Canal HISTÓRIA convida historiador Carlos Evaristo no âmbito da estreia da série “Maravilhas Sagradas com Dennis Quaid”.

Canal HISTÓRIA convida historiador Carlos Evaristo no âmbito da estreia da série Maravilhas Sagradas com Dennis Quaid”.

O historiador, arqueólogo e especialista em assuntos religiosos Carlos Evaristo foi convidado pelo Canal HISTÓRIA para protagonizar uma campanha de divulgação da série “Maravilhas Sagradas com Dennis Quaid” que, a partir de 10 de abril marcará presença em antena e nas redes sociais do canal, dando a conhecer as maiores relíquias sagradas em Portugal.

Composta por cinco peças gravadas no Castelo de Ourém, próximo de Fátima, Carlos Evaristo irá dar a conhecer algumas Relíquias Insignes da colecção da Regalis Lipsanotheca, bem como falar de algumas das mais veneradas relíquias existentes em Portugal, explicando ainda o processo de autenticação e re-autenticação destas Maravilhas Sagradas da Cristandade.

Relíquias das Aparições de Nossa Senhora de Fátima e dos Videntes; relicários que foram de reis e estadistas contendo parte do braço incorrupto de São Vicente, um osso da mão e um autógrafo de Santa Teresa de Àvila, pedaços do corpo incorrupto de São Francisco Xavier, cabelos, ossos e um pedaço do manto da Rainha Santa Isabel e pele da cabeça de Santo António, assim como Arcas de relíquias que eram usadas para juramentos em Tribunal e que antecederam o uso das bíblias, são algumas das Maravilhas Sagradas que Carlos Evaristo dará a conhecer.

“Maravilhas Sagradas com Dennis Quaid”, uma série apresentada pelo multifacetado ator, chega ao Canal HISTÓRIA a 7 de abril, pelas 22h15, para revelar a História de algumas das relíquias mais importantes do mundo, apoiando-se em reconstituições, imagens de arquivo e entrevistas a historiadores, escritores, professores de Arqueologia e Estudos Religiosos que ajudarão a esclarecer o impacto desses bens sagrados.

Sobre Carlos Evaristo

Carlos Evaristo é um historiador, arqueólogo, pesquisador e escritor luso-canadiano, com mais de 150 livros e estudos publicados. É também comentador histórico e religioso e um perito mundialmente reconhecido em relíquias sagradas e iconografia sacra medieval. É Presidente e co-fundador da Fundação Histórico – Cultural Oureana, do Gabinete Português dos Patronos dos Museus do Vaticano, do Centro para a Pesquisa Religiosa, do Real Instituto de Arqueologia Sacra, do Centro Português de Investigação do Santo Sudário e das Relíquias da Paixão de Cristo, e da FIDES: Federação Internacional de Estudos Sindonológicos, entidade que atribui o prémio Rei Umberto II para a Investigação e Devoção ao Santo Sudário. Guardião de uma das maiores colecções privadas de relíquias no mundo, Evaristo exerce o cargo de “Custos Reliquiarum” em várias comissões diocesanas que se ocupam do estudo e autenticação de relíquias dos santos, sendo também fundador do Apostolado para as Relíquias Sagradas e da Cruzada Internacional pelas Santas Relíquias, organizações representadas na Regalis Lipsanotheca do Castelo de Ourém, um repositório de relíquias que conta com o Alto patrocínio das Casas Reais; Portuguesa, Italiana, Francesa, Húngara, etc.

8 de Abril de 2025

FONTE: Canal História

https://amcnetworks.pt/noticias/canal-historia/canal-historia-convida-carlos-evaristo/?fbclid=IwY2xjawJqaXdleHRuA2FlbQIxMAABHg-i15cxYuZom5ipXZ4511rDbu_NKOHIUn_JsMo1aHnpkjLUnWC_B9_7M3ZJ_aem_v9z1bfGBgqt4C0ovj-q_CQ

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Fundação Oureana celebra Protocolo com o Museu Atkinson e colabora na Exposição “Universo Dali”

A Fundação Oureana celebrou mais uma parceria de colaboração Cultural e desta vez com o Museu Atkinson da HILODI – Historic Lodges and Discoveries S.A.. Situado no fabuloso complexo turístico WOW – World of Wine em Vila Nova de Gaia, o Museu é um espaço de exposição moderno instalado numa antiga Quinta Vinicola.

