A Fundação Oureana celebrou mais uma parceria de colaboração Cultural e desta vez com o Museu Atkinson da HILODI – Historic Lodges and Discoveries S.A.. Situado no fabuloso complexo turístico WOW – World of Wine em Vila Nova de Gaia, o Museu é um espaço de exposição moderno instalado numa antiga Quinta Vinicola.
O Protocolo que visa parcerias na organização e promoção de exposições, eventos culturais, promoção turística e edição de obras literárias, foi assinado por Carlos Evaristo e Nicolas Descharnes em representação da Direção e Conselho de Curadores da Fundação Oureana e por Adrian Bridge e Rui de Almeida Sousa Magalhães em representação da HILODI, sendo testemunhas; Adriana Esteves, Margarida Evaristo e Bernardo Marquez.
A Exposição “Dali Universe”
A Exposição “Dali Universe” ou “Universo Dali” apresentará os principais marcos da vida e carreira do artista.
A exposição que reúne um acervo diversificado de obras, incluindo desenhos, esboços, pinturas, esculturas e obras comerciais e publicitárias.
A magnifica Exposição que traça de forma cronológica com peças, artefactos e textos ilustrativos, todo o percurso artístico de Dali, desde a sua infância à sua morte, é complementada por centenas de fotos da autoria de Robert Descharnes.
Um dos destaques é a seleção de fotografias tiradas por Robert Descharnes, fotógrafo francês e amigo de Dalí, entre 1955 e 1985, que oferecem um raro vislumbre da vida pessoal do artista, em momentos íntimos e no seu ambiente familiar.
A famosa bengala de Dali com a qual negociou com John Haffert o preço da pintura A Visão do inferno em Fátima (1962) “30 mil Dólares do tamanho da minha bengala. 15 mil metade do tamanho!”
São Curadores desta mostra extraordinária de trabalhos do Mestre Pintor Surrealista; Tiago Feijó e Miquel Tralach, Coordenador da Exposição, Pere Vehi, Designer; João Gomes, a Comissária da Exposição; Adriana Esteves e a Coordenadora; Marta Bravo.
O primeiro fruto desta parceria foi a cedência para a Exposição “Universo Dali” organizada pelo Museu Atkinson de peças e arte artefactos que remontam ao fundador da Fundação Oureana, John Haffert, e à encomenda da obra “A Visão do Inferno em Fátima” realizada por Salvador Dali em 1962.
A Fundação para além de ceder para a Exposição a réplica mais fiel da obra “Visão do Inferno”, também forneceu textos e fotografias inéditas e um desenho oferecido por Dali a John Haffert em 1962.
Outras obras de Salvador Dali depositadas na Regalis Lipsanotheca, tal como a escultura em bronze “O Cristo de São João da Cruz” oferecido por Glen Harte da Galeria de Arte no Hawaii, também foram emprestadas para a exposição inaugurada no Museu Atkinson a 18 de Junho e que estará patente até 31 de Outubro, reunindo 350 peças, a maior colecção de obras de arte do artista jamais reunidas numa exposição em Portugal.
1959 – 1989: A Conversão Secreta de Dalí
Dalí, bebia da fonte espiritual e mística de sua mãe, Católica piedosa e ao mesmo tempo mergulhava no mundo profano de seu pai, um advogado Catalão. Foi dessa mistura que nasceu o surrealismo especial do Mestre, estilo que manteve até à sua reconversão em 1960…
A sua arte Cristã era principalmente de inspiração bíblica e cenas da vida dos Santos com recriações recorrentes de obras dos grandes Mestres. Outras imagens recorrentes eram o desenho do Cristo de S. João da Cruz, a lenda de S. Agostinho e a saga de Don Quixote que simbolizavam o seu nobre espírito Cristão e a busca pela compreensão da sua crença enquanto vagabundo enamorado da beleza da vida e da sua Dulcineia; Gala…
Porém sua arte sacra respeitosamente profanada ou salpicada de erotismo, era vista como sacrílega para os católicos mais conservadores…
Era o caso da Mãe de Deus, a quem ele representava na sua pureza imaculada por Gala, mulher e musa. Isto até 1959, ano em que foi contactado pelo Exército Azul, para pintar a Visão do Inferno em Fátima, primeira parte do Segredo que o mundo acreditava seria revelando em 1960…
Mas o encontro com a Vidente de Fátima, levaria Dali a destruir as primeiras versões da obra para mergulhar numa busca mais profunda pela redenção, caminho que tomou entre 1959 e 1962 e durante o qual pintou imagens de Nossa Senhora sem rosto, emergindo depois a retratar sua conversão na cena infernal em que pela primeira vez dá o rosto de sua mãe, à Mãe de Deus…
Casa-se Catolicamente e dedica os últimos 40 anos da sua vida a atos de piedade, triplicando a sua arte cristã, mas mantendo porém a fachada pública de marca; do génio excêntrico e irreverente
Morre em 1984 aos 89 anos, na Festa do Casamento da Virgem e São José.
Carlos Evaristo – Perito em Iconografia Sacra
Outro contributo da Fundação está patente na Sala junto à Capela do Espaço Museológico Atkinson (antiga Quinta) que conta a história do reencontro de Dali com a sua Fé Cristã, algo que ocorreu após John Haffert ter encomendado a obra sobre a parte do Segredo de Fátima então conhecida.
Um Cocktail de inauguração da Exposição oferecido pela WOW teve lugar antes da visita guiada ao Museu e das intervenções de Nicolas Descharnes, Carlos Evaristo e Adrian Bridge.
A inauguração daquela que já é considerada a melhor exposição de Salvador Dali jamais realizada em Portugal, terminou com a assinatura do Protocolo entre a Fundação Oureana e o Museu Atkinson, ama parceria cultural que já tem outras exposições, publicações e eventos em estudo.
O órgão da Santa Sé responsável pela angariação de fundos para conservação do património dos Museus do Vaticano, está este ano a celebrar 40 anos desde a sua fundação pelo Papa São Paulo VI.
Foi em 1983, que Patronos (Benfeitores de Arte dos Museus do Vaticano) criaram a “Patrons of the Art in the Vatican Museums” com Capítulos na Califórnia e em Nova York, E.U.A. Foi um ano após a Santa Sé ter realizado nos Estados Unidos a exposição itinerante “The Vatican Collections, O Papado e a Arte”. A exposição teve muitos visitantes e suscitou o desejo que um grupo de mecenas americanos de criar uma associação para ajudar o Vaticano a conservar o seu património com donativos e quotas anuais.
Capítulo Português do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano (CPGPMV)
20 anos após a sua criação, no ano de 2003, foi criado em Portugal, por decisão do Governatorato da Cidade do Vaticano, a primeira representação oficial na Europa, do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano; o Capítulo Português para Países Lusófonos.
A iniciativa deveu-se ao interesse dos Patronos dos Museus do Vaticano; o Padre John Guilbert Mariani, um Membro Fundador do Capitulo Californiano e o Arqueólogo e o Perito em Arte Sacra e Relíquias, Carlos Evaristo.
Ambos haviam colaborado no mesmo ano no Catálogo da Exposição “Saint Peter and the Vatican, the Legacy of the Popes” que levou várias obras dos Museus do Vaticano aos Estados Unidos pela primeira vez.
A criação do Capítulo Português contou com o apoio do Papa São João Paulo II e do então Cardeal Edmund Casimir Szoka, Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano que tal como o Papa era de origem Polaca.
O projecto teve também a ajuda preciosa do então Presidente Internacional do Gabinete, o Padre Allen Duston, O.P. que desde logo pediu o Patronato de S.A.R. D. Duarte Pio de Bragança para o Capítulo de língua Portuguesa.
Os Patronos Portugueses e os Projectos realizados
Herdeiros espirituais dos antigos Patronos do Vaticano, os Reis e Mecenas, os Patronos dos Museus do Vaticano são benfeitores e fazem parte dos mais recentes “Amigos dos Museus do Vaticano” que, desde o final da década de 1960, contribuíram para a criação da Coleção Pontifícia de Arte Religiosa Moderna, idealizada pelo Papa São Paulo VI.
Os vários projectos de restauro adoptados e patrocinados pelos Capítulos Internacionais são escolhidos do chamado “Wish Book”, uma publicação anual dos Museus do Vaticano. É nesse catálogo que o Vaticano dá a conhecer as necessidades de restauro de obras e o valor associado à sua conservação. Desde 2003 são vários os projectos já concluídos pelo Capítulo Português.
Em 2017, o Presidente do Capítulo Português visitou ao Laboratório de Conservação de Têxteis na companhia dos Patronos; Nicolas Descharnes e Armando Calado sendo que foi neste Laboratório que foi levado a cabo o restauro da mitra do Papa João XXII, (o Papa que aprovou a Ordem de Cristo para o Rei de Portugal, D. Dinis), realizado com o patrocínio do Capítulo.
Durante a visita aos Museus do Vaticano, o artefato histórico encontrado no túmulo do Papa João XXII em Avinhão, França, foi examinado por Carlos Evaristo, Presidente do Capítulo e Representante do Gabinete em Portugal tendo o Príncipe David Grabovac da Georgia, contribuído para a conclusão desse projecto.
Usar a Arte para promover a Paz
O 40º Aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano ocorre num momento tão dramático da história em que a arte, segundo o Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, actual Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, é chamada a “construir pontes” e “promover a paz”. O Cardeal definiu os Patronos como obreiros da Paz com “um coração pulsante insubstituível, sem o qual os Museus do Vaticano não poderiam cumprir sua tarefa de preservar a beleza que guardam”.
Compartilhar Arte e Fé
“Compartilhar Arte e Fé” é a missão das coleções papais, destacou a Diretora dos Museus do Vaticano, Barbara Jatta, a propósito do aniversário do Gabinete. Citando como exemplo a recente restauração do ícone do Salus Populi Romani, tão querido do Papa Francisco salientou que “esses benfeitores de nosso tempo apoiam os Museus do Vaticano na conservação de seu Patrimônio”.
“Ser Benfeitor das Artes nos Museus do Vaticano”, de acordo com Barbara Jatta, “significa ser, em certo sentido, os pais e, portanto, os mantenedores e Guardiões do Patrimônio da História, da Cultura e da Fé que a Igreja nos confiou para que possamos preservá-lo, respeitá-lo e honrá-lo”.
Preservação e Evangelização
“Nossa missão, portanto, como a dos Patronos, é preservar para difundir, e a difusão de coleções como as nossas, fundadas, construídas e enriquecidas por Papas, Cardeais, Freiras, Bispos e leigos, é evangelização”.
Barbara JattaDirectora dos Museus do Vaticano
Juntos há 40 anos na Conservação do Património dos Povos: Ao longo de quarenta anos, graças à generosidade das doações di Patronos, foi possível restaurar obras-primas únicas dos Museus do Vaticano, como os afrescos das Salas de Raffaello, a Galeria dos Mapas, a Capela Paulina, a Galeria dos Candelabros ou o Pátio da Pinha.
O Duque de Bragança, D. Duarte Pio, que defende a preservação do património dos povos conservado nos Museus do Vaticano, comoveu-se na sua visita à Santa Sé, recordando que foi pela altura da audiência com o seu Padrinho de Baptismo, o Venerável Papa Pio XII, que visitou os Museus do Vaticano pela última vez, na companhia de seu pai; o então Duque de Bragança; D. Duarte Nuno e do irmão D. Miguel, tendo na ocasião apenas 10 anos de idade.
Durante a visita aos Museus do Vaticano, o Duque de Bragança pode ver o conjunto de artefatos egípcios dos quais alguns foram restaurados com o patrocínio da Fundação D. Manuel II e dos Patronos do Capítulo Português.
Arte que mostra a beleza e a verdade de Deus
Cerca de 300 participantes estiveram presentes em Roma de 6 a 9 de Novembro nas cerimónias do 40º aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano e visitaram as Salas dos Museus do Vaticano, o Palácio Apostólico de Castel Gandolfo e a Basílica de Santa Maria Maior.
Conferência do 40º Aniversário dos Patronos dos Museus do Vaticano
“Caminhemos juntos, como o Papa nos convidou a fazer no Sínodo sobre a Sinodalidade que acaba de terminar. Estamos caminhando juntos há quarenta anos”, disse o Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, na Sala Nova do Sínodo, na abertura de na Conferência que assinalou o 40º Aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano, que teve lugar na Santa Sé, no dia 8 de Novembro.
“Não é por acaso”, acrescentou a Diretora Barbara Jatta, “que quisemos inaugurar esta reunião na Sala do Sínodo. Durante esses dias, dialogaremos juntos porque, a partir do compartilhamento e das sinergias, criam-se coisas belas para o futuro.”
Para o Responsável pelo Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano, Monsenhor Terence Hogan, “Este aniversário representa uma ocasião particularmente importante com que se destaca o valor da conservação do patrimônio cultural dos Museus do Vaticano e do Estado do Vaticano. Através da arte é possível compreender a beleza e a verdade que Deus nos revela”.
Fazendo uma retrospectiva das atividades realizadas desde 1983, Monsenhor Hogan recordou, em particular, o financiamento da construção do primeiro laboratório de restauração de mármore de última geração nos Museus do Vaticano. “Além disso, os Patronos apoiam o trabalho dos nove diferentes laboratórios para a restauração, pesquisa e conservação das coleções Pontifícias, sem esquecer o que existe fora dos Museus, como os afrescos nas abóbadas do Santuário da Escada Santa ou o sítio arqueológico descoberto sob a Basílica de São Paulo Fora dos Muros.
Papa Francisco aos Patronos dos Museus do Vaticano: “A Arte constrói pontes em tempos de divisão!”
No dia 9 de Novembro o Papa Francisco durante uma audiência privada concedida aos participantes na Conferência, elogiou os Patronos dos Museus do Vaticano pelo seu compromisso de quatro décadas com a preservação da herança cultural do Vaticano e destacou o poder transformador da Arte para promover a solidariedade num mundo dividido.
O Papa Francisco estendeu na quinta-feira as suas saudações aos Patronos das Artes, expressando gratidão pelo seu compromisso com “O importante trabalho de preservação e restauração do património artístico e cultural dos Museus do Vaticano”.
O Papa Francisco elogiou os Patronos pela sua apreciação das diversas formas de Arte, enfatizando o seu poder de iluminar a beleza da Criação de Deus e os mistérios embutidos na vida humana acrescentando que “O vosso compromisso é um sinal concreto da vossa apreciação do potencial das artes, nas suas muitas formas, para abrir mentes e corações à beleza da Criação de Deus e à riqueza e mistério da nossa vida e vocação humana”.
O Papa sublinhou também a importância da missão dos Patronos para promover o património cultural do Vaticano. “O trabalho de conservação para o qual vocês contribuem não apenas salvaguarda este precioso legado do passado, mas também convida as novas gerações a refletir sobre a profunda interação entre arte, história, cultura e fé”.
O Papa Francisco destacou o poder transformador da Arte, particularmente da Arte religiosa: “A Arte, e a Arte religiosa em particular, pode trazer uma mensagem de Misericórdia, compaixão e encorajamento não só aos crentes, mas também àqueles que duvidam, que se sentem perdidos, inseguros ou possivelmente sozinhos. A Arte refresca o espírito humano, assim como a água reabastece o deserto seco e árido. A história de quarenta anos dos Patronos foi inspirada não só pelo amor às artes, mas também pela convicção de que cada geração tem a responsabilidade colectiva de valorizar e preservar o património inestimável que nos foi confiado.”
Concluindo, o Papa Francisco renovou o seu apreço pelo apoio dos Patronos à missão dos Museus do Vaticano e encorajou-os a perseverar nos seus esforços. “Com estes sentimentos, queridos amigos, renovo o meu apreço pelo vosso apoio à missão dos Museus Vaticanos e encorajo-vos a perseverar no vosso louvável empreendimento”.
No final da Audiência o Papa concedeu uma especial bênção: “Sobre vós e as vossas famílias, e sobre todos os associados ao trabalho dos Patronos, invoco cordialmente as bênçãos de Deus Todo-Poderoso, fonte eterna de toda a beleza, verdade e bondade.”
Origem dos Museus do Vaticano
Os Museus do Vaticano nasceram com as obras privadas do Papa Júlio II, que quando foi eleito Papa em 1503, transferiu sua coleção para o Pátio Ottagono. Entre as obras estão o Apollo del Belvedere, a Venus, o Nilo, o rio Tevere, a Arianna Adormecida e o grupo Laocoonte e seus filhos. Novos edifícios foram então construídos ligados através de galerias àqueles existentes. Júlio II encomendou a decoração das salas de Raffaello e a rampa projetada por Donato Bramante como acesso aos andares superiores do Jardim do Belvedere.
Em 1740, o Papa Bento XIV reorganizou os salões dos Museus Sagrados e Profanos e do Gabinete de Medalhas. Em 1756, as obras de arte e arqueológicas descobertas por Johann Joachim Winckelmann estimularam a exposição pública das coleções do Vaticano.
Os Papas Clemente XIV e Pio VI projetaram os “Museus Pius Clementine” e o Papa Pio VII encarregou Antonio Canova da organização do museu com seu nome.
O Papa Gregório XVI, em 1837, inaugura o “Museu Etrusco Gregoriano” e dois anos depois, fundou o “Museu Egípcio Gregoriano”. No Palazzo Laterano, foi fundada, em 1844, o “Museu Profano Gregoriano” e, desde 1870, a reorganização da exposição de obras na Igreja Católica.
Mais tarde, Pio XI fundou o “Museu Missionário Etnológico” e inaugurou a “Pinacoteca” exibindo pinturas roubadas por Napoleão e devolvidas após o Congresso de Viena de 1815.
Décadas mais tarde, em 1970, as antigas coleções lateranesi foram transferidas para o Vaticano; e estão hoje nos Museus Gregoriano Profano e Pio Cristiano e em 1973 o Museu Missionário Etnológico.
A Coleção de Arte Religiosa Moderna e o “Museu das Carruagens” foram já fundados em 1973 durante o Pontificado de Paulo VI.
De 1989 a 2000, o Museu Egípcio Gregoriano e o Gregoriano Etrusco foram reorganizados e o Museu Histórico criado.
Os Museus do Vaticano foram incluídos na lista dos museus mais importantes do mundo e visitá-los é um marco essencial para aqueles que visitam Roma. Dentro dos Museus do Vaticano estão as coleções acumuladas ao longo do tempo pelos Papas, além das grandes obras de arte de todos os tempos que se tornaram testemunhos preciosos de uma era.
Os Museus do Vaticano não só recebem as requintadas coleções de arte, arqueologia e etnologia criadas pelos vários pontífices ao longo dos séculos, mas também têm alguns dos lugares mais exclusivos, históricos e artisticamente significativos dos Palácios Apostólicos.
Em Fevereiro de 2000, a entrada monumental foi aberta na parte norte das muralhas do Vaticano, muito perto da mais antiga, de Giuseppe Momo de 1932. Aqui se encontra a escada em espiral com trilhos, uma criação de Antonio Maraini, atualmente utilizada para sair do museu. (Fotos: PAVM)
O Legado dos Museus do Vaticano
Os Museus do Vaticano que abriram suas portas no Século XVI são visitados por mais de 6 milhões de pessoas todos os anos.
No momento, os Museus do Vaticano têm 4 rotas diferentes para visitar as várias galerias que ajudam na triagem do grande número de visitantes e todos terminam na Capela Sistina.
A Capela Sistina está localizada dentro dos Museus do Vaticano e é uma visita obrigatória.
Por que visitar os Museus do Vaticano? Por que se tornar Patrono dos Museus?
Visitar os Museus do Vaticano é uma experiência única que deve ser experimentada pelo menos uma vez na vida. A visita completa é uma longa e interessante viagem que irá preenchê-lo com emoções através de mais de vinte séculos de história e arte. A Capela Sistina, as salas de Raffaello e a Pinacoteca são apenas uma parte de um grande número de coleções inestimáveis.
Os Museus do Vaticano reúnem uma das coleções mais impressionantes e extensas do mundo pertencente à Igreja Católica, com mais de 70 mil objetos expostos em uma área de 42 mil metros.
Uma série de atividades nos Museus do Vaticano celebrará a iniciativa de doação e patrocínio que permitiu a preservação e o aprimoramento de um patrimônio de valor inestimável.
Os Patronos dos Museus do Vaticano para além de terem o privilegio de fazer parte de uma organização cujos membros contribuem para a conservação e restauro dos artefatos dos Museus com uma quota anual; (individual, familiar, juvenil ou de membro religioso), os benfeitores também beneficiam de visitas guiadas especiais aos museus e lugares no Vaticano vedados ao grande público tais como os laboratórios e recebem newsletters e convites para eventos especiais.
A Beleza que Une
Ao concluir as comemorações do 40º Aniversário, o Monsenhor Terence Hogan disse, “O trabalho que fazemos hoje deixaremos para aqueles que virão depois de nós, para as futuras gerações de Patronos, graças aos quais será possível continuar a atividade a serviço desse incrível patrimônio cultural de arte, beleza e verdade”.
O Capítulo Português do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano está sedeado por Protocolo no edifício da Regalis Lipsanotheca da Fundação Histórico-Cultural Oureana.
As Celebrações em honra de São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Condestável do Reino, III Conde de Ourém e Fundador da Casa Real e Ducal de Bragança, foram organizadas, pelo segundo ano consecutivo, pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, tendo como convidado especial, S.A.R. Dom Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, Condestável-Mor Honorário da Real Confraria do Santo Condestável, que também esteve m representação do Conselho de Curadores das Fundações Oureana e D. Manuel II.
As Celebrações em honra do Patrono das Forças Armadas, tiveram lugar durante 5 e 6 de Novembro e contaram com uma representação da Real Confraria do Santo Condestável / Fundação Oureana e a presença já habitual do Busto – Relicário de São Nuno da Regalis Lipsanotheca em Ourém, presente na Missa Solene celebrada por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense.
O programa das celebrações deste ano incluíram uma Palestra, um Concerto, uma Parada Militar, concluindo com um almoço oferecido aos convidados pelo General Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Nunes da Fonseca.
A Missa da Festa de São Nuno de Santa Maria foi celebrada no Santuário da Padroeira em Vila Viçosa por D. Rui Valério.
Foi no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, que no dia 5 de Novembro pelas 10:30 da manhã foi celebrada a Missa da Festa do Santo Condestável Nuno Álvares Pereira, São Nuno de Santa Maria, Patrono das Forças Armadas de Portugal.
As comemorações foram organizadas pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas com o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação Casa de Bragança, do Santuário da Padroeira e do Seminário São José.
“A Missa Solene foi um momento de reverência a São Nuno de Santa Maria, uma figura histórica importante de Portugal. Esta celebração religiosa foi uma oportunidade para destacar o legado e a devoção a São Nuno de Santa Maria, que desempenhou um papel significativo na história militar e religiosa de Portugal.”
