Trindade e declarando: “Chegou o momento em que Deus pede ao Santo Padre, juntamente com todos os bispos do mundo, para Consagrar a Rússia ao meu Imaculado Coração e assim salvá-la”.

Imediatamente, a freira tentou escrever ao Papa por meio de seu bispo, mas sem sucesso. Fátima ainda não era reconhecida pela Igreja nesta época e Pio XI não era um grande amigo de revelações privadas. Isso mudou quando, em 1939, Pio XII. um novo Papa escalou a Cátedra de Pedro. Eugenio Pacelli foi ordenado bispo no dia de Fátima, 13 de Maio de 1917, já vendo nisso um sinal da providência divina. No entanto, naquela época ele ainda sabia muito pouco sobre os fenômenos para reagir “prematuramente”. Então, ele primeiro pediu a Irmã Lúcia, por meio de seu bispo, que escrevesse suas Memórias dos eventos de 1917, o que ela fez. Quando suas Memórias foram finalmente publicadas em 1942 e também disponíveis em Italiano, em plena Segunda Guerra Mundial, Pio XII, de facto, a 31 de Outubro de 1942, em discurso radiofónico ao povo Português, Consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria, mas sem referir a Rússia: “Aos povos divididos pelo erro ou pela discórdia, e sobretudo aos que professam uma devoção única a Vós e onde não havia uma casa onde os Vossos ícones veneráveis ​​não fossem acarinhados, talvez hoje escondidos e conservados para dias melhores, dai-lhes a paz e reconduzi-los ao único rebanho de Cristo, entre o único e verdadeiro pastor. ”

A Irmã Lúcia explicou mais tarde que a Consagração, embora bem intencionada, não estava de acordo com a vontade da Mãe Santíssima, que havia pedido especificamente um ato de Consagração “junto com todos os bispos do mundo”. No entanto, um milagre aconteceu: 31 de Outubro de 1942 tornou-se o ponto de virada decisivo na Segunda Guerra Mundial. Apenas três dias depois, Hitler experimentou sua primeira grande derrota em el-Alamein, seguida algumas semanas depois por Stalingrado, onde seu fim foi selado. Mas algo também estava acontecendo na Rússia. Antes da guerra, Stalin foi um dos mais cruéis perseguidores de Cristãos da história, de repente fez com que ícones sobrevoassem as cidades da Rússia para que Nossa Senhora as protegesse e fundou três novas igrejas em Stalingrado. A partir de então, pelo menos a Igreja Ortodoxa Russa não sofreu mais grandes ataques. No entanto, a Rússia ainda estava muito longe da conversão. Pelo contrário: a Segunda Guerra Mundial levou o comunismo a subjugar toda a Europa Oriental e agora alcançando o resto do mundo também. A Guerra Fria nasceu e com ela o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear duas vezes, nas décadas de 1960 e 1980. Mas nenhum Papa estava disposto a realizar a Consagração na forma desejada pela Mãe Santíssima, nem João XXIII, que impediu mesmo a publicação do Terceiro Segredo, nem Paulo VI, que fez uma peregrinação a Fátima em 1967. Só a tentativa de assassinato no dia de Fátima, 13 de Maio de 1981, abalou o Papa João Paulo II. No aniversário da tentativa de assassinato viajou a Fátima e consultou a Irmã Lúcia para celebrar efectivamente a solene Consagração do mundo e para, pelo menos – in pectore – fazer a Consagração da Rússia. E novamente um milagre aconteceu. Segundo a Irmã Lúcia, em 1985 ameaçou-se a eclosão de uma terceira guerra (atómica), mas em vez disso o depósito central de armas da Frota do Norte explodiu em 13 de Maio de 1984, o que prejudicou decisivamente as capacidades de guerra da Rússia. A hora dos “falcões” no Kremlin chegou ao fim e em 1985 a “pomba” Mikhail Gorbachev foi eleito o novo secretário-geral do PCUS e depois Presidente da URSS. Sua política de “perestroika” incluiu a introdução da liberdade religiosa no estado anteriormente militantemente ateu. Em 1989 foram liberados os estados do Pacto de Varsóvia na Europa Oriental, em 1990 foi permitida a reunificação Alemã, em 1991, na Festa do Imaculado Coração de Maria (22 de Agosto – hoje da “Realeza de Maria”) de todas as coisas, a tentativa dos radicais de salvar o comunismo entrou em colapso, e deu-se então, o Natal de toda a União Soviética. O que se seguiu foi, de fato, o maior milagre da história, a conversão da grande potência do ateísmo: a União Soviética anticristã tornou-se a Rússia Cristã. Hoje, 82% dos Russos professam o Cristianismo Ortodoxo, desde 1990, 30.000 novas Igrejas foram Consagradas e mais de 800 novos Mosteiros fundados, e cerca de 6.000 jovens são ordenados sacerdotes todos os anos. O comunismo foi adiado; nas eleições da Duma em 2021, o Partido Comunista recebeu apenas 18% dos votos, pouco mais do que o sucessor do SED, Die Linke, em Berlim (14,3%).

Em todo o caso, a Santíssima Virgem em Fátima só falou de um “tempo de paz” que seria concedido pela Consagração. Afinal, durou 37 anos, 77 mesmo desde o último fim da II guerra mundial, o que correspondeu a cerca de uma ou duas gerações bíblicas (40 anos).

No entanto, os círculos tradicionalistas gostam de afirmar que a Consagração de 1984 era inválida. Um Padre Canadiano que acabou se tornando leigo por sua ganância por dinheiro e desobediência ao seu bispo e a Roma, um radical antissemita e negador do Holocausto, o falecido Nicholas Gruner arrecadou milhões com sua autoproclamada “Cruzada de Fátima” contra as negociações de São João Paulo II e Bento XVI com as mensagens de Nossa Senhora. Gruner chegou ao ponto de acusar o Vaticano de falsificar documentos e substituir a Irmã Lúcia por uma atriz para evitar os desejos da Santíssima Mãe.