Carlos Evaristo, Marta Bravo, Nicolas Descharnes, Adriana Esteves, Adrian Bridge, Miguel Tralach e Tiago Feijó

O Protocolo que visa parcerias na organização e promoção de exposições, eventos culturais, promoção turística e edição de obras literárias, foi assinado por Carlos Evaristo e Nicolas Descharnes em representação da Direção e Conselho de Curadores da Fundação Oureana e por Adrian Bridge e Rui de Almeida Sousa Magalhães em representação da HILODI, sendo testemunhas; Adriana Esteves, Margarida Evaristo e Bernardo Marquez.

A Exposição “Dali Universe”

A Exposição “Dali Universe” ou “Universo Dali” apresentará os principais marcos da vida e carreira do artista.

Nicolas Descharnes durante a visita guiada

A exposição que reúne um acervo diversificado de obras, incluindo desenhos, esboços, pinturas, esculturas e obras comerciais e publicitárias.

A magnifica Exposição que traça de forma cronológica com peças, artefactos e textos ilustrativos, todo o percurso artístico de Dali, desde a sua infância à sua morte, é complementada por centenas de fotos da autoria de Robert Descharnes.

Adrian Bridge e Tiago Feijó examinam uma das obras pouco conhecidas de Salvador Dali na Exposição

Um dos destaques é a seleção de fotografias tiradas por Robert Descharnes, fotógrafo francês e amigo de Dalí, entre 1955 e 1985, que oferecem um raro vislumbre da vida pessoal do artista, em momentos íntimos e no seu ambiente familiar.

A famosa bengala de Dali com a qual negociou com John Haffert o preço da pintura A Visão do inferno em Fátima (1962) “30 mil Dólares do tamanho da minha bengala. 15 mil metade do tamanho!”

São Curadores desta mostra extraordinária de trabalhos do Mestre Pintor Surrealista; Tiago Feijó e Miquel Tralach, Coordenador da Exposição, Pere Vehi, Designer; João Gomes, a Comissária da Exposição; Adriana Esteves e a Coordenadora; Marta Bravo.

Tiago Feijó, Adrian Bridge, Nicolas Descharnes e Carlos Evaristo na Sala Dali e Fátima

O primeiro fruto desta parceria foi a cedência para a Exposição “Universo Dali” organizada pelo Museu Atkinson de peças e arte artefactos que remontam ao fundador da Fundação Oureana, John Haffert, e à encomenda da obra “A Visão do Inferno em Fátima” realizada por Salvador Dali em 1962.

A Fundação para além de ceder para a Exposição a réplica mais fiel da obra “Visão do Inferno”, também forneceu textos e fotografias inéditas e um desenho oferecido por Dali a John Haffert em 1962.

Outras obras de Salvador Dali depositadas na Regalis Lipsanotheca, tal como a escultura em bronze “O Cristo de São João da Cruz” oferecido por Glen Harte da Galeria de Arte no Hawaii, também foram emprestadas para a exposição inaugurada no Museu Atkinson a 18 de Junho e que estará patente até 31 de Outubro, reunindo 350 peças, a maior colecção de obras de arte do artista jamais reunidas numa exposição em Portugal.