“No Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa, estiveram presentes; o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca; Dom Duarte Pio de Bragança, todo o executivo Municipal liderado pelo Presidente Dr. Inácio Esperança entre outras entidades civis e militares que desejaram prestar homenagem a São Nuno de Santa Maria”.
“As comemorações demonstram a importância da história e da cultura de Portugal, bem como a ligação entre as Forças Armadas e a Fé. A preservação das tradições e valores nacionais é fundamental para manter viva a herança de figuras como São Nuno de Santa Maria, que continuam a ser uma fonte de inspiração para o povo Português.”
D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense salientou os valores espirituais e o espírito de sacrifício de São Nuno e também a sua devoção à Virgem Santíssima, cuja imagem em Vila Viçosa mandou fazer na Inglaterra aquando do restauro do Santuário no Século XV. D. Nuno era o Chefe de Estado Maior no seu tempo e a segunda pessoa mais poderosa do Reino a seguir ao Rei.
A Eucaristia presidida por D. Rui Valério, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, teve transmissão directa na RTP1 e foi também transmitida pela Rádio Campanário de Évora.
Ao final da tarde, o Historiador do Exército e Membro da Real Confraria do Santo Condestável, Coronel Américo Henriques, lecionou na Igreja de Santo Agostinho, uma Palestra de evocação de D. Nuno Álvares Pereira, seguida do Concerto da Banda Sinfónica do Exército com a participação da Soprano Carla Martins.
Vila Viçosa é, desde 2022, por decisão do antigo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, (Membro Alcaide da Real Confraria do Santo Condestável) o local escolhido para as cerimónias oficiais das Comemorações evocativas anuais do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, São Nuno de Santa Maria, por ocasião da sua Festa Litúrgica; 6 de Novembro.
Organizadas pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, com o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação da Casa de Bragança e do Seminário São José, as comemorações deste ano terminaram na segunda-feira dia 6, com uma Parada e Cerimónia Militar, no Terreiro do Paço, cerimónia esta presidida pelo General José Nunes da Fonseca, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
(Foto: Forças Armadas)
Ao final da tarde, o Coronel Américo Henriques deu uma Palestra de evocação de D. Nuno Álvares Pereira, seguida do Concerto da Banda Sinfónica do Exército com a participação da Soprano Carla Martins.
“Decorreu no Terreiro do Paço de Vila Viçosa, na manhã do dia 6 de Novembro, a Cerimónia Militar de homenagem ao Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. Presidida pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, a cerimónia teve como momentos marcantes a entoação do Hino Nacional pelas Forças em Parada, em conjunto com 140 crianças do agrupamento de escolas de Vila Viçosa, seguindo-se a Cerimónia de Homenagem aos Mortos, e, a encerrar, a Condecoração de um Antigo Combatente.”
As comemorações de homenagem a D. Nuno Álvares Pereira, Patrono do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) foram da organização do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e tiveram o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação da Casa de Bragança, do Santuário da Padroeira e do Seminário São José.
Após a Cerimónia, o General Nunes da Fonseca, em declarações aos jornalistas, fez o balanço das comemorações deste ano de 2023 começando por dizer que “as forças Armadas estão muito satisfeitas pela forma como decorreram as cerimónias.”
Ainda assim, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas considera quem melhor poderá avaliar o sucesso destas comemorações “serão os Calipolenses e as pessoas que decidiram associar-se a estas cerimónias.”
Na sua opinião, sublinha “creio que foram bem sucedidas; é uma extensão e uma ampliação do que o ano passado foi realizado e estamos todos satisfeitos.”
“Interpretando o sentimento do Povo e dos Calipolenses sinto que este acontecimento está bem conseguido” realçou o General que assegura ainda que estas comemorações, nos próximos anos, se irão manter em Vila Viçosa.
A este propósito, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas sublinha “é uma tradição que passa a estar inscrita no nosso calendário anual.”
Sobre São Nuno de Santa Maria, o General Nunes da Fonseca evidenciou tratar-se de “um homem muito inspirador , um Herói Nacional e um grande militar e também um homem de fé, um elemento fundamental da nossa história militar e da nossa portugalidade; viveu do Séc. XIV para o Séc. XV mas perdurará para sempre.”
6 de Novembro de 2023
TEXTOS: Fundação Oureana, Augusta Serrano e Forças Armadas Portuguesas
Terminaram, hoje, no Castelo de Ourém, as últimas filmagens para “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), um novo Filme Documentário e Série Televisiva sobre a história da produção do Vinho na Peninsula Ibérica.
O filme é produzido pela Brochin Films, Produtora Norte Americana premiada que faz parte do Grupo Renegade Network, uma cadeia de plataformas digitais de televisão por cabo que transmitem, 24 horas por dia, programas culturais, de vida selvagem, de caça, pesca e agricultura.
A Produtora foi premiada este mês no Festival de Cinema de Madrid, pelo seu Documentário; Spirit of the Bull (Espírito do Touro), tendo desenvolvido durante a rodagem, a ideia para o actual projecto após o nome do filme ter sido dado a um vinho Espanhol de reserva V.Q.P.R.D., também ele premiado.
O Documentário tem na Produção Executiva o mesmo Edwin Brochin que é também o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável. A Co-Protutora é sua mulher, Julie Brochin e o trabalho conta com a Colaboração na Produção de outro Realizador igualmente premiado, Paul Perry da Paul Perry Productions e Sakkara Productions.
O projecto conta desde o início com o apoio da Fundação Histórico – Cultural Oureana e da Fundação D. Manuel II. Em Protugal a Equipa de Produção e Edição é da Produtora Crown Pictures, fundada em 2004 por Carlos Evaristo, e que chamou para a equipa deste projecto; o conhecido Realizador e Editor premiado; Carlos Casimiro e o igualmente célebre Cinematógrafo Júlio Torres.
O Apresentador de Televisão, Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana, é o Consultor Histórico do Projecto e também um dos Guionistas do Projecto que conta com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, na pessoa de S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.
Segundo Carlos Evaristo; “Duas equipas de filmagens passaram um mês a recolher imagens nas mais conhecidas Vinículas do Norte, Cento e Sul da Península Ibérica. Este trabalho será o mais completo registo sobre a História do Vinho na Peninsula Ibérica e relata a sua produção desde os registos deixados pelos mais primitivos povos, passando pelos Fenícios, Gregos, Romanos até ao célebre IV Conde de Ourém.”
“Foi o Primógénito da Casa de Bragança quem introduziu o primeiro Vinho Tinto em Portugal num processo que é hoje conservado na produção do Vinho Classificado de Vinho Medieval de Ourém. Foram longas semanas de filmagens para o Filme e depois uma Série de vários episódios.”
Em Portugal, a Equipa filmou em muitos locais de produção dos mais conhecidos Vinhos Portuguêses, incluíndo Caves de Vinho do Porto. Na Cidade Invicta a Equipa foi acompanhada pela Assistente de Produção Maria Castro.
A história do Vinho Ibérico também incluiu um capítulo sobre as campanhas de promoção que levaram a que certos vinhos com pouca fama local ou nacional à época, se tornassem marcas mundialmente conhecidas e representativas de Portugal e Espanha.
O Historiador e Arqueólogo Carlos Evaristo, explicou na Série que; “São os casos dos Vinhos Xerez de Jerez de la Frontera das marcas Osbourne e Tio Pepe e também do Vinho do Porto Sandeman e do Mateus Rosé. A campanha de publicidade da Osbourne de 1954 colocou cartazes com a silhueta de um touro, nos montes Espanhóis, símbolo do Vinho que hoje, após o fim da campanha continuam expostos por se ter tornando símbolo de Espanha. É o caso também do Vinho Mateus Rosé que deve muito da sua fama nos Estados Unidos da América, à tournée musical de Amália Rodrigues que patrocinou na década de1950 com uma garrafa em forma de Guitarra Portuguesa.”
Ainda no Capítulo sobre os Vinhos Ourienses, foram dados a provar, os Vinhos Terras de Oureana da Fernando Rodrigues Lda. e o Vinho da Moura Encantada. O primeiro, a marca que era servida no Restaurante Medieval Oureana desde 1970 e até 1995 e o segundo um Vinho Medieval exclusivamente produzido e engarrafado para a Fundação Oureana desde que a Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval foi criada em 2003 e passou em 2006 a ser o Departamento que gére o espaço emblemático.
Os Vinhos “Cosher” de produção Judaica, cuja origem está também muito ligada ao terceiro e ao quarto Condes de Ourém, são outro tema apresentado por Carlos Evaristo com recurso a artefactos e manuscritos históricos apresentados no Documentário de Edwin Brochin.
No Documentário, assim como na Série haverá mostra de novas tecnologias de filmagens digitais; drones, recurso a CGI e também recriações históricas.
No Castelo de Ourém, realizou-se ainda provas de vinhos antigos da Adega de John Haffert, como um Porto de 1808, outro de 1832 e provas de Vinhos Cosher Sefarditas produzidos Sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, uns nos Estados Unidos da América, e outros, em Belmonte, no Alentejo, e que fazem parte dos Vinhos tradicionais servidos no Restaurante Medieval desde a sua criação por John Haffert em 1970.
Edwin Brochin, o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável, já realizou um Documentário sobre este Desporto de Reis. Em 2014, a Fundação Oureana reconheceu o seu trabalho de há várias décadas como Falcoeiro, e preparou um Brasão de Armas em processo de Concessão. Foram criadas pelo Desenhador Heráldico Mathieu Chaine do Colégio Heráldico da Fundação Oureana.
Arduino 2019, o Primeiro Vinho NobreProduzido pela Vinícola Marchese di Ivreaem Ituverava, São Paulo
No Documentário pode-se ver que o nome de Edwin Brochin a ser conferido a um vinho Fondillón de 1944, tendo o próprio, a honra de assinar o casco número 23 C22 na Adega.
Dave Horner, Arqueólogo Sub-Aquático, fundador da R.A.H.A. (Real Associação História e Arqueologica) Departamento de Pesquisa Arqueológica da Fundação Oureana, também teve a honra de ver seu nome dado a um Vinho Xerez.
Em Setembro de 1971, por ocasião do 24º Festival Anual do Xerez em Jerez de la Frontera, Espanha, Dave e Jayne Horner passaram uma semana na Vinócola do Marquês de Bonanza tendo sido convidado de honra desse evento anual. Naquele ano específico dedicado aos EUA, Horner foi homenageado após ter descoberta de uma caixa de garrafas de xerez no navio submerso ELLA, que teve a infelicidade de encalhar contra uma maré forte e vazante do Rio Cape Fear, que teve que ser negociado para chegar ao último porto aberto ao os Estados do Sul em dificuldades durante os dias finais da Guerra Civil Americana.
Este corredor de bloqueio confederado carregava uma variedade de munições de guerra e suprimentos de alimentos destinados ao General Robert E. Lee e seu exército inicial nas trincheiras frias e lamacentas ao redor de Petersburgo e Richmond. Infelizmente para o Exército do General Lee, vários navios de guerra adversários perceberam a dificuldade do ELLA e se moveram prestes a matar, destruindo o navio com sua artilharia pesada. Isso foi de manhã de 5 de dezembro de 1864.
ELLA ficou esquecida por um século, até que Dave Horner a descobriu em 1964. O achado está descrito no seu livro; THE BLOCKADE RUNNERS, publicado em 1968. Parte da carga da ELLA era uma arca com garrafas de Xerez de Jerez, provavelmente o estoque particular do Capitão. Produzido pela Viníciola Gonzalez Byass, conforme a forma exclusíva das suas garrafas comprovo, algumas ainda com suas rolhas intactas, depois de mais de um século no fundo do mar.
Horner ofereceu algumas destas garrafas a D. Manuel Maria Gonzalez Gordon, Marquês de Bonanza então Presidente-Executivo da empresa. A nótícia da descoberta atraiu a atenção mundial para Jerez de la Frontera, e fez as delícias de aficionados de xerez em todos os lugares. As garrafas descobertas por Horner estão hoje expostas com uma placa descritiva na sala do Museu da Vinícula Gonzaléz – Byass ainda dirigida pela família dos Marquêses de Bonanza, produtores do conhecido vinho; Tio Pepe.
Loja com o Vinho Xerez “Tio Pepe”
As filmagens para o Documentário e para a Série concluíram no Castelo de Ourém, com um capítulo dedicado a ilustrar a história de D. Afonso, IV Conde de Ourém e da sua ligação à produção do vinho, hoje denominando e calssificado como; “Vinho Medieval de Ourém”.
As cenas filmadas em Ourém incluem um Banquete Real no Restaurante Medieval Oureana filmado por José Alves da Soutaria TV e uma Prova de Vinhos Medievais filmada na Casa do Castelo por Júlio Torres.
Entronização de Edwin Brochin por D. Duarte de Bragança na Cripta do Conde.
S.A.R. D. Duarte de Bragança com Edwin Brochin junto ao Túmulo de D. Afonso, IV Conde de Ourém
Na Cripta da Sé – Colegiada de Santa Maria da Misericórdia de Ourém, réplica da Sinagóga de Tomar onde está sepultado o IV Conde de Ourém, D. Duarte, Duque de Bragança, actual Conde de Ourém e Grão Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguêsa, falou do legado de D. Afonso, que também foi o 1º Marquês de Valença, tendo entronizado Edwin Brochin como Confrade da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, a primeira Confraria de Vinho Medieval a ser criada no Mundo, em reconhecimento pelo seu trabalho em prol da história do vinho e a promoção do Vinho Ibérico.
O traje dos Confrades desenhado pelo falecido Padre John Guilbert Mariani reproduz as vestes que o IV Conde de Ourém apresenta na imagem jacente no seu túmulo e com as cores das vestes da sua efigie nos Painéis de São Vicente.
Tanto o Filme Documentário “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), como a Série com o mesmo nome, irão passar na Net Flix, Amazon Prime, Hulu, Tubi TV, Filmzie, Cinedigm, Little Dot, Xumo, para além de e outros canais de streaming com as quais as produtoras envolvidas já trabalham. O trabalho estará universalmente distribuído e os conteúdos acessiveis na Roku, Amazon Fire TV, Apple TV, Android TV, Google Play, IOS e Android Phones.
O dia do Conde de Ourém, 29 de Agosto, aniversário da morte de D. Afonso, IV Conde de Ourém, foi assinalado este ano com a conclusão de trabalhos de reparação, restauro e conservação na estátua em bronze do Monumento ao Papa Pio XII na Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana.
A inauguração do Monumento decorreu a 13 de Maio de 2021, dia em que se assinalava o 75º Aniversário da Coroação de Nossa Senhora de Fátima como “Rainha do Mundo” pelo Papa Pio XII, o chamado “Papa de Fátima”.
Os trabalhos efectuados incluíram limpeza e reparação de fendas no metal, o tratamento do bronze e pintura com uma película protectora.
A estátua em bronze do Monumento é obra do Mestre Escultor Espanhol Félix Burriel e foi oferecida à Fundação Oureana pelo Prof. Moritz Hunzinger.
O Monumento desenhado por Carlos Evaristo e Nicolas Descharnes foi construído com o apoio de vários admiradores e defensores do Papa internacionais, incluindo um grupo de historiadores Judeus da “Pave the Way Foundation”, numa iniciativa da Fundação Histórico-Cultural Oureana.
Imagens do antes e depois
Todos os trabalhos de conservação e manutenção em curso no Património da Fundação são realizados por uma equipa especializada chefiada pelo Conservador e Arqueólogo Carlos Evaristo. O Departamento de Conservação e Restauro está a cargo do Técnico de Restauro e Parceiro Protocolar da O.S.I.C. Jorge Gonçalves.
S.A.R. O Duque de Bragança e sua comitiva com o Grão MagistérioS.M.O.M. S.A.E. Fra’ John Dunlap Príncipe e Grão MestreS.M.O.M. H.E. Fra’ Emmanuel Rousseau Chanceler Mor S.M.O.M. H.E. Riccardo Paternò di Montecupo Hospitalário MorS.M.O.M. H.E. Fra’ Alessandro de Franciscis TreasoureiroS.M.O.M. H.E. Fabrizio Colonna
Na semana em que se celebra a Festa de São João Baptista e aniversário do nascimento de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Sua Alteza Real, D. Duarte, Duque de Bragança, acompanhado de uma comitiva composta por membros da Cúria, Chancelaria e Delegação Canadiana da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e da Real Confraria do Santo Condestável, foi recebido oficialmente pelo Príncipe e Grão-Mestre da Soberana Ordem Militar e Hospitalária de São João de Malta, Sua Alteza Eminentíssima Frá John Dunlap, no Palácio Magistral do Governo do Estado situado na Via dei Condotti, em Roma, Itália.
Frá Dunlap, de nacionalidade Canadiana, foi eleito 81º Soberano Chefe de Estado e Grão – Mestre da Ordem de Malta, no passado dia 3 de Maio de 2023, sendo Grã-Cruz da Ordem de São Miguel da Ala, há quase 20 anos, sendo membro da Delegação Canadiana da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala.
Durante a audiência que antecedeu a Sessão Solene, Sua Alteza Eminentíssima, o Príncipe escutou atentamente o relatório das diversas actividades humanitárias que a Real Irmandade e a Real Confraria têm vindo a desenvolver em diversas partes do mundo e particularmente com os desalojados e vítimas do presente conflicto na Ucrânia. Ficou ainda a conhecer as actividade desenvolvidas pela Real Confraria que honra São Nuno, um Santo da Ordem de Malta, já que tal como seu pai D. Gonçalo e irmão D. Pedro, foi Prior da Ordem de São João, no Crato, em Portugal.
Depois da audiência o Senhor D. Duarte foi apresentado aos membros do Governo da Ordem, seguindo-se uma troca protocolar de insígnias. O Duque de Bragança promoveu o Príncipe a Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e concedeu-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Frá Dunlap retribuiu com a Grã-Cruz da Ordem pro Merito Melitensi em Classe Especial ao Chefe da Casa Real Portuguesa.
Depois de cumpridas as formalidades da visita oficial do Chefe da Casa Real Portuguesa e sua comitiva à sede de Governo da Ordem, seguiu-se um almoço oferecido pelo Grão-Mestre, durante o qual, Frá John Dunlap brindou ao Chefe e à Casa Real Portuguesa, suas Ordens Dinásticas e instituições sob o seu Alto Patronato.
A visita terminou com uma oração na Capela da Ordem onde foram invocados os Santos da mesma e entre eles, São Frei Nuno, ocorrendo uma troca de lembranças entre os dois Príncipes.
Frá John Dunlap também recebeu o diploma de Condestável-Mor Honorário Grã-Colar por ter aceite renovar o Patronato à Real Confraria do Santo Condestável sediada na Botica de São João da Fundação Oureana no Castelo de Ourém, Patronato que havia sido previamente conferido pelo falecido Príncipe e Grão-Mestre Frá Matthew Festing.
Fotos: Soberana Ordem Militar e Hospitalária de São João de Malta / Real Confraria do Santo Condestável
A Inglaterra vai hoje reviver um dos rituais mais antigos da história da Europa Cristã, a Sagração e Coração do novo Monarca, neste caso o de Carlos III, Rei da Grã Bretanha e do Reino Unido. Consultamos Carlos Evaristo*, especialista em relíquias e em rituais de coroação para saber mais a cerca destas tradições pouco conhecidas.
Por Humberto Nuno de Oliveira
Carlos III com a Regalia de Príncipe de Gales
O RITUAL DA COROAÇÃO De acordo com Carlos Evaristo, “É irónico que a Inglaterra seja um país que deixou a obediência Católica no Reinado de Henrique VIII, se tenha tornado numa Monarquica Constituicional no tempo do Rei Carlos II, mas que seja hoje o único Reino no mundo que ainda segue um Ritual Católico Medieval para a Coroação dos seus Monarcas. Ritual pleno de simbolismo e mistério com recurso a Relíquias, Santos óleos e toda a Regália (Jóias da Coroa), num modelo instituído pelo Rei São Luís IX da França e pelo Imperador Carlos Magno, tradições Católicas que tecnicamente deviam de ter sido abolidas quando da reforma cismática que fez dos Soberanos Inglêses, Chefes Supremos da Igreja Católica dita Anglicana”.
“O Ritual da Coroação remonta a tradições bíblicas, da Coroação e Unção dos Reis David e Salomão, Santos Reis de Israel e antepassados de Cristo na Realeza Sacerdotal do Antigo Testamento. É esse o Direito Sagrado a Reinar que hoje só os Reis de Inglaterra ainda revindicam com todo este Ritual que envolve a Sagração do Monarca com Santos Óleos enquanto está ocultado debaixo do Pálio, a Investidura com camisa de ouro e Manto de arminho, a colocação do anel de estado no dedo anelar direito e o uso de umas pulseiras de ouro.
A Bênção e Entronização sob Trono com uma Relíquia e a Coroação com Coroa, segue-se a colocação nas mãos, da Orbe e dos Ceptros. O toque nas esporas de ouro e o elevar da espada representa que o Monarca deverá ser Defensor da Fé Cristã e o Grã-Mestre das Ordens de Cavalaria e Chefe e Fons Honorum de toda a Nobreza com poder para armar Cavaleiros e conferir títulos. No entanto mudanças ao Ritual da Coroação foram feitas pelo Rei Carlos III que fazem com que a cerimónia que demorava cinco horas, fosse agora reduzida para hora e meia.”
Carlos III foi coroado Príncipe de Gales, em 1969, por sua mãe, Isabel II
Atentemos, pois, nas partes deste complexo ritual. I. A Apresentração e Aclamação Esta é a primeira parte do Ritual que apresenta o Rei aos quatro cantos da Igreja, que representam os quatro cantos do Reino. Os arautos tocam trombetas e gritam: “Eis o vosso mui Nobre Servo Principe…”, ao que respondem os presente com gritos de: “ Viva o Rei!”.
II. A Unçãoe o Toque Real A unção é a parte mais misteriosa e sagrada do Ritual da Coroação. Realizada pelo Arcebispo de Cantuária, de modo oculto, por baixo de um pálio suportado tradicionalmente por Cavaleiros da Ordem da Jarrateira, tradição que Carlos III alterou ao escolher outros Nobres para segurar as varas. O Rei é ungido com Santos óleos, na fronte, no peito e nas palmas das mãos e assim sagrado com o tradicional Poder Sacerdotal; “o Toque Real” para abençoar, curar e absolver pecados. Óleo ainda hoje preparado e benzido no Santo Sepulcro de Jerusalém por um Bispo Anglicano para assim simbolizar a Realeza Davidica e Solomónica de Cristo que será transmitida espiritualmente ao Monarca por via do Espírito Santo.
III. A Entronização e Coroação na Cadeira de Santo Eduardo e a Pedra de Scone ou do Destino
Depois de vestido com o Manto de Arminho, as Braceletes de ouro (que representam a força de Sansão)e outras Insígnias como o anel, o Monarca é Coroado com a Coroa de Santo Eduardo, na Cadeira de Santo Eduardo, o chamado Trono do Confessor, debaixo da qual é colocada a Pedra da Coroação ou de Scone, simbolizando o Destino, uma pedra com duas argolas em ferro que a tradição diz ser a Relíquia da Almofada do Profeta Jacó.
A Pedra de Scone pesa 125 quilos e veio da Terra Santa durante as Cruzadas. Faz parte da Regália dos Reis da Escócia, hoje parte do Reino Unido.
Foi levada para a Inglaterra há séculos, sendo usada pelos Monarcas da Grã Bretanha e Reino Unido quando das Coroações.
A mesma relíquia foi devolvida pela Rainha Isabel II ao Castelo de Ediburgo, na Escócia, em 1996, após os Escoceses a terem roubado da Catedral de Westminster, em sinal de protesto contra a sua permanência em Londres.
Usada pela última vez em 1953, esta Relíquia foi enviada para Londres na passada quinta feira dia 27 de Abril, após uma Cerimónia de Trasladação presidida pelo Lord Lyon da Escócia e seus asistentes; Carrick e Falkland, Guardiães das Insígnias desse Reino e da Pedra de Scone, a Relíquia mais preciosa do Reino Unido.
Lord Lyon da Escócia com Carrick e Falkland
Antes da partida para Londres a pedra foi analisada por um grupo de estudiosos. Uma análise com luzes infra-vermelhas revelou algumas inscrições antias que poderão revelar a sua origem e verdadeira natureza. O Professor Mark Hall do Museu de Perth e a Professora Sally Foster do Departamento de Património e Conservação da Universidade de Sterling fazem parte do grupo de estudo e revelaram haver o que parecem ser cruzes romanas gravadas na pedra e vestígios de gesso policromado.
Num parecer enviado para o grupo que estuda a pedra, o Perito em Relíquias, Carlos Evaristo, afirma que “todos os sucessores dos Reis e Bispos que participaram nas Cruzadas, quando da queda do Reino Latino de Jerusalém, nomeadamente os Monarcas de França, de Espanha e do Sacro Império, passaram a intitular-se Reis de Jerusalém e faziam-se coroar sob caixas de terra ou pedras trazidas da Terra Santa incorporadas em Tronos e Cadeirões”. Este modelo de cadeira-relicário medieval foi criado por Carlos Magno e pensava-se que dele emanava o poder Davídico e Salomónico para governar, direitos sagrados simbolizados na pedra trazida da Terra Santa.
Na Regalis Lipsanotheca, uma Capela de Relíquias de estílo medieval que Carlos Evaristo criou no Castelo de Ourém, no ano 2000, e que conta com o Alto Patrocínio da maior parte das Casas Reais da Europa, que existe entre a colecção de milhares de relíquias que pertenceram a Reis e Imperadores, uma raríssima Cadeira de Coroação do Século XVI que ainda conserva por baixo uma pedra reivindicada como sendo do Muro do Templo de Jerusalém. Refere Evaristo, “Hoje apenas os Monarcas da Grã-Bretanha e de Espanha ainda se dizem «Rei de Jerusalém», embora apenas os Reis da Inglaterra sejam coroados numa Cadeira de Coroação ou Trono de Sabedoria com Relíquia.
O Lord Lyon com a Pedra de Scone antes da sua recolocação na Cadeira da Coroação
Uma análise feita à Pedra da Cadeira de Coroação que existe na Colecção da Regalis Lipsanotheca no castelo de Ourém revelou que a mesma é composta de uma típo de granito azulado proveniente do Sul de Israel.
A Regália do Reino da Escôcia
Para Evaristo, “Se a Pedra de Scone, não é da muralha do Templo de Jerusalém, do Santo Sepulcro ou do Monte do Calvário, então poderá ser mesmo, como a tradição diz, uma pedra da Igreja que assinala o local onde o Profeta Jacó teve o sonho de anjos a acenderem e a descerem do céu por via de uma escadaria dourada. Os vestígios de gesso policromado na pedra e as cruzes gravadas certamente por peregrinos, poderão defender essa ideia pois há uma semelhança com as pedras da Santa Casa de Nazaré que os Senhores Feudais trouxeram para a Europa para criarem réplicas da casa à escala real”.
O Ritual da Coroação Inglês que foi usado pelo Rei Filipe I em Tomar “Era nestas Cadeiras”, que segundo Evaristo, “eram Coroados ou Entronizados, não só Reis, mas também os Bispos, Duques e Grão-Mestres de Ordens de Cavalaria como a Ordem dos Templários, e mais tarde, a sucessora que foi a Ordem de Cristo. Entre outros títulos ques estes senhores apresentavam estava também o de «Rei e Senhor de Jerusalém». Esta foi uma prática que se manteve viva muito antes da queda do Reino Latino de Jerusalém. Provinha de uma tradição muito mais antiga de colocar relíquias nos tronos, algo iniciado pelo Imperador Carlos Magno, depois copiado na Capela de Relíquias da Sainte Chapelle pelo seu descendente São Luis IX Rei da França e seguidamente pelos Senhores Feudais de toda a Europa incluíndo os Monarcas Ingleses. Esta prática está retratada na cena do falso juramento de Harold na famosa Tapecaria de Bayeux”. “Os Portugueses viviam muito esta tradição e criaram no Convento de Cristo em Tomar uma Réplica do Santo Sepulcro, como seria à época, completo com Relíquias vindas da Terra Santa colocadas em altares e em Relicários por cima dos arcos da Charola. Foi nessa Charola que o primeiro Rei Filipe da Dinastia Filipina repetiu este Ritual quando se fez Sagrar e Coroar Rei de Portugal em 1580. Mais tarde ofereceu para o Convento um Relicário precioso com um Espinho Sagrado da Coroa de Espinhos de Cristo e que está hoje no Tesouro da Sé de Lisboa.
Os elementos da Regália A Regália, como se chama o conjunto de Jóias da Coroa: a Coroa ou Coroas, a Orbe, os Ceptros e outras Insígnias usadas na Coroação dos Monarcas, é algo cujo desenho e simbolismo histórico é exclusivo a cada Reino. A Regália Inglêsa, que incorporava peças dos tempos dos Reis Anglo-Saxónicos, foi destruída em 1649 depois da execução do Rei Carlos I e a Proclamação da República Inglêsa, mas já durante a década de 1620, dificuldades financeiras levaram Carlos I a leiloar muitos tesouros da Jewel House na Torre de Londres, embora ele não tenha vendido as principais peças.
Desentendimentos com o Parlamento, cedo se transformaram em Guerra Civil e, depois de 1642, os oponentes do Rei avidamente tomaram posse das Jóias da Coroa. Após a execução de Carlos I no mesmo ano, todas as peças de ouro da Regália foram vendidas para financiar o novo governo, enquanto as insígnias da Coroação de Santo Eduardo, os símbolos da Monarquia, como instituição sagrada, foram derretidos na Casa da Moeda para se cunhar moeda. Foi o ourives real Robert Vyner quem foi encarregado de criar novas peças para a Regália usada na Coroação do Rei Carlos II em 1661 e são essas as peças em uso até hoje.
As primeiras descrições sobreviventes de uma coroação Inglesa datam de antes de 1000 a.C. e incluiam o uso de coroas, anéis e ceptros, que tal como em todos os Reinos da Europa, eram confeccionados de novo para uso exclusivo de cada Monarca. Foi após o Reinado de Santo Eduardo, o Confessor ,que surgiu a tradição de haver uma única colecção de Regália Sagrada.
Cem anos após sua morte, Eduardo foi declarado Santo, e os objetos relacionados a ele passaram a ser “Relíquias Sagradas”. A Coroa do Santo que foi usada na Coroação de Henrique III em 1220 foi depois cuidadosamente usada para uso pelos futuros Monarcas. Esta coroa foi depois acompanhada por uma série de outras Coroas menores incluindo uma de duas hastes e uma colher de ouro para Unção do Monarca.
Coroação de Carlos II em 1661
As peças antigas que sobrevivem foram usadas em todas as Coroações durante mais de 500 anos e as outras foram foram recriados para a Coroação de Carlos II em 1661.
A Colher e a Ampula de Unção Para Carlos Evaristo “é irónico que o único item da Regália Medieval a sobreviver fosse a Colher da Unção conhecida também por Colher da Coroação e que data do século XII”.
É nela que se deita um pouco de óleo benzido em Jerusalém que o Arcebispo toma no seu polegar direito para ungir o Monarca.
A ampula feita em forma do Espírito Santo relembra a Unção do Rei David, o Crisma Sagrado e a Lenda da Pomba Milagrosa de São Tomás Beckett. A cabeça da águia é removível, havendo uma abertura no bico para derramar o óleo. O seu estilo é baseado numa peça anterior que recordava uma lenda do século XIV em que a Virgem Santa Maria teria aparecido a São Tomás Beckett e presenteado-o com uma águia dourada e um frasco de óleo para ungir os futuros Reis de Inglaterra.
Segundo Carlos Evaristo “a lenda baseia-se noutra mais antiga, contada acerca da Coroação do Rei Clovis da França pelo Arcebispo de Reims, São Remígio, no ano de 496. De facto havia uma ampula de vidro em forma de pomba que se enchia milagrosamente com óleo (líquido turvo) antes da Coroação de cada Rei (ou não). Na realidade, uma espécie de desumidificador natural, criado por monges na Idade Média, e que absorvia a humidade na Catedral de Reims para espanto dos fieis”.
O óleo da ampola é derramado na Colher de Unção no momento mais sagrado da Coroação. O Ritual de Unção remonta ao Livro dos Reis do Antigo Testamento, onde é descrita a unção de Salomão como Rei por Zadoc o Sacerdote.
A Coroa de Santo Eduardo A Coroa de Santo Eduardo é a coroa usada no momento da Coroação. A que existe hoje foi mandada fazer em 1661 para substitutir a que foi derretida em 1649. A original era do Século XI, e pertenceu, tal como o Trono e Cruz-Bastão ao mesmo Rei Santo Eduardo, o Confessor, aquele que foi o último rei Anglo-Saxónico de Inglaterra.
A Coroa foi criada por Robert Vyner segue o padrão original da Coroa de Santo Eduardo, daí o seu nome. Pesa 2,07 kg e é decorada com rubis, ametistas e safiras. Tem quatro cruzes páteas e quatro flores-de-lis e dois arcos.
É composta por uma moldura de ouro maciço cravejada de rubis, ametistas, safiras, granadas, topázios e turmalinas e por dentro tem um barrete de veludo roxo com uma faixa de arminho que representa o antigo barrete de “Defensor da Fé” dado pelos Papas na Idade Média aos Monarcas que recebiam o título de “Dux Pontífício”.
(Imperadores Hapsburgos, o Rei D. Manuel I de Portugal e até do Rei Henrique VIII antes de cismar)
As Coroas forradas de veludo “Carmesim Português” No estudo que Carlos Evaristo fez sobre as tradições da Coroação, descobriu que o uso de um forro de veludo nas Coroas Europeias foi algo que nasceu do uso combinado da Coroa do Monarca com o Barrete Cardinalício (Vermelho) ou o Barrete de Dux Pontifício (Roxo) que o Rei Carlos II de Inglaterra uniu de forma permanente em 1661. Foi um estilo que posteriormente a sua viúva, a Rainha Catarina de Bragança, trouxe para Portugal.
Coroa mandada fazer por D. João VI
O Barrete Cardinalício era símbolo da Sagração e Unção dos Reis que os colocava em grau de equivalência aos Cardeais como Príncipes da Igreja. Esse Barrete chamado de “Cap of Maintenance” ou Chapéu da Manutenção (Saberdoria) ainda é levado em Procissão durante as Coroações e chama-se o “Chapéu de Sabedoria” sendo que a cor ficou conhecida por “Portuguese Crimson” ou “Carmesim Português”, isto porque foi a partir de Portugal que a tradição de se forrar as coroas de veludo passou para todas as Coroas dos Monarcas Católicos da Europa.
Cap of Maintenance
A Coroa Imperial e a ligação Portuguêsa Uma das peças da Regália Inglesa quetem ligação a Portugal é o chamado Rubi do Principe Negro, um espinélio que é uma das jóias mais antigas da Coroa e que está hoje incorporada na Coroa de Estado ou Coroa Imperial do Reino Unido.
Esta é uma jóia com uma história que remonta a meados do século XIV quando Pedro de Castela, chamado “O Cruel” ou “O Justo”, a adquiriu ao conquistar Sevilha. Foi retirada ao cadaver de Abū Sa’īd, Príncipe de Granada. É um rubi grande e irregular espinélio cabochão vermelho pesando 170 quilates (34 g) e que estaria incorporado num Colar de Regente usado por esse Principe.
Pedro de Castela, filho da Princesa D. Maria e por isso neto do Rei D. Afonso IV de Portugal, refugiou-se em Portugal quando em 1366 rompeu a guerra civil com seu meio irmão D. Henrique de Trastâmara. O monarca que trouxe com ele as Jóias da Coroa foi recebido pelo seu tio, D. Pedro I a quem prometeu este magnífico rubi caso o ajudasse com um exército contra o ursurpador.
Mas o Rei de Portugal recusou-se ajudá-lo e Pedro de Castela aliou-se então ao Príncipe Negro, filho de Eduardo III de Inglaterra. A revolta do Príncipe Henrique foi reprimida com sucesso e depois da vitória o Príncipe Negro exigiu o rubi em troca dos serviços que havia prestado.
Mas o Rei recusou e só mais tarde, quando o Príncipe Negro voltou de Inglaterra para levar as duas filhas do Rei; Dona Constânça de Castela e Dona Isabel de Castela, para contrairem casamento com os dois irmãos do Rei, é que o Príncipe Inglês terá levado o rubi amaldiçoado como dote, embora o mesmo tenha desaparecido dos registros históricos até 1415.
Para Carlos Evaristo esse é o ano em que a Rainha Filipa de Lencastre faleceu e por isso o mesmo acha que pode por isso ter sido oferecido à mesma pelo pai, João de Gand, Duque de Lencastre e sua mulher a Infanta D. Constânça de Castela, quando do casamento com o Rei de Portugal D. João I em 1387 e depois devolvida à Coroa Inglesa por testamento.
Casamento de D. João I com Filipa de Lencastre
A jóia que diz ter sido amaldiçoada pelo Príncipe de Sevilha, ficou com a Família Real Inglesa que a usou em colares e jóias até ao Século XIX, até que no reinado da Rainha Vitória, foi incorporado na cruz pátea acima do diamante Cullinan II na frente da Coroa do Estado Imperial do Reino Unido.
A Coroa do Estado Imperial actual, foi porém refeita para a Coroação do Rei Jorge VI em 1937, substituindo a Coroa anteriormente feita para a Rainha Vitória. A Coroa é cravejada com 2.868 diamantes, além de várias jóias famosas como a Safira de Santo Eduardo, que dizem ter sido usada num anel por Eduardo, o Confessor. A Coroa também inclui o diamante Cullinan II, a segunda maior pedra cortada do grande Diamante Cullinan que antes de ter sido partido era o maior diamante jamais descoberto.
A Coroa do Estado Imperial é usada pelo Monarca quando deixa a Abadia de Westminster na Carruagem de Ouro após a Coroação. Ao ser Coroado com a Coroa de Estado Imperial, hoje também conhecida por Coroa do Commonwealth, o Monarca inglês dispensa ser coroado com a Coroas dos outros Reinos do qual também é Monarca; como é o caso da Escócia, Irlanda do Norte e Gales e ainda de outros Domínios como o Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Gibraltar que não possuem Regalia própria.
Jorge VI foi o último Rei a usar o chamado “Cap of Maintenance” após a Unção
Outras Coroas Houve outras Coroas pessoais mandadas fazer pelos Reis e Rainhas de Inglaterra e algumas das que sobrevivem são adornos extravagantes.
A mais extravagante de todas era a Coroa de Diamantes do Rei Jorge IV feita especialmente para a Coroação do pai da Rainha Vitória em 1821.
Jorge IV com a sua Coroa de Diamantes
Ornada com 12.314 diamantes, alguns provenientes de minas do Brasil Português, a Coroa fazia o Rei parecer um “lindo pássaro do leste” pois era de desenho russo e baseada na Coroa de Diamantes dos Czares. Uma inovadora moldura de ouro e prata foi criada por Philip Liebart da Bridge & Rundell e projectada para ser quase invisível. Sob a mesma estava um barrete de veludo azul- escuro em vez de carmesim Português ou roxo imperial.
Houve porém um adiamento à Coroação de Jorge IV devido a um julgamento a que esteve submetida a esposa, a Rainha Carolina. O Rei que no final não teve dinheiro para pagar a Coroa teve de alugar pedras preciosas para a poder usar na Coroação e depois fazer-se representar com ela ao lado num quadro a óleo oficial. A conta final para o aluguer de pedras para usar na coroa foi de £ 24,425.00.
Isabel II foi Coroada em 1953
Após a sua Coroação, o Rei mostrou-se relutante em desfazer-se da sua nova Coroa e pressionou o governo a comprá-la para que ele a pudesse usar na abertura solene anual do Parlamento. Mas como era muito cara, a Coroa foi desmantelada em 1823. O Rei Jorge como recordação comprou o modelo da armação em bronze pelo modesto preço de £ 38, que hoje se encontra na torre de Londres com uma inscrição ao lado onde se pode ler “Armação da rica Coroa Imperial de diamantes com a qual Sua Santíssima Majestade o Rei Jorge IV foi Coroado a 19 de Julho de 1821″.
A armação da Coroa passou para a família Amherst que a emprestou ao Museu de Londres entre 1933 e 1985 altura em que foi a leilão tendo sido comprada em 1987 por Jefri Bolkiah, Príncipe de Brunei.
O novo dono apresentou ao Reino Unido um pedido de exportaçãoda armação para os Estados Unidos, pedido esse que foi negado durante uma análise do Comité de Revisão da Exportação de Obras de Arte. Adquirido pela Crown Trust, a armação faz parte da Royal Collection da Torre de Londres.
Diamantes no valor de £ 2 milhões foram emprestados pela De Beers e são exibidos ao lado da armação para dar aos visitantes uma ideia de como teria sido originalmente a peça mais extravagante que alguma vez existiu na Regália Inglesa.
Quando da Coroação do Rei Jorge V descobriu-se que algumas das pedras preciosas das Coroas do Reino eram feitas de vidro de cor lapidado e não eram jóias verdadeiras. Estas pedras falsas foram substituidas por verdadeiras por Jorge IV.
O Orbe O Orbe é uma bola de ouro encimada por uma cruz, que representa o poder temporal do Soberano que proveniente de Cristo Rei. Simboliza o Mundo Cristão com uma Cruz montada sobre o globo terrestre. As faixas de jóias que o dividem em três secções representam os três Continentes conhecidos na época Medieval.
Montado com cachos de esmeraldas, rubis e safiras rodeados por diamantes rosa e fileiras únicas de pérolas. Uma cruz no topo é cravejada com diamantes em talhe rosa, com uma safira no centro de umlado e uma esmeralda no outro e com pérolas nos ângulos e no final de cada braço.
O Orbe é benzido no Altar onde permanece até ao momento da Coroação em que é colocada na mão direita do Monarca que é assim investido com o Símbolos da Soberania Divina de Cristo Rei.
Os Ceptros Os Ceptros representam os poderes do Rei; Temporal e Espiritual. O Cepto principal da Regália é o do Soberano e tem uma Cruz que tem sido usada desde 1661 em todas as Coroações. Contêm o magnífico diamante Cullinan I, o maior diamante lapidado incolor do mundo colocado em 1911 pelo Joalheiro Real Garrard que teve de reforçar a peça para suportar peso.
O Ceptro encimado pela Pomba, simbolizando o Espírito Santo e também foi criado para Carlos II. representa o papel espiritual do Soberano como Chefe da Igreja Anglicana e por isso é também conhecida como “ Vara de Equidade” ou “Cepto da Misericórdia”.
Um terceiro Ceptro da Regália foi criado para uso exclusivo das Rainhas Consorte.
Os Armilares ou Pulseiras da Força de Sansão Os Armilares são pulseiras de ouro usadas pela primeira vez em Coroações Inglesas no século XII. No século XVII, os Armilares deixaram de ser usados pelo Monarca, que passou somente a tocá-las na Coroação.
Mas um novo par de pulseiras foi criado para a Coroação de Carlos II, em 1661 e têm 4 cm de largura, 7 cm de diâmetro com champlevé esmaltados na superfície com rosas, cardos e harpas (os símbolos nacionais da Inglaterra, Escócia e Irlanda), bem como flores-de-lis.
Para a Coroação de Isabel II, em 1953, a tradição medieval foi revivida e um novo conjunto de pulseiras de ouro liso em 22 quilates forradas com veludo carmesim português, foi apresentado à Rainha em nome de vários governos da Commonwealth. Cada pulseira é equipada com uma dobradiça invisível e um fecho em forma de Rosa Tudor. A marca inclui um pequeno retrato da Rainha, que continuou a usar estes armilares ao deixar a Abadia, podendo ser vista usando-os também mais tarde, juntamente com a Coroa do Estado Imperial e o Anel de Soberana, na sua aparição na sacada do Palácio de Buckingham. Não se sabe se o Rei Carlos III vai tocar ou usar Armilares.
A Espada de Estado Existem várias Espadas de Estado na Regália da Coroação de Inglaterra e estas refletem o papel do Monarca como Defensor da Fé e Chefe das Forças Armadas; a Espada da Misericórdia (também conhecida como Curtana), a Espada da Justiça Espiritual e a Espada da Justiça Temporal. Foram fornecidas na época de Jaime I entre 1610 e 1620, por um membro da Worshipful Company of Cutlers, usando lâminas criadas na década de 1580 pelos cuteleiros Italianos Giandonato e Andrea Ferrara.
Foram depositadas com as Insígnias de Santo Eduardo na Abadia de Westminister por Carlos II. A Espada de Estado de duas mãos, feita em 1678, simboliza a autoridade do Soberano e também é carregada perante o Monarca nas Aberturas Estatais do Parlamento.
A Espada de Estado Irlandesa é do século XVII e foi mantida pelo Lord Lieutenant of Ireland (um vice-rei) antes da independência da Irlanda do Reino Unido em 1922. Está exposta na Jewel House desde 1959.
O cabo tem a forma de um leão e um unicórnio e é decorada com uma harpa celta. Cada novo vice-rei era investido com a espada no Castelo de Dublin, onde geralmente ficava nos braços de um trono, representando o rei ou a rainha em sua ausência.
Foi carregado em procissão na frente dos Monarcas durante suas visitas oficiais a Dublin. Em Junho de 1921, a espada esteve presente na abertura oficial do Parlamento da Irlanda do Norte por Jorge V.
A espada foi exibida no Castelo de Dublin em 2018 como parte da exposição ‘Making Majesty’, sendo a primeira vez que esteve na Irlanda em 95 anos.
As Esporas de São Jorge As Esporas que existem hoje foram também feitas para Carlos II e são de ouro maciço, ricamente gravadas com padrões florais e pergaminhos. Têm tiras de veludo carmesim português bordadas em ouro. Ambos os pescoços terminam com uma Rosa Tudor com uma ponta no centro.
São símbolo da Cavalaria e denotam o papel do Soberano como Chefe das Forças Armadas e Grão Mestre das Ordens e com o poder de Investir Cavaleiros. Sabe-se que Esporas de ouro foram usadas pela primeira vez em 1189 na Coroação de Ricardo I, embora seja provável que tenham sido introduzidas por Henrique, o Jovem Rei, em 1170, e esse elemento do Ritual foi provavelmente inspirado na Cerimónia de Investidura dos Cavaleiros.
Um par de esporas douradas, de meados do século XIV, foi adicionado às Joias de Santo Eduardo na Abadia de Westminster em 1399, e usadas em todas as Coroações até sua destruição em 1649. Historicamente, as esporas eram presas às botas de um Monarca, mas desde a Restauração que elas são simplesmente roçadas nos calcanhares dos Soberanos ou mostradas às Rainhas.
No túmulo recém aberto do Rei D. Dínis, em Odivelas, o esqueleto do Monarca foi encontrado com vestígios de esporas que terão sido sepultadas com ele.
O Bastão Relicário oferecido a Catarina de Bragança por Carlos II e Relíquia para um novo Bastão – Relicário oferecida pelo Papa Francisco ao Rei Carlos III
A tradição de Sagrar os Monarcas e de os abençoar com Relíquias foi algo que se perdeu na Inglaterra depois do Cisma de Henrique VIII e no resto da Europa com a abolição dos monarcas absolutos. A reforma de Cromwell e a implementação da Monarquia Constituicional no Século XVII destruiu a maior parte das Relíquias no Reino Unido e acabou com o uso da Cruz Bastão do Monarca contendo Relíquias. Mas o Papa Francisco veio agora mudar tudo isso ao oferecer ao Rei Carlos III para a sua Coroação, dois pedaços da Relíquia do Santo Lenho, a Relíquia da Madeira da Cruz de Jesus Cristo, uma Relíquia Insigne trazida para Roma pela Imperatriz Mãe Santa Helena para adornar a Regália Imperial de seu filho Constantino, o primeiro Imperador Cristão.
Carlos Evaristo é perito nessa história e conhece bem as Relíquias da Colecção Imperial de Relíquias guardada na Basílica Romana da Santa Cruz “em” Jerusalém, (assim chamada por estar construída sobre toneladas de terra do Monte do Calvário trazida pela Imperatriz). Evaristo vê neste gesto de Francisco, que passou despercebido a muitos, algo de extraordinário pois restaura na Monarquia Inglesa algo de Sagrado que foi perdido com o protesto de Henrique VIII e nunca mais retomado após a implantação da República Inglêsa. O uso pelo Monarca de uma Cruz-Relicário Processional ou Bastão-Relicário era algo semelhante ao uso das Cruzes Processionais e Báculos pelo Papa e os Bispos.
Estas cruzes tinham nelas uma relíquia com que o Rei conduzia espiritualmente o seu rebanho “Católico” para Cristo, o Bom Pastor. A chamada Cruz de Santo Eduardo, o Bastão – Relicário em uso desde os tempos dos primeiros Reis Anglo-Saxónicos Cristãos foi supostamente oferecido pelo 1º Arcebispo de Cantuária mas perdido pelo Rei Ricardo, Coração de Leão, quando esse foi capturado e mantido refém durante as Cruzadas.
Foi depois substituído pelo Bastão – Relicário de Santo Tomás Beckett, o Arcebispo de Cantuária, morto em 1170 por soldados do Rei Henrique II, que ao ouvirem o Monarca dizer em tom de lamento; “quem é que me livra deste bispo medonho?” trataram de o assasinar.
Para relembrar aos Monarcas Inglêses essa tragédia, a Relíquia do Báculo ensanguentado do Arcebispo Mártir foi revestido de prata e passou a ser a Cruz-Bastão dos Reis do Reino Unido. Usada a última vez na Coroação do Rei Carlos I a relíquia foi depois oferecida por Carlos II à sua mulher, a Rainha Catarina de Bragança, que a levou consigo para Portugal depois de ficar viúva. Está hoje na Colecção do Paço Ducal de Vila Viçosa. Existe um outro Bastão o Chamado Saint Edward’s Staff que é uma bengala de ouro cerimonial de 1,4 metros de comprimento (4,6 pés) feita para Carlos II usar em 1661. Não tem relíquia e é de um modelo simples com uma cruz no topo e uma lança de aço na parte inferior.
É uma cópia da longa vara mencionada na lista de placas e joias reais destruídas em 1649, embora a versão pré-Interregno fosse um Bastão-Relicário de ouro e prata encimada por uma pomba e contendo uma relíquia que era colocada no Altar durante a Coroação.
A Relíquia agora oferecida pelo Papa já foi colocada por ordem do Rei Carlos III numa cruz de prata Celta oferecida em 2021 por Francisco e agora transformada pelos Ourives Reais numa nova Cruz-Bastão, o primeiro Relicário a ser usado por um Monarca em mais de 400 anos.
Outras Insígnias Reais usadas na Coroação
Durante o serviço de Coroação, o novo Soberano é também apresentado com vários ornamentos que simbolizam a natureza espiritual da realeza. Estes incluem mantos, um anel, maços de guerra (chegou a haver 16 maços mas hoje só sobrevivem 13), trombetas de aclamação e outras coroas e ceptros menores que se destinam a ser utilizados pelas Rainhas Mãe, Consortes e pelo Príncipe de Gales e Príncipes de Sangue Real.
A Copa ou Cálice da Fortaleza É costume o novo Monarca oferecer para a Abadia de Westminister em sinal de agradecimento pela sua Coroação, um conjunto de Cálice e Patena para culto Eucarístico. Esta tradição Europeia segundo Carlos Evaristo era baseada na Lenda do Santo Graal, o Cálice da última Ceia de Cristo que ficou popularizado no Culto Graalico do Conto Medieval do Rei Artur. Segundo uma lenda Medieval esta Relíquia terá sido levada para Inglaterra por São José de Arimateia e guardada na Abadia de Glastonbury onde os Reis de Inglaterra iam beber do mesmo para receberem a Sabedoria Salomónica. Mas tudo isso é lenda pois o único Graal reconhecido pela Igreja Católica como tal é o Cálice da Catedral de Valência que fazia parte das joias da Coroa dos Reis de Aragão.
Carlos Evaristo examina o Santo Cálice de Valência
O Santo Calíce de Valência incorpora uma copa de pedra do Século I que um estudo arqueológico identificou como sendo um copo pascal judaíco e que pode muito bem ter sido usado por Cristo antes de ter sido transformado num Cálice ornamentado pelo Sultão do Egipto na Idade Média. É durante a Coroação dos Reis de Inglaterra que os Cálices, Patenas e Pratos Litúrgicos anteriormente oferecidos à Abadia de Westminister por Monarcas antecessores, são exibidos no Altar para relembrar a Realeza Sacerdotal de Malquisedec, Rei de Salem e Sacerdote de El Elyon referido no Antigo Testamento. Outro Santo invocado é Zadoc cujo Arcebispo simboliza durante a cerimónia. Zadoc era o Sacerdote que ungiu David e Salomão tal como relembra letra da Música do mesmo nome composta por Jorge Handel para a Coroação do Rei Jorge II em 1727, e que será cantada na Coroação de Carlos III.
A REGÁLIA DA RAINHA CAMILA Quanto à Rainha Consorte Camila sabemos que o título confirmado pela Rainha Isabel II para a esposa do futuro Rei por ordem do mesmo deixará de ser usado após a Coroação pois quer Carlos III que seja Rainha de facto.
Camila vai ser também coroada com uma Coroa que pertenceu à Rainha Maria, mulher de Jorge V e que foi modificada com a colocação dos Diamantes Cullinan III, IV e V, pedaços menores dos Diamantes Cullinan I e II que estão na Regália do Rei e que Isabel II mandou transformar em pendentes de alfinete.
A modificação da Coroa deve-se ao facto de que o Palácio de Buckingham confirmou em Fevereiro que o diamante Koh-i-Noor não faria parte da Coroação do Rei Carlos e da Rainha Camilla.
O grande diamante foi dado à Rainha Vitória em 1849 como condição do Tratado de Lahore, que encerrou a primeira Guerra Anglo-Sikh, mas acredita-se que a jóia tenha vindo da Índia, e muitos indianos consideram a pedra como um pedaço de sua história nacional, roubado durante o reinado do Império Britânico. A Rainha Camila também terá direito a orbe, ceptro e ao uso de dois mantos reais; o primeiro aquele nque foi usado por Isabel II durante a Coroação, e depois, outro feito propositadamente para a Rainha Camila desfilar.
Humberto Nuno de Oliveira
6 de Maio de 2023
Fotos:Arquivo Lyon Court, RTP, Arquivo Fundação Oureana e Arquivo Royal Collection Trust
*Carlos Evaristo, é Presidente da Direcção Vitalício da Fundação Oureana. Nasceu junto de um Castelo em London (Ontário) e reside hoje no Castelo de Ourém. É Comentador da RTP e CNN e Perito em Iconografia Sacra Medieval. Súbdito de Sua Majestade, conhece bem todo o ritual e tudo o que a Coroação simboliza. Nobre Escocês com o título de Barão Bailio de Plean. Foi o primeiro, e até hoje, o único Súbdito de Sua Majestade, de nacionalidade Luso-Canadiana, a poder usar Brasão de Armas e Bandeira em Flâmula e ainda um padrão pessoal de Tartã; honras concedidas em 2020, pela Rainha Isabel II através do seu Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia. Evaristo é quem legalmente substitui o Barão de Plean nesse Condado aquando da sua ausência. George Way, Barão de Plean é Membro da Corte do Lord Lyon da Escócia e tem o título de “Carrick” sendo um dos três Guardiões da Regália de Carlos III como Rei da Escócia, Jóias que incluem a “Pedra da Coroação” colocada no Trono ou Cadeirão de Santo Eduardo, a peça mais importante de todo o Ritual da Coroação.
Poderá rever na RTP Play a explicação feita por Carlos Evaristo sobre o tema da Regalia da Coroação. Ver Programa “Praça da Alegria” transmitido a 4 de Abril de 2023.
Procissão anual leva urna relicário com relíquias à volta da Vila de Belver
“A vila protegida de Deus onde a história salva o futuro das jovens gerações”
FESTAS Agosto é tempo de regresso às raízes, em vilas e aldeias de bisavs e avós onde a história é feita de lendas e verdades. Nesta localidade alentejana, ficção e realidade uniram-se há muito tempo para proteger a continuidade desta terra e das suas gentes. Este domingo honram-se as Santas Relíquias de Belver, esperando-se uma afluência recorde.
Do alto de um monte, com vista sobre o rio Tejo, Belver é Terra de Guidintesta, envolta num ar de magia e fé em honra das Santas Relíquias. Hoje, é dia de festa e a gente regressa à terra para um reencontro anual. Jovens e anciãos, paróquia e Clube Recreativo e Desportivo Belverense, unem-se para criar “uma celebração única no país”, diz Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas. O culto secular coloca o poder de Deus nas ruas de Belver. Resta saber se é possível desvendar o que são as Santas Relíquias da vila. Mil anos antes, talvez também em dia de festa, uma princesa clamou, na colina do castelo junto a uma oliveira que ainda lá está, “mas que belo ver”, batizando assim este ponto das Terras de Guidintesta. Pelo menos é assim que diz a lenda, que em Belver é inseparável da História, num Alto Alentejo fronteiriço à Beira Baixa, lugar de fusão de costumes e tradições.
Afirmando que “existe uma parte de factos históricos e outra de lenda associada às relíquias”, o historiador belverense CarlosGrácio mantém um profundo “respeito pela originalidade e longevidade que as Santas Relíquias têm no imaginário e memória de Belver, de tal forma que ligam o religioso e profano numa celebração única”. O que são as Santas Relíquias “é o mistério”. Carlos Grácio ouviu a sua mãe contar que “nos anos de 1950 o relicário foi aberto e lá dentro estava uma caixa com várias divisórias onde as relíquias estavam dispostas em saquinhos, entre elas um anel de prata do bispo S. Braz, em honra de quem foi erguida a Ermida de S. Braz, dentro dos muros do Castelo de Belver e onde, originalmente, estavam depositadas as relíquias”. O que estaria nos saquinhos? E se as Santas Relíquias de Belver forem pedaços do poder de Deus na Terra? Lenda dourada ou fé inabalável?
Carlos Evaristo está na senda das relíquias portuguesas há décadas. Arqueólogo e historiador, integra um projeto da Fundação Histórico Cultural Oureana para catalogação destes artefactos em Portugal. Das Santas Relíquias de Belver conhece a “Lenda Dourada”, como é denominado o folclore criado em torno de devoções.
Citação completa de Carlos Evaristo: “O regresso das Santas Relíquias a Belver, depois de roubadas ou removidas, navegando sozinhas Tejo acima é um conto que se repete em outras terras da Península Ibérica, omo em Oviedo”, explica. “O mais provável é que as Relíquias foram pilhadas pelos Franceszes ou retiradas dos bustos relicários da Lipsanotheca do Castelo de Belver aquando da desacralização em 1834 mas isso são teorias minhas que preciso de investigar. O certo é que a devolução à Paróquia das relíquias, pilhadas no século XIX pelas tropas de Napoleão ou retiradas e colocadas numa Arca são algumas hipoteses viaveis. Outra é que tenam sido pedidas outras mais tarde ao Vaticano que, depois, as fez chegar novamente a Belver. Numa das hipoteses é certo que as mesmas foram transportadas provavelmente de barco pelo Tejo acima e daí a origem da lenda”.
A primeira referência identificada por Carlos Evaristo sobre este misterioso conjunto de objetos é de 1555, data em que foram trazidas para Belver, pela primeira vez, por D. Luís, filho do rei D. Manuel I e, à época, Prior do Crato, sendo a este priorado que pertencia a Ordem dos Hospitalários” detentora das Terras de Guidintesta. O que eram as Santas Relíquias no século XVI “não se consegue verdades. Nesta localidade alentejana, ficção e realidade uniram-se há muito tempo para proteger a continuidade desta terra e das suas gentes. Este domingo honram-se as Santas Relíquias de Belver, esperando-se uma afluência recorde.”
(…)
Sobre o que estará guardado hoje no relicário, Carlos Evaristo apurou em arquivos oficiais que Citação completa de Carlos Evaristo: “guarda várias relíquias provávelmente,. sem estarem e, relicários ou tecas pois foram retiradas dos bustos relícários existentes na Capela do Castelo que estão vazios assim sendo estão certamente dentro de envulcros de papel ou de pano com equiquetas ou escritos a identificar as mesmas e daí elas estarem numa espécie de arca que é venetrada. Mas consta também que existem outras em relicários de prata tal como uma relíquia de São Sebastião, outra de São Braz, Patrono da Ermida e ainda algumas referencias a ceras”.
As ceras em relicários são, habitualmente, Agnus Dei, Citação completa de Carlos Evaristo: “pedaços de discos ovais imbuídos de benções contra os males benzidas pelo Papa e seus Cardeais a cada 7 anos do Pontificado e assim emanam o poder de Deus canalizado por uma bênção do seu representante na Terra: o Papa”.
Com pedaços do poder de Deus a percorrer todos os anos as ruas de Belver, não é de espantar que a vila se mantenha a salvo de todos os males. “Facto é que em tempo de aflição as pessoas recorrem às Santas Relíquias e são atendidas”, conta Martina de Jesus, presidente da Junta de Freguesia.
(…)
A autarca não tem dúvidas de que “a história, folclore e etnografia de Belver representam o passado e são o futuro da terra”, que encontrou grande desenvolvimento no turismo de natureza e turismo cultural. O Castelo de Belver. “ (…)
Citação completa de Carlos Evaristo: “Tal como as replicas da Arca da Aliança que são levadas em procissão pelos Padres Coptas de Gondar na Etiópia, ninguém sabe o que vai dentro da Arca Relicário de Belver.“
A equipa de peritos de Carlos Evaristo está a levar a cabo a reautenticação das relíquias da Peninsula Ibérica e já reautenticou os relicários da fabulosa colecção da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo em Braga entre outras colecções insignes. Para Evaristo; “As Relíquias da Arca de Belver deviam de ser estudadas e reautenticadas com a colocação de selos de lacre e emissão de Autenticas novas em conformidade com as normas e rubricas da Santa Sé para veneração pública de relíquias. Estas normas foram recentemente promulgadas pelo Papa Francisco e por isso esperamos que permitam que se realize este trabalho”.
NOTÍCIA – É com triste pesar que comunicamos o falecimento, ontem, 9 de Julho de 2022, de Francisco Pereira Ramalho (Mestre), Chanceler Emérito da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e um dos mais antigos membros da Ordem de São Miguel.
“O Senhor Ramalho” como era carinhosamente tratado por todos, nasceu em Moura, no Alentejo, a 4 de Março de 1932, tendo sido durante muitos anos bibliotecário da Fundação Calouste Gulbenkian, primeiro em Lisboa, e depois em Santarém.
Casou a 18 de Setembro de 1966, com Maria Isabel Diniz Pereira Ramalho, falecida em 1999, e com a qual teve duas filhas; Isabel Diniz Pereira Ramalho Jorge e Berta Diniz Pereira Ramalho falecida em 1994.
Francisco Ramalho era Membro Fundador da R.I.S.M.A
Monárquico assumido, Francisco Ramalho foi fundador a 16 de Novembro de 1987, da primeira Real Associação nacional em Mogadouro então denominada DECORO = Real Associação Escalabitana para a Defesa da Coroa, e depois com seu amigo de longa data, o Senhor Marquês de Rio Maior, D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, fundou a Real Associação de Santarém, hoje Real do Ribatejo.
Foi Membro Fundador da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala em 2001, e desde a fundação que fazia parte do Comando Geral da Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos Panteões e Monumentos Nacionais, do Conselho dos Condestáveis da Real Confraria do Santo Condestável e membro da Real Irmandade do Santíssimo Milagre de Santarém.
Francisco Ramalho era Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e também Cavaleiro Grã – Colar da Real Ordem de São Miguel da Ala, tendo sido investido em 1981, por S.A. R. o Duque de Bragança e o então Chanceler das Ordens Prof. Marcello de Morães. Era também Comendador Honorário da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e Cavaleiro com Colar da Ordem de Mérito da Casa Real. Tinha recebido a Medalha de Mérito de ambas as Ordens Dinásticas da Casa Real pelos longos anos de serviço e dedicação à Causa Monárquica e o seu empenho como Assessor do Chefe da Casa Real, D. Duarte Pio de Bragança.
Francisco Ramalho e o Marquês de Rio Maior
Em 2001, Francisco Ramalho foi nomeado Vice-Chanceler da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala, cargo que exerceu até 2017, altura em que foi promovido a Chanceler devido à elevação do Marquês de Rio Maior a Chanceler Mor por morte de S.A. D. Henrique de Bragança, Duque de Coimbra.
Em 2019, foi exonerado dos cargos que ocupava por motivos de saúde, tendo recebido em 2020 o grau de Grã-Cruz com Colar da R.I.S.M.A. por ocasião dos 850 anos da Ordem de São Miguel da Ala e os 20 anos da Real Irmandade da mesma Soberana Invocação. Infelizmente, por ter contraído COVID 19 não pôde participar nas Cerimónias de abertura do Ano Jubilar de São Miguel da Ala que tiveram lugar no Mosteiro de Alcobaça.
Era membro Grã-Cruz das Ordens Dinásticas de várias Casas Imperiais e Reais Patronas do Instituto Preste João do qual era também membro fundador; nomeadamente as Casa da Etiópia, da Geórgia, do Ruanda, do Vietnam, do Montenegro, do Havai, do Kupang, do Sulu, etc.
Representou no estrangeiro, várias vezes, a Chancelaria das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa, e presidiu com os restantes membros da Chancelaria. aos Capítulos Gerais da R.I.S.M.A. que tiveram lugar em Casale Monferrato e Roma, Itália, Santiago de Compostela e Oseira, Espanha tendo participado em várias Peregrinações Internacionais que ajudou a organizar; a Fátima, Santiago de Compostela, ao Vaticano, a Pádua e a Veneza.
Na Missa de Corpo presente que teve lugar hoje, pelas 12:00 Horas, somente com os familiares e alguns amigos mais chegados a assistirem na Capela do Crematório em Santarém, o Manto da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e as suas condecorações cobriam o caixão.
À família enlutada a Família Real Portuguesa e a Chancelaria das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa e Cúria, enviam os mais sentidos pêsamos.
A filha: Maria Isabel Diniz Pereira Ramalho Jorge, o genro Ângelo Rui Jacinto Jorge o os neto Pedro Miguel Ramalho Jorge e Rita Isabel Ramalho Jorge, agradecem a todos os amigos que manifestaram e continuam a manifestar o pesar pelo falecimento de Francisco Ramalho.
R.I.P. Francisco Pereira Ramalho (Mestre) 4 de Março de 1932 – 9 de Julho de 2022
COMUNICA-SE que haverá uma Missa de 7º dia presidida pelo Capelão Mor Adjunto da R.I.S.M.A. na Capela de Cristo Rei da Regalis Lipsanotheca, no Castelo de Ourém, Sábado, 16 de Julho de 2022, pelas 17:30 Horas, e outra Missa, em Santarém, na Igreja Paroquial de Marvila, Domingo, 17 de Julho de 2022, pelas 12:00 Horas.
No Columbário da Fundação Oureana será inaugurado com Honras de Exéquias Fúnebres, a 24 de Setembro de 2022, o Memorial a Francisco Pereira Ramalho (Mestre) amigo benfeitor da Fundação Oureana por quem os membros do Conselho de Curadores, Direcção e Conselho Jurídico – Fiscal rezam:
Dai-lhe, Senhor, o eterno descanso Entre os esplendor da luz perpétua. Descanse em paz.
Ámen
11 de Julho de 2022
Armas de Óbito de Francisco Ramalho desenhadas pelo Desenhador Heráldico Mathieu Chaine
A Real Confraria do Santo Condestável, um Apostolado Canonicamente erecto no espírito do laicado Carmelitano tem vindo, desde 1996, a servir de Departamento Socio-Caritativo das Fundações Oureana e D. Manuel II. A mesma organização acaba de realizar mais uma série de acções socias em antecipação da Festa do seu Patrono, São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.
O Coordenador de Acção Social David Alves Pereira com o carregamento de bens entregue em Évora
Teve início no mês de Outubro, Mês dedicado a Nossa Senhora do Rosário, mais uma série de campanhas para angariação e entrega de bens aos mais carenciados, tanto em Portugal como em África. Os bens resultam de um esforço nacional levado a cabo por parte da Coordenação Norte da Real Confraria e da Associação Mãos Unidas com Maria em Fátima para a recolha de roupas e outros bens de primeira necessidade para os pobres.
O Duque de Bragança em trabalho de voluntariado na Sede da ONG – “SIM”, no passado mês de Agosto
Foi o Coordenador Social da Real Confraria do Santo Condestável; Jorge Manuel Reis Gonçalves, juntamente com seus irmãos voluntários; os Confrades António e José Gonçalves, que procederam, por quatro vezes, à recolha e transporte em camião TIR, de toda uma série de bens usados recolhidos e também doados pessoalmente pelo Coordenador Regional Norte da Real Confraria; Rui Salazar de Lucena e Mello.
Dom Duarte de Bragança e a Drª Carmo Jardim no armazém da ONG – SIM, a 26 de Agosto de 2021
Seguidamente, foi preparado pela prima do Coordenador Rui Mello, a Coordenadora Marília Oliveira, o recheio de outro contentor de bens usados transportados pela ONG -“SIM” da Drª Carmo Jardim.
O Duque de Bragança em trabalho de voluntariado na Sede da ONG – “SIM”, no passado mês de Agosto
Um quinto carregamento de bens foi descarregado, há duas semanas, nos portos de contentores de Lisboa e Setúbal, tendo na altura, o Coordenador Geral e Condestável-Mor da Real Confraria, Carlos Evaristo, e sua mulher, a Confradesa Margarida Evaristo, acompanhado o processo em representação das Fundações D. Manuel II e Oureana que patrocinaram a recolha, transporte e logística dos voluntários.
O Juiz da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde, Ricardo Louro, acompanhado dos Irmãos voluntários.
A Associação Mãos Unidas com Maria, cuja Fundadora e Presidente é a dedicadíssima Confradesa Florinda Marques, também recolheu e preparou um outro carregamento de roupas de inverno para homem, mulher e criança, mantas e roupas de cama, assim como outros bens essenciais para crianças e também brinquedos. Estes bens porém, estão destinados aos mais desfavorecidos da Arquidiocese de Évora. Foi graças à pareceria de colaboração social existente com a Real Confraria do Santo Condestável que foi patrocinado e coordenado a entrega de hoje.
O Coordenador David Alves Pereira com o Juiz da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde, Ricardo Louro, acompanhado dos Veneráveis Irmãos voluntários
O material carregado em Fátima pela Florinda Marques e o Coordenador Social David Alves Pereira, que actuando na qualidade de Alcaide da Real Confraria do Santo Condestável e Comandante Geral Adjunto da Real Guarda de Honra, quis pessoalmente patrocinar todas as despesas de transporte em nome das organizações que representa.
A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria
A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria
Já em Évora foram Veneráveis Irmãos Voluntários da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde de Évora que receberam o carregamento que seguidamente irão entregar em parte às Casa Religiosas e à Santa Casa da Misericórdia de Évora. Estes bens, em grande parte, roupas, sapatos, mantas e brinquedos, serão distribuídos, por ocasião da Festa do Santo Condestável, pelos pobres e mais desfavorecidos da Arquidiocese incluindo famílias de migrantes.
A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria
A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria
Durante uma reunião com Coordenadores a semana passada em Sesimbra, o Condestável Mor da Real Confraria e Comandante Geral da Real Guarda de Honra, Carlos Evaristo, disse: “Estes bens enviados para Angola e Moçambique vão complementar um carregamento, já entregue, em Agosto, à ONG – SIM, pois o Sr. D. Duarte de Bragança, através da Real Confraria e das Fundações D. Manuel II e Oureana, quis ajudar as vítimas de Cabo Delegado, os pobres em Angola e São Tomé e Príncipe mas também pretende ajudar os mais necessitados em Cabo Verde e os refugiados da Síria, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal.”
Carlos Evaristo Presidente da Direcção da Fundação Oureana
Para Carlos Evaristo; “É muito bom ver a Real Confraria e anteriormente, os Peacemakers, organização que criamos há 25 anos com o falecido John Haffert e posteriormente que desenvolveram actividades no estrangeiro com a ajuda dos falecidos Phillip Kronzer e o Capelão Padre John Mariani e isto sob a orientação do Vice-Postulador da Causa do Beato Nuno, o Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. e do Bispo de São Tomé e Príncipe D. Manuel António Mendes dos Santos. Hoje, são associações de fieis que servem de departamentos de acção social das Fundações e com grandes papeis activos na Igreja no campo da acção social, tanto em Portugal com em África. Importante também são as parcerias estabelecidas com organizações homólogas pois ninguém por si só consegue fazer o que se faz em conjunto. Fazemos isto em nome e em memória de São Nuno que com a sua Confraria e um Caldeirão, iniciou este trabalho social de recolha de alimentos e bens para os pobres de Lisboa a partir do Carmo em Lisboa. É ele o verdadeiro fundador da acção social em Portugal muito antes da Rainha D. Leonor e das Misericórdias que hoje têm um papel tão importante na sociedade. É igualmente importante a coordenação de trabalho de limpeza, desinfecção e preparação dos bens doados pelas pessoas voluntárias dedicadas tais como a equipa da Drª Carmo Jardim, a Florinda Marques, a Marília Oliveira e o Rui Mello. Mas igualmente importante é o trabalho dos voluntários no carregamento e transporte e aqui são as Fundações e as ONG que patrocinam as despesas, incluindo o envio de contentores. Agora esperamos poder ajudar com o envio de outro que queremos ainda patrocinar este mês para Cabo Verde e com bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria que incluem mobiliário e material escolar.” !”
Este ano a Festa de São Nuno de Santa Maria e o Capítulo Geral da Real Confraria do Santos Condestável, tem lugar na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com Investiduras a iniciarem pelas 18:30 Horas, seguido depois de Missa Solene e Jantar de Convívio dos Confrades.
Os Confrades; Ricardo Louro e David Pereira
Logo da Associação Mãos Unidas com Maria
Peacemakers, Obra de Acção Social da Real Confraria do Santo Condestável
O Presidente da Fundação Oureana Carlos Evaristo, entregou várias amostras de osso, sangue e cabelo de Santos Portugueses para estudo na Universidade de Granada.
Para chegar à identidade de Cristóvão Colombo a equipa do Professor José Lorente Acosta do Laboratório de ADN do Departamento de Medicina Legal, Toxicologia y Antropologia Física da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada, realizou analises entre 2002 e 2004 que comprovaram que os poucos ossos que estão na Catedral de Sevilha são mesmo do Navegador pois comprovou-se que eram do pai de Hernan Colon, também sepultado na Catedral, e de um irmão de Diego Colon que estava sepultado na Cartuxa da mesma cidade.
O Prof. José António Lorente com as caixas contendo três amostras da família Colón.
Uma vez obtido o perfil genético de Colombo procedeu-se à comparação do seu ADN com várias famílias Italianas com as mais diversas variações do apelido, mas foi algo que segundo Lorente “não foi conclusivo dado que não se verificaram ligações com nenhumas das famílias italianas.”
A falta de matéria óssea aliada à pouca que então foi disponibilizada para o projeto cedo se revelou um impedimento pelo facto da tecnologia à época não poder ir mais além, estando-se igualmente a destruir o pouco de matéria óssea que havia. Tal determinou a suspensão do projeto que só agora foi retomado, 16 anos mais tarde, precisamente no dia 20 de Maio, por ocasião do 515º aniversário do falecimento do navegador em 1506.
Para testar as várias teorias procuraram-se ossadas de supostos parentes de Colombo que serão analisadas e comparadas com os marcadores do ADN do navegador, do seu irmão e filho, para se tentar estabelecer uma ligação próxima de parentesco. Porém duas amostras para suporte de duas das teorias portuguesas não foram submetidas para análise pelo laboratório a cargo de Lorente porque segundo os defensores das duas teses, as análises de ADN serão feitas em Portugal e os resultados depois enviados para Granada para comparação.
No entanto, três amostras que podem ser determinantes neste projeto, foram oficialmente entregues no laboratório na passada quarta-feira por Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas e iconografia sacra medieval que colabora no projeto Colombo há já vários anos. As relíquias transportadas da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana no Castelo de Ourém num cofre de metal selado com selos de lacre episcopais, foi aberto no laboratório sendo o conteúdo entregue mediante a assinatura de um auto.
No âmbito da retoma do projecto de estudo do ADN de Cristóvão Colombo, anunciado na passada quarta-feira pela Universidade de Granada, foi organizada pela mesma Universidade, uma Conferência Internacional onde peritos nas várias teorias que existem acerca da nacionalidade do navegador, apresentaram as provas para sustentarem as suas teses.
Na ausência de outras amostras de restos mortais contemporâneos que pudessem sustentar a teoria genovesa, os cientistas voltaram a atenção para as outras teorias, descartando algumas mais distantes e considerando agora aquelas que defendem que Colombo era ibérico como as mais plausíveis.
A Magnifica Reitora, Lorente e o Produtor da Série Documentária para a TVE.
Só os defensores da teoria hoje mais comummente aceite, mas também a mais questionada, a de Colombo ter sido Genovês, é que não se fizeram representar. No entanto houve apresentações por peritos das teorias de Colombo Catalão, Valenciano, Aragonês, Galego, Castelhano, e de três teorias distintas, mas que defendem a sua origem Portuguesa: a de ter sido um corsário, de ascendência nobre, apresentada por Fernando Branco; a de que seria um filho bastardo de uma Infanta D. Isabel, de José Matos e Silva e a de que era filho de um Infante da Casa Real de Avis, do falecido Mascarenhas Barreto apresentada por Carlos Evaristo.
O Professor Lorente dirigindo-se a Carlos Evaristo durante a Conferência de Imprensa.
Evaristo foi convidado especial da Universidade de Granada e da TVE no encontro tendo participado na Conferência de Imprensa Internacional e na Conferência do Projecto Cólon ADN. Durante os três dias em Granada o Presidente da Fundação Oureana apresentou um dossier de provas documentais que sustentam a hipótese do Colombo ser Português mas disse considerar todas as teorias apresentadas na conferência “muito bem fundamentadas embora simpatize mais com a teoria de que Colombo era um membro bastardo da Casa Real Portuguesa”.
O Presidente da Fundação Oureana e Autor que compilou um estudo juntamente com o explorador subaquático Dave Horner sobre os Segredos e Mistérios de Colombo e co-produziram também um documentário com o premiado realizador americano Paul Perry sob o mesmo tema.
No encontro Evaristo apresentou provas e defendeu a teoria do seu falecido amigo e mentor, o pesquisador Augusto de Mascarenhas Barreto, que defendia que Colombo seria filho bastardo de D. Fernando, Duque de Beja e de Isabel Zarco, filha do Navegador João Gonçalves Zarco, nascido na Cuba do Alentejo, tendo como verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco ou Salvador Gonçalves Zarco. Mas considera, “o mais importante é comprovar que o Colombo era ibérico, e não Genovês, algo que o Papa Alexandre VI já havia afirmado ao referir-se ao Almirante como um filho amado das Hispanias na Bula Inter cætera.”
Esta Bula, de 4 de Maio de 1493, estabelecia um meridiano situado a 100 léguas a oeste do arquipélago do Cabo Verde, relativamente ao qual o que estivesse a oeste do meridiano seria Espanhol, e o que estivesse a leste, Português, antecedendo a divisão do Novo Mundo que viria em 1494 a ser acordada em Tordesillhas e que veio a favorecer Portugal na corrida para encontrar o caminho marítimo para a Índia.
Na balança histórica pesa mais o prato das provas de que era português; independentemente das teorias o facto é que todas elas o colocam como ligado à Casa Real, sendo então fundamental, tentar estabelecer a eventual ligação genética obtendo marcadores iguais com Santos da Casa Real.
De qualquer das formas evaristo acredita que Colombo serviu como Capitão de Guerra, uma espécie de Agente Secreto naquilo que diz respeito a desviar as atenções do Papa Borja Espanhol e dos Reis Católicos do verdadeiro caminho marítimo para a Índia e da existência de terras no Brasil e no Canadá, descobertas anteriormente à chegada do Colombo às Américas em 1492 e que seriam perdidas para Castela, tal como haviam sido as Ilhas Canárias, ao abrigo do tratado das Alcáçovas. Por isso estas descobertas só foram reveladas oficialmente depois de D. João II ter garantido mais 370 léguas com o Tratado de Tordesilhas que as abrangeram. É por isso que segundo Evaristo, com as revelações da existência destas terras em 1498 e 1500 Colombo cai na desgraça, foi preso e embora liberto, morreu em relativa obscuridade e com todos os direitos revogados.
Com a finalidade de encontrar provas genéticas que comprovem estas teorias, o perito em relíquias, Carlos Evaristo passou 10 dos 30 anos que já dedica ao estudo de Colombo, à procura de material genético contemporâneo ou anterior ao mesmo, mas sem êxito. Segundo o arqueólogo fundador do Real Instituto de Arqueologia Sacra; “não existem restos mortais na maioria dos túmulos e sepulturas dos supostos pais ou irmãos de Colombo em Portugal, para comparação. Alguns de Reis como D. Manuel I, D. João II e a Princesa Santa Joana são difíceis de abrir sem causar danos ou se gastar muito dinheiro. Os restos mortais em falta, por não haver registos de traslados, crê-se terem sido simplesmente removidos e transferidos para as valas comuns dos cemitérios públicos quando da ordem de despejo de todas as campas nas igrejas depois de 1834, uma ação que levou à chamada revolta da Maria da Fonte.”
Lorente e Evaristo conferem as amostras de osso, sangue e cabelo no Laboratório.
Foi então que o autor pensou em se testarem relíquias de Santos da Casa Real Portuguesa para possível comparação do ADN com os três Colombos; o navegador, o filho e o irmão. A escolha recaiu nas relíquias que Evaristo juntou e guarda na Regalis Lipsanotheca no Castelo de Ourém, local onde está sedeado o Apostolado de Relíquias canonicamente ereto, fundado por ele e pela mulher Margarida, técnica assistente de conservação de relíquias há 33 anos.
“O problema”, segundo Evaristo, “era que há 16 anos, por exemplo, não era possível extrair ADN de cabelo e hoje já é e por isso o Professor Lorente como não queria gastar mais matéria óssea por haver pouca, decidiu sabiamente suspender o estudo até que a tecnologia evoluísse. Agora que já é possível, pediu para que nós submetêssemos as amostras.”
Assim, três cabelos da Rainha Santa Isabel com mas de sete séculos foram cuidadosamente removidos por Lorente e Evaristo de um relicário com uma sua madeixa, selado em lacre com o sinete do Bispo Conde de Coimbra D. Frei Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré. Este cabelo havia sido recolhido pelo mesmo prelado na presença do Rei D. Miguel I conforme documentação existente em arquivos quando da abertura do túmulo da Rainha Santa para verificação do estado de conservação do seu corpo incorrupto.
As outras duas amostras de relíquias de Santos fornecidas por Evaristo são mais difíceis de re-autenticar por terem perdido os selos de autenticidade ao longo dos séculos e terem sido removidas de relicários originais antes de terem sido vendidos por particulares. São supostamente sangue e ossos de dois Santos Portugueses que já tinham um grande culto contemporâneo a Colombo e que eram membros da Família Real de Avis e de Bragança. Embora Evaristo acredite que sejam genuínas, caso não se verifique o parentesco entre elas, o mesmo está preparado para pedir outras amostras destes santos e de outros que ainda estão na posse das entidades originais desde o falecimento dos mesmos.
Evaristo entregou também várias amostras de ossos que pensa serem de membros da alta nobreza Portuguesa de comprovada antiguidade contemporânea ao Colombo para comparação.
“Sendo os Santos da Casa Real antepassados comuns ou parentes directos das várias pessoas apresentadas nas diversas teorias Ibéricas como sendo possíveis pais de Colombo, a descobrir-se um elo de ligação poderá esse servir para confirmar que ele era pelo menos ibérico, se não mesmo Português. Uma vez que tudo o que roda em torno da sua vida, desde os escritos às ligações e afirmações feitas por outros à época vão nesse sentido. Até a sentença do Supremo Tribunal Espanhol de 1515 que ratificou uma decisão do Tribunal de Santo Domingo a respeito dos direitos à herança familiar, declarou que o Navegador se chamava Xproval Colomo em 1484 quando chegou de Portugal e que era provavelmente de origem Portuguesa. O mesmo escreveu Paolo Toscanelli em correspondência contemporânea e é o que referem recibos de pagamento da Rainha D. Isabel entre outros escritos existentes. O facto de ser um estrangeiro e ter casado com uma nobre portuguesa, de ter uma Carta de D João II que é um Salvo Conduto entre outros privilégios que só um parente da Família Real teria, tais como se sentar na presença do Rei, de assistir à Missa com ele e de estar a sós com a Rainha e o Príncipe D. Manuel durante vários dias, são todos factos documentados que levaram pessoas a questionar a sua verdadeira identidade e verdadeira missão à época.”
Para já fica de parte a proposta que Carlos Evaristo apresentou a Lorente há já vários anos como sendo a mais concreta para estabelecer uma ligação à Casa Real Portuguesa: a abertura da urna em chumbo do Príncipe D. Miguel da Paz, que Evaristo identificou há vários anos na Capilla Real de Granada. Príncipe que foi primogénito de D. Manuel I e da filha dos Reis Católicos e por isso, segundo a tese de Mascarenhas Barreto, um sobrinho de Colombo.
O Cabido da Sé de Granada porém tem até agora recusado permitir a abertura da urna e mesmo com um método não demasiado invasivo proposto por Evaristo de introduzir uma c câmara endoscópica com pinça. Afirmaram em carta ser “um momento inoportuno”.
Fragmentos de la urna y los huesos de los restos de Cristóbal Colón recuperados, en la Catedral de Sevilla. Horizontal.
O facto de haver poucos ossos de Colombo em Sevilha, um mero punhado de uma matéria óssea que mais se parece com uma mão cheia de pedras, deve-se, segundo um estudo Carlos Evaristo “à prática religiosa universal em vigor até ao século XIX de deixar uma terça parte do esqueleto no local de sepultamento original quando havia um traslado. Isto para que no caso de se perderem os ossos no transporte ou posteriormente, por outra razão, haver sempre algo para que os anjos no dia do julgamento final pudessem recriar o corpo para o unir à alma e assim o reanimar na ressurreição dos mortos.
Dado que os restos de Colombo estiveram insepultos em Valladolid tendo sido o corpo desmembrado e descarnado segundo o processo Teutónico (a prática de desmembrar e descarnar os corpos para posterior transporte), e depois os mesmos transferidos para o Mosteiro da Cartuxa em Sevilha e daí para Santo Domingo, depois para a ilha de Cuba e de regresso a Sevilha, não é de admirar que a República Dominicana afirme guardar uma boa parte do esqueleto do navegador no chamado farol de Colón em Santo Domingo e de a maior parte ter desaparecido. Pode ser também que os restos que estão lá sejam os de Diogo Colombo ou uma mistura dos dois. Em Valladolid o município procede com escavações no local do antigo Convento de São Francisco, local onde morreu Colombo. Foi já identificado o local preciso do seu primeiro sepultamento ou repouso da caixa com os seus ossos e onde teria sido enterrada, segundo Evaristo, a primeira terça parte dos mesmos.
O historiador Marciel Castro que foi quem teve a ideia em 2002 de se iniciarem estudos genéticos aos restos mortais de Colombo, foi também a pessoa instrumental na localização dos restos mortais do irmão do navegador, de nome Diego, e esteve na origem da ideia para a abertura do túmulo do filho do Navegador; Hernan. Castro foi também quem localizou a capela da primeira sepultura sobrepondo um mapa antigo a um mapa actual.
Maciel Castro, Carlos Evaristo e José António Lorente.
Carlos Evaristo descobriu também que o facto de não se conhecer o verdadeiro nome de Colombo e a sua verdadeira nacionalidade foi o impedimento maior que a Sagrada Congregação dos Ritos teve no século XIX para abrir o processo para a Canonização do navegador, tal como havia sido proposto pelo fundador dos Cavaleiros de Colombo, Padre Michael Mc Givney através do Episcopado Norte Americano.
Para Carlos Evaristo “a identidade de Colombo é uma página da história universal que falta escrever e se não for o Professor Lorente e sua equipa finalmente a escrever esse capítulo final, nunca se poderá pôr fim a um mistério com mais de 500 anos. E mesmo que ele não seja Genovês, ou Espanhol ou Português, o que interessa é a verdade. Isso em nada tira o valor da missão dele ou daqueles dedicados investigadores que perante este mistério forense seguiram pistas válidas baseadas em factos contemporâneos para apresentarem várias teorias. Não é afinal o que fazem sempre todos os investigadores quando há um crime por resolver?”
“Mas é o ADN”, garante o Professor José Lorente Acosta, chefe da equipa de investigação do Projeto ADN Colón da Universidade de Granada, “que será a chave para desvendar o mistério”. Um mistério que Colombo nunca quis revelar em vida, nem mesmo aos filhos.
TEORIAS APRESENTADAS DURANTE A CONFERÊNCIA
Teoria Valenciana: Colombo tinha uma dupla identidade: “Genovês de nação” e cidadão Valenciano”.
Palestrante: Francesc Albardaner i Llorens, Membro da Sociedade Catalã de Estudos Históricos do I.E.C., Sócio da Instituição Catalã de Genealogia e Heráldica.
Resumo: A pesquisa de Francesc Albardaner situa Cristóbal Colom em Valencia no seio de uma família de judeus convertidos, cujo comércio era tecelões de seda, à qual pertencia sua mãe. Seu pai era um emigrante da Ligúria que chegou a Valência com o clã Gavoto de Savona, que criou empresas de tecelagem de seda e brocado e fábricas de papel em Valência, a partir do ano de 1445 ou pouco antes. O casamento pode ser considerado intra-união, uma ocorrência frequente naquela época. Por ser filho de casal misto, podia apresentar-se tanto como “genovês da nação”, por ser filho de pai genovês, ou como súdito natural da Coroa de Aragão, por ser cidadão de o Reino de Valência. Cristóbal Colom também teve uma formação dual: cristã na esfera pública e judia no claustro familiar. Na verdade, ele foi um criptojudeu que não se interessou em dar a conhecer as suas origens hebraicas nos momentos difíceis da imposição da inquisição castelhana em todos os territórios da Coroa de Aragão. Sua origem judaica sefardita foi um dos principais motivos que o obrigaram a não divulgar sua origem.
Teoria Portuguesa I: Colombo era na verdade um corsário português
Palestrante: Fernando Branco, Professor da Universidade de Lisboa (IST, Instituto de Engenharia) e Membro Honorário da Academia Portuguesa de História
Resumo: A hipótese portuguesa afirma que Cristóvão Colombo se chamava realmente Pedro Ataíde e era um corsário português. O Professor Fernando Branco recolhe no seu livro “Cristóvão Colombo, nobre português” as numerosas coincidências entre a vida do almirante e a de Ataíde, ambas inclusive participaram na guerra de Aragão e na batalha naval do Cabo de S. Vicente. O que se sabe de Pedro Ataíde justifica, como aconteceu com Colombo, sua fuga para Castela em 1485, suas ligações com a nobreza portuguesa em Sevilha e o texto da carta que D. Juan II lhe enviou. Justificaria também, ao regressar da primeira viagem, o seu reconhecimento por João da Castanheira na ilha de Santa Maria e a visita da Rainha de Portugal ao convento da Castanheira. Em 2017, o grupo de investigadores da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Técnico de Lisboa exumou os restos mortais do primo paterno de Pedro Ataíde. Os ossos de António de Athayde, primeiro Conde de Castanheira e primo do corsário português, foram exumados da igreja onde foi sepultado, perto de Lisboa, para extracção do ADN nuclear.
Teoria portuguesa II: Colombo, filho bastardo de Infanta Portuguêsa
Palestrantes: José Mattos e Silva (António Mattos e Silva)
Resumo: Cristóvão Colombo era filho bastardo da Princesa Leonor de Aviz e D. João Menezes da Silva, justamente em período de negociações para o futuro casamento da princesa com o Imperador Frederico III, portanto não poderia ser considerado filho da princesa e foi adotada por um de seus servos. Ambos os pesquisadores fornecem amostras genéticas do suposto ramo paterno e materno.
Teoria de Navarra: Colombo transferiu o topônimo de Ainza para a América
Palestrante: Jose Mari Ercilla, Pesquisador e médico aposentado.
Resumo: Segundo a tese de José Mari Ercilla, Cristóbal Colón nasceu na Baixa Navarra e era portador do antígeno HLA-B27, característico de escapamentos. Todos os personagens importantes da vida de Colombo têm um forte vínculo com Navarra e grande parte do seu vocabulário coincide com o da área dos ultra-portos. O topônimo Ainza era o nome da cidade da Baixa Navarra onde nasceu Cristóvão Colombo (atualmente Ainhice Mongelos). Este nome não existia em outra parte do mundo além da América e após a descoberta deste por Colombo. Um nome que só quem nasceu ali poderia saber porque os Colom, segundo o censo real navarro, habitavam esta localidade com apenas cinco casas.
Teoria de Maiorca: Colombo era o filho secreto do Príncipe de Viana
Palestrante: Gabriel Verd Martorell, Historiador e Presidente da Associação Cultural Cristóbal Colón
Resumo: A teoria da origem maiorquina de Cristóvão Colombo não foi documentada documentalmente até o século passado em que diversos historiadores tentaram mostrar que o descobridor era filho natural de Dom Carlos, Príncipe de Viana (irmão do Rei Fernando el Católico) e o maiorquino Margalida Colom. Ele nasceu em Felanitx, Maiorca, em 1460. Esta teoria foi defendida por historiadores de grande prestígio, como Manuel Lópéz Flores de Sevilha, Irmão Nectário Maria venezuelano e Torcuato Luca de Tena, etc. Colombo durante sua terceira viagem ao Novo Mundo batizou Ilha Margarita na costa da Venezuela em 1498 com o nome da mãe e escreveu-o em maiorquino «Margalida». O grande filólogo espanhol Ramóm Menéndez Pidal mostrou que Colombo “sempre escreveu em latim ou espanhol, nunca em italiano ou genovês, e tampouco os italianismos aparecem em seus escritos”. Em abril de 1492, um importante documento de valor histórico incalculável foi assinado em Santa Fé de Granada, conhecido como “as Capitulações de Santa Fé” e no qual foram estipuladas todas as condições estabelecidas entre o Descobridor e a Coroa, por meio do qual o levaria a cabo o empreendimento da descoberta. No documento citado, Colombo é nomeado almirante, vice-rei e governador geral. Ele também recebe o título de “Don”, que, como nos diz o professor Juan Manzano em uma de suas publicações, “era um título honorário e digno usado por reis e membros de suas famílias”. Os cargos de vice-rei e governador geral aparecem na época do descobrimento na Coroa de Aragão e não na castelhana. São cargos de alta categoria social e até mesmo o de Governador Geral foi reservado para pessoas de sangue real. Outro fato importante a destacar é que Colombo possuía uma cultura extraordinária para sua época. Todos esses dados, junto com outros, defendem a hipótese de que o descobridor não poderia ser o genovês Cristoforo Colombo, tecelão e estalajadeiro.
Teoria Galega: Colombo era de origem Galega
Palestrante: Eduardo Esteban Meruéndano, Presidente da Associação Cristóbal Colón Galego “Celso García de la Riega”
Resumo: A possível origem galega de Cristóbal Colón foi postulada em 1898 como a primeira refutação da origem genovesa, por Celso García de la Riega de Pontevedra. Documentos, toponímia e linguagem foram a base fundamental do suporte de uma teoria conhecida, seguida e difundida por historiadores (Enrique Zas Simó, Constantino de Horta e Pardo), pedagogos (Virgilio Hueso Moreno, Ramón Marcote Miñarzo, Nicolás Espinosa Cordero), acadêmicos (Wenceslao Fernández Flórez, Emilia Pardo Bazán) ou figuras culturais (Ramón María del Valle – Inclán, Torcuato Luca de Tena e Álvarez Ossorio), entre muitos outros. Em 1928, silenciado por pressões políticas devido à iminente celebração da Exposição Ibero-americana de Sevilha.
A recente legitimação dos documentos históricos pelo Instituto do Patrimônio Cultural da Espanha (2013), que contêm os sobrenomes “Colón” e “de Colón”, bem como as Capitulações de Santa Fé, pode colocar a família do navegador em Pontevedra , antes e durante a descoberta.
Teoria Castelhana: Colombo era Castelhano
Palestrante: Alfonso C. Sanz Núñez, Autor do livro “Don Cristóbal Colón. Almirante de Castela “
Resumo: A tese castelhana afirma que Cristóvão Colombo nasceu em Espinosa de Henares (Guadalajara) em 18 de junho de 1435. Ele era neto de Don Diego Hurtado de Mendoza, Almirante de Castela. Sua mãe era Dona Aldonza de Mendoza, Duquesa de Arjona . Ela morreu de parto duplo. No testamento desta Senhora, feito dois dias antes de sua morte, aparece Cristóbal Genovés, a quem ela deixa 13.000 maravedíes. O irmão gêmeo do almirante, Alfón el Doncel, foi assassinado quando tinha cinco anos. Seu tio, o Marquês de Santillana, usurpou sua herança. Os reis concederam-lhe as mesmas prerrogativas que o Almirante de Castela tinha o título de Almirante do Mar Oceano antes do Descobrimento, porque lhe correspondia por linhagem. Os emblemas de seu avô e de sua mãe aparecem no brasão de Colombo.
Teoria portuguesa III: Colombo, um bastardo da Casa Real e Espião ao Serviço do Rei de Portugal.
Palestrante: Carlos Evaristo, Arqueólogo e Historiador, Presidente da Fundação Oureana e do Instituto Cristóvão Colom.
Resumo: A teoria do falecido Autor Professor Augusto Mascarenhas Barreto, defendida por Carlos Evaristo é que Cristóvão Colom não seria Genovês, mas poderia ser filho bastardo de D. Fernando, Duque de Beja e Viseu, e de Isabel Gonçalves Zarco, de ascendência Judia e Genovesa.
O seu nome seria Salvador Fernandes Zarco e seria originário de Cuba, Alentejo. Colom seria um Capitão de Guerra, um Espião como o 007, com licença para matar, ao serviço do Rei João II de Portugal. A missão deste suposto irmão de D. Manuel I era desviar a atenção dos Reis Católicos da verdadeira rota para a Índia, oferecendo-lhes uma rota alternativa. Esse engano permitiu que Portugal negociasse um novo Tratado para ficar com a Índia e com a posse das terras do Brasil e do Canadá já descobertas.
Carlos Evaristo, para além de estudar os túmulos do Duque de Beja e das suas irmãs, todos estranhamente vazios, identificou uma urna de chumbo com os restos mortais do Príncipe Miguel da Paz, filho de D. Manuel I na Cripta da Capela Real de Granada na espera de autorização para abri-lo.
Foram também recolhidas por Evaristo outras relíquias significantes ligadas à Casa Real Portuguesa que serviriam como principais amostras de DNA para finalmente permitirem confirmar, ou não, esta que é a teoria mais antigo do Colombo português.
Os resultados das análises de ADN serão divulgadas pelo Professor Lorente no dia 12 de Outubro, aniversário da chegada de Colombo às Américas em 1492.
Granada, 19 de Maio de 2021
Real Instituto Cristóvão Colom – Salvador Fernandes Zarco – RAHA
(DEPARTAMENTO DE PESQUISA COLOMBIANA AUGUSTO MASCARENHAS BARRETO DA FUNDAÇÃO OUREANA)
Carlos Evaristo com o Professor Marcial Castro e o Professor José António Lorente Acosta
A Fundação Oureana anunciou no passado dia 27 de Setembro que após a revelação da verdadeira nacionalidade e identidade de Colombo, no dia 12 de Outubro, haverá um monumento no Castelo de Ourém, dedicado e aos que estudaram esses mistérios ao longo dos séculos.
O Presidente da Direção da Fundação Histórico Cultural Oureana anunciou este projecto durante o Congresso do Instituto Preste João / Real Associação Histórico Arqueológica para Pesquisa e Descobrimento.
A erguer num terreno da Fundação no Castelo de Ourém, esse monumento será em bronze e representará Cristóvão Colombo. Terá o nome do Professor José António Lorente Acosta, mas também de todos os cientistas e estudiosos que ao longo dos séculos se dedicaram ao estudo para desvendar a verdadeira identidade e nacionalidade do Navegador.
A ideia para o primeiro monumento no mundo dedicado à verdadeira identidade e nacionalidade de Colombo e em memória de todos os que se dedicaram ao estudo desse mistério, partiu do Real Instituto Cristóvão Colom – Salvador Fernandes Zarco, um departamento da Fundação Oureana criado em memória do Capitão Augusto Cassiano de Mascarenhas Barreto para preservar do seu arquivo de estudos colombinos.
Augusto Mascarenhas Barreto
Barreto foi autor do projecto do Programa Medieval do famoso Restaurante da Fundação Oureana, no Castelo de Ourém, inaugurado por John Haffert em 1970 e pelo qual passaram já mais de 3.5 milhões de visitantes. O Instituto, não só preserva os escritos, estudos e artefactos medievais de Barreto ligados à história do restaurante como também outros dedicados ao seu estudo do Fado, da Tauromaquia e do mistério da identidade do Colombo, estudo esse ao qual dedicou os últimos 40 anos da sua vida.
Mascarenhas Barreto
O antigo Campeão Olímpico de Esgrima, pioneiro da RTP e Capitão da GNR, foi também Chefe da escolta pessoal da Presidência da Republica. Muito cedo tornou-se seguidor da teoria de Patrocínio Ribeiro de que o Navegador Cristóvão Colombo era de facto Português e filho do Duque de Beja D. Fernando com talvez uma filha do Explorador Gonçalo Zarco, sendo seu verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco. O Capitão Barreto como era carinhosamente conhecido pelos amigos, faleceu a 3 de Janeiro de 2017 e foi autor de vários livros sobre o mistério da identidade do Colombo exemplares dos quais deixou a Fundação Oureana para que a instituição fosse a representante da sua teoria, após a sua morte, através de um Departamento propositadamente criado por si e que hoje ostenta seu nome.
Para Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação, e a pessoa que tem na prática representado a teoria de Mascarenhas Barreto em vários congressos; “o facto é que prometi representar a sua tese e tenho cumprido o que prometi, embora reconheça que haja várias teorias que têm um forte argumento de causa e com as quais particularmente simpatizo; como as de Colombo ser filho de uma Infanta Portuguesa, um Galego, um Maiorquino, um agente ou nobre de Pontevedra ou um Catalão. Mas nós, na Fundação, mantemos um particular carinho pela teoria defendida pelo Capitão Barreto e isto por ela estar na origem da amizade entre o Capitão e o nosso fundador, meu compadre, John Mathias Haffert e na origem do Resturante Medieval”.
John Haffert
De facto, John Haffert também era um apaixonado pelo mistério da verdadeira identidade e nacionalidade do descobridor das Américas e estava em 1968 no seu yacht “Santa Maria” a percorrer as ilhas das caraíbas, seguindo a rota que Colombo tomou aquando da sua viagem de descoberta em 1492 quando teve a ideia de criar um programa medieval no Castelo de Ourém. Foi aí que segundo a sua biografia, procurou o Duque de Bragança, D. Duarte, e sua tia D. Filipa que lhe segredaram haver a tradição na família de Colombo ser Português. A ideia de criar o programa medieval no Restaurante do Castelo de Ourém levou Haffert a contractar Mascarenhas Barreto que para seu espanto partilhava a sua paixão por este mistério histórico e ao qual já estava a dedicar bastante tempo de pesquisa e de estudo de cabala para tentar decifrar a cifra (assinatura) de Colombo.
Yacht “Santa Maria”
Em 1995, pelo 25º aniversário do programa medieval, D. Duarte de Bragança, John Haffert e Augusto Mascarenhas Barreto reencontraram-se em Ourém e nesse momento partilharam a sua paixão pelo estudo do mistério da verdadeira identidade e nacionalidade de Colombo que todos achavam ser Portuguesa, se não pelo menos ibérica, mas jamais Genovesa!
D. Duarte na Sala dos Mapas do Vaticano.
Segundo Carlos Evaristo: “Colombo passou a maior parte da sua vida em Portugal, casou com uma Portuguesa e foi de Portugal que partiu para a Corte de Fernando e Isabel com um documento passado por D. João II que era uma verdadeira Licença para matar como só um agente Secreto como o 007 teria. Movia-se bem na Corte o que logo levantou suspeitas, tendo privilégios que só parentes do Rei teriam como se sentar na presença do Rei.” Para Carlos Evaristo; “se não era Português, pelo menos deveria ser Ibérico e ligado às famílias da alta nobreza da época, se não mesmo à realeza.”
Em Cuba do Alentejo, onde se diz que Colombo nasceu existe um centro de interpretação do Colombo Português dedicado a Mascarenhas Barreto e é lá que está a sede da Associação Cristóvão Colon que junta os defensores das várias teorias Portuguesas e que mantém um monumento a essa tradição.
D. Duarte de Bragança com Carlos Calado, Presidente da Associação Cristóvão Colon, o Presidente da Câmara de Cuba, João Português e Carlos Evaristo, prestam uma Guarda de Honra junto à estátua de ao Colombo Português em Cuba do Alentejo, terra que mantém viva essa tradição.
Um estudo efectuado por Carlos Evaristo comprovou que a ideia de Colombo ser Italiano, e principalmente Genovês, veio só a ser propagada largamente pelos Knights of Columbus (Cavaleiros de Colombo), uma organização Católica antimaçónica fundada para homens no final no Século XIX, (1882) nos Estados Unidos da América, por um sacerdote Irlandês de nome Michael J. McGivney.
Padre Michael J. McGivney, Fundador dos Cavaleiros de Colombo.
Já o Dia do Colombo, 12 de Outubro, como festa nacional americana, hoje controversa, Evaristo descobriu ter sido algo criado por um senador corrupto, apoiado pela Máfia Nova Iorquina no princípio do Século XX.
Para Evaristo: “Foi graças à ligação que fizeram de Colombo à Festa de Nossa Senhora do Pilar e das Américas, (que fixaram a 12 de Outubro), mas também ao biografo Washington Irving, que temos o Colombo lendário. Foi ao Consul em Espanha, Washington Irving, conhecido pelo livro a Lenda de Sleepy Hollow, com a personagem do Cavaleiro sem cabeça, que o governo após a revolução de 1775, encomendou uma biografia de Colombo para dar aos americanos uma história de um Pai da Pátria que não tivesse nada com a história inglesa que era ensinada aos colonos. E assim se criou e propagou o mito do Colombo através do livro de Irving que se tornou um Best-Seller em todo o mundo levando a Espanha do Século XIX a fabricar os primeiros monumentos na história ao navegador até então esquecido para a história!”
Túmulo de Colombo no Farol em Santo Domingo.
Túmulo de Colombo em Sevilha.
Para chegar à verdadeira identidade de Cristóvão Colombo, a equipa do Professor José Lorente Acosta do Laboratório de ADN do Departamento de Medicina Legal, Toxicologia y Antropologia Física da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada, realizou analises entre 2002 e 2004 que comprovaram definitivamente que os poucos ossos que estão no monumento a Colon na Catedral de Sevilha são mesmo do Navegador, pois eram do pai de Hernan Colon, também sepultado na Catedral, e de um irmão, Diego Colon, que estava sepultado na Cartuxa da mesma cidade. Todos estes parentes foram exumados para se retirar amostras.
Após essa confirmação inicial houve uma espera de vários anos até que a tecnologia sequencial de ADN avançasse bastante para se poder retomar os estudos com fragmentos de amostras mais pequenos. Isso realizou-se em 2021 com um encontro internacional em Granada para apresentação de 25 teorias sobre a nacionalidade de Colombo e que foi tema de um congresso e um documentário produzido por uma Produtora Espanhola que está prestes a ser exibido na TVE.
Desde 2021 que as diversas teorias têm vindo a ser descartadas enquanto as amostras fornecidas pelos promotores das mesmas, foram sendo testadas pelo Laboratório de Granada e outros Laboratórios parceiros em outros países. Eventualmente, das vinte e cinco teorias inicialmente apresentadas sobraram oito que necessitavam de amostras de ADN para as validar.
Várias exumações em Portugal e Espanha realizaram-se com a esperança de que as amostras recolhidas pudessem ter elos nas cadeias de ADN semelhantes às de Colombo, seu filho e irmão.
Carlos Evaristo que escreveu com o explorador subaquático de renome mundial Dave Horner, “Secrets and Mysteries of Christopher Columbus”, um colossal volume com todas as teorias históricas sobre a identidade de Colombo tendo um especial carinho para com a teoria de Augusto Mascarenhas Barreto, ajudou também na produção do documentário de Paul Perry do mesmo nome e entra no documentário espanhol.
Como Parceiro Protocolar de vários projectos de ADN com o laboratório de Lorente, para o Projecto ADN Colombo, não só forneceu amostras diversas de Nobres Portugueses como também relíquias de Santos da família real; Rainha Santa Isabel, Infanta Santa Joana, São Nuno, etc. para suporte de várias teorias portuguesas e espanholas, como também para outras teorias, tal como a do Almirante ter sido um explorador Italiano, ligado à descoberta de Cabo Verde.
Carlos Evaristo com José Lorente Acosta em Granada.
Para Evaristo; “Outro mistério que permanecerá após a revelação da sua identidade e nacionalidade será o de haver tão poucos ossos no seu túmulo em Sevilha. Isto é algo que se deve certamente ao costumo da época, que era uma obrigatoriedade Católica canónica, de um terço das ossadas permanecerem sempre no sepulcro ou túmulo original cada vez que houvesse uma trasladação. Sabemos que no caso de Colombo e seu filho Diego Cólon, filho da Portuguesa, Filipa Moniz Perestrelo, houve meia dúzia de trasladações desde o seu sepultamento temporário em Valladolid em 1503 até à chegada dos restos mortais a Sevilha no final do Século XIX.” Segundo o Arqueólogo; “uma boa parte das ossadas deve de ter permanecido em Santo Domingo, e misturadas com as do filho, estão hoje no chamado Farol Mausoléu de Colombo, tendo sido trasladadas do Catedral dessa cidade para onde tinham sido levadas pela nora de Colombo já após a morte do filho. Outra parte das ossadas terão ficado na Cartuxa em Sevilha e outra parte em Cuba, sendo que só escassos ossos chegaram a ser colocados numa urna colocada no sumptuoso monumento da Catedral de Sevilha. Como a República Dominicana não permite que examinem os restos no Farol de Colombo em Santo Domingo, não é possível testar esta teoria.”
Os restos mortais de Colombo retirados da urna no Monumento Fúnebre na Catedral de Sevilha.
Em 2022, durante plena pandemia, localizaram o primeiro túmulo de Cristóvão Colombo numa rua de Valladolid. A equipa de pesquisadores liderada pelo Professor Marcial Castro, confirmou a localização precisa do primeiro túmulo de Cristóvão Colombo, hoje, na rua Constitución, debaixo de um banco.
A 10 de Outubro, o Professor José António Lorente Acosta, anunciou oficialmente e “de modo definitivo” que os restos mortais na Catedral de Sevilha são mesmo de Cristóvão Colombo. Assim terminou um dos enigmas históricos sobre a figura de Cristóvão Colombo, em referência aos restos no monumento da Catedral de Sevilha.
Porém a sua verdadeira origem genética será revelada amanhã, dia 12 de Outubro, em exclusivo, durante a apresentação do documentário “Colon ADN. A sua verdadeira origem” a ser exibido às 22:35 horas na TVE1 e RTVE Play .
Segundo Carlos Evaristo; “Houve muita gente que afirmava que seriam os primeiros a divulgar os resultados destes exames, mas serão os investigadores forenses da Universidade de Granada, liderados pelo Professor José Antonio Lorente Acosta que irão revelar a nacionalidade de Colombo e a sua identidade e precisamente no Dia de Colombo e da Hispanidade no documentário que vai ser transmitido na RTVE em exclusivo.”
Carlos Evaristo, Arqueólogo, Perito em Relíquias Sagradas e Iconografia Sacra Medieval dedicou mais de 25 anos ao estudo da origem do Colombo e das diversas teorias sendo autor de livros e estudos publicados. Para ele o facto é que “estávamos perante um mistério histórico, um dos maiores, e agora que está prestes a ser revelado, vivemos um momento verdadeiramente histórico! Não deverá haver tristeza por parte de nenhum dos defensores das diversas teorias, porque tal como quando há um crime por desvendar, devemos seguir pistas diversas para desenvolver teorias. Algumas foram muito bem fundamentadas e eram credíveis, merecendo terem sido postas à prova do ADN, para se descobrir a verdadeira nacionalidade, e possivelmente, a verdadeira identidade de Colombo, que já sabemos com exames realizados em centenas de pseudo-descendentes / parentes que ele não era Genovês, algo que seu filho e primeiro biografo, Hernan Colon, havia escrito após ter viajado àquela cidade três vezes na tentativa de encontrar provas.”
O Prof. José Lorente Acosta
Evaristo acrescenta: “Agora, após a revelação final, há que reconhecer principalmente o esforço de tantos, através dos séculos, e particularmente, da equipa que finalmente desvendou este enigma apesar do receio de tocar em algo que era e ainda é considerado tabu. O Mundo merece saber quem foi Colombo e a história merece essa verdade pois tem-se escrito muita ficção a seu respeito. Afinal ele tem que ser filho de alguém e foi o facto de não se saber a verdadeira nacionalidade e o seu verdadeiro nome, que levou a o Papa e a Igreja, no Século XIX a rejeitar o processo para a canonização, introduzido no Vaticano pelos Bispos das Américas.”
Carlos Evaristo entregou a José Lorente Acosta amostras diversas para testar várias teorias.
Evaristo afirma ainda que: “com a sua verdadeira nacionalidade e identidade confirmada, esse processo já podia ser retomado pois há muitos que o consideram o primeiro Santo Missionário das Américas.” Nem a família de Colombo à época ou hoje, sabe o seu verdadeiro nome ou a identidade. Foi algo que o Navegador sempre ocultou dos filhos até à hora da morte, É por isso intenção da Fundação Oureana de também encerrar o enigma com primeiro monumento no mundo dedicado ao verdadeiro Colombo e a todos quanto estudaram este mistério e particularmente, ao Professor Marcial Castro que teve a ideia de se estudar o ADN de Colombo e ao Professor Lorente e sua equipa internacional.
Segundo D. Duarte de Bragança entrevistado em Ourém no passado dia 28; “Reconheço que o Professor Lorente Acosta e sua equipa tiveram uma grande coragem de encabeçar esta missão que vai rescrever a história. É claro que gostaria que Colombo fosse Português até porque existe essa tradição em Portugal mas fico feliz de saber quem realmente foi Colombo independentemente de ele ser ou não Português e de ter contribuído com ADN para a pesquisa. Está comprovado que sou parente de Colombo mas se é somente um grau de parentesco que partilhamos com seus descendentes após sua neta ter casado com um Bragança ou se vai mais para trás é algo que podemos descobrir com a revelação no dia 12.”
Sobre este longo processo de há séculos para identificar Colombo, Carlos Evaristo conclui: “Fico honrado de ter podido colaborar e contribuir para o processo da desvenda deste mistério porque a revelação da verdadeira nacionalidade e identidade de Colombo será a maior descoberta Colombina desde a descoberta das Américas, e sem dúvida, a maior descoberta do Século XXI! Mas é à coragem do Professor José António Lorente Acosta, o Howard Carter do ADN, a quem principalmente se deve esse feito extraordinário!”
Richard Garriott, D. Duarte de Bragança e Ben Lamm.
A Ourem Castle Information Centre Protocol Partners, departamento da Fundação Oureana que modera os parceiros protocolares, organizou a Gala anual dos Parceiros Protocolares, Subsidiários e Benfeitores da Fundação este ano em parceria com a American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House, Representada pelo Col. Stephan Besinaiz e Hung Nguyen, a Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos, Panteões e Monumentos Nacionais e o Instituto Preste João, sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa.
Este ano, para além dos parceiros protocolares de longa data, o Salão de Banquetes do Restaurante Medieval Oureana recebeu no Castelo de Ourém, algumas figuras de renome mundial, entre as quais o Astronauta Richard Allen Garriott e o Cientista Ben Lamm.
Margarida Evaristo dá as boas vindas a Ricardo Louro, Representante da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel da Arquidiocese de Évora.
Ben Lamn e esposa, Isabel Graça, Keving Couling, Cristina Pinto, e Armando Calado
UM ASTRONAUTA NA CORTE DE OURÉM
Richard Garriott é astronauta de segunda geração sendo filho do astronauta veterano Owen Kay Garriott da NASA, que em 1973 se torno uma das primeiras pessoas a viver no espaço ao passar 60 dias na estação espacial Skylab 3 e 10 dias na Spacelab 1 tendo voado na Nave Espacial Columbia durante várias missões.
Richard Garriott seguiu os passos do seu pai, e a 12 de Outubro de 2008, aniversário da chegada do Colombo às Américas, voou para o espaço como astronauta privado no foguetão russo Soyuz TMA-13 tornando-se assim no segundo viajante espacial, o primeiro de nacionalidade americana e filho de um astronauta da NASA. Em 2001 havia comprado o primeiro bilhete para viajar ao espaço mas teve de o vender a Dennis Tito por causa de um exame de rotina ter detectado uma anomalia no fígado que necessitou de uma intervenção cirúrgica de urgência. Retomou a missão em 2008 e passou 12 dias na estação espacial internacional realizando uma série de testes científicos e filmando cenas para um filme, jogo de vídeo e documentário que produziu.
Garriott é fundador do projecto Windows on Earth que mantém uma plataforma interactiva com a vista virtual da terra em tempo real. Lançou também durante a sua estadia no espaço a primeira publicação / jornal diário editado no espaço tendo levado secretamente na ocasião para a Estação Espacial Internacional, algumas cinzas da cremação do Actor James Doohan, o Scotty da Série televisiva Star Trek (O Caminho das Estrelas) falecido em 2005.
O Maestro Armando Calado, Director Musical da Fundação em conversa com um dos convidados; Uberto e Roberto Favero.
Em 2021, Garriott viajou até às Ilhas Marianas tendo mergulhado num submersível na trincheira mais profunda da terra, tornando-se na pessoa que viajou aos pontos mais alto e mais baixo da terra, ao espaço e atingido a velocidade da luz. Richard Garriott é hoje Presidente do famoso Explorer’s Club e Cavaleiro das Ordens Dinásticas da Casa Real.
Ricardo Maria Louro, o Padre Carlo Cecchin, o Padre Fernando António e Sergio Paulo Fernandes.D. Duarte de Bragança cumprimenta Ricardo Maria Louro e Sergio Paulo Fernandes.O Juíz Scott Stucky, o Rei dos Povos do Ruanda Yuhi VI, o Bispo D. Manuel dos Santos e D. Duarte de Breagança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.
Garriott é também a única pessoa provada no mundo a ser dona de um terreno na superfície lunar ao comprar um rover lunar já fora de serviço à NASA e o conseguir fazer andar uns 40 kms na lua.
Hung Nguyen, Richard Garriott, D. Dínis de Bragança, Duque do Porto, Ben Lamm e Carlos Evaristo.
Os Anfitriões da Gala; Carlos e Margarida Evaristo
O CIENTISTA QUE QUER RESSUCITAR O MAMUTE
Ben Lamm foi outro convidado VIP que esteve no Castelo de Ourém durante o Jantar de Gala dos Parceiros Protocolares da Fundação Oureana. Lamm é fundador da Chaotic Capital e conhecido por ser sócio do genocista molecular George Church no projecto De-exinction ou Resurrection Biology e para a realização do qual criou a Colossal.
Lamm pretende não só ressuscitar tais animais como o Mamute pré-histórico e a pássaro Do Do já extinto como também geneticamente modificar animais à beira da extinção como os ursos polares, as focas, os pinguins, etc., para se adaptarem às alterações climáticas resultantes do aquecimento global e assim sobreviveram à extinção em massa.
Presidente e Capelão Mor da Fundação Padre Carlo Cecchin, dá as boas vindas a Claudio Gozengo.
O laboratório de Lamm também está a trabalhar com elefantes num projecto para prevenir o cancro após terem descoberto que só uma pequena percentagem destes animais é que contraem a doença e isto devido a uma molécula que têm em grande percentagem no seu organismo sendo que outros animais como os humanos têm em quantidade muito mais reduzida.
Entre muitos outros convidados VIP presentes na GALA da Fundação Oureana de 2024, estiveram numerosos militares dos EUA, o Juiz Federal dos EUA, Hon. Scott Stucky, um Representante da Casa Imperial da Etiopia, um Representante da Casa Real de Sabóia, um Representante da Casa Real do Sulu, o Rei dos povos do Ruanda; Yuhi VI, o Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos, o Padre Oleksander Gurzinsky, Representante da Diocese de Mukachevo, Ucrania, Prof. Moritz Hunzinger em Representação da Universidade Dragomonov da Ucrania, o Perito em Arte Nicolas Descharnes e o Maestro Armando Calado.
Stephen Besinaiz, ao centro lidera a Delegação Militar da AAKDPRH da Arquidiocese Militar dos EUA.O Juíz Scott Stucky, o Rei dos Povos do Ruanda Yuhi VI, o Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos, S.A.R. D. Duarte de Bragança, o Padre Oleksander Gurzinsky e o Padre Carlo Cecchin.Richard Garriott, Ben Lamn em conversa com Carel e Mariola Heringa.
Projectos em Curso
A Gala dos Parceiros Protocolares da Fundação Oureana deste ano juntou cerca de 120 pessoas de várias partes do país e do mundo incluindo prelados e capelães. O jantar foi servido pela Insignare Plus Hotéis e contou com vinhos da Divinis.
No decorrer do jantar foi realizada uma Assembleia Geral extraordinária da Fundação Oureana e durante a qual o Patrono D. Duarte de Bragança deu as boas vindas a todos os participantes. Seguidamente o Presidente da Direcção Carlos Evaristo, informou os parceiros protocolares presentes dos vários projectos em curso e dos que se pretende realizar em 2025.
Margarida Evaristo, S.A.R. D. Dínis de Bragança, Hung Nguyen e o Padre Fernando António.Marc Besinaiz, Guilhermina De Jesus Costa, Drª. Maria Antónia Borges Grenha, Ricardo Maria Louro e Sergio Paulo Fernandes.José Manuel e Inês Rodrigues, sobrinhos da saudosa Fadista Amália Rodrigues, 1ª Madrinha da Fundação Manfred Gorzawski, Marek Vareka, David Alves Pereira, Michael Hesemann, Justrin Carpentier, Moriz Hunzinger, Nicolas Descharnes e Claudio Gorzengo.Mark Bickham, Megan Eunpu, Vikie Argueta, Bruce Argueta, Klaus Fink, Ole Kobberup, Carl e Mariola Heringa, Eric Edin, Steve Besinaiz e Carlos Amaral.Billy Chan e Stefan Breu com a Delegação de Macau e Hong Kong, Maria Castro e João Pedro Teixeira.
A Fundação Histórico – Cultural Oureana e a Universidade Nacional Estatal Mykhailo Drahomanov, da Ucrânia celebraram um Protocolo de Colaboração Cultural e Educacional durante uma Sessão Solene que teve lugar no dia 26 de Setembro de 2024 em Lisboa. A cerimónia que se realizou após uma recepção e almoço oferecido pela Fundação D. Manuel II no Turf Clube, contou com o Alto Patrocínio de S.A.R. D. Duarte Pio, Duque de Bragança e Conde de Ourém, Presidente da Fundação D. Manuel II, Patrono da Fundação Histórico – Cultural Oureana e Professor (Hon.C.) de História da Universidade Dragomanov da Ucrânia.
Boas Vindas à Delegação
Antes do discurso de abertura justificativo da celebração do Protocolo, o co-fundador e Presidente da Direcção da Fundação, Dr. Carlos Evaristo, deu as boas-vindas a Portugal, à Delegação Universitária Ucraniana que deveria ter sido chefiada pelo Reitor, Professor Dr. Viktor Andrushchenko (mas que não conseguiu o necessário visto a tempo da partida), incluía o ex-Ministro, Embaixador e Vice-Reitor Honorário da Universidade, Professor Dr. Volodymyr Yevtukh, a Secretária do Conselho Académico, Profª. Drª. Lesia Panchenko, a Profª. Drª. Tetiana Ivanivna Andrushchenko, a Profª. Drª. Tetiana Viktorivna, Secretária Científica da Academia de Música Ucraniana Nacional Tchaikovsky e o Embaixador Cultural da Universidade, Professor Dr. (Hon. C.) Moritz Konrad Samuel Hunzinger.
Acções Conjuntas Realizadas
Seguidamente, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, que também é Professor Honorário de História na Universidade, tendo sido distinguido com um Doutoramento Honoris Causa em 2020, falou sobre a bem conhecida acção da Universidade Nacional Estatal Mykhailo Drahomanov para além fronteiras, e sobretudo em Portugal, através do apoio à diáspora ucraniana e também às relações mantidas com a Universidade de Coimbra e as Fundações D. Manuel II e Oureana para intercâmbios interculturais e aulas online realizadas desde o isolamento da pandemia do Covid 19 e que continuam agora durante a guerra.
Protocolo Celebrado com Universidade Estatal Ucraniana
Sobre o Protocolo, Evaristo referiu que o mesmo seria a continuação de um conjunto de actividades culturais e educacionais já desenvolvidas em parceria e que resultam do trabalho do Vice-Reitor Prof. Ihor Vetrov, do Prof. Humberto Nuno de Oliveira e do Prof. Moritz Hunzinger os quais têm feito parte das actividades da Fundação Oureana com a organização de aulas e palestras online.
Evaristo falou também de “ações de colaboração a desenvolver entre a Fundação e a Universidade e que poderão incidir sobre todos os domínios julgados úteis e relevantes por ambas as instituições, designadamente actividades nos domínios do ensino e da formação; o desenvolver de projetos de investigação; com Estudos científicos incluindo análises laboratoriais dedicadas à caracterização de relíquias religiosas e artefactos arqueológicos.”
Coube ao ex-Ministro e Vice-Reitor da Universidade, Embaixador Professor Dr. Volodymyr Yevtukh, ler o discurso do Reitor da Universidade impedido de sair da Ucrânia por motivo da guerra. Na intervenção o Reitor exaltou as virtudes e o largo trabalho curricular e científico do Dr. Humberto Nuno de Oliveira, Relações Públicas e Heraldista Chefe do Conselho Heráldico da Fundação Oureana que, seguidamente, foi reconhecido com o título de “Professor Honorário” da Faculdade de História da Universidade (decisão do Conselho Académico de 30 de Abril de 2024), sendo o respectivo diploma e traje académico entregue pelas mãos dos Professores Efectivos e Honorários presentes.
Homenagem ao Professor Humberto Nuno de Oliveira
Sobre a Universidade Nacional Estatal Mykhailo Drahomanov, o Professor Dr. Volodymyr Yevtukh, disse ser uma faculdade pedagógica, científica, administrativa, financeira, disciplinar, cultural e patrimonial e um centro de criação, transmissão e difusão da cultura, da ciência e da tecnologia, que, através da articulação do estudo, da docência e da investigação, se integra na vida da sociedade com parcerias com mais de 150 universidades mundiais e brevemente a celebrar 190 anos de existência.
Momentos Musicais a Cargo do Maestro Armando Calado
A Sessão Solene que contou com momentos musicais do Maestro Armando Calado, terminou com o canto Universitário “Coimbra tem mais encanto na hora da partida” e um brinde ao fim da Guerra oferecido pelo Duque de Bragança. O conhecido cantor também dedicou uma música de “Les Miserables” ao povo da Ucrânia e em memória dos mais de 20 Professores da Universidade mortos desde o início da guerra e suas famílias.
Almoço oferecido pela Fundação D. Manuel II no Turf Clube
Sessão Solene
O encontro foi oportunidade para o Vice-Reitor da Universidade reconhecer o mérito de várias personalidades no contributo para a cultura universal com a conceção de várias condecorações e medalhas académicas. Agraciados foram os peritos em Arte (Sacra e contemporânea) Padre Carlo Cecchin, Dr. Carlos Evaristo, Juiz RISMA Nicolas Descharnes, Maestro Armando Calado, membros do Corpo Academico; Cônsul Dr. Carl Heringa e Dr. António Macedo e o anfitrião; D. Duarte, Duque de Bragança que retribui as honras concedidas aos presentes com a concessão de algumas Condecorações da Casa Real Portuguesa.
Este é o terceiro Protocolo celebrado entre a Fundação Oureana e uma Universidade.
Teriam também feito parte da Delegação mas não tendo obtido permissão para viajarem por razões de risco de segurança, Filareto, Primaz da Igreja Ortodoxa da Ucrânia, Patriarcado de Kyiv e o Primaz da Igreja Ortodoxa da Ucrânia, Metropolita de Kyiv e de toda a Ucrânia, Epifânio I, que celebra o 45º aniversário da sua ordenação e 5º da sua entronização.
Textos e Fotos: Fundação Histórico Cultural Oureana
O Castelo de Porto de Mós foi alvo de obras de requalificação, acessibilidade e inclusão e foi inaugurado no passado dia 6 de Abril.
O programa teve início com uma missa de veneração das relíquias de São Nuno de Santa Maria, tendo continuação no Castelo de Porto de Mós, onde foi descerrada a placa que regista este acontecimento.
A Missa foi celebrada pelo Padre Joannes de Oliveira, Capelão da Real Confraria do Santo CondestávelO Coro de Almeirim a cargo do Maestro Armando Calado
Foram, ainda, inauguradas, nesta ocasião, a Sala D. Afonso, IV Conde de Ourém e a exposição permanente “D. Afonso, IV Conde de Ourém, Vulto Ilustre da História de Porto de Mós”.
Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana leu o texto do Protocolo
A cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala, do Presidente da Fundação Dom Manuel II, Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, do Presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, da Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno e do Presidente da Fundação Histórico-Cultural Oureana, Carlos Evaristo.
Este Protocolo tem como finalidade a promoção, divulgação e desenvolvimento de atividades de âmbito cultural e científico e desenvolver o conhecimento, a cooperação, o turismo, o restauro e a manutenção de artefactos históricos ou culturais.
No decorrer da cerimónia teve, ainda, lugar a Assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Município de Porto de Mós, a Fundação Dom Manuel II e a Fundação Histórico-Cultural Oureana, no âmbito de uma melhor compreensão da figura de Dom Afonso, IV Conde de Ourém, e do seu papel na história de Porto de Mós e do Castelo, com a criação de uma exposição permanente.
O Duque de Bragança e Conde de Ourém felicitou o Município pelo trabalho de requalificação
Segundo o Presidente da Câmara Municipal, o Castelo de Porto de Mós “é um lugar de aprendizagem, um espaço lúdico de levada dignidade (…) é uma plataforma a partir da qual todo um território se torna tangível e suscetível de ser fruído (…) por isso queremos que o castelo alargue a sua capacidade de se oferecer ao público, através da evolução do projeto sensorial, que o tornará ainda mais acessível”, concluindo que “nem tudo se pode tornar acessível a todos, mas quem tem responsabilidades públicas tem o dever de tentar”.
A visita guiada à exposição foi conduzida pelo Prof. Humberto Nuno de OliveiraDepois das celebrações teve lugar um Jantar Medieval no Paço do Conde
A primeira fase da intervenção deste Monumento Nacional contemplou obras de Manutenção e Requalificação, um investimento de cerca de 250 mil euros, no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro, Portugal 2020, enquadrado no objetivo principal “Revitalizar as Cidades” e que assentou em trabalhos de limpeza, alteração elétrica, melhoria da eficiência energética e reparação de infiltrações.
A segunda fase da intervenção no Castelo destinou-se à adaptação a Monumento Nacional Inclusivo, com a execução de um percurso acessível, financiado pela Linha de Apoio ao Turismo Acessível do Turismo de Portugal.
Notícias –A arte e a vida de Salvador Dalí estão expostas no museu Atkinson, em Vila Nova de Gaia, até 31 de Outubro.
Depois de uma primeira exposição de grande sucesso, a “The Dynamic Eye: Beyond Optical and Kinetic Art”, em 2023, no início deste ano chegou a altura de começar a pensar na próxima. E, tendo em conta o centenário do Surrealismo, a lâmpada nas cabeças da equipa do Museu Atkinson não demorou a acender. Andreia Esteves e Tiago Feijó, auxiliados por Nicolas Descharnes – especialista em Salvador Dalí –, colocaram desde logo a mão na massa para abrir a “Universo Dalí”, que pode visitar no WOW, em Vila Nova de Gaia, até 31 de Outubro.
Como foi montar uma exposição inédita, com mais de 300 obras, divididas em nove salas? “Trabalhoso, com muito tempo dedicado à pesquisa e o envolvimento de várias instituições”, revela Andreia Esteves. Fã do pintor, diz-nos que o principal objectivo da exposição é “fazer com que o público conheça Dalí além da sua aparência excêntrica e d’A Persistência da Memória”.
Como tal, a exposição segue uma linha “mais ou menos” temporal. Arrancamos na sala “How to Become a Genius” – talento inato, Salvador Dalí começa a pintar aos dez anos, seguindo o estudo das artes na escola. Esta secção convida-nos a olhar para as suas obras mais prematuras, as origens do seu cerne enquanto artista. Logo na sala seguinte, uma das maiores, podemos compará-las aos seus primórdios no Surrealismo – guiado pelo pai do movimento, André Breton. É também aqui que temos acesso a esboços e rascunhos de algumas populares pinturas do artista, como O Toureiro Alucinógeno e A Madonna de Port Lligat.
Depois de vários anos a viver em França, em 1940 Dalí foge da guerra para os Estados Unidos da América. No terceiro núcleo da exposição, “All is an American dream”, fugimos com ele. “Na América, Dalí obtém imenso sucesso comercial e começa a fazer trabalhos publicitários para várias marcas e revistas, como a Vogue, a The New Yorker e a designer Elsa Schiaparelli”, conta-nos Andreia. Mas é na sala seguinte que se encontra uma das maiores canas de pesca da exposição.
O vínculo de Dalí a Portugal
No núcleo intitulado “o grande segredo de Salvador Dalí”, é revelada ao público a sua ligação a Portugal, quase inteiramente desconhecida até então; “mesmo para mim”, conta a responsável pelo museu. Em colaboração com a Fundação Histórico-Cultural Oureana, a equipa conseguiu obter para apresentação o esboço de um quadro ilustrativo da Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, história que viria, segundo Andreia, a “acordar o lado religioso de Dalí”, que começaria a pintar muitas mais cenas religiosas – várias das quais presentes nesta sala.
Segue-se a reinterpretação de “Los Caprichos de Goya”, uma série de gravuras do século XVIII nas quais Dalí pegou, acrescentando novas personagens, alterando cenários e dando o seu toque surrealista, obtendo assim uma nova composição, mas mantendo a essência, o significado e a percepção das obras originais. Uma grande antecipação para outra das principais atracções da exposição: as fotografias de Robert Descharnes, que fotografou Dalí intimamente durante vários anos, tornando-se seu amigo. “Estas imagens permitem-nos, realmente, ter uma noção diferente do pintor; da pessoa além do artista”, conta-nos a responsável.
Mas as cartas na manga não acabam por aqui: numa sala sem obras, dá-se destaque à curta-metragem Destino, feita em colaboração com Walt Disney durante a sua estadia em solo americano. É-nos ainda revelada outra camada pouco conhecida de Dalí: o seu mergulho no misticismo – “muito inspirado pela sua mulher, Gala”, diz-nos Andreia –, representado por uma série de pinturas de cartas de tarot, distribuídas limitadamente em 1984.
Acabamos em grande, com várias pinturas conhecidas do artista, assim como alguns dos seus trabalhos de escultura. Antes de ir embora, pode guardar as suas memórias da exposição num objecto – há postais, posters, meias, joalharia, entre vários outros. De 19 de Junho a 31 de Outubro, o museu Atkinson e Salvador Dalí estão de braços abertos – todos os dias, das 10.00 às 19.00. Os bilhetes ficam por 15€ para adultos e 7,5€ para crianças dos 4 aos 12.
A obra de Dalí foi encontrada no cofre de um colecionador americano. O artista com a escultura de cera quando foi concluída em 1978
(TRADUÇÃO)
Acreditava-se que estava destruída há muito tempo, mas uma escultura de cera de Salvador Dalí, com um valor entre 10 a 20 milhões de dólares (9 a 19 milhões de euros), acaba de ser encontrada no cofre de um colecionador e identificada por dois Peritos de renome mundial.
O génio extravagante de Salvador Dalí (1904-1989) exprimiu-se na pintura, na gravura e na escultura. Isso é demonstrado por um surpreendente baixo-relevo em cera, executado pelo artista em 1978, recentemente redescoberto no cofre de um colecionador americano. Intitulada Lost Wax (cera perdida), representa um Cristo crucificado, tema místico do qual o artista propôs inúmeras variações. Dita perdida há quase 40 anos, a escultura foi inaugurada nesta quarta-feira, 11 de maio, pela Harte International Galleries, galeria de arte estabelecida no Havaí, por ocasião do 118º aniversário do nascimento do mestre surrealista.
Uma questão de especialização
Na verdade, foi por acaso que Glenn e Devon Harte, coproprietários da Harte International Galleries, redescobriram esta obra-prima esquecida. Tendo contactado o colecionador para lhe comprar um livro de arte, descobriram a existência deste surpreendente relevo em cera modelada nas suas coleções. Adquiriram-na então (por valor não revelado) e recorreram a Nicolas Descharnes, especialista em Dalí, e a Carlos Evaristo, especialista em iconografia sacra, para autenticar a obra. A investigação constatou que se tratava de facto de uma escultura de cera original de Salvador Dalí, conservada na caixa de Plexiglas que este tinha feito para preservar a sua forma.
O baixo-relevo de cera foi preservado em sua caixa original, desenhada por Salvador Dalí. Foto: Cortesia de Galerias Internacionais Harte
Um motivo iconográfico do artista
O Estudo dos Peritos revelou que a obra é uma tradução tridimensional do Cristo de São João da Cruz, famosa pintura do artista de 1951 (guardada na Kelvingrove Art Gallery and Museum em Glasgow), e que o artista havia repetido ao longo da vida com recurso a várias formas e média. Isto seria o modelo original em cera de um tipo estatuário disponível em centenas de gravuras em bronze, prata, ouro ou platina. Dadas as dificuldades de conservação da cera, ninguém imaginava que tal modelo, feito pelo próprio artista, tivesse sobrevivido. “Embora existam aproximadamente 900 outras versões deste tema e escultura, esta versão em cera é a obra original que Dalí criou com as próprias mãos”, disse Devon Harte. Com base nas conclusões da perícia, a galeria avaliou a obra entre 10 e 20 milhões de dólares (ou entre 9 e 19 milhões de euros), uma quantia astronómica para uma escultura em cera. Atualmente está em exibição nas Harte International Galleries, no Havaí. Apesar do entusiasmo que desperta, a obra não está atualmente à venda.
O Cristo de São João da Cruz é um tema recorrente nas representações religiosas e sagradas de Dalí
Tal como a pintura de 1951, a Cera Perdida representa Cristo na cruz olhando para a Humanidade, aqui representada também por uma paisagem marítima, dominada pelo sol, sobre a qual parece navegar um barco (a Igreja). Dali terá tido a revelação deste motivo do Cristo pendente ao descobrir, em 1950, a reprodução de um desenho do santo e poeta místico João da Cruz (1542-1591). Cristo de São João da Cruz é uma das obras religiosas mais importantes de Dalí e representa o auge do seu período místico.
O Cristo de São João da Cruz
Nicolas Descharnes e Carlos Evaristo ajudaram a galeria a autenticar a obra
A Descharnes & Descharnes SARL, Arquivo Documental e Fotográfico sobre Salvador Dali, fundado por Robert e Nicolas Descharnes, acaba de assinar um Protocolo com a Fundação Oureana para estudar e divulgar o espólio do fotografo amigo de Salvador Dali.
O Legado da relação de Robert Descharnes e Salvador Dali
Secretário, fotógrafo e amigo de maior confiança do pintor surealista durante quarenta anos, Robert Descharnes, investiu desde 1950 na documentação e preparação de obras pintadas e escritos que publicou juntamente com Salvador Dalí, acumulando um arquivo de manuscritos, fotográfias, trabalhos cinematográficos e sonoros, de valor insubstituível, sobre o artista e sua obra.
Nascido a 1 de Janeiro de 1926, em Nevers, França, Robert Descharnes, trabalhou com a Polícia Judiciária Francesa, a Intepol e os sistemas judiciais de muitos países na luta contra os falsificadores de arte, tornando-se consultor sobre a autenticidade das obras de Salvador Dalí adquiridas por colecionadores, profissionais da arte e casas de leilões como Sotheby’s, Christie’s, Philipps, Butterfield & Butterfield.
Grandes Exposições de Salvador Dalí organizadas por Robert Descharnes e pela Descharnes & Descharnes nos principais Museus do mundo
Desde 1964 e até à sua morte a 15 de Fevereiro de 2014, Robert Descharnes foi comissário e conselheiro de muitas exposições de arte tendo sido nomeado membro vitálício do conselho da Fundação criada por testamento de Salvador Dali.
Suas obras fotográficas figuraram em expsoções em Tóquio, 1964; em Nova York, 1965; no Roterdão, 1970; em Baden-Baden, 1971; no Museu Nacional de Arte Moderna em Paris, 1979; e na Tate Gallery em Londres, 1980.
Organizou também 400 obras de 1914 a 1983 da autoria de Salvador Dali para a exposição no Museu de Arte Contemporânea de Madrid e o Palácio Real de Pedralbes em Barcelona 1983; em Aalborg, 1984; no Palazzo dei Diamanti em Ferrara, 1984; na Europalia, 1985; a Exposição “Salvador Dalí 1904-1989” em Stattsgalerie em Stuttgart; em Kunsthaus no Zürich; na Louisiana Museum em Copenhagen e na Montreal Museum of Fine Arts, 1989-1990; no Museu de Arte Mitsukoshi, Tóquio, Japão, 1991-92; a expopsição “Dalí, The Early Years”, na Hayward Gallery, em Londres; e na Metropolitan Museum, em Nova York, no Museu Reina Sofia, em Madrid, 1994; a Exposição “Dalí Monumental”, no Rio de Janeiro e em São Paulo, 1998; “O outro Dalí”, uma exposição multimídia, na Sony Building, em Tóquio e em Osaka, 1998; e no Museu de Arte Mitsukoshi, em Tóquio e no Japão, 1999; e em Colônia, 2006.
Livros publicados por Robert Descharnes com Salvador Dali e pela Descharnes & Descharnes
Foram muitos os livros publicado por Robert Descharnes com e sobre Salvador Dali e também livros sobre outros artistas tais como Antonio Gaudi, Auguste Rodin, Honoré Daumier, Florença, Versalhes, Grécia, Os Castelos do Loire, Escultura Grega. Trabalha sobre a Índia e particularmente sobre a escultura indiana da Idade Média.
Suas principais obras Dalianas são:
Dalí de Gala (1962)
Metamorfoses Eróticas (1969)
Dez receitas para a imortalidade (1973)
Cinquenta Segredos Mágicos (1974)
Dalí, o trabalho e o homem (1984)
Dalí, a obra pintada (com G. Neret, reproduções de 1648, Benedikt Taschen Verlag, Colônia, 1993)
Dalí (com Nicolas Descharnes, 435 reproduções, 1993)
Dalí, o legado infernal (com Jean-François Marchi, Ramsay-La Marge 2002)
Dalí, o duro e o macio, esculturas e objetos (com Nicolas Descharnes, 683 reproduções, Eccart 2004)
Filmes produzidos por Robefrt Descharnes e Salvador Dali
A Batalha de Bouvine com Georges Mathieu e Lyric Abstraction, 1954
Os Capetianos em todos os lugares com Georges Mathieu e Lyric Abstraction, 1956
Quatro longas-metragens sobre Salvador Dalí:
A prodigiosa aventura da rendeira e do rinoceronte (1954-1962)
Auto-retrato suave de Salvador Dalí (1966-1972), com Jean-Christophe Averty e Orson Wells
As mil e uma visões de Dalí (1976-1977)
Dalí de Gala (1994) com Yutaka Shigenobu e Jeanne Moreau.
Robert Descharnes; O Mestre Fotógrafo
Como Fotógrafio, Robert Descharnes trabalhou não só com Salvador Dali mas também com outris grandes artistas contemporâneos, tais como: Arman Bernard Buffet, Calder, César, Chagall, Marcel Duchamp, Giacometti, Man Ray, Miro, Tinguely, Zadkine, Foujita, Willem de Kooning, Stanley William Hayter, Jean Helion, Félix Labisse, Etienne Martin, Georges Mathieu, Francis Picabia, Pierre -Yves Trémois, Fautrier, Jackson Pollock, Germaine Richier, Jean Paul Riopelle, Niky de Saint Phalle, Marc Tobey.
Em 1948 colaborou na exposição “Véhémence Confrontée” que apresentou a escola nova-iorquina a Paris e à Europa.
Nicolas Descharnes, o maior perito em obras de Salvador Dali
Após a morte de Robert Descharnes, o arquivo Descharnes & Descharnes passou a ser dirigido pelos filhos; Nicolas e Oliver Descharnes.
Nicolas que desde 1980, ajudava seu pai Robert Descharnes na classificação dos arquivos acumulados sobre seu falecido amigo Salvador Dalí, tornou-se sócio do mesmo, tendo participado na criação das obras e exposições mais abrangentes sobre o artista.
Nicolas Descharnes tornou-se ao longo dos anos no maior perito especialista reconhecido mundialmente no mercado de arte em obras de Salvador Dali.
A sua experiência, é demonstrada pelas obras publicadas com seu pai que testemunha o legado de Robert e das suas vivências com o artista durante 40 anos, o que lhe permitiu desenvolver o seu conhecimento das obras através do artista, que se tornou seu grande amigo.
O conhecimento da obra de Salvador Dalí, um artista singular, exige muito mais do que uma simples análise das suas criações e por isso Nicolas Descharne mergulhou em Port Lligat, Cadaqués, Figueras, Pubol, Paris e Nova Iorque e assim imbuiu-se de conhecimentos autênticos ao longo dos anos.
Agora, consegue detectar uma falsificação, colocando em prática o alerta dado pelo próprio Dalí a seua pai: “Descharnes, quando estiver muito bem feito, cuidado”.
Antes de falecer Robert disse sobre seu filho: “Na noite de uma longa viagem de Dalí, estou satisfeito por poder contar com Nicolas para garantir, hoje e amanhã, aos amantes do verdadeiro Dalí, a segurança do trabalho especializado.”
O Arquivo Deschares & Descharnes é regularmente consultado por profissionais do mercado de arte e pelas autoridades policiais para determinar a autenticidade de peças e sua proveniência.
“Certificamos e documentamos obras de Salvador Dali mas também Já identificamos e arquivamos diferentes estilos de falsificações, algumas das quais são notórias (Itália, Espanha e E.U.A)”, afirma Nicolas; “Todos os anos aparecem novas mãos mais ou menos ágeis. A tentação do lucro fácil para um falsificador sempre existir e infelizmente, os falsificadores têm sido desenfreados desde o início dos tempos, aproveitando a maravilha natural que temos para as obras-primas da arte. Dali não é a criança amaldiçoada, pois até obras da antiguidade foram falsificadas, sem falar no Renascimento. Nenhuma transação séria no mercado de arte é feita sem a certeza da autenticidade da obra: Sotheby’s e Christie’s, casas de leilões internacionais, consulte-nos para cada peça que lhes é oferecida. A venda de uma falsificação é punível com processo criminal. Comprar uma obra que não foi avaliada significa arriscar comprar uma falsificação. Para além da desilusão, significa arriscar perdas financeiras e envolver-se em procedimentos legais complicados e dispendiosos. Aconselhamos os amadores a terem cautela, mesmo quando o contexto de uma transação parece tranquilizador.”
Fototeca D & D e Eccart S.A.S.U.
Nicolas Descharnes é também fundador e administrador da Fototeca D&D e CEO da empresa Eccart, a empresa de expertise que certifica obras originais de Salvador Dalí.
Da sua experiência na organização de eventos dedicados a Dalí e à sua obra, possui um conhecimento dinâmico ao serviço de uma memória e olhar excepcionais para a sua investigação especializada.
A expertise requer experiência e conhecimento da obra, mas também do próprio artista. Nicolas Descharnes passou anos em Cadaquès e conheceu Salvador Dali frequentemente durante as sessões de trabalho e para ele a imagem fala por si, conta uma história, faz parte da história.
Nicolas que nasceu em 29 de Fevereiro de 1964, em Paris, França, formou-se e estudou arquitetura em Paris e cumpre seu dever de memória na Fototeca Descharnes & Descharnes.
A atividade editorial dentro do Eccart foi criada por Nicolas Descharnes em 2003.
Aproveitando a experiência adquirida em outras obras sobre Savador Dali como autor e fornecedor de ilustrações através da Fototeca DESCHARNES & DESCHARNES, esta nova etapa marcou o desejo de criar e distribuir obras especializadas sobre o mestre com total independência das editoras muitas vezes forçadas pelo mercado. leis para recusar produtos que sejam demasiado específicos.
Desta forma, é possível oferecer obras públicas dedicadas a Dali que não teriam lugar nas prateleiras das redes de distribuição geridas por editoras monopolistas. Para o Perito Nicolas e seu irmão pesquisador; é um processo de liberdade e também um dever de memória.
Os Livros publicados pela Eccart são muoitos e entre eles; Dalí (com Robert Descharnes, 435 reproduções, 1993); Dalí, o duro e o macio, esculturas e objetos (com Robert Descharnes, 683 reproduções, Eccart 2004)
Nicolas foi Editor Assistente das seguintes obras: Dalí, o trabalho e o homem (1984); Dalí, a obra pintada (Robert Descharnes e G. Neret, reproduções de 1648, Benedikt Taschen Verlag, Colônia, 1993)
Protocolo com a Fundação Oureana
O Protocolo entre o Arquivo Descharnes & Descharnes e a Fundação Oureana nasce de uma longa amizade entre Nicolas Descharnes e Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação.
Evaristo conheceu pessoalmente os Descharnes em 2010 quando colaborou na produção do documentário premiado e no livro “O Segredo de Fátima de Salvador Dali” do realizador e autor norte-americano Paul Perry. Esta obra conta a história inédita do quadro “A Visão do Inferno em Fátima” da autoria de Salvador Dali e que foi encomendada por John Haffert em 1959, tendo sido concluída e entregue ao Exército Azul em 1962.
Desde Outubro de 2012 que Carlos Evaristo colabora na qualidade de perito em iconografia sacra com a Descharnes & Descharnes sendo um consultor e colaborador permanente do Arquivo. Evaristo tem ajudado a família Descharnes na identificação positiva de muitas obras inéditas de Salvador Dali e também ajuda na denúncia de falsificações.
Para Carlos Evaristo; “O Protocolo agora assinado tem como objectivo não só reforçar essa parceria e amizade Descharnes, Perry e Evaristo mas também o trabalho que realizamos em conjunto para identificação, estudo e divulgação das obras de Salvador Dalí e particularmente aquelas vistas através da lente fotográfica de Robert Descharnes.”
Segundo Nicolas Descharnes, “O Protocolo visa também a realização de estudos e exposições de organização conjunta mantendo assim bem vivo o espírito de colaboração cristão e fraterno que existiu entre John Haffert, Robert Descharnes e Salvador Dali.
1 de Janeiro de 2024
Fotos: Direitos Reservados à Descharnes & Descharnes / Fototeca D & D / Eccart S.A.S.U / Fundação Oureana
Real Militar e Monástica Ordem de Mérito do Braço Armado e Alado do Glorioso Arcanjo São Miguel
Acaba de ser instituído pela Casa Real Portuguesa e aprovado pela Arquidiocese para Serviços Militares dos E.U.S., um novo sistema premial reconhecido previamente pela I.C.O.C. – International Comsission of Orders of Chivalry, e que irá ser exclusivamente conferido pelas entidades religiosas castrenses e monásticas dos Estados Unidos da América, da Ucrânia e da Galiza, Espanha.
A nova Ordem chama-se Real Militar e Monástica Ordem de Mérito do Braço Armado e Alado do Glorioso Arcanjo São Miguel e usa como símbolo uma imagem do Século XVII que se encontra esculpida na fachada no Mosteiro Cisterciense de Santa Maria em Oseira, Espanha.
Face ao acordo de 2023 entre a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese de Évora e a Ordem de São Miguel da Ala (Associação chefiada por D. Nuno da Câmara Pereira) o Duque de Bragança e o Arcebispo de Évora acordaram em mudar o símbolo e denominação da Ordem Dinástica para aquele que estava em uso desde 1834 e até 1981.
A associação de fieis homóloga norte americana, porém, não aceitou a proposta de reforma e em vez disso decidiu suspender a concessão da condecoração dinástica de mérito “Ordem de São Miguel da Ala”, ao alterarem institucionalmente o símbolo e a designação como a Arquidiocese de Évora e outras aceitaram fazer. Outras Reais Irmandades também optaram pela suspensão tal como a da Arquidiocese de Santiago de Compostela em Espanha o que levou ao fim da Federação das Reais Irmandades.
A Ordem que há mais de uma década era conferida através da Real Irmandade da mesma soberana invocação da Arquidiocese para Serviços Militares dos Estados Unidos da América, é agora substituída por esta nova Ordem de Mérito aprovada pelo Arcebispo Castrense e Presidente da Conferência Episcopal Americana Timothy Broglio e que conta com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e o senhor Duque de Bragança como Grão-Meste.
A nova Ordem Dinástica de Mérito Militar e Monástica de exclusiva concessão da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel Militar dos Estados Unidos, da Real Irmandade homóloga da Ucrânia e da Comunidade Cisterciense de Santa Maria em Oseira, Espanha, criada a 8 de Maio de 2024, foi hoje conferida pela primeira vez numa Missa de Investiduras que teve lugar no Santuário Papa São João Paulo II em Washington, sendo as novas Insígnias da Ordem, benzidas pelo Arcebispo Timothy Broglio.
Para instituir esta nova existência na família de Ordens do Arcanjo São Miguel da Casa Real Portuguesa, o Duque de Bragança, D. Duarte Pio de Bragança como Grão-Mestre desta nova Ordem, investiu nesta nova geração de Damas e Cavaleiros, sua afilhada de baptismo e o irmão da mesma, ambos filhos do Juiz da Real Irmandade Militar Col. Stephen Besinaiz.
Dirigindo-se ao Arcebispo e todos os Confrades presentes, D. Duarte de Bragança disse ser “uma grande honra estar aqui convosco para celebrar a vossa devoção a São Miguel e dedicação à Igreja e apoio à Casa Real Portuguesa, defensora dos valores e tradições católicas. Estou grato a todos pelo apoio que demonstraram nos últimos anos nos vários esforços para ajudar vitimas durante a pandemia e na situação actual na Ucrânia.”
“Estou especialmente grato aos Parceiros Protocolares que ajudaram em vários projectos, incluindo o apoio ao Arquivo da Irmã Lúcia.”
“Esta celebração marca uma nova era na história de oito séculos da nossa Ordem, a instituição de uma nova Ordem de Mérito Militar Monástica que também é Dinástica e Católica e que hoje fica ligada à Real Irmandade da Arquidiocese para os Serviços Militares.”
Hoje viramos uma nova página na sequência da suspensão da atribuição da Ordem de São Miguel da Asa pela Real Irmandade e com a instituição da nova Ordem Militar e Monástica do Mérito do Braço Alado e Armado do Glorioso Arcanjo São Miguel.”
“Esta Ordem será concedida exclusivamente pelas Irmandades Militares e Monásticas utilizando uma das antigas insígnias da Ordem, que foi utilizada pelo Mosteiro Cisterciense de Oseira, Espanha, na Idade Média.”
“Num mundo que parece estar a tornar-se cada vez menos humano, é bom lembrar quem foi o Arcanjo que no passado colocou as coisas na ordem, pois é São Miguel, a quem precisamos de recorrer para ajudar a colocar as coisas em ordem e levar-nos de volta ao caminho para Deus através da intercessão de Maria Santíssima.”
S.A.R. o Duque de Bragança participou hoje no IX Jantar de Benfeitores da Arquidiocese para os Serviços Militares dos Estados Unidos da américa, um evento que teve lugar no Metropolitan Club em Washington, DC e que contou não só com a presença de membros americanos da Associação Americana de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa, como também membros da Comunidade Portuguesa local, representantes oficiais de várias Ordens de Cavalaria e celebridades norte americanas convidadas para o jantar.
O evento do qual o senhor Dom Duarte é Patrono desde da primeira edição, costuma anualmente angariar mais de 30 mil dólares para a Arquidiocese Castrense dos Estados Unidos de América, tendo já sido reconhecida pelo Arcebispo Timothy Broglio, Presidente da Conferência Episcopal Americana, como “a maior contribuidora para as muitas necessidades espirituais e de assistência social aos militares activos em combate, como também os veteranos na reserva”.
Durante o jantar D. Duarte de Bragança afirmou que “Tendo servido na Força Aérea como piloto de helicóptero durante as Guerras Coloniais, compreende a importância do apoio à Arquidiocese para os Serviços Militares, especialmente tendo em conta que São Miguel Arcanjo é o padroeiro protector dos militares, tanto quanto São Nuno, fundador da Casa Real Portuguesa, também é padroeiro dos soldados católicos.”
O Duque de Bragança frisou ainda que: “é importante nestes dias em que parece haver um aumento do desrespeito pela vida humana, apoiar os esforços de Paz e a missão da Arquidiocese na cristianização do papel dos militares, tendo como modelo São Nuno, o maior herói de Portugal, e invocando São Miguel como o protetor celestial.”
O Chefe da Casa Real Portuguesa e Patrono da Fundação Oureana teve oportunidade antes do jantar de angariação de fundos para visitar o Centro Papa João Paulo II em Washington, onde venerou as relíquias de São João Paulo II e anunciou que está em preparação um livro sobre as memórias dos seus muitos encontros com este grande Papa e o seu legado.”
Arcebispo Castrense dos E.U.A. Timothy Broglio
5 de Junho de 2024
Fonte: American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House