Em Dezembro de 2016, em Aljustrel, aldeia natal das três crianças videntes de Fátima, pude entrevistar Maria dos Santos, então com 96 anos, a sobrinha preferida da Irmã Lúcia. Ela me explicou na frente da câmera – publiquei a entrevista no youtube – que na década de 1990 ela foi repetidamente questionada pelos peregrinos sobre a validade da Consagração. Visto que a sua família também tinha permissão para visitar Lúcia regularmente no Carmelo de Coimbra, ela aproveitou para encaminhar esta questão à Irmã Lúcia. A resposta da vidente foi surpreendentemente clara: “A Mãe Santíssima prometeu que a Rússia se converteria se fosse Consagrada e veja, se converteu!”

Isso é exatamente o que a Santa Sé vem reivindicando desde 1984. Assim, em Junho de 2000, o Cardeal Ratzinger publicou uma carta escrita pela Irmã Lúcia, na qual ela confirmou ao Papa João Paulo II a 8 de Novembro de 1989: “Sim, está feito, tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984” – “Sim, tudo foi feito conforme pedido de Nossa Senhora, em 25 de Março de 1984.” A alegação de que a carta é uma falsificação porque foi datilografada é um absurdo. Quem visita o Carmelo de Coimbra, o Mosteiro onde viveiu a Irmã Lúcia, ainda lá encontrará a sua amada máquina de escrever. Há também fotos mostrando-a a escrever na mesma. Anteriormente, em 29 de Agosto de 1989, ela havia declarado, também por escrito: “Depois (de sua visita a Fátima) ele (João Paulo II) escreveu a todos os bispos do mundo e pedindo-lhes que se unissem a ele. Ele mandou trazer a imagem de Nossa Senhora de Fátima para Roma em 25 de Março de 1984. Então, junto com os bispos que queriam ajudá-lo, ele realizou publicamente a Consagração da maneira que a Santíssima Virgem queria que fosse. Depois disso, as pessoas perguntaram-me se estava acontecendo do jeito que Nossa Senhora queria, e eu respondi: ‘Sim!’”

Apesar disso, Dom Tarcisio Bertone, que mais tarde foi nomeado Arcebispo e admitido no Colégio dos Cardeais antes de Bento XVI. serviu como Cardeal Secretário de Estado, novamente a “questão de todas as questões” quando visitou Irmã Lúcia em Coimbra em 17 de Novembro de 2001 em nome do Papa João Paulo II: O Padre Gruner está certo quando fala de uma omissão?” Aqui, também, a resposta da Vidente então com 93 anos não deixou nada a desejar em termos de clareza: “A Consagração Mundial, a pedido de Nossa Senhora, teve lugar em 1984 e foi aceite pelo Céu.”

Claro que o Cardeal Bertone também foi acusado de mentir. O facto da própria Irmã Lúcia, no seu último livro, “A Mensagem de Fátima” (Coimbra 2006), publicado postumamente pelas suas coirmãs, ter confirmado a validade da Consagração e contrariado todos os que duvidavam, não mudou nada: “Depois enfim, ainda há cegos que não vêem ou não querem ver e dizem: Mas ainda há guerras neste mundo… (mas há) guerras civis que sempre existiram e sempre existirão.. A promessa de paz refere-se às guerras em todo o mundo, instigadas pela disseminação dos erros da Rússia. Esta Consagração foi tornada pública pelo Santo Padre João Paulo II em Roma, em 25 de Março de 1984, diante da imagem milagrosa de Nossa Senhora…”

Mas há uma prova inegável da validade da Consagração que mesmo os teóricos da conspiração tradicionalistas deveriam realmente aceitar. Afinal, a Irmã Lúcia comentou duas vezes sobre a Consagração da Rússia diante da câmara.

Devemos esta prova ao seu intérprete de longa data, o Português especialista em Fátima Carlos Evaristo, que cresceu no Canadá. Ele acompanhou vários Cardeais de língua inglesa ao Carmelo em Coimbra na década de 1990 para traduzir durante seus encontros com as Irmãs. Em duas ocasiões, elas permitiram que ele gravasse as conversas para contradizer abertamente as mentiras do Padre Gruner. A primeira dessas duas conversas ocorreu em 11 de Outubro de 1992, quando o Cardeal Indiano Antony Padiyara visitou a Irmã Lúcia. Na gravação, a Irmã Lúcia pode ser ouvida claramente a dizer: “Tudo levou a que esta Consagração fosse aceite… O Papa tinha a Rússia em mente quando mencionou ‘este povo’ no acto de Consagração em 1984. Aqueles familiarizados com o apelo à Consagração da Rússia sabiam a que ele se referia… Deus sabia qual era a intenção do Papa e que ele queria dizer a Rússia com a Consagração. A intenção é importante. Assim como quando um padre pretende Consagrar uma hóstia… Não há necessidade de Consagrar a Rússia novamente.”

Um ano depois, em 11 de outubro de 1993, o cardeal filipino Ricardo Vidal a visitou. Novamente Evaristo interpreta, novamente tudo foi gravado em vídeo. E novamente a Irmã Lúcia é claramente ouvida falando da conversão da Rússia:

“Você tem que entender uma coisa. Não devemos interpretar mal a palavra ‘conversão’. A palavra ‘conversão’, ‘converter’, ‘uma conversão’ indica um cambio. Uma ‘conversão’ é uma cambio do mal para o bem. Mas isso não significa que todo o mal desapareça… O Santo Padre fez a Consagração e esta cCnsagração é válida. A Santíssima Virgem nunca disse que o Papa tinha que pronunciar a palavra ‘Rússia’. Ela disse: ‘Ele Consagra-me-à a Rússia e ela vai se converterá. E então haverá paz.” Mas essa promessa de paz se referia às guerras e perseguições causadas pelos erros do comunismo ateu em todo o mundo… A Consagração de 1984 impediu uma guerra atómica que teria estourado em 1985… As guerras que estão acontecendo agora são guerras civis, não guerras mundiais. Guerras locais. A Santíssima Virgem nunca se referiu a tais guerras”.

Claro, é bom e correto invocar a Mãe de Deus em uma crise e confiar a ela novamente os países em necessidade ou guerra, mesmo que isso já tenha acontecido no passado. Nesse sentido, bispos Russos e Ucranianos pediram recentemente a Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. Mas esta exigência nada tem a ver com o fato de que a Consagração de 1984 era válida. Naquela época, destruiu o comunismo soviético e trouxe a conversão de uma grande potência. Portanto, temos boas razões para esperar que desta vez ela traga paz à Ucrânia sitiada.

Rússia (kath.net)

15 de Março de 2022

FONTE: https://kath.net/news/77832?fbclid=IwAR3byBwHk8qBqPt_XXPRfGfwWGMdXQKYiYsur9C3LLQVIIrRIbltFGLvbDw

Santa Sé Anuncia: “A 25 de Março, o Papa Consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria

O ato se realizará durante a Celebração da Penitência que o Papa Francisco presidirá às 17h na Basílica de São Pedro. O mesmo ato será realizado, no mesmo dia, em Fátima pelo cardeal Krajewski, esmoleiro pontifício, enviado do Papa.

VATICAN NEWS

“Na sexta-feira, 25 de Março, durante a Celebração da Penitência que presidirá às 17h na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco Consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. O mesmo ato será realizado, no mesmo dia, em Fátima pelo esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski, enviado do Santo Padre.”

A notícia foi dada, numa nota, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. O dia da Festa da Anunciação do Senhor foi escolhido para a consagração.

Nossa Senhora, na aparição de 13 de Julho de 1917, em Fátima, pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, afirmando que, se este pedido não fosse atendido, a Rússia espalharia “seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”. “Os bons”, acrescentou, “serão martirizados, o Santo Padre sofrerá muito, várias nações serão destruídas”. Depois das aparições de Fátima houve vários atos de consagração ao Imaculado Coração de Maria: Pio XII, em 31 de Outubro de 1942, consagrou o mundo inteiro, e em 7 de Julho de 1952, consagrou os povos da Rússia ao Imaculado Coração de Maria na Carta Apostólica Sacro vergente anno:

Assim como há alguns anos atrás consagramos o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe de Deus, agora, de forma muito especial, consagramos todos os povos da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.

Paulo VI, em 21 de Novembro de 1964, renovou a consagração da Rússia ao Imaculado Coração na presença dos Padres do Concílio Vaticano II. O Papa João Paulo II compôs uma oração para o que definiu de “Ato de entrega” a ser celebrado na Basílica de Santa Maria Maior em 7 de Junho de 1981, Solenidade de Pentecostes. Este é o texto:

Ó Mãe dos homens e dos povos, Tu conheces todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Tu sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo, acolhe o nosso clamor no Espírito Santo diretamente ao teu coração e abraça com o amor de Mãe e de Serva do Senhor aqueles que esperam mais este abraço, junto com aqueles que cuja entrega Tu também esperas de modo particular. Tomai sob a tua proteção materna toda a família humana que, com carinho afetuoso, a Ti, ó mãe, nós confiamos. Que se aproxime para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da esperança.

Depois, para responder mais plenamente aos pedidos de Nossa Senhora, quis explicitar durante o Ano Santo da Redenção o ato de entrega de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima a 13 de Maio de 1982. Em memória do Fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, em 25 de Março de 1984, na Praça São Pedro, em união espiritual com todos os bispos do mundo, previamente “convocados”, João Paulo II confiou todos os povos ao Imaculado Coração de Maria:

E por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Tu que conheces todos os seus sofrimentos e todas as suas esperanças, Tu que sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhe o nosso grito que, movido pelo Espírito Santo, dirigimos diretamente ao teu Coração: abraça com amor de Mãe e Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Te confiamos e consagramos, cheio de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. De modo especial Te confiamos e consagramos aqueles homens e nações que têm necessidade particular desta entrega e consagração.

Em junho do ano 2000, a Santa Sé revelou a terceira parte do segredo de Fátima e o então arcebispo Tarcisio Bertone, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, sublinhou que irmã Lúcia, numa carta de 1989, tinha confirmado pessoalmente que este ato de consagração solene e universal correspondia ao que Nossa Senhora queria: “Sim, foi feito”, escreveu a vidente, “como Nossa Senhora havia pedido, em 25 de Março de 1984”.

15 de Março de 2022

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-03/papa-consagracao-russia-ucraina-imaculado-coracao-maria.html

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Gregory Keller; o Padre que inventou a maquina de fazer “bengalas doces de Natal” foi também quem lançou a carreira artística de Elvis Presley

Gregory Harding Keller; Padre e inventor que popularizou a Bengala Doce de Natal lançou Elvis Presley

Poucos conhecem a história de Gregory Harding Keller, um Padre e inventor do Arkansas, que não só ajudou a criar a maquina que industrializou o fabrico das populares bengalas ou bastões doces de Natal, mas que também ajudou a lançar a carreira de Elvis Presley, tendo mais tarde expulsado o Rei do Rock n’ Roll da sua Paróquia por causa das freiras considerarem o seu comportamento indecente.

As Origens do popular Doce de Natal

A história da bengala ou bastão doce de Natal é um pouco obscura. Reza a lenda, que o doce começou a ser confecionado no ano de 1600 sob a forma de um simples palito de açúcar branco.

Há quem afirme que a bengala doce ganhou seu gancho para tornar mais fácil pendurar nas árvores de Natal outros dizem que foi quando um mestre de coral do Século XVII na Catedral de Colônia, na Alemanha, convenceu um fabricante de doces local a dobrar os palitos ou varas de açúcar na forma de um cajado de pastor, para assim divertir crianças inquietas durante a Missa de Natal.

The candy cane's humble origins: Do YOU know the sweet treat's story? -  Home & Food - Home & Family - News - Catholic Online

Mas para o Pesquisador de assuntos Religiosos da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, “o formato de bengala ou bastão foi criado para relembrar o báculo episcopal de São Nicolau dado que os doces eram originalmente oferecidos às crianças alemãs anualmente a 6 de Dezembro, pela Festa desse Santo.”

“No Século XVI, os Europeus decoravam as árvores com velas, fruta, nozes, biscoitos, correntes de papel e velas para relembrar o antigo costume pagão do deus do Inverno “Ermansul” ou “Widikin” que era uma abeto.”

A industria da cana-de-doce transformou-se quando surgiu a ideia de adicionar hortelã-pimenta com açúcar para fazer as chamadas “balas de hortelã-pimenta” sendo que as icônicas listras vermelhas e brancas surgiram mais tarde.

Nos Estados Unidos, bastões doces brancos, confecionados à mão foram registrados como marca patente pela primeira vez em 1847. Em 1919, Bob McCormack iniciou a McCormack’s Famous Candy Co. em Albany, Geórgia, e começou também a fabricar e vender bastões doces. A empresa, mais tarde conhecida como Bob’s Candy Co. e depois Bob’s Candies, ficou conhecida como sendo ao maior fabricante de doces listrados do mundo. Bob’s Starlight Mints, Peppermint Candy Balls e Sweet Stripes ainda são produzidos hoje.

O Padre Gregory Harding Keller

De Inventor a Padre

O processo de modelagem de bengalas doces era trabalhoso porque era feito à mão, mas isto até que o cunhado de Robert McCormack, um inventor chamado Gregory Harding Keller, interveio para tornar o processo mais rápido e eficiente.

Foi em 1919, em Albany, Geórgia, que Robert McCormack começou a fazer bastões doce para as crianças locais consumirem pelo Natal. Sua empresa, originalmente chamada de Famous Candy Company e depois Mills-McCormack Candy Company e mais tarde Bob’s Candies, tornou-se na principal produtora mundial desses doces natalícios.

A fabricação das bengalas doces inicialmente exigia mão de obra significativa que limitava as quantidades de produção; as bengalas tinham que ser dobradas manualmente à medida que saíam da linha de montagem para criar sua forma curva e antes de arrefecerem. A quebra geralmente ultrapassava 20%, um desperdício significativo que tornava-o um rebuçado caro de produzir.

O cunhado de McCormack, Gregory Harding Keller, era na altura um Seminarista em Roma que passava os verões a trabalhar na fábrica de doces da família. Sendo inventor, desenhou e construiu uma máquina para torcer o doce em espirais de várias cores e cortar o mesmo em tiras do mesmo tamanho e peso.

Keller estudava para o Sacerdócio no Pontifício Colégio Norte-Americano em Roma e foi ordenado pelo Cardeal Basilio Pompilj na Basílica de São João de Latrão em Roma, a 17 de Março de 1919.

Em 1952, o Padre Keller regressou à fabrica da família e patenteou a maquina que inventou. Depois, em 1957, inventou uma outra maquina, para cortar directamente o doce em forma de cajado ou bastão. Sua invenção que se popularizou em todo o mundo ficou conhecida como a Keller Machine ou Máquina Keller.

Registo da Patente aprovada a 18 de Outubro de 1960

Bee McCormack, filha de Bob McCormack e sobrinha do Padre Keller, afirmou que: “Não existia tal coisa na indústria de doces. Era feito por lojinhas que faziam doces artesanais e os vendiam em potes. Não havia indústria de doces de Natal até à chegada da Keller Machine.”

O Padre Keller aposentou-se em 1960 mas nunca deixou de criar máquinas. Era o seu hobby preferido. Tinha patentes registadas para máquinas de decorar doces, empacotar amendoins salgados e fazer sanduíches de biscoito de manteiga de amendoim. Em 1970, o Padre Keller registou outra patente, esta para uma máquina de sortimento de palitos para ajudar a preencher uma caixa ou pote sortido de vários sabores ou cores de doces em palito.

The Keller Machine foi um sucesso tão grande que o Padre Keller em 1974 foi convidado a ser participante no popular programa de Televisão “What’s My Line?”

Quando faleceu a família descobriu que todo o dinheiro dos royalties que o Padre Keller devia de receber das suas invenções, ele doou para instituições de caridade.

Professor e Pároco

Como Sacerdote o Padre Keller ficou incardinado na Diocese de Little Rock que ficava ao lado da Diocese de Memphis e foi lá que se tornou Professor e passou a ensinar durante quatro anos no Seminário de Saint John e no Liceu do Sagrado Coração de Jesus.

O Padre Keller foi também Pároco Associado e mais tarde Pároco da Igreja de Saint Mary’s. Helena era um pequeno e próspero centro de comércio do Delta com um Liceu e Salão Paroquial na Igreja de Saint Mary, o melhor lugar na cidade para se realizar os bailes dos jovens de liceu.

O Clube Católico, como era conhecido na década de 1950, era o baile regular do Salão Paroquial da Igreja de Saint Mary’s. O mesmo espaço também servia de Ginásio para o Liceu do Sagrado Coração de Jesus, uma antiga Academia de ensino secundário dirigida pelas Irmãs de Caridade de Nazaré e que se manteve activo até 1962.

O Clube Católico estava aberto a todos os jovens, de todas as religiões, pois o salão também servia de Centro
Comunitário para a Cidade de Helena por ser o maior edifício do gênero à época. Organizações cívicas, escolas e outros grupos locais também frequentemente alugavam o clube à Paróquia para organizar os seus banquetes, reuniões, concertos e danças.

E foi ao Clube Católico de Helena, a cerca de 100 Quilômetros Sudoeste de Memphis, que um jovem chamado Elvis Aaron Presley veio em 1954 procurar um lugar para se apresentar ao público pela primeira vez como cantor…

Livro de Ano de Elvis Presley

O Padre que lançou a Carreira de Elvis mas que o expulsou da Paróquia

O Padre Keller não só ficou famoso por ter lançado o Rei do Rock n’ Roll mas também infame por ter expulso Elvis Presley do Salão Paroquial de Saint Mary, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, depois do jovem cantor após um show para o Catholic Club em 1955 ter autografado a coxa de uma jovem fã com um marcador.

Foi um amigo de Elvis Presley, de nome Sonny Payne, que o convidou para actuar no Salão Paroquial do Clube Católico de Helena para assim o jovem cantor se apresentar ao público em 1954. Payne era Paroquiano de Saint Mary’s e o responsável por apresentar os espectáculos do Clube Católico. Elvis Presley foi ter com o responsável por agendar os eventos do Clube e depois foi pedir autorização para actuar ao Pároco, o Padre Gregory Keller.

Elvis Presly em 1954

Durante um ensaio, o Padre Keller escutou Elvis Presley e contente com o que ouviu autorizou que Payne o contractasse para cantar a sua música de estilo Gospel no “Catholic Club”.

Elvis estreou-se no Salão em 1954 e depois disso ganhou tanta popularidade que voltou a actuar no mesmo local por mais três vezes até que o Pároco lhe dizer para nunca mais voltar!

No total Elvis Presley actuou quatro vezes no Clube Católico do Salão Paroquial de Helena entre 1954 e 1955 quando o seu estilo de música começou a tornar-se “Rock”, algo imoral para as Irmãs da Academia do Sagrado Coração de Jesus que proibiram os alunos de assistirem aos concertos do jovem de Memphis por acharem o seu girar de ancas algo sedutor e imoral.

Muito antes de suas aparições na televisão nacional em 1956, as primeiras actuações de Elvis Presley, não ficaram oficialmente documentadas mas de acordo com um artigo de 23 de Janeiro de 2005 no Arkansas Democrat-Gazette, bem como no site http://www.elvisconcerts.com e no livro “Elvis: Day by Day”, Presley actuou no Catholic Club entre 1954 e 1955; a 2 de Dezembro de 1954; 13 de Janeiro de 1955; 8 de Março de 1955; e 14 de Dezembro de 1955.

Elvis a actuar com Banda em 1954

Tanto o Padre Keller como o jovem apresentador Sonny Payne afirmaram que a primeira impressão que tiveram de Elvis Presley, não foi boa.

“Ele estava com uma camisa velha e rota. Tinha um charuto na boca e usava calças de ganga gastas.” Foi Payne que disse a Elvis para fazer um teste para o Agente de Talento Coronel Tom Parker, que achou que: “‘Ele não é assim tão mau.”

Elvis foi contractado a 15 Dólares por três horas de atuação, o que era muito dinheiro na época mas foram Payne e Parker que lhe emprestaram 7,50 Dólares de adiantamento para ele poder pagar a taxa de actuação ao Estado porque não tinha dinheiro. Elvis prometeu pagar de volta a Payne e ao Coronel após o concerto, o que ele fez.

Casal dança no Catholic Club

No entanto, a segunda vez que Elvis actuiu no Catholic Club, Payne e Parker voltaram a adietar o dinheiro para a taxa mas não receberam o dinheiro de volta. E foi a última vez que a dupla marcou um concerto em Helena para a futura super estrela

Payne disse que Presley perguntou se ele poderia pagá-los de volta mais tarde, mas que ele nunca o fez. “Antes de ele ir para o Exército, eu liguei e ele disse: ‘Oh pá, eu vou-te entregar o dinheiro quando regressar, mas depois de duas ou três tentativas eu disse: ‘Bem, esqueça mas é isso’.”

A Câmara de Comércio de Helena que soube da dívida entrou em contacto com a empresa que hoje gere o património de Elvis Presley e Graceland apresentou Payne com um cheque de 15 Dólares no banquete anual da Câmara em Fevereiro de 2005. Foi uma vergonha para o amigo de Elvis já com 80 anos receber o dinheiro mas Payne finalmente conseguiu o seu empréstimo de volta ao fim de 60 anos. Já se o Coronel Tom Parker recebeu ou não a sua parte do empréstimo é mistério, mas o facto é que tornou-se Manager de Elvis e manteve esse cargo até à sua morte.

Sobre o incidente que levou o Padre Gregory Keller a expulsar Elvis Presley do Clube Católico, algumas testemunhas contemporâneas ainda vivas afirmam que o problema não foi o cantor autografar a coxa da jovem estudante mas o facto que quando ela levantou a saia viu-se que não tinha calcinhas.

O Padre Keller terá diro a Presley: “Você é uma vergonha para a masculinidade e não volte mais”.

Billie Jo Moore, uma ex-estudante residente de Helena, recordou a sua experiência com Elvis Presley numa entrevista que deu em 2005. Moore lembrava-se de ter visto Presley actuar no Clube Católico umas duas vezes. A primeira vez foi com amigas e elas tiveram que se sentar nas arquibancadas porque todas as cadeiras do chão estavam cheias. “As jovens de todas as escolas do condado foram lá“; afirmou.

Jesuítas lançaram avisos sobre Elvis

Elvis Presley também chamou a atenção dos Jesuítas, que na edição da sua revista Americana de 23 de Junho de 1956; avisavam: “Cuidado com Elvis Presley”. O Editor da revista Jesuíta citava vários jornais de todo o país que achavam que Presley era “problemático”. Um jornal descrevia a sua actuação em Wisconsin como um “strip-tease de roupa vestida, não apenas sugestivo, mas absolutamente obsceno.”

Embora a maior parte do mundo nunca tenha ouvido falar de Elvis Presley até 1956, quando ele se apresentou pela primeira vez na televisão nacional, muitas cidades do sul, como Helena, já conheciam a sua música e o seu estilo.

Elvis com a sua Professora primária

De acordo com http://www.Elvisconcerts.com, Elvis realizou mais de 250 espectáculos entre Julho de 1954 e Dezembro de 1955, e principalmente no Tennessee, Texas, Mississippi, Louisiana e Arkansas. Mas Presley actuou também em lugares distantes como Novo México, Flórida, Ohio e Vermont.

Para além do Catholic Club em Helena, onde se estreou Presley tocou em muitos locais no Arkansas, incluindo Bono, Camden, El Dorado, Forrest City, Hope, Leachville, Little Rock, Pine Bluff, Newport e Texarkana. Em alguns casos, como no Catholic Club, Presley actuou duas vezes ou mais.

Armantine Keller

A história da passagem de Elvis Presley pela Paróquia Católica de Santa Maria em Helena e do seu lançamento no Salão de Nossa Senhora de Fátima pelo Padre Gregory Keller foi algo confirmado pela falecida Armantine Keller, viúva de um primo do Sacerdote, em entrevista gravada por Carlos Evaristo em 1998.

Mais tarde, a história foi também recordada por outra testemunha contemporânea, o antigo Pároco Coadjutor da Igreja de Santa Maria e Diretor do Liceu com salão dedicado a Nossa Senhora de Fátima onde Elvis Presley se estreou como cantor, a 2 de Dezembro de 1954.

De visita a Fátima, o Sacerdote jantou com um grupo de Peregrinos da Paróquia de Saint Mary’s no Restaurante Medieval no Castelo de Ourém, a 21 de Setembro de 2002, altura em que deu uma entrevista gravada a Carlos Evaristo e recebeu um exemplar do CD comemorativo do Elvisfest 2002 com a Canção “The Miracle of the Rosary” interpretada por Elvis Presley e Lee Denson.

Presley e Denson tocaram juntos no palco, pela primeira vez, no Baile de Finalistas do Catholic Club, a 2 de Dezembro de 1954, no Salão Paroquial que havia sido dedicado a Nossa Senhora de Fátima e tinha uma imagem na Igreja de Santa Maria ao lado.

Carlos Evaristo entrevistou o Pároco de Saint Mary’s a 21 de Setembro de 2002

Elvis Presley nunca mais se esqueceu dessa primeira oportunidade que o Pároco da Igreja ofereceu ao artista pois foi essa actuação que o lançou na sua carreira artística. Todos os anos até falecer, o Rei do Rock n’ Roll enviava uma donativo anónimo de 10, 000 Dólares à Diocese por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Fátima.

Durante a entrevista ao Pároco da Igreja que lançou a carreira de Elvis Presley, o Padre confirmou, o que o Capelão do Cantor no Exército já havia revelado numa outra entrevista gravada em 1998, nomeadamente que o Rei do Rock n’ Roll nunca se esqueceu do facto do Padre Gregory Kelly e a Paróquia o terem lançado na sua carreira. Todos os anos até falecer enviava um donativo de 10,000 Dólares à Diocese em agradecimento. A princípio, era menos dinheiro e seguia como um donativo anónimo mas certo ano quando a quantia ultrapassou 10, 000 Dólares, o Bispo foi investigar e descobriu de que era Elvis Presley o generoso benfeitor anónimo da Diocese. A Diocese agradeceu a Elvis a sua generosidade numa carta oficial e a partir de então, Elvis passou a enviar o donativo em forma de cheque pessoal que chegava pelo Natal acompanhado de um cartão de Boas Festas assinado por ele e pelo seu Manager, o Coronel Tom Parker.

O Padre Gregory Keller aposentou-se em 1960, aos 65 anos de idade e viveu na Casa Paroquial até falecer a 1 de Setembro de 1979.

Com oito diplomas de doutoramentos, o “Dr. Keller” que queria ficar conhecido pelas suas invenções, ficou para a história como o Padre que lançou a carreira do Rei do Rock n’ Roll e que o expulsou da sua Paróquia.

8 de Janeiro de 2022

FONTES:

A Priest Put the Hook in Candy Canes

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Fundação recorda Capelão que ensinou Elvis Presley a rezar o terço e fez dele um crente nas Aparições de Nossa Senhora de Fátima

Monsenhor General Thaddeus F. Malanowski mostra uma foto no livro tirada com Elvis no seu livro de memórias.

Poucos conhecem a história do Monsenhor Thaddeus F. Malanowski, mais conhecido por “Padre Ted” ou “Tio Ted”.

Era devoto de Nossa Senhora de Fátima, Capelão do Exército Azul e Capelão Honorário da Fundação Oureana. Mas era também conhecido na altas esferas do Exército Americano por ter sido Brigadeiro-General Vice-Chefe dos Capelães do Exército dos Estados Unidos, o primeiro Americano de ascendência Polaca, a ocupar essa posição e a pessoa que ensinou Elvis Presley a rezar o terço, tendo feito dele um crente nas Aparições de Nossa Senhora em Fátima…

Monumento ao General Thaddeus Kosciuszko

O eterno “Padre Ted”

O Monsenhor Malanowski nasceu em 30 de Novembro de 1922, um dos 14 filhos de Thomas e Sophie (Goscienski) Malanowski, uma casal de Polacos que emigraram para os Estados Unidos. “Tadeu” foi assim baptizado em homenagem ao famoso General Polaco e patriota Americano Thaddeus Kosciuszko, fundador do prestigiado Colégio Militar de West Point. É irónico que “Ted” como era conhecido pelos amigos, se iria tornar também num General, e o primeiro General Americano de ascendência Polaca.

Nativo da Paróquia do Santo Nome de Jesus de Stamford Conneticut, o Padre Ted foi ordenado Sacerdote Católico Diocesano da Arquidiocese de Hartford a 15 de Maio de 1947, tendo-se consagrado dois dias antes a Nossa Senhora de Fátima. Ficou incardinado na Diocese de Norwich quando essa foi criada em 1953 e serviu em sua Paróquia natal na Igreja do Santo Nome de Jesus em Stamford, antes de se tornar Capelão do Exército e após sua aposentadoria do ministério ativo.

Elvis não era Católico mas assistia a Missas do “Uncle Ted

Como Capelão serviu o Exército dos Estados Unidos por mais de vinte e cinco anos tendo sido comissionado como Oficial do Exército em 1949.

Durante a Guerra Fria, entre 1951 a 1954, serviu na NATO como membro da 43ª Divisão de Infantaria e foi destacado para várias bases dos Americanos durante duas décadas tendo passado também pelos Açores e parado em Lisboa para visitar o Santuário de Nossa Senhora de Fátima.

No seu cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército Americano conheceu muitas celebridades Católicas que actuavam para os militares nos teatros de guerra tais como Bob Hope e Bing Crosby. Conheceu também muitas personagens Católicas conhecidas como Apóstolos de Fátima que promoviam o uso do Rosário e Escapulário entre os Militares; o Arcebispo Fulton J. Sheen, o Padre Patrick Peyton, a Madre Teresa de Calcutá e os fundadores do Exército Azul; o Monsenhor Harold Colgan e John Mathias Haffert.

Em plena Guerra Fria, foi nomeado para o Quartel-General do Exército dos Estados Unidos na Europa situado na Alemanha Ocidental sendo depois nomeado Vice-Chefe dos Capelães com o posto de Brigadeiro-General, cargo que ocupou até sua aposentadoria em 1978.

Elvis Presley e o Padre Ted na Base Americana na Alemanha

O Director Espiritual de Elvis

O “Padre Ted” começou a servir como Capelão Assistente de Posto em Fort Benning, Geórgia e, em 1956, foi designado para a 3ª Divisão Blindada em Fort Knox, onde ainda jovem padre conheceu um jovem recruta de nome Elvis Presley que já havia começado a ganhar fama internacional como cantor de Rock n’ Roll.

Não tardou que a divisão “C” do Comando de Combate fosse enviada para a Europa, permitindo assim que o Padre Ted e Elvis se conhecessem melhor e se tornassem amigos.

Nas suas memórias o Tio Ted como era conhecido pelos Militares não Católicos, escreveu; “Um dia Elvis Presley entrou no meu escritório na Capela da base na Alemanha. Perguntou-me se eu conhecia o Padre em Memphis, Tennessee, que visitava sua mãe todos os dias no Hospital antes de sua morte. A familia de Elvis era Batista e os Capelães Protestantes estavam atrás dele para cantar no coral. Mas acho que ele procurou- me para falar sobre a sua mãe.”

Durante a reunião Elvis abriu a sua carteira e mostrou ao Capelão uma foto do túmulo de sua mãe em Memphis e sob a qual havia colocado uma enorme estátua do Sagrado Coração de Jesus.

“Isso levou-me a crer que sua mãe poderia ter morrido Católica, tendo sido batizada no Hospital pelo Capelão. Elvis não frequentava a igreja, mas acredito que ele queria se conectar com sua mãe dessa maneira e aprender mais sobre o que uma vez foi a Fé dela.”

Para confortar Elvis no seu luto, o Capelão Malanowski começou por dar ao cantor alguns panfletos do Exército Azul que recomendavam o uso do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelos militares e a recitação do Terço do Rosário. Elvis apreendeu mesmo a rezar o terço e por vezes juntava-se aos outros Militares Católicos em momentos de oração. Mas apreendeu também, segundo John Haffert, a história das Aparições de Fátima sendo crente na sua veracidade, afirmando “É maravilhosos como Deus faz destes Milagres.”

O “Tio Ted”e as Devoções predilectas de Elvis

Elvis, que estava já no topo da fama internacional, era segundo o “Uncle Ted”; um jovem bonito, caloroso, de coração aberto e amado pelas tropas.” Elvis era devoto mas levava a sério a sua missão como soldado e trabalhou duro durante o tempo que esteve no exército.”

Um fim de semana, Elvis convidou o “Tio Ted” para conhecer seu pai Vernon Presley e seu tio Walter que juntamente com alguns membros da sua banda vieram para o visitar na Alemanha. Elvis alugou o último andar de um hotel local, onde ele e os membros de sua banda tocaram alguns números em privado para o amigo Capelão.

O Padre Malanowski ficou na unidade de Elvis até 1960, quando retornou aos Estados Unidos para participar em Cursos de Formação da Companhia para Capelães em Fort Slocum, Nova York, mas nunca deixou de manter contacto com o Rei do Rock n’ Roll dando-lhe conselhos nos problemas da vida e direcção espiritual até à morte do cantor em 1977.

É de recordar que outro assunto Católico que fascinou Elvis Presley desde esses tempos com o “Tio Ted” na Alemanha, era a Santa Síndone ou o Santo Sudário de Turim. Este é o alegado lençol que e amortalhou o corpo de Cristo do Túmulo e no qual ficou miraculosamente impresso, a imagem do Crucificado.

Quando Elvis morreu de enfarte na casa de banho da sua casa, vítima de um enfarte provado por excesso de medicação, foi descoberto que pouco antes de falecer havia estado a ler um livro sobre essa Sagrada Relíquia da Cristandade, e ao que se diz, oferecido por um Capelão Católico seu amigo, muito provavelmente o “Tio Ted”.

Em 2002 pelo 25º Aniversário da morte de Elvis Presley, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, contactou o Monsenhor Ted Malanowski a fim de ver a sua disponibilidade para vir a Fátima celebrar uma Missa durante a qual seria apresentado ao público o tema “The Miracle of the Rosary” de Nossa Senhora de Fátima que Elvis havia gravado em 1971. O Monsenhor Malanowski não podia comparecer por motivos de agenda mas em conversa com o Capelão da Fundação Oureana, John Guilbert Mariani manifestou o seu apoio à iniciativa de se celebrar uma Missa na Igreja Paroquial de Fátima pelos artistas do mundo inteiro. Em defesa da iniciativa que veio a ser criticada por alguns grupos Católicos, o Padre Ted relembrou que em Memphis, terra natal de Elvis, todos os anos pelo aniversário da sua morte, são celebradas Missas Memorias em várias Igrejas tal como a Igreja Católica de São Paulo. Malanowski explicou que as Missas em vez de serem por alma do falecido que não era Católico, são celebradas em acção de graças a Deus pela vida e dotes musicais do artista que partilhou os mesmos com todos nós.

Promoção do Padre Ted a Brigadeiro – General em 1974

Promoções e Distinções

O Padre Ted estudou no U.S. Army War College e depois formou-se no Command and General Staff College, em Fort Leavenworth, Kansas. Seu treino avançado levou a muitas missões e promoções no exterior até 1973, quando regressou ao USAREUR e ao Quartel-General do Sétimo Exército como Vice-Capelão e Capelão Delegado do Chefe da Arquidiocese para os Serviços Militares, o Cardeal Terence Cooke.

No mesmo ano o Padre Ted foi nomeado Prelado de Sua Santidade o Papa Paulo VI com o título de Monsenhor.

A 22 de Janeiro de 1974, foi nomeado pelo Presidente Richard Nixon para ser o cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército com o posto de Brigadeiro-General. A cerimônia de promoção teve lugar em Heidelberg, na Alemanha, e foi presidida pelo General Michael S. Davison, Comandante-em-Chefe do Exército dos EUA na Europa e do Sétimo Exército.

Entre as muitas distinções que recebeu conta-se a Legião do Mérito, a Medalha de Serviços Distintos do Exército, a Medalha de Serviços Meritórios e a Medalha de Comenda do Exército com dois conjuntos de folhas de carvalho.

No Ano Santo 2000, o Monsenhor Ted foi proposto por John Haffert, ao abrigo do Protocolo Regina Mundi 2000, para membro e Capelão Honorário da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, uma das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa. Nessa altura foi também nomeado Capelão Honorário da Fundação Oureana.

Trabalho Apostólico e Missionário

O Padre Ted também era conhecido por ser um apóstolo de Nossa Senhora de Fátima e pelo seu zelo Missionário. Fez grandes contribuições para o Hattian Health Foundation, tendo feito parte do Conselho de Administração da Haitian Health Foundation desde 1985 até seu falecimento.

O Padre Malanowski no Haiti junto a uma das casas que construiu

Construiu com o seu dinheiro uma Capela e várias residências para os pobres no Haiti e ajudou muitas outras organizações de assistência social a operarem nas missões.

Devoto de Nossa Senhora e da Divina Misericórdia, o Monsenhor foi nomeado Capelão do movimento Cavaleiros de Colombo para o Conselho de Santo Agostinho nº 41 da Shippan Avenue em Stamford Connecticut, onde serviu fielmente seus camaradas por mais de uma década.

O Monsenhor Malanowski em conversa com São João Paulo II

Sendo Polaco de ascendência o Monsenhor Ted Malanowski tinha uma especial devoção para com a Virgem Santa Maria, a Mensagem de Fátima, a Divina Misericórdia e pelo Papa Polaco São João Paulo II que conheceu pessoalmente e com quem correspondia e aconselhava em assuntos de ordem militar e particularmente durante a revolução do movimento “Solidariedade” liderado pelo Lech Walesa.

Defensor de causas humanitárias, e opositor do aborto e da eutanásia, apoiou através de Eduardo James Moran e Mary Mc Carthy, o movimento pela vida Português chefiado por Carlos Evaristo durante a campanha do primeiro referendo em 1998. Juntou-se assim à Santa Madre Teresa, à Vidente de Fátima Irmã Lúcia e a John Haffert.

Neste campo liderou vários movimentos pela vida incluindo aquele que defendia que a jovem Terri Schindler Schiavo que ficou em estado vegetativo após uma paragem cardíaca, devia de ser mantida viva contra a decição do marido de desligar as maquinas que a mantinha viva.

Terri Schiavo e a mãe

Durante a longa batalha legal travada entre o marido e os pais de Terri, o Monsenhor Ted Malanowski foi nomeado Capelão da paciente pelo Tribunal tendo dedicado uma boa parte da sua biografia “Sacrifice for God and Country” ao tema do verdadeiro valor da vida humana. Terri acabou por falecer de complicações respiratórias em 2005.

O Monsenhor foi lider do movimento Terri Schiavo

A autobiografia do Monsenhor Malanowski, publicada em 2007, fala de um Padre e Capelão Militar que ascendeu ao posto de Brigadeiro-General do Exército dos EUA, reflectindo sobre suas experiências como Sacerdote e Soldado Cristão. Fala também dos seus deveres Sacerdotais para além do Serviço Militar que inclui relatos do trabalho e apoio Missionário.

O Monsenhor Ted Malanowski conheceu vários Presidentes dos EUA, líderes espirituais como Martin Luther King e Malcom X e altas figuras da Igreja Católica como São João Paulo II, a Santa dos Pobres Madre Teresa de Calcutá, o Papa Pio XII, o Cardeal Cooke, o Cardeal Spellman e até a Mística Alemã Venerável Teresa Neumann. Ficará porém conhecido mais conhecido nos Estados Unidos da América por ter sido Capelão de Elivis Presley durante o tempo em que o cantor cumpriu o serviço militar nos Estados Unidos e na Alemanha.

O Padre Ted como foi sempre tratado pelos amigos celebrou o 70º aniversário de sua ordenação sacerdotal, a 28 de Maio de 2017 na Igreja do Santo Nome de Jesus.

O Monsenhor Ted com seu irmãos

Monsenhor Thaddeus F. Malanowski viveu seus últimos anos desde 2009 na Catherine Dennis Keefe Queen of the Clergy Residence, uma Lar para Sacerdotes em Stamford.

Faleceu Santamente a 23 de Janeiro de 2020 rodeado por sua família. Tinha 97 anos.

Foi sepultado no cemitério de São João de Darien. Em Ourém a Fundação Oureana vai dedicar um
Cenotáfio Memorial em sua honra recordando a sua devoção a Nossa Senhora de Fátima a sua dedicação ao próximo, o seu espirito de apostolado e de Missão e a sua acção em prol dos valores da vida.

Sua Alteza Real o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio concedeu, a título póstumo, o grau de Cavaleiro Grã-Cruz com Colar ao Monsenhor Thaddeus F. Malanowski com o título Capela-mor Honorário da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese Militar das Forças Armados dos EUA.

23 de Janeiro de 2020

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