1959 – 1989: A Conversão Secreta de Dalí

Dalí, bebia da fonte espiritual e mística de sua mãe, Católica piedosa e ao mesmo tempo mergulhava no mundo profano de seu pai, um advogado Catalão.  Foi dessa mistura que nasceu o surrealismo especial do Mestre, estilo que manteve até à sua reconversão em 1960…

A sua arte Cristã era principalmente de inspiração bíblica e cenas da vida dos Santos com recriações recorrentes de obras dos grandes Mestres. Outras imagens recorrentes eram o desenho do Cristo de S. João da Cruz, a lenda de S. Agostinho e a saga de Don Quixote que simbolizavam o seu nobre espírito Cristão e a busca pela compreensão da sua crença enquanto vagabundo enamorado da beleza da vida e da sua Dulcineia; Gala… 

Porém sua arte sacra respeitosamente profanada ou salpicada de erotismo, era vista como sacrílega para os católicos mais conservadores…

Era o caso da Mãe de Deus, a quem ele representava na sua pureza imaculada por Gala, mulher e musa. Isto até 1959, ano em que foi contactado pelo Exército Azul, para pintar a Visão do Inferno em Fátima, primeira parte do Segredo que o mundo acreditava seria revelando em 1960…

Mas o encontro com a Vidente de Fátima, levaria Dali a  destruir as primeiras versões da obra para mergulhar numa busca mais profunda pela redenção, caminho que tomou entre 1959 e 1962 e durante o qual pintou imagens de Nossa Senhora sem rosto, emergindo depois a retratar sua conversão na cena infernal em que pela primeira vez dá o  rosto de sua mãe, à Mãe de Deus…

Casa-se Catolicamente e dedica os últimos 40 anos da sua vida a atos de piedade, triplicando a sua arte cristã, mas mantendo porém a fachada pública de marca; do génio excêntrico e irreverente

Morre em 1984 aos 89 anos, na Festa do Casamento da Virgem e São José.

Carlos Evaristo – Perito em Iconografia Sacra

Outro contributo da Fundação está patente na Sala junto à Capela do Espaço Museológico Atkinson (antiga Quinta) que conta a história do reencontro de Dali com a sua Fé Cristã, algo que ocorreu após John Haffert ter encomendado a obra sobre a parte do Segredo de Fátima então conhecida.

Carlos Evaristo e a Comissária da Exposição Adriana Esteves

O Catalogo da Exposição

Carlos Evaristo na abertura da Exposição falou da espiritualidade de Salvador Dali e da sua conversão

Um Cocktail de inauguração da Exposição oferecido pela WOW teve lugar antes da visita guiada ao Museu e das intervenções de Nicolas Descharnes, Carlos Evaristo e Adrian Bridge.

Adrian Bridge dá as boas vindas aos convidados e agradece a parceria com Descharnes & Descharnes e Fundação Oureana
Rui de Almeida Sousa Magalhães
Bernardo Marquez

A inauguração daquela que já é considerada a melhor exposição de Salvador Dali jamais realizada em Portugal, terminou com a assinatura do Protocolo entre a Fundação Oureana e o Museu Atkinson, ama parceria cultural que já tem outras exposições, publicações e eventos em estudo.

A foto oficial com Nicolas Descharnes, Adrian Bridge e Carlos Evaristo após a assinatura do Protocolo.

18 de Junho de 2024

Fonte: Museu Atkinson

https://www.wow.pt/en/agenda/everyday-events/dali-universe

Fotos: Museu Atkinson / Fundação Oureana

https://www.facebook.com/wowporto/videos/483453687473430/

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Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano celebra 40 anos da sua fundação e 20 anos da criação do Capítulo Português para Países Lusófonos

Carlos Evaristo com D. Duarte de Bragança no Vaticano. (Fotos: CPGPMV)

O órgão da Santa Sé responsável pela angariação de fundos para conservação do património dos Museus do Vaticano, está este ano a celebrar 40 anos desde a sua fundação pelo Papa São Paulo VI.

D. Duarte, Monsenhor Hogan e Carlos Evaristo (Fotos: CPGPMV)

Foi em 1983, que Patronos (Benfeitores de Arte dos Museus do Vaticano) criaram a “Patrons of the Art in the Vatican Museums” com Capítulos na Califórnia e em Nova York, E.U.A. Foi um ano após a Santa Sé ter realizado nos Estados Unidos a exposição itinerante “The Vatican Collections, O Papado e a Arte”. A exposição teve muitos visitantes e suscitou o desejo que um grupo de mecenas americanos de criar uma associação para ajudar o Vaticano a conservar o seu património com donativos e quotas anuais.

O Duque de Bragança em conversa com o Monsenhor Hogan no Vaticano. (Fotos: CPGPMV)

Capítulo Português do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano (CPGPMV)

Catalogo da Exposição: “Saint Peter and the Vatican, the Legacy of the Popes”

20 anos após a sua criação, no ano de 2003, foi criado em Portugal, por decisão do Governatorato da Cidade do Vaticano, a primeira representação oficial na Europa, do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano; o Capítulo Português para Países Lusófonos.

A iniciativa deveu-se ao interesse dos Patronos dos Museus do Vaticano; o Padre John Guilbert Mariani, um Membro Fundador do Capitulo Californiano e o Arqueólogo e o Perito em Arte Sacra e Relíquias, Carlos Evaristo.

Ambos haviam colaborado no mesmo ano no Catálogo da Exposição “Saint Peter and the Vatican, the Legacy of the Popes” que levou várias obras dos Museus do Vaticano aos Estados Unidos pela primeira vez.

D. Duarte falou ao Presidente Internacional do Gabinete de vários projectos em curso. (Fotos: CPGPMV)

A criação do Capítulo Português contou com o apoio do Papa São João Paulo II e do então Cardeal Edmund Casimir Szoka, Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano que tal como o Papa era de origem Polaca.

O projecto teve também a ajuda preciosa do então Presidente Internacional do Gabinete, o Padre Allen Duston, O.P. que desde logo pediu o Patronato de S.A.R. D. Duarte Pio de Bragança para o Capítulo de língua Portuguesa.

Audiência de Paulo VI com artistas na Capela Sistina
Audiência de Paulo VI aos artistas na Capela Sistina

Os Patronos Portugueses e os Projectos realizados

Herdeiros espirituais dos antigos Patronos do Vaticano, os Reis e Mecenas, os Patronos dos Museus do Vaticano são benfeitores e fazem parte dos mais recentes “Amigos dos Museus do Vaticano” que, desde o final da década de 1960, contribuíram para a criação da Coleção Pontifícia de Arte Religiosa Moderna, idealizada pelo Papa São Paulo VI.

Artigo sobre o Capítulo Português na Revista dos Patronos dos Museus do Vaticano.

Os vários projectos de restauro adoptados e patrocinados pelos Capítulos Internacionais são escolhidos do chamado “Wish Book”, uma publicação anual dos Museus do Vaticano. É nesse catálogo que o Vaticano dá a conhecer as necessidades de restauro de obras e o valor associado à sua conservação. Desde 2003 são vários os projectos já concluídos pelo Capítulo Português.

Carlos Evaristo e os Patronos do Capítulo Português com a Equipa do Laboratório. (Foto: CPGPMV)

Em 2017, o Presidente do Capítulo Português visitou ao Laboratório de Conservação de Têxteis na companhia dos Patronos; Nicolas Descharnes e Armando Calado sendo que foi neste Laboratório que foi levado a cabo o restauro da mitra do Papa João XXII, (o Papa que aprovou a Ordem de Cristo para o Rei de Portugal, D. Dinis), realizado com o patrocínio do Capítulo.

Carlos Evaristo com a Chefe da Equipa do restauro da mitra do Papa João XXII. (Foto: CPGPMV)

Durante a visita aos Museus do Vaticano, o artefato histórico encontrado no túmulo do Papa João XXII em Avinhão, França, foi examinado por Carlos Evaristo, Presidente do Capítulo e Representante do Gabinete em Portugal tendo o Príncipe David Grabovac da Georgia, contribuído para a conclusão desse projecto.

D. Duarte examina alguns artefatos conservados em exposição nos Museus do Vaticano. (Foto: CPGPMV)

Usar a Arte para promover a Paz

O 40º Aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano ocorre num momento tão dramático da história em que a arte, segundo o Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, actual Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, é chamada a “construir pontes” e “promover a paz”. O Cardeal definiu os Patronos como obreiros da Paz com “um coração pulsante insubstituível, sem o qual os Museus do Vaticano não poderiam cumprir sua tarefa de preservar a beleza que guardam”.

D. Duarte de Bragança na Sala dos Mapas dos Museus junto a um Mapa Português do Século XVI. (Foto: CPGPMV)

Compartilhar Arte e Fé 

“Compartilhar Arte e Fé” é a missão das coleções papais, destacou a Diretora dos Museus do Vaticano, Barbara Jatta, a propósito do aniversário do Gabinete. Citando como exemplo a recente restauração do ícone do Salus Populi Romani, tão querido do Papa Francisco salientou que “esses benfeitores de nosso tempo apoiam os Museus do Vaticano na conservação de seu Patrimônio”.

D. Duarte recordou com ternura a sua última visita aos Museus do Vaticano aos 10 anos de idade. (Foto: CPGPMV)

“Ser Benfeitor das Artes nos Museus do Vaticano”, de acordo com Barbara Jatta, “significa ser, em certo sentido, os pais e, portanto, os mantenedores e Guardiões do Patrimônio da História, da Cultura e da Fé que a Igreja nos confiou para que possamos preservá-lo, respeitá-lo e honrá-lo”.

(Foto: CPGPMV)

Preservação e Evangelização

“Nossa missão, portanto, como a dos Patronos, é preservar para difundir, e a difusão de coleções como as nossas, fundadas, construídas e enriquecidas por Papas, Cardeais, Freiras, Bispos e leigos, é evangelização”.

Barbara Jatta Directora dos Museus do Vaticano

Juntos há 40 anos na Conservação do Património dos Povos: Ao longo de quarenta anos, graças à generosidade das doações di Patronos, foi possível restaurar obras-primas únicas dos Museus do Vaticano, como os afrescos das Salas de Raffaello, a Galeria dos Mapas, a Capela Paulina, a Galeria dos Candelabros ou o Pátio da Pinha.

O Duque de Bragança, D. Duarte Pio, que defende a preservação do património dos povos conservado nos Museus do Vaticano, comoveu-se na sua visita à Santa Sé, recordando que foi pela altura da audiência com o seu Padrinho de Baptismo, o Venerável Papa Pio XII, que visitou os Museus do Vaticano pela última vez, na companhia de seu pai; o então Duque de Bragança; D. Duarte Nuno e do irmão D. Miguel, tendo na ocasião apenas 10 anos de idade.

D. Duarte junto aos artefatos restaurados com o apoio do Capítulo Português. (Foto: CPGPMV)

Durante a visita aos Museus do Vaticano, o Duque de Bragança pode ver o conjunto de artefatos egípcios dos quais alguns foram restaurados com o patrocínio da Fundação D. Manuel II e dos Patronos do Capítulo Português.

D. Duarte aponta para o expositor com alguns dos artefatos egípcios restaurados com o apoio do Capítulo Português. (Foto: CPGPMV)
Imagens e Estatuetas “Ushabati” funerárias e suas respectivas urnas junto às Múmias e Sarcófagos. (Foto: CPGPMV)

Arte que mostra a beleza e a verdade de Deus 

Cerca de 300 participantes estiveram presentes em Roma de 6 a 9 de Novembro nas cerimónias do 40º aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano e visitaram as Salas dos Museus do Vaticano, o Palácio Apostólico de Castel Gandolfo e a Basílica de Santa Maria Maior.

D. Duarte junto ao Crucifixo Índio Português restaurado pelos Patronos do Capítulo Português. (Foto: CPGPMV)
O Crucifixo Índio Português foi oferecido ao Papa Pio XII, Padrinho de D. Duarte. (Foto: CPGPMV)
Carlos Evaristo e D. Duarte juntos ao Crucifixo Índio Português já em exposição. (Foto: CPGPMV)

Conferência do 40º Aniversário dos Patronos dos Museus do Vaticano

“Caminhemos juntos, como o Papa nos convidou a fazer no Sínodo sobre a Sinodalidade que acaba de terminar. Estamos caminhando juntos há quarenta anos”, disse o Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, na Sala Nova do Sínodo, na abertura de na Conferência que assinalou o 40º Aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano, que teve lugar na Santa Sé, no dia 8 de Novembro.

Conferência do 40º aniversário dos Benfeitores dos Museus do Vaticano
Abertura da Conferência do 40º Aniversário que teve lugar na Sala Clementina. (Foto: PAVM)

“Não é por acaso”, acrescentou a Diretora Barbara Jatta, “que quisemos inaugurar esta reunião na Sala do Sínodo. Durante esses dias, dialogaremos juntos porque, a partir do compartilhamento e das sinergias, criam-se coisas belas para o futuro.”

Conferência durante o 40º aniversário dos Benfeitores das Artes dos Museus do Vaticano
Conferência do 40º aniversário dos Patronos dos Museus do Vaticano. (Foto: PAVM)

Para o Responsável pelo Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano, Monsenhor Terence Hogan, “Este aniversário representa uma ocasião particularmente importante com que se destaca o valor da conservação do patrimônio cultural dos Museus do Vaticano e do Estado do Vaticano. Através da arte é possível compreender a beleza e a verdade que Deus nos revela”.

(Foto: CPGPMV)
(Foto: CPGPMV)

Fazendo uma retrospectiva das atividades realizadas desde 1983, Monsenhor Hogan recordou, em particular, o financiamento da construção do primeiro laboratório de restauração de mármore de última geração nos Museus do Vaticano. “Além disso, os Patronos apoiam o trabalho dos nove diferentes laboratórios para a restauração, pesquisa e conservação das coleções Pontifícias, sem esquecer o que existe fora dos Museus, como os afrescos nas abóbadas do Santuário da Escada Santa ou o sítio arqueológico descoberto sob a Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

Papa Francisco aos Patronos dos Museus do Vaticano: “A Arte constrói pontes em tempos de divisão!”

(Foto: PAVM)

No dia 9 de Novembro o Papa Francisco durante uma audiência privada concedida aos participantes na Conferência, elogiou os Patronos dos Museus do Vaticano pelo seu compromisso de quatro décadas com a preservação da herança cultural do Vaticano e destacou o poder transformador da Arte para promover a solidariedade num mundo dividido.

O Papa Francisco estendeu na quinta-feira as suas saudações aos Patronos das Artes, expressando gratidão pelo seu compromisso com “O importante trabalho de preservação e restauração do património artístico e cultural dos Museus do Vaticano”.

(Foto: PAVM)

O Papa Francisco elogiou os Patronos pela sua apreciação das diversas formas de Arte, enfatizando o seu poder de iluminar a beleza da Criação de Deus e os mistérios embutidos na vida humana acrescentando que “O vosso compromisso é um sinal concreto da vossa apreciação do potencial das artes, nas suas muitas formas, para abrir mentes e corações à beleza da Criação de Deus e à riqueza e mistério da nossa vida e vocação humana”.

(Foto: PAVM)

O Papa sublinhou também a importância da missão dos Patronos para promover o património cultural do Vaticano. “O trabalho de conservação para o qual vocês contribuem não apenas salvaguarda este precioso legado do passado, mas também convida as novas gerações a refletir sobre a profunda interação entre arte, história, cultura e fé”.

O Papa Francisco destacou o poder transformador da Arte, particularmente da Arte religiosa: “A Arte, e a Arte religiosa em particular, pode trazer uma mensagem de Misericórdia, compaixão e encorajamento não só aos crentes, mas também àqueles que duvidam, que se sentem perdidos, inseguros ou possivelmente sozinhos. A Arte refresca o espírito humano, assim como a água reabastece o deserto seco e árido. A história de quarenta anos dos Patronos foi inspirada não só pelo amor às artes, mas também pela convicção de que cada geração tem a responsabilidade colectiva de valorizar e preservar o património inestimável que nos foi confiado.”

Concluindo, o Papa Francisco renovou o seu apreço pelo apoio dos Patronos à missão dos Museus do Vaticano e encorajou-os a perseverar nos seus esforços. “Com estes sentimentos, queridos amigos, renovo o meu apreço pelo vosso apoio à missão dos Museus Vaticanos e encorajo-vos a perseverar no vosso louvável empreendimento”.

No final da Audiência o Papa concedeu uma especial bênção: