A Fundação Histórico Cultural Oureana que há 55 anos promove banquetes temáticos no Restaurante Medieval, decidiu aceitar o desafio para algo bem diferente; uma visita guiada ao Castelo e Vila Medieval de Ourém e um “Meet the Authors” Almoço com Autores.
O primeiro “Meet the Authors” teve lugar no dia 20 de Fevereiro e juntou dois autores conhecidos do grande público, e particularmente, do público norte americano devoto das aparições de Nossa Senhora de Fátima.
A visita guiada com almoço foi organizado por Frank Spicer e Mary Sample, responsáveis pelas peregrinações norte americanas; Luminaries of Holy Mary. 60 participantes incluindo alguns residentes de Fátima, estiveram com os conhecidos autores Católicos; Carlos Evaristo e Josephine Nobisso.
O grupo foi guiado por Carlos Evaristo e visitou primeiro o Castelo de Ourém, seguindo depois para o jardim de São Nuno, a antiga Sé – Colegiada, e finalmente os vários espaços museológicos da Fundação. Na Regalis Lipsanotheca, venerararam algumas relíquias insignes dos Pastorinhos de Fátima em dia de Festa de Santos Jacinta e Francisco Marto.
Convidados para falarem sobre as obras que publicaram, foram os autores norte americanos; Carlos Evaristo e Josephine Nobisso. Evaristo é Co-Fundador e Presidente da Direcção da Fundação Oureana e mundialmente conhecido pelos seus 150 livros já publicados.
Evaristo é também conhecido das entrevistas com a Vidente de Fátima, Irmã Lúcia, pelos estudo das relíquias e pela participação, apresentação e produção em mais de 450 programas para canais de televisão, nacionais e estrangeiros como a RTP, a RAI, a TVE, o Canal História, a National Geographic, a Odisseia e o RMC Decouvert.
O autor de vários livros e estudos sobre o Castelo de Ourém e personagens históricas ligadas ao mesmo, conduziu os visitantes pelas ruas medievais do burgo. Explicou as principais obras realizadas pelo Santo Condestável e seu neto e falou dos sete espíritos mais célebres da história do Castelo desde D. Afonso Henriques a D. Manuel II, último Rei de Portugal que no exílio se intitulava de Conde de Ourém.
Durante o almoço que foi servido pela Insignare Plus Hoteis, o autor Luso-Canadiano começou por falar da Mensagem de Fátima, dos Pastorinhos e dos encontros que teve com a Irmã Lúcia.
Depois Evaristo falou do seu trabalho como biografo de D. Nuno Álvares Pereira, do milagre ocorrido no Restaurante Medieval e do trabalho para a reabertura e a pesquisa do processo da Canonização.
Após responder a várias perguntas, Evaristo falou das suas obras sobre as Relíquias Insignes, as que examinou e estudou em santuários por todo o mundo ao longo de 35 anos, e também do Culto do Santíssimo Milagre de Santarém que ajudou a restaurar a partir de 1995.
Os estudos dos Milagres Eucarísticos que o levou a conhecer Carlo Acutis, um jovem que em breve será declarado Santo e o culto de São Miguel, Anjo de Portugal e da Paz, foram também temas apresentados pelo autor que depois respondeu a perguntas da assistência sobre os muitos livros Best Seller que escreveu.
Depois, foi a vez de Josephine Nobisso ser apresentada para falar de algumas das suas obras mais conhecidas, e nomeadamente, dos seus livros infantis Católicos como a trilogia teológica que já se encontra publicada em várias línguas, incluindo o Português.
Nobisso que é Itálio – Americana reside no Concelho de Ourém. A autora explicou a teologia por detrás das obras infantis e as ilustrações das mesmas, tendo depois respondido a perguntas sobre o livro The Weight of a Mass (O Peso de uma Missa) considerado o seu maior Best Seller internacional, aclamado pela plataforma Amazon como o livro infantil Católico mais vendido.
Seguidamente, Nobisso, que já publicou uma centena de livros, leu para todos presentes o seu livro Portrait of the Son (Retrato do Filho) a sua mais recente obra que também está traduzida para a língua Portuguesa.
No fim da leitura, a autora ainda respondeu a várias perguntas e explicou as verdades teológicas que esta série de livros pretende ensinar, tanto aos mais jovens, como aos adultos. Revelou também estar em preparação um novo livro infantil sobre um santo português.
Os enigmas na vida de Cristóvão Colombo e os mistérios do Santo Sudário foram os temas de livros recentes de Carlos Evaristo apresentados pelo mesmo já no final da sessão que terminou com a apresentação do seu livro mais recente O Relicário de D. Afonso, IV Conde de Ourém – Colecção Insigne de Relíquias da Casa de Bragança.
Esta obra patrocinada pela Fundação D. Manuel II está editada em versão bilingue (Português e Inglês) pela Regina Mundi Press – ICHR, editora oficial das Fundações Oureana e D. Manuel II.
O almoço que foi patrocinado pelos Luminaries of Holy Mary teve início às 13 horas e prolongou-se até às 16 horas tendo sido do agrado de todos os participantes.
Frank Spicer e Mary Sample já prometeram organizar uma 2ª edição do ”Meet the Authors” para Julho.
20 de Fevereiro de 2025
Fotos: Armando Mendes e Arquivo da Fundação Oureana
Os 700 anos da morte do Rei D. Dinis e a recente abertura do seu túmulo e do túmulo de seu neto no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo de Odivelas, foram os dois motivos para a Fundação Oureana, em parceria com a Fundação D. Manuel II e a Real Associação de Guardas de Honra, proporem ao Patriarcado de Lisboa e à Câmara Municipal de Odivelas a celebração de uma Missa de Exéquias Fúnebres que teve lugar no dia 4 de Janeiro de 2025.
As comemorações que incluíram um Velório com Guarda de Honra entre outros actos, foram organizadas em colaboração com o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Odivelas e contou com o apoio da Paróquia do Santíssimo nome de Jesus de Odivelas, contando com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e do Patriarcado de Lisboa.
Entidades Presentes
Mais de 400 entidades foram convidadas a estarem presentes nas Cerimónias das Exéquias Fúnebres de D. Dinis sendo que àquelas que não poderão por razões de agenda estar na Missa, confirmaram a sua presença ou representação no dia 7, altura em que teve lugar uma Sessão Solene para apresentação do programa de comemorações do 7º centenário com a revelação dos resultados dos trabalhos realizados no túmulo incluindo a reconstituição facial do Rei.
S.A.R. D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança, presente em representação da Família Real Portuguesa, juntamente com outros descendentes directos do Monarca, nomeadamente D. Nuno da Câmara Pereira e D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, Marquês de Rio Maior.
A representar o Município de Odivelas estiveram o Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins; o Presidente da Assembleia Municipal em representação o 2.º Secretário António Boa-Nova; o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Edgar Valles, também Vereador da Cultura e a pessoa que colaborou na organização de todos as celebrações.
Coube ao Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto representar o Senhor Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, enquanto o Vice-Almirante Bastos Ribeiro, Director Cultural da Marinha, representou o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa e o Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Director Histórico-Cultural da Força Aérea o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.
O Superintendente Luís Elias, Comandante do Comando Metropolitano de Lisboa esteve presente em representação de do Director Nacional da Policia de Segurança Pública, Superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho e o Intendente Pedro Almeida, Comandante da Divisão Policial de Loures do Comando Metropolitano de Lisboa esteve presente em representação do Director Nacional da Policia de Segurança Pública, Superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho juntamente com o Comandante da Divisão da PSP de Loures-Odivelas, Intendente Pedro Almeida.
O Conselho Diretivo do Património Cultural, IP esteve representando pela Vice-Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, IP, Doutora Ana Catarina de Sousa, e pelo Vice-Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, IP, Arquiteto Ângelo Silveira.
O Coronel António Marcos de Andrade, Director do Museu Militar de Lisboa, representou o General Cavaleiro Director da Direcção de História e Cultura Militar. Esteve presente também o Senhor Manuel Varges, antigo Presidente da Câmara Municipal de Odivelas e os Vereadores da Câmara Municipal; Ana Isabel Gomes, João António e Susana Santos e a Adjunta Andreia Morgado.
O Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Nuno Gaudêncio, o Presidente da Junta da União das Freguesias de Pontinha e Famões, Jorge Nunes, o Presidente da Junta da União das Freguesias de Ramada e Caneças, Manuel Varela e o Presidente da Junta da União de Freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, Rogério Valente Breia também estiveram presentes na cerimónia.
Representantes do Agrupamento de Escutas 69 e Odivelas e o Presidente do Conselho de Administração dos SIMAR de Loures e Odivelas, Nuno Leitão e o Director Municipal da Câmara Municipal de Odivelas, Hernani Boaventura; a Conselheira Municipal para a Igualdade, Hortênsia Mendes; o Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade da Independência Histórica de Portugal e a Dra. Vera Amatti, em representação do Senador do Brasil, D. Luiz Phillipe de Orleans Bragança, primo do Senhor D. Duarte também marcaram presença.
O Catafalque Régio
Um Catafalque Régio ou Catafalco foi criado para a Missa de Exéquias Fúnebres de D. Dinis. O mesmo foi inspirado em iluminuras medievais e desenhado pelo Comissário das Celebrações aniversárias, o Cônsul Dr. Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana e pelo Mestre Arquitecto Nicolas Descharnes.
Colocado à frente do túmulo do Monarca, era composto por uma coroa decorativa antiga, de bronze envelhecido, colocada sobre uma almofada de veludo vermelho por cima de um suporte de madeira forrado a tecido adamascado preto e dourado bordada com a palavra “Veritas” (verdade) a ouro em letras góticas medievais. De cada lado do Catafalque Régio sobre um tapete fúnebre preto foram colocados dois tocheiros altos, de bronze, com velas que estiveram em câmara ardente durante o Velório, a Guarda de Honra, a Missa de Exéquias Fúnebres e a Cerimónia de Deposição de Coroas de flores.
Velório com Guarda de Honra
Pelas 15 horas, deu-se início ao Velório que teve lugar junto ao Catafalque Régio e que incluiu uma Guarda de Honra com Render da Guarda a cada 10 minutos, cerimónia que se prolongou durante a Missa e Rito Exequial.
O Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto representante do Senhor Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo com S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança
Foi o Senhor Duque de Bragança, Patrono da Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos, Panteões e Monumentos Nacionais, a instalar a primeira Guarda de Honra junto ao túmulo de D. Dinis e de seu neto durante o Velório. O Dr. José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministério da Defesa e membro da Guarda de Honra iniciou a primeira Guarda de Honra com o Comandante Geral Adjunto; Professor Humberto Nuno de Oliveira. Seguiram-se os Comandantes do Comando Geral da Real Guarda de Honra; Carlos Martins Evaristo, David Alves Pereira, João Pedro Teixeira e o Cônsul Carel Heringa, e ainda o Guarda de Honra Cavaleiro RIOASM Fernando Vasconcellos,
Prestaram também serviço como Guardas de Honra durante o evento, membros de Delegações de Confrarias, Irmandades e Damas e Cavaleiros de Ordens e também membros da Ordem de Vitez dos Herois da Ungria e da Legião de Homens de Fronteira Independant Portuguese Command.
Houve representantes da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, canonicamente erecta na Arquidiocese de Lisboa e da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, canonicamente erecta na Diocese de Coimbra. Prestaram uma Guarda de Honra o Arquitecto Nicolas Descharnes, Juiz RIOASM e Membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana; os Comendadores Ricardo Louro e Sérgio Fernandes juntamente com a Dama OSMA Maria de Lurdes Antunes de Ascenção Teixeira Fernandes Lopes e o Cavaleiro RIOASM Carlos Mourão em representação da Real Irmandade da Real Ordem do Arcanjo São Miguel, canonicamente erecta na Arquidiocese de Évora; o Dr. Francisco Mendia e vários elementos da Ordem Constantiniana de São Jorge e o Confrade José Alves a representar a Real Confraria do Santo Condestável do Laicado Carmelitano tendo também a seu cargo a transmissão das celebrações e o registo fotográfico de todo o evento na qualidade de Chefe do Departamento de Comunicação da Fundação Oureana.
Membros de Delegações de associações civis também quiseram prestar uma Guarda de Honra, nomeadamente o Prof. João Hipólito, Álvaro Sousa, Antonino Madhail e Victor Graça, a representarem a Associação Real Ordem de São Miguel da Ala. O render da Guarda esteve a cargo dos Comandantes; José Manuel Rodrigues e Inês Rodrigues do Comando Geral da Real Guarda de Honra.
Instituição da Legião D. Dinis da Real Guarda de Honra
Com a anuência do Município e Paróquia de Odivelas foi instituída a Legião ou Comando D. Dinis da Guarda de Honra e nomeado o conterrâneo Rui Silva, (a quem se reconheceu publicamente a ideia e proposta de se realizar estas comemorações centenárias) como 1º Comandante. Foi o próprio Comandante Rui Silva, juntamente com a sua mulher e filha e o Guarda de Honra Luís Rodrigues, os primeiros elementos deste novo comando a prestarem uma Guarda de Honra ao túmulo de D. Dinis durante o velório.
Memória Justificativa do Comissariado
Não estava previsto no programa mas por vontade do Senhor D. Duarte, Chefe da Família Real Portuguesa e Patrono das Fundações D. Manuel II e Oureana, (as principais entidades promotoras e organizadoras do evento); foi lida por Carlos Evaristo, em nome do Comissariado das Comemorações, uma Memória Justificativa para a realização da Missa de exéquias Fúnebres.
Durante a intervenção do Comissário ele relembrou que precisamente “no dia 7 de Janeiro completam-se 700 anos desde a morte d’El Rei D. Dinis”, mas que o Rei Poeta ou Lavrador, como ficou conhecido,” faleceu de facto a um Domingo a seguir à Epifania depois de ter assistido à Missa de Reis. Ao assinalar a sua passagem com esta Guarda de Honra de Velório, a Missa Solene da Epifania, verificou-se a necessidade de encomendar de novo a sua alma e a do seu neto, com uma Missa de Réquiem com Rito Exequial após as recentes intervenções arqueológicas que levaram à abertura dos túmulos e remoção dos restos mortais.”
O Comissariado agradeceu em nome do Senhor D. Duarte e da Família Real a intervenção nos túmulos patrocinada pela Câmara Municipal e supervisada pelo Vice-Presidente e Vereador da Cultura Dr. Edgar Valles, e a abertura do mesmo para se complementar os trabalhos de intervenção no túmulo com estas comemorações aniversárias. “Agradecemos às entidades presentes e àquelas que não estiveram presentes por razões de agenda estar mas que confirmaram a sua presença ou representação para o evento do dia 7.”
Houve também umas palavras de agradecimento e saudação especiais à Domus Pacis do Exército Azul dos Estados Unidos da América que emprestou várias peças decorativas, e alfaias litúrgicas usadas no evento; “ao Prof. Humberto Nuno de Oliveira que veio dar a conhecer um pouco mais acerca do Rei D. Dinis; ao Maestro Armando Calado; à Pianista Ludmilla; e ao Coro de Nossa Senhora da Conceição de Almeirim, por terem vindo abrilhantar esta homenagem”.
Ao Pároco de Odivelas, Padre José Jaworski ,e à Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus, agradeceu-se, “o acolhimento e o perpetuar do nome, da memória e legado de D. Dinis”. Finalmente houve um agradecimento especial pelo Alto Patrocínio conferido ao evento pelo Patriarcado de Lisboa na pessoa do Patriarca D. Rui Valério, também ele Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense.
D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, Marquês de Rio Maior, 23º descendente directo de D. Dinis.
Evaristo desejou “um Bom Ano Santo e Dionisiano a todos”, e informou que; “as comemorações porém não terminam hoje mas continuarão no espírito do Ano Santo, e já no próprio dia 7 o Município de Odivelas, que patrocinou os estudos levados acabo após a abertura do túmulo, irá anunciar o programa alargado.”
Memorial Historiográfico
O Memorial Historiográfico a cargo do Prof. Humberto Nuno de Oliveira deu a conhecer aos presentes algumas facetas pouco conhecidas da vida do Rei D. Dinis que não só fundou a Armada dando início à Era dos Descobrimentos com a plantação do Pinhal do Rei, mas também fundou a Ordem de Cristo que recebeu os bens da extincta Ordem do Templo, introduziu leis justa, promoveu a paz no Reino promovendo a língua portuguesa ao fundar a Universidade de Lisboa para que os documentos régios fossem elaborados por doutores da lei, na capital, em vez de na Universidade de Salamanca, como era costume à época.
O Professor Humberto Nuno de Oliveira
Missa Solene da Epifania com Rito Exequial
A Missa que estava aberta ao público esgotou a lotação da Igreja, com muitas pessoas a assistirem de pé e no pátio exterior. A presidir à Missa da Epifania com Rito Exequial esteve D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico Arquidiocese Castrense tendo como concelebrantes vários sacerdotes e principalmente o Monsenhor António Teixeira, Conselheiro da Nunciatura Apostólica em representação do Senhor Núncio Apostólico, D. Ivo Scapol.
O Dr. António José Baptista
Todo o cerimonial religioso foi conduzido pelo Padre Alberto Gomes, Mestre de Cerimónias da Sé Patriarcal de Lisboa e contou com o apoio do Padre José Jaworski, Pároco da Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus de Odivelas e do Padre Fernando António, Capelão da Real Guarda de Honra que também recitou as orações por alma do Rei e de seu neto no início do Velório.
Depois da Missa teve início o Rito Exequial presidido pelo senhor Patriarca de Lisboa que convidou o Senhor D. Duarte a acompanha-lo na bênção dos túmulos do rei D. Dinis e do Infante seu neto.
Acolitou o Patriarca de Lisboa durante a Missa o Cavaleiro OSMA e Confrade RGH da Legião de Braga, Leonardo Rodrigues, um dos Directores assistentes da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana.
Abrilhantou as celebrações o Coro da Imaculada Conceição de Almeirim dirigido pelo Maestro Armando Calado tendo entoado os seguintes cânticos durante a Missa. Cântico de Entrada; “Levanta-te Jerusalém”, o Kyrie; “Orbis Factor”, o Salmo; “Virão adorar-Vos Senhor, todos os povos, todos os povos da terra”, o Aleluia de Taize, o Cântico do Ofertório; “Jesus Rei admirável”, o Santo de Schubert, o Cordeiro de Deus de Madureira, o Pai Nosso de Carlos Silva, o Câtinco de Comunhão; “Vinde Benditos de meu pai”, o Cântico de Acção de graças; “Ó luz de Deus, ó doce luz”, o Cântico durante o Rito Exequial; “Ave Maris Staela” e o Cântico Final; “Adeste Fidelis”.
Cerimónia de Deposição de Coroas de Flores
Após o Rito Fúnebre, o Funeral Régio concluiu-se com a cerimónia de Deposição de Coroas de flores junto ao túmulo do Monarca. Primeiro a fazê-lo foi o Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjuntoem representação de Sua Ex.ª o Senhor Ministro da Defesa Nacional Nuno Melo, juntamente com o Vice-Almirante Bastos Ribeiro, Diretor Cultural da Marinha em representação de Sua Excelência Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa.
Seguiu-se a deposição de uma Coroa de flores pelo Dr. Hugo Martins, Presidente da Câmara Municipal de Odivelas acompanhado de S.A.R. D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança em representação do Município e do Comissariado das Comemorações.
Finalmente, colocou uma Coroa de flores o Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade da Independência Histórica de Portugal e o Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Director Histórico – Cultural da Força Aérea, em representação Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.
Leonardo Rodrigues
Presença de Relíquias da Rainha Santa Isabel
A presença de Relíquias da Rainha Santa Isabel na Missa de Exéquias Fúnebres foi um momento histórico.
As relíquias foram colocadas sobre o Altar perto dos restos mortais de D. Dinis e do neto de ambos.
As relíquias que pertencem à colecção da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana no Castelo de Ourém são duas madeixas de cabelo da Rainha Santa, uma colocada num busto relicário, e outra, num relicário de pé.
Estas relíquias estiveram à veneração dos fieis durante o Velório e depois da Missa, enquanto nos Claustros do Mosteiro os convidados tinham uma visita guiada ao espaços museológicos e provavam uma Madre Paula (Vinho) de honra oferecido pela Câmara Municipal de Odivelas.
4 de Janeiro de 2025
Fotografias de José Alves, Carlos Evaristo e C.M. Odivelas
Direitos Reservados: Câmara Municipal de Odivelas e Fundação Histórico – Cultural Oureana
A Fundação Histórico Cultural Oureana celebrou mais um Protocolo de colaboração para conservação do património religioso. Denominado ” Protocolo Simulacra Sanctorum” o protocólo celebrado entre a Fundação Oureana e as Universidades, Católica Portuguesa e de Évora têm como finalidade a colaboração entre as entidades protocolares no âmbito do Projecto “Holy Bodies – An Atlas of the Corpi Santi in Portugal” um projecto que visa o estudo e a realização de trabalhos de preservação e catalogação dos Simulacra dos Santos (Simulacros) em Portugal.
Os especialistas em Simulacra; Carlos Evaristo e José João Loureiro em representação da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana, após uma reunião na Domus Pacis com Eduarda Vieira e Joana Palmeirão
No documento assinado no dia 15 de Abril de 2024, pela Pró-Reitora da Universidade Católica; Drª Isabel Braga da Cruz em representação do Centro Regional do Porto e pelo Vice-Reitor da Universidade de Évora; Dr. João Valente Nabais, ambas as universidades reconhecem que “a Fundação Histórico – Cultural Oureana é uma “Fundação para a Pesquisa Religiosa”, representante no mundo Lusófono do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano com reconhecidas intervenções no estudo, conservação e reautenticação de Relíquias Sagradas em várias Dioceses e Arquidioceses e seus respetivos Museus, sendo também reconhecidamente detentora de um importante acervo documental, histórico artístico e de arte sacra relacionados com a história das relíquias na Igreja Católica e em Portugal e tendo entre o património a Regalis Lipsanotheca, um Repositório Sagrado de Relíquias Internacional localizado no Castelo de Ourém, e que reúne em contexto museológico sagrado, a maior coleção de relíquias autenticadas, fora do Vaticano, assim como uma exposição permanente de “Simulacra” dos Santos.”
A ideia para um Protocolo surgiu no âmbito do Projeto “Holy Bodies – An Atlas of the Corpi Santi in Portugal” (https://doi.org/10.54499/2022.01486.PTDC), e dado haver interesse de cariz religioso na colaboração entre entidades para o trabalho de preservação, estudos, troca de informações e divulgação de documentação e objetos integrados nos seus acervos relativo aos “Simulacra dos Santos (Simulacros) – Simulacra Sanctorum”.
O Protocolo garante também que todas as ações de conservação destas relíquias insignes (os corpos dos Santos) serão realizadas seguindo as normas canónicas e rubricas vigentes para o Culto das Relíquias Sagradas, utilizando o Protocolo para a Intervenção nas Relíquias Sagradas e Arqueologia Sacra da autoria de Carlos Evaristo, perito em relíquias e autor do livro “Relíquias Sagradas” havendo um Capelão designado pelas Dioceses para acompanhar os trabalhos.
O Custos (Conservador de Relíquias) Carlos Evaristo, que já ajudou docentes em doutoramentos de especialização na conservação de relíquias, considera que “este trabalho é um passo importante na valorização das relíquias e em particular dos Simulacros que contêm os esqueletos completos dos Santos Mártires, que são nossos heróis da Fé, alguns dos quais, mal compreendidos em tempos, foram expulsos de igrejas sendo agora ao fim de décadas de desprezo, valorizados e realojados nos mesmos espaços sagrados, depois de devidamente estudos, reautenticados e conservados através de projectos como este. Queremos que esta parceria ajude a esclarecer e a formar uma nova geração de conservadores do património sagrado que devido à sua natureza não pode ser simplesmente restaurado como os artefactos museológicos”.
Para Evaristo; “Trata-se dos Corpos de Santos; esqueletos armados e articulados, cobertos de trabalhos artísticos feitos de pasta de papel, cera ou outra matéria que depois de vestidos e ornamentados com perucas e outros acessórios são considerados no seu todo como uma só relíquia de um corpo, e isso faz com que tenha de haver um cuidado redobrado com cada partícula que cai do mesmo durante uma intervenção e tudo o que está em contacto com o conjunto que também se torna relíquia e por isso deverá ser preservado.”
Para o especialista que já examinou centenas de corpos incorruptos e Relíquias Insignes de Santos tendo intervencionado outra centena de Simulacra, a maior parte confeccionados em ateliers na Sicília ou comunidades monásticas entre os Séculos XVIII e XIX; “só o facto dos responsáveis de muitas Igrejas terem despertado para o abandono de muitos simulacros em sótãos e arrecadações e manifestado o interesse em conservar os corpos e os devolver ao culto, é algo que nos dá muita satisfação e mostra que o nosso trabalho está a suscitar uma maior sensibilidade e sentido de responsabilidade institucional tanto a nível paroquial como diocesano.”
A Delegação de Macau de Damas e Cavaleiros da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel realizaram no passado dia 30 de Novembro o seu primeiro Jantar de Conjurados.
O evento de juntou uma dúzia de Damas e Cavaleiros da Ordens da Casa Real Portuguesa foi organizado pelo Delegado Dr. Billy Chan e por Dama Denise Lau e teve uma ementa que incluiu alguns pratos e doces portugueses com bandeiras azuis e brancas a decorar o local.
Uma mensagem enviada pelo Senhor Duque de Bragança S.A.R. D. Duarte Pio de Bragança foi lida durante o jantar:
MENSAGEM PARA OS MEMBROS DA REAL IRMANDADE DA ORDEM DE SÃO MIGUEL EM MACAU
É com saudade que recordo a minha mais recente visita a Macau para inaugurar a Delegação da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel. Fico contente de saber que os membros das nossas Ordens decidiram organizar um Jantar de Conjurados, o primeiro nessas terras longínquas que foram das primeiras a conhecer os espírito da Portugalidade e que se traduz num espírito fraterno de encontro de culturas e de paz.
Foi numa altura em que esse espírito esteve em perigo de se apagar que um grupo de pessoas dedicadas a manter essa chama cultural acesa decidiram juntar-se para restaurar o que estava em perigo de se perder de vez; não somente a pátria, mas a Portugalidade!
Felicito o Dr. Billy Chan e os seus colaboradores, por reunirem hoje este grupo de simpatizantes e apoiantes dos mesmos valores defendidos em 1640 e manterem viva a tradição histórica dos laços de Macau com Portugal e com a Portugalidade! Com votos de um Bom Natal e próspero e Santo Ano Novo!
30 de Novembro de 2024
D. Duarte Pio de Bragança Chefe da Casa Real Portuguesa / Grão-Mestre das Ordens Dinásticas
(TRANSLATION)
MESSAGE TO THE MEMBERS OF THE ROYAL BROTHERHOOD OF THE ORDER OF ST. MICHAEL, MACAU
I fondly recall my most recent visit to Macau to inaugurate the Delegation of the Royal Brotherhood of the Archangel Saint Michael. I am pleased to learn that the members of our Orders have decided to organize a Dinner for Conspirators, the first in these distant lands that were among the first to experience the spirit of Portuguese identity, which translates into a fraternal spirit of encounter between cultures and peace.
It was at a time when this spirit was in danger of being extinguished that a group of people dedicated to keep this cultural flame alive and decided to come together to restore what was in danger of being lost forever; not only the homeland, but Portuguese identity!
I congratulate Dr. Billy Chan and his collaborators for bringing together today this group of sympathizers and supporters of the same values defined in 1640 and for maintaining the historical tradition of Macau’s ties with Portugal and the Portuguese identity!
With best wishes for a Merry Christmas and a Happy New Year!
November 30, 2024
D. Duarte Pio de Bragança
Head of the Portuguese Royal House / Grand Master of the Dynastic Orders
A Realização do evento contou com o apoio das Fundações; Histórico – Cultural Oureana e D. Manuel II
O encontro anual de Damas e Cavaleiros da Real Ordem do Arcanjo São Miguel da Delegação Italiana da Real Irmandade teve lugar no dia da Festa de Santo André Apóstolo, no primeiro Domingo do Advento, na magnifica Abadia de Casamari (Frosinone), uma das mais belas abadias cistercienses do mundo.
O encontro iniciou-se com a visita do numeroso grupo de irmãos, irmãs, familiares e amigos da Sagrada Milícia, dedicada a São Miguel Arcanjo, à Abadia Cisterciense.
A visita guiada foi realizada pelo Irmão Riccardo que narrou as antigas origens da Ordem Cisterciense e da própria Abadia, retratando séculos de história.
Durante a Missa a homilia, proferida pelo Capelão da Real Irmandade da Ordem de São Miguel Arcanjo de Casamari, Padre Pierdomenico Maria Volpi, sublinhou a importância dos membros pertencerem à irmandade dedicada ao Arcanjo Miguel, padroeiro dos Soldados.
No final da Santa Missa foi lida a mensagem recebida de S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa e Soberano Grão-Mestre da Ordem de São Miguel:
“É com grande alegria que me dirijo aos membros da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel reunidos na Abadia Cisterciense de Casamari, em Itália, e em particular ao nosso ilustre Delegado Angelo Musa, ao Vice-Delegado Dr. Leonardo Lucarella e aos Capelães.
Agradeço à Delegação, em meu nome e em nome do Capelão Geral, D. Dom Manuel António Mendes dos Santos, todo o apoio que têm prestado continuamente às nossas actividades humanitárias e culturais ao longo do ano, e em particular à Casa dos Pequeninos da Diocese de São Tomé e Príncipe, à qual pertence esta Real Irmandade.
Lamento não poder estar convosco nesta Santa Missa e encontro em honra de São Miguel, e particularmente com aqueles que não estiveram presentes conosco no Capítulo Geral de Alcobaça no passado mês de Setembro e que, nesta ocasião, receberão o diploma, e as Insígnias das mãos do Capelão.
Um agradecimento muito especial, de facto, ao Reverendíssimo Abade Dom Loreto Maria Camilli, Abade de Casamari – Capelão Mor, ao nosso Capelão Reverendo Padre Pierdomenico Maria Volpi e a toda a comunidade desta maravilhosa Abadia por terem permitido a memória da Ordem de São Miguel da Ala permaneça vivo na vossa comunidade italiana, que também faz parte da rica história cisterciense e que será agora uma presença viva com o vosso Nihil Obstat para a criação de uma sede espiritual permanente como já temos noutras comunidades monásticas.
Aproximando-se o Natal e a abertura do Ano Santo de 2025, quero desejar a todos um Santo Natal e um próspero Ano Novo e que São Miguel, que também invocamos como Anjo de Portugal e da Paz, nos traga a Paz do Menino Jesus ao mundo.
Espero poder visitar pessoalmente a vossa Abadia com os nossos membros de diferentes países no próximo ano, durante a peregrinação da nossa Ordem ao Monte Gargano e a Roma. 30 de Novembro de 2024 HRH Dom Duarte Pio de Bragança Chefe da Casa Real Portuguesa/Grão-Mestre das Ordens Dinásticas”.
Depois de ler a mensagem do Chefe da Casa Real, o Delegado Cav. Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade Angelo Musa, entregou as Condecorações e as Cartas Patentes, ao Reverendíssimo Arquiabade Dom Loreto Maria Camilli, Abade de Casamari, Capelão Maior, e ao Capelão Reverendo Padre Pierdomenico Maria Volpi, para investirem o Cavaleiro Alessandro Franchi e a Dama Marina Cospormac.
Depois da Missa, seguiu-se um convívio que contou com a participação de cerca de meia centena de convidados de diferentes pontos de Itália, no antigo Palazzo Nobiliare “Hotel Relais Filonardi” em Veroli (FR).
O evento contou ainda com a presença, na qualidade de membro da Ordem de São Miguel, do irmão Nobre Advogado Alfonso Marini Dettina, Delegado das Ordens Dinásticas da Casa de Sabóia para o Lácio, juntamente com a sua família.
FOTOS: Delegação R.I.S.M.A. Itália – Abadia de Casamari FONTE: Delegação R.I.S.M.A. Itália – Abadia de Casamari
A Real Irmandade do Arcanjo São Miguel da Arquidiocese para Serviços militares dos Estados Unidos da América participou na Gala anual de angariação de fundos realizada no Centro São João Paulo II em Washington tendo entregue ao Arcebispo Timothy Broglio, 30 mil euros em donativos recolhidos das Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa.
O Juiz da Real Irmandade Col. Stephen Besinaiz com o Arcebispo Timothy Broglio.
O evento que este ano juntou 400 membros da Associação de Damas e Cavaleiros das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa teve lugar no dia 16 de Novembro e antecipou o Jantar de Conjurados em Portugal relembrando no entanto a história da Portugalidade Cristã que Portugal levou ao mundo novo durante os Descobrimentos.
Para o Arcebispo Castrense, o apoio recebido anualmente da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel (anteriormente conhecida por Real Irmandade de São Miguel da Ala) e da Associação de Damas e Cavaleiros das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa, é muito importante para a Arquidiocese para os Serviços Militares que também tem vindo a apoiar as necessidades de várias Diocese na Ucrânia.
O Arcebispo Broglio que também é Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América visitou a Ucrânia entre 27 a 29 de Dezembro do ano passado para expressar o apoio contínuo da Igreja Católica Americana e para ver com seus olhos as maiores necessidades.
Reunindo-se com o Arcebispo Sviatoslav Shevchuk, Chefe da Igreja Católica Ucraniana, e com os principais líderes da capelania militar ucraniana nas cidades de Kiev e Lviv, Broglio ofereceu mensagens de encorajamento e solidariedade.
“Podemos não ver isto na Ucrânia, mas hoje os ucranianos trazem uma grande esperança ao mundo! A sua nação uniu-se e enfrentou esta injusta invasão russa. Na sua resistência, vemos esperança para o futuro. Fiquei muito grato pela oportunidade de visitar; obviamente foi muito comovente ver parte da destruição, principalmente estar em frente a um hospital que foi destruído, esse tipo de coisa é incompreensível. Também participei no funeral de três soldados ucranianos que foram mortos durante a guerra, e é uma experiência quase quotidiana para o povo da Igreja Garrison, por isso voltei encorajado pelo espírito do povo, deprimido pela desumanidade que representam. experimentei e estou ansioso para tentar encorajar os católicos nos Estados Unidos a rezar pela paz, a apoiá-los de todas as maneiras que pudermos, e também a olhar para o futuro, quando a situação poderá ser mais positiva”.
Na sua intervenção, o Juiz da Real Irmandade Col. Stephen Besinaiz, comecou por apresentar cumprimentos ao Arcebispo Broglio em nome de S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança, Grão-Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa, do Capelão Geral da Federação D. Manuel António Mendes dos Santos, do Capelão-Mor Padre Carlos Cecchin e do Secretário Geral Carlos Evaristo e depois seguidamente afirmou que a Real Irmandade irá, por vontade do D. Duarte de Bragança, continuar a apoiar as actividades da Arquidiocese através da Associação Americana de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa.
Stephen Besinaiz e Chris de Pinho,
O Col. Besinaiz agradeceu também o apoio dado por alguns benfeitores insignes aos vários projectos em curso, e entre eles, o apoio à Ucrania, uma campanha que já angariou mais de 200 mil Euros.
Ao Coronel Luso Americano Christopher de Pinho foi entregue pelo Coronel Besinaiz o Colar de Cavaleiro Hereditário da Casa Real, distinção atribuída exclusivamente através da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel na Ucrânia aos mais generosos benfeitores.
FOTOS: Associação de Damas e Cavaleiros das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa
A Real Confraria Enófila – Gastronómica Medieval, também conhecida por Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém, realizou no passado dia 27 de Setembro, a solene entronização de 50 Confrades e realizou um cocktail e Gala Memorial em memória do Confrade Fundador Juiz Coronel John Michael Thoma.
John Michael Thoma na Adega dos Cavaleiros aquando da inauguração como Sede (2003)
MEMORIAL AO CONFRADE FUNDADOR JOHN MICHAEL THOMA
O Memorial ao Juiz Col. John Thoma começou com uma Missa de Exéquias Fúnebres celebrada na Capela Bizantina da Domus Pacis, (Paróquia Ucraniana) pelo Revº Padre Olexsandr Gurskyi, Delegado Oficial do Muito Revº. Bispo D. Mykola Petro Luchok da Diocese de Mukácheve, Ucrânia.
A Delegação Americana da Associação de Damas e Cavaleiros após a Missa na Domus Pacis em Fátima.
Os amigos de John Thoma, William Boswell, Hung Nguyen e Stephen Besinaiz que organizaram o Memorial.
Após a Missa o Padre Gurskyi fez entrega em nome das Dioceses Ucranianas de várias Condecorações Pontifícias conferidas pelo Papa Francisco a membros da Associação de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa fundada por John Thoma e que têm ajudado generosamente Dioceses Ucranianas durante mais de três anos. O Delegado Episcopal relembrou também o falecido John Thoma o primeiro a contribuir com ajuda humanitária para a Ucrânia e a recrutar um grupo de benfeitores. Já no Castelo de Ourém seguiram-se a cerimónias de Exéquias Fúnebres presididas pelo Capelão Mor da Fundação Oureana, Revº Padre Carlo Cecchin e que terminaram com o sepultamento dos restos mortais de John Thoma no Cemitério Privado da Fundação. Seguiu-se depois, o cocktail memorial servido na Adega dos Cavaleiros e um Jantar de Gala no Restaurante Medieval Oureana oferecido pela família.
50 NOVOS CONFRADES DE TODO O MUNDO
O evento organizado pela Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval juntou uma centena de Confrades que participaram numa prova de vinhos e elixires medievais e ainda vinhos especiais com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa. A Cúria Baqueia da Confraria presidida pelo seu Real Patrono, D. Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, reunida em Assembleia Geral relembrou, não só o Juiz Col. John Michael Thoma, como também alguns outros Confrades já falecidos e entre eles os membros fundadores da Confraria, o Revº Padre John Guilbert Mariani e a D. Molly Ranier Franco.
CELEBRAÇÕES EM HONRA DE D. AFONSO, IV CONDE DE OURÉM E APRESENTAÇÃO DE LIVRO
As celebrações anuais de homenagem a D. Afonso, IV Conde de Ourém, realizam-se desde 2003. Este ano começaram com uma Missa celebrada no dia 29 de Agosto, aniversário da morte por primogénito da Casa Real de Bragança.
O Professor Humberto Nuno de Oliveira que apresentou o livro de Carlos Evaristo sobre o IV Conde.
A 27 de Setembro, durante a Assembleia Geral da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém, que teve lugar no Auditório da Domus Pacis, em Fátima, teve lugar uma palestra de Carlos Evaristo de apresentação oficial, do livro “O Relicário do IV Conde de Ourém, colecção de Relíquias Insignes da Casa Real de Bragança” que foi feita pelo Professor Humberto Nuno de Oliveira.
EXÉQUIAS FÚNEBRES DE JOHN MICHAEL THOMA
Ainda no dia 27 de Setembro teve lugar uma Missa de Exéquias Fúnebres e funeral com Guarda de Honra para o membro Fundador da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval Juiz Col. John Michael Thoma seguida de uma visita guiada aos espaços museológicos da Fundação Oureana no Castelo de Ourém.
John Michael Thoma 17/10/1944 – 22/01/2023
Carlos Evaristo faz um elogio fúnebre.
O Padre Carlo Cecchin incensa o catafalque.
REABERTURA DA ADEGA DOS CAVALEIROS
Depois da visita guiada procedeu-se à reabertura da Adega dos Cavaleiros, espaço emblemático do Restaurante Medieval criado por John Haffert e Augusto Mascarenhas Barreto em 1970. O bar foi remodelado pela Sócia Gerente do Restaurante Oureana, Margarida Evaristo, em 2001, e é desde 2003, sede da Real Confraria Enófila – Gastronómica Medieval.
A Adega que já foi já conhecida por “Adega do Cortiço”, e “Adega de Santa Teresa”, encontrava-se encerrada para remodelação desde 2015, mas a partir de agora será aberta esporadicamente aos Confrades para provas de vinhos, reuniões e outros convívios.
As obras de restauração, remodelação e substituição de equipamento, assim como a instalação de um novo conjunto de peças decorativas, contou com um patrocínio da Associação Americana de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa e do próprio John Thoma. Exposto agora na Adega está um conjunto completo de ferramentas e utensílios históricos ligados às vindimas, à produção e engarrafamento do vinho e às tradições vinícolas, locais e nacionais.
Estão também expostas peças históricas da colecção dos Comendadores Rui Salazar de Lucena e Melo e João Ribeirinho Leal, também elas ligadas à vinicultura, à panificação e à produção do azeite. Uma cozinha antiga completa também transporta o visitante para tempos longínquos.
MEMORIAL AO IV CONDE DE OURÉM E AO VINHO MEDIEVAL DE OURÉM
A Adega dos Cavaleiros reúne a maior colecção de obras de arte alusivas a D. Afonso, IV Conde de Ourém, assim como uma colecção completa de Vinhos Medievais de Ourém, com garrafas que datam desde a sua classificação aquando da criação da Confraria, até às mais recentes edições da Quinta do Monte Alto, Les-a-Les, Santos da Casa e Abadia de Tomarães.
Existem também na colecção da Real Confraria garrafas de produção local do mesmo vinho que antecedem à classificação e algumas das quais remontam até à década de 1940, altura em que foram obtidas por John Mathias Haffert para o Restaurante Medieval.
COCKTAIL COM PROVAS DE VINHOS, ELIXIRES MEDIEVAIS E VINHO DO PORTO ESPECIAL
Durante o cocktail servido na Adega dos Cavaleiros houve provas de 4 vinhos medievais e 12 célebres elixires medievais preparados no Restaurante Medieval desde 1970 com uma receita secreta que segundo a tradição só três pessoas conhecem. O mais famoso destes elixires é o Elixir Medieval, ou Elixir da Longa Vida, servido à chegada no Restaurante Medieval a mais de 3.5 milhões de visitantes.
No fim do cocktail foram servidos dois vinhos do Porto muito especiais, um oferecido pelo Duque de Bragança e o outro pelo Dr. Adrian Bridge CEO d Taylor’s.
Vinho do Porto “Regis Causa” servido durante o Cocktail
Garrafas de “Taylor’s 20 year old Port Tawny” oferecidas por Adrian Bridge.
ORIGEM DA CONFRARIA DE VINHO E DE GASTRONOMIA MEDIEVAL
Foi sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e com o apadrinhamento da Câmara Municipal de Ourém e da Confraria dos Vinhos da Estremadura, que a primeira Confraria Enófila Medieval foi criada em 2003, especificamente para promover a história do primogénito da Casa Real e Ducal de Bragança, a pessoa que originou chamado “Vinho Medieval” em Ourém e o esse vinho produzido localmente desde 1445.
D. Duarte de Bragança com o astronauta da NASA Richard Garriott, D. Duarte de Bragança e o Cientista de renome mundial Ben Lamm,
Segundo D. Duarte de Bragança; “Esta é foi a primeira Confraria criada propositadamente para a valorização e promoção do vinho e da gastronomia Medieval Ouriense e que vem a ser promovida por John Haffert e pela Fundação Oureana, através do Restaurante Medieval e da Adega dos Cavaleiros desde 1970!”
BRASÕES E AUTÓGRAFOS DOS ILUSTRES CONFRADES
As paredes da Adega dos Cavaleiros, ficam agora também decoradas com uma colecção de brasões dos ilustres Patronos e de Damas e Cavaleiros fundadores da Real Confraria. Podem-se ver também os brasões da Casa Ducal e Condal de Bragança, da Casa Real Portuguesa, dos Reais Patronos e de outras ilustres figuras como o Lord Lyon da Escócia, o Barão de Plean e o Rei do Ruanda.
Vários pipos de vinho na Adega que exibem autógrafos de vários Confrades insignes e de muitas celebridades que visitaram a Adega durante mais de 50 anos incluindo os cantores; Amália Rodrigues, Roberto Leal, Emanuel, etc.
Justin Carpentier entronizado com o traje de Confrade.
A Delegação da Legião de Homens de Fronteira.
Jenell Thoma com o Capelão Mor Padre Carlo Cecchin.
JANTAR DE GALA
Depois do Cocktail oferecido por Jenell Thoma, em memória de seu marido o Confrade Fundador Juiz Col. John Thoma, foi servido um Jantar de Gala no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana.
Carlos Evaristo e o Maestro Armando Calado.
A Drª Maria Antónia Grenha com D. Dínis, Duque do Porto.
ENTRONIZAÇÃO DE 50 NOVOS CONFRADES
Depois do Jantar teve lugar a entronização de 50 novos Confrades que após receberem a sua Carta Patente poderiam vestir o hábito baseado no traje do IV Conde de Ourém para serem fisicamente entronizados no chamado “Trono de D, João I” ou “Cadeirão do Conde de Ourém” expostos no salão.
Entre os 50 novos confrades contam-se membros Portugueses, Americanos, Canadianos, Polacos, da Republica Checa, do Vietnam, da Alemanha, da Ucrânia, da Holanda, de Macau, da Escócia, da França, da Nova Zelândia, da Itália, da Colômbia e de Malta incluindo representantes de quatro Confrarias de vinhos, nacionais e estrangeiras.
Entre os novos Confrades estão a viúva do Juiz Col. John Thoma, três Sacerdotes, sete oficiais militares da NATO, um Juiz Federal Americano, um Astronauta da NASA, o Maestro Armando Calado, Sua Exª Joseph John Morrow, Lord Lyon da Escõcia, Sua Exª Jorge Plean of Way, Barão de Plean e o CEO do vinho do Porto “Taylor’s”; Adrian Bridge.
Participaram também nas celebrações e na Gala muitos Confrades Ourienses e entre eles; Augusto e Lúcia Pereira Gonçalves, António e Maria do Carmo Costa, José Simões e Sandra Coelho.
As celebrações terminaram com um brinde à memória de John Thoma e a colocação do seu quadro a óleo da autoria da Pintora Zinaida Loghin na Adega dos Cavaleiros.
FOTOS: Arquivo da Fundação Oureana
27 de Setembro de 2024
Carlos Evaristo com o Rei Yuhi VI do Ruanda sobrinho do falecido Rei Kigeli V, Patrono Fundador da Real Confraria.
Dave Carollo.
Vitez Prof. Humberto Nuno de Oliveira.
Col. Stephen Besinaiz.
Col. Bruce Argueta e sua irmã Lt. Col. Vickie Argueta.
Vitez João Pedro Teixeira.
Larry e Debbie Tylka.
Col. Eric Edin.
Nicolas Descharnes.
Stu e Dr. Jamie Gallagher.
Delegado Justin Morin Carpentier.
Megan Eunpu.
Kevin Couling, Lord Couling of Cowlinge.
Consul Dr. Carl Heringa.
David Alves Pereira.
Prof. Dr. Moritz Hunzinger.
Marc Besinaiz.
D. Duarte de Bragança entrega a Carta Patente de Confrade a Adrian Bridge.
Após séculos de incertezas sobre a verdadeira nacionalidade e identidade do Navegador Cristóvão Colombo os resultados de comparação ADN com várias amostras recolhidas acabam de ser reveladas num documentário exibido esta noite na TVE de Espanha dando com facto comprovado que o Almirante era de nacionalidade Judia Sefardita.
Televisão espanhola divulga este sábado origem de Cristóvão Colombo. Nascimento em Itália em risco de não ser confirmado.
Cientistas da Universidade de Granada revelam, este sábado, num programa da televisão pública espanhola (RTVE) as conclusões de um trabalho iniciado há duas décadas que revela a verdade sobre as origens do navegador Cristóvão Colombo.
A investigação com base no perfil genético do explorador é exibida na televisão no dia em que se cumprem 532 anos da chegada de Cristóvão Colombo ao continente americano. O 12 de outubro de 1492 tem um valor central em Espanha, sendo a data comemorada como o dia da Hispanidade.
Embora, a corrente dominante coloque Cristóvão Colombo a nascer em Génova (Itália), os cientistas espanhóis trabalharam em mais de 25 teses que defendem que o navegador nasceu em diferentes países como Espanha, Portugal, Polónia ou Inglaterra.
Este é um dos maiores enigmas da história, para o qual a Universidade de Granada contou com um contributo importante de Portugal.
Desde 2021 que diversas teorias têm vindo a ser descartadas, pela equipa liderada por José António Lorente, enquanto as amostras de ADN fornecidas pelos promotores das mesmas, foram sendo testadas pelo Laboratório de Granada e outros Laboratórios parceiros em outros países.
Em Portugal a Fundação Histórico-Cultural Oureana “forneceu amostras diversas de nobres portugueses como também relíquias de Santos da família real, como a Rainha Santa Isabel, a Infanta Santa Joana e São Nuno”, revelou o presidente da instituição Carlos Evaristo.
Uma amostra de grande importância são “três cabelos da Rainha Santa Isabel com mais de sete séculos que foram cuidadosamente removidos de um relicário com uma sua madeixa, selado em lacre com o sinete do Bispo Conde de Coimbra D. Frei Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré”, explicou Carlos Evaristo ao que acrescentou: “Este cabelo havia sido recolhido pelo mesmo prelado na presença do Rei D. Miguel I conforme documentação existente em arquivos quando da abertura do túmulo da Rainha Santa para verificação do estado de conservação do seu corpo incorrupto”.
A ser provada a proximidade do ADN da Rainha Santa com Cristóvão Colombo fica aberto o caminho do navegador ser seu descendente e portanto estar ligado aos monarcas portugueses.
A investigação da origem de Colombo arrancou em 2003 quando José Antonio Lorente, professor de medicina legal na Universidade de Granada, e o historiador Marcial Castro, exumaram o que se acreditava serem os restos mortais de Colombo na catedral de Sevilha para recolher amostras de ADN. Retiraram ainda ADN dos ossos do filho, Hernando, e do irmão, Diego.
Exames posteriores provaram a ligação familiar entre todos os ossos. Provado ficou também que os ossos encontrados na catedral de Sevilha pertencem a Cristóvão Colombo.
Carlos Evaristo com o Professor Marcial Castro e o Professor José António Lorente Acosta
A Fundação Oureana anunciou no passado dia 27 de Setembro que após a revelação da verdadeira nacionalidade e identidade de Colombo, no dia 12 de Outubro, haverá um monumento no Castelo de Ourém, dedicado e aos que estudaram esses mistérios ao longo dos séculos.
O Presidente da Direção da Fundação Histórico Cultural Oureana anunciou este projecto durante o Congresso do Instituto Preste João / Real Associação Histórico Arqueológica para Pesquisa e Descobrimento.
A erguer num terreno da Fundação no Castelo de Ourém, esse monumento será em bronze e representará Cristóvão Colombo. Terá o nome do Professor José António Lorente Acosta, mas também de todos os cientistas e estudiosos que ao longo dos séculos se dedicaram ao estudo para desvendar a verdadeira identidade e nacionalidade do Navegador.
A ideia para o primeiro monumento no mundo dedicado à verdadeira identidade e nacionalidade de Colombo e em memória de todos os que se dedicaram ao estudo desse mistério, partiu do Real Instituto Cristóvão Colom – Salvador Fernandes Zarco, um departamento da Fundação Oureana criado em memória do Capitão Augusto Cassiano de Mascarenhas Barreto para preservar do seu arquivo de estudos colombinos.
Augusto Mascarenhas Barreto
Barreto foi autor do projecto do Programa Medieval do famoso Restaurante da Fundação Oureana, no Castelo de Ourém, inaugurado por John Haffert em 1970 e pelo qual passaram já mais de 3.5 milhões de visitantes. O Instituto, não só preserva os escritos, estudos e artefactos medievais de Barreto ligados à história do restaurante como também outros dedicados ao seu estudo do Fado, da Tauromaquia e do mistério da identidade do Colombo, estudo esse ao qual dedicou os últimos 40 anos da sua vida.
Mascarenhas Barreto
O antigo Campeão Olímpico de Esgrima, pioneiro da RTP e Capitão da GNR, foi também Chefe da escolta pessoal da Presidência da Republica. Muito cedo tornou-se seguidor da teoria de Patrocínio Ribeiro de que o Navegador Cristóvão Colombo era de facto Português e filho do Duque de Beja D. Fernando com talvez uma filha do Explorador Gonçalo Zarco, sendo seu verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco. O Capitão Barreto como era carinhosamente conhecido pelos amigos, faleceu a 3 de Janeiro de 2017 e foi autor de vários livros sobre o mistério da identidade do Colombo exemplares dos quais deixou a Fundação Oureana para que a instituição fosse a representante da sua teoria, após a sua morte, através de um Departamento propositadamente criado por si e que hoje ostenta seu nome.
Para Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação, e a pessoa que tem na prática representado a teoria de Mascarenhas Barreto em vários congressos; “o facto é que prometi representar a sua tese e tenho cumprido o que prometi, embora reconheça que haja várias teorias que têm um forte argumento de causa e com as quais particularmente simpatizo; como as de Colombo ser filho de uma Infanta Portuguesa, um Galego, um Maiorquino, um agente ou nobre de Pontevedra ou um Catalão. Mas nós, na Fundação, mantemos um particular carinho pela teoria defendida pelo Capitão Barreto e isto por ela estar na origem da amizade entre o Capitão e o nosso fundador, meu compadre, John Mathias Haffert e na origem do Resturante Medieval”.
John Haffert
De facto, John Haffert também era um apaixonado pelo mistério da verdadeira identidade e nacionalidade do descobridor das Américas e estava em 1968 no seu yacht “Santa Maria” a percorrer as ilhas das caraíbas, seguindo a rota que Colombo tomou aquando da sua viagem de descoberta em 1492 quando teve a ideia de criar um programa medieval no Castelo de Ourém. Foi aí que segundo a sua biografia, procurou o Duque de Bragança, D. Duarte, e sua tia D. Filipa que lhe segredaram haver a tradição na família de Colombo ser Português. A ideia de criar o programa medieval no Restaurante do Castelo de Ourém levou Haffert a contractar Mascarenhas Barreto que para seu espanto partilhava a sua paixão por este mistério histórico e ao qual já estava a dedicar bastante tempo de pesquisa e de estudo de cabala para tentar decifrar a cifra (assinatura) de Colombo.
Yacht “Santa Maria”
Em 1995, pelo 25º aniversário do programa medieval, D. Duarte de Bragança, John Haffert e Augusto Mascarenhas Barreto reencontraram-se em Ourém e nesse momento partilharam a sua paixão pelo estudo do mistério da verdadeira identidade e nacionalidade de Colombo que todos achavam ser Portuguesa, se não pelo menos ibérica, mas jamais Genovesa!
D. Duarte na Sala dos Mapas do Vaticano.
Segundo Carlos Evaristo: “Colombo passou a maior parte da sua vida em Portugal, casou com uma Portuguesa e foi de Portugal que partiu para a Corte de Fernando e Isabel com um documento passado por D. João II que era uma verdadeira Licença para matar como só um agente Secreto como o 007 teria. Movia-se bem na Corte o que logo levantou suspeitas, tendo privilégios que só parentes do Rei teriam como se sentar na presença do Rei.” Para Carlos Evaristo; “se não era Português, pelo menos deveria ser Ibérico e ligado às famílias da alta nobreza da época, se não mesmo à realeza.”
Em Cuba do Alentejo, onde se diz que Colombo nasceu existe um centro de interpretação do Colombo Português dedicado a Mascarenhas Barreto e é lá que está a sede da Associação Cristóvão Colon que junta os defensores das várias teorias Portuguesas e que mantém um monumento a essa tradição.
D. Duarte de Bragança com Carlos Calado, Presidente da Associação Cristóvão Colon, o Presidente da Câmara de Cuba, João Português e Carlos Evaristo, prestam uma Guarda de Honra junto à estátua de ao Colombo Português em Cuba do Alentejo, terra que mantém viva essa tradição.
Um estudo efectuado por Carlos Evaristo comprovou que a ideia de Colombo ser Italiano, e principalmente Genovês, veio só a ser propagada largamente pelos Knights of Columbus (Cavaleiros de Colombo), uma organização Católica antimaçónica fundada para homens no final no Século XIX, (1882) nos Estados Unidos da América, por um sacerdote Irlandês de nome Michael J. McGivney.
Padre Michael J. McGivney, Fundador dos Cavaleiros de Colombo.
Já o Dia do Colombo, 12 de Outubro, como festa nacional americana, hoje controversa, Evaristo descobriu ter sido algo criado por um senador corrupto, apoiado pela Máfia Nova Iorquina no princípio do Século XX.
Para Evaristo: “Foi graças à ligação que fizeram de Colombo à Festa de Nossa Senhora do Pilar e das Américas, (que fixaram a 12 de Outubro), mas também ao biografo Washington Irving, que temos o Colombo lendário. Foi ao Consul em Espanha, Washington Irving, conhecido pelo livro a Lenda de Sleepy Hollow, com a personagem do Cavaleiro sem cabeça, que o governo após a revolução de 1775, encomendou uma biografia de Colombo para dar aos americanos uma história de um Pai da Pátria que não tivesse nada com a história inglesa que era ensinada aos colonos. E assim se criou e propagou o mito do Colombo através do livro de Irving que se tornou um Best-Seller em todo o mundo levando a Espanha do Século XIX a fabricar os primeiros monumentos na história ao navegador até então esquecido para a história!”
Túmulo de Colombo no Farol em Santo Domingo.
Túmulo de Colombo em Sevilha.
Para chegar à verdadeira identidade de Cristóvão Colombo, a equipa do Professor José Lorente Acosta do Laboratório de ADN do Departamento de Medicina Legal, Toxicologia y Antropologia Física da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada, realizou analises entre 2002 e 2004 que comprovaram definitivamente que os poucos ossos que estão no monumento a Colon na Catedral de Sevilha são mesmo do Navegador, pois eram do pai de Hernan Colon, também sepultado na Catedral, e de um irmão, Diego Colon, que estava sepultado na Cartuxa da mesma cidade. Todos estes parentes foram exumados para se retirar amostras.
Após essa confirmação inicial houve uma espera de vários anos até que a tecnologia sequencial de ADN avançasse bastante para se poder retomar os estudos com fragmentos de amostras mais pequenos. Isso realizou-se em 2021 com um encontro internacional em Granada para apresentação de 25 teorias sobre a nacionalidade de Colombo e que foi tema de um congresso e um documentário produzido por uma Produtora Espanhola que está prestes a ser exibido na TVE.
Desde 2021 que as diversas teorias têm vindo a ser descartadas enquanto as amostras fornecidas pelos promotores das mesmas, foram sendo testadas pelo Laboratório de Granada e outros Laboratórios parceiros em outros países. Eventualmente, das vinte e cinco teorias inicialmente apresentadas sobraram oito que necessitavam de amostras de ADN para as validar.
Várias exumações em Portugal e Espanha realizaram-se com a esperança de que as amostras recolhidas pudessem ter elos nas cadeias de ADN semelhantes às de Colombo, seu filho e irmão.
Carlos Evaristo que escreveu com o explorador subaquático de renome mundial Dave Horner, “Secrets and Mysteries of Christopher Columbus”, um colossal volume com todas as teorias históricas sobre a identidade de Colombo tendo um especial carinho para com a teoria de Augusto Mascarenhas Barreto, ajudou também na produção do documentário de Paul Perry do mesmo nome e entra no documentário espanhol.
Como Parceiro Protocolar de vários projectos de ADN com o laboratório de Lorente, para o Projecto ADN Colombo, não só forneceu amostras diversas de Nobres Portugueses como também relíquias de Santos da família real; Rainha Santa Isabel, Infanta Santa Joana, São Nuno, etc. para suporte de várias teorias portuguesas e espanholas, como também para outras teorias, tal como a do Almirante ter sido um explorador Italiano, ligado à descoberta de Cabo Verde.
Carlos Evaristo com José Lorente Acosta em Granada.
Para Evaristo; “Outro mistério que permanecerá após a revelação da sua identidade e nacionalidade será o de haver tão poucos ossos no seu túmulo em Sevilha. Isto é algo que se deve certamente ao costumo da época, que era uma obrigatoriedade Católica canónica, de um terço das ossadas permanecerem sempre no sepulcro ou túmulo original cada vez que houvesse uma trasladação. Sabemos que no caso de Colombo e seu filho Diego Cólon, filho da Portuguesa, Filipa Moniz Perestrelo, houve meia dúzia de trasladações desde o seu sepultamento temporário em Valladolid em 1506 até à chegada dos restos mortais a Sevilha no final do Século XIX.” Segundo o Arqueólogo; “uma boa parte das ossadas deve de ter permanecido em Santo Domingo, e misturadas com as do filho, estão hoje no chamado Farol Mausoléu de Colombo, tendo sido trasladadas do Catedral dessa cidade para onde tinham sido levadas pela nora de Colombo já após a morte do filho. Outra parte das ossadas terão ficado na Cartuxa em Sevilha e outra parte em Cuba, sendo que só escassos ossos chegaram a ser colocados numa urna colocada no sumptuoso monumento da Catedral de Sevilha. Como a República Dominicana não permite que examinem os restos no Farol de Colombo em Santo Domingo, não é possível testar esta teoria.”
Os restos mortais de Colombo retirados da urna no Monumento Fúnebre na Catedral de Sevilha.
Em 2022, durante plena pandemia, localizaram o primeiro túmulo de Cristóvão Colombo numa rua de Valladolid. A equipa de pesquisadores liderada pelo Professor Marcial Castro, confirmou a localização precisa do primeiro túmulo de Cristóvão Colombo, hoje, na rua Constitución, debaixo de um banco.
A 10 de Outubro, o Professor José António Lorente Acosta, anunciou oficialmente e “de modo definitivo” que os restos mortais na Catedral de Sevilha são mesmo de Cristóvão Colombo. Assim terminou um dos enigmas históricos sobre a figura de Cristóvão Colombo, em referência aos restos no monumento da Catedral de Sevilha.
Porém a sua verdadeira origem genética será revelada amanhã, dia 12 de Outubro, em exclusivo, durante a apresentação do documentário “Colon ADN. A sua verdadeira origem” a ser exibido às 22:35 horas na TVE1 e RTVE Play .
Segundo Carlos Evaristo; “Houve muita gente que afirmava que seriam os primeiros a divulgar os resultados destes exames, mas serão os investigadores forenses da Universidade de Granada, liderados pelo Professor José Antonio Lorente Acosta que irão revelar a nacionalidade de Colombo e a sua identidade e precisamente no Dia de Colombo e da Hispanidade no documentário que vai ser transmitido na RTVE em exclusivo.”
Carlos Evaristo, Arqueólogo, Perito em Relíquias Sagradas e Iconografia Sacra Medieval dedicou mais de 25 anos ao estudo da origem do Colombo e das diversas teorias sendo autor de livros e estudos publicados. Para ele o facto é que “estávamos perante um mistério histórico, um dos maiores, e agora que está prestes a ser revelado, vivemos um momento verdadeiramente histórico! Não deverá haver tristeza por parte de nenhum dos defensores das diversas teorias, porque tal como quando há um crime por desvendar, devemos seguir pistas diversas para desenvolver teorias. Algumas foram muito bem fundamentadas e eram credíveis, merecendo terem sido postas à prova do ADN, para se descobrir a verdadeira nacionalidade, e possivelmente, a verdadeira identidade de Colombo, que já sabemos com exames realizados em centenas de pseudo-descendentes / parentes que ele não era Genovês, algo que seu filho e primeiro biografo, Hernan Colon, havia escrito após ter viajado àquela cidade três vezes na tentativa de encontrar provas.”
O Prof. José Lorente Acosta
Evaristo acrescenta: “Agora, após a revelação final, há que reconhecer principalmente o esforço de tantos, através dos séculos, e particularmente, da equipa que finalmente desvendou este enigma apesar do receio de tocar em algo que era e ainda é considerado tabu. O Mundo merece saber quem foi Colombo e a história merece essa verdade pois tem-se escrito muita ficção a seu respeito. Afinal ele tem que ser filho de alguém e foi o facto de não se saber a verdadeira nacionalidade e o seu verdadeiro nome, que levou a o Papa e a Igreja, no Século XIX a rejeitar o processo para a canonização, introduzido no Vaticano pelos Bispos das Américas.”
Carlos Evaristo entregou a José Lorente Acosta amostras diversas para testar várias teorias.
Evaristo afirma ainda que: “com a sua verdadeira nacionalidade e identidade confirmada, esse processo já podia ser retomado pois há muitos que o consideram o primeiro Santo Missionário das Américas.” Nem a família de Colombo à época ou hoje, sabe o seu verdadeiro nome ou a identidade. Foi algo que o Navegador sempre ocultou dos filhos até à hora da morte, É por isso intenção da Fundação Oureana de também encerrar o enigma com primeiro monumento no mundo dedicado ao verdadeiro Colombo e a todos quanto estudaram este mistério e particularmente, ao Professor Marcial Castro que teve a ideia de se estudar o ADN de Colombo e ao Professor Lorente e sua equipa internacional.
Segundo D. Duarte de Bragança entrevistado em Ourém no passado dia 28; “Reconheço que o Professor Lorente Acosta e sua equipa tiveram uma grande coragem de encabeçar esta missão que vai rescrever a história. É claro que gostaria que Colombo fosse Português até porque existe essa tradição em Portugal mas fico feliz de saber quem realmente foi Colombo independentemente de ele ser ou não Português e de ter contribuído com ADN para a pesquisa. Está comprovado que sou parente de Colombo mas se é somente um grau de parentesco que partilhamos com seus descendentes após sua neta ter casado com um Bragança ou se vai mais para trás é algo que podemos descobrir com a revelação no dia 12.”
Sobre este longo processo de há séculos para identificar Colombo, Carlos Evaristo conclui: “Fico honrado de ter podido colaborar e contribuir para o processo da desvenda deste mistério porque a revelação da verdadeira nacionalidade e identidade de Colombo será a maior descoberta Colombina desde a descoberta das Américas, e sem dúvida, a maior descoberta do Século XXI! Mas é à coragem do Professor José António Lorente Acosta, o Howard Carter do ADN, a quem principalmente se deve esse feito extraordinário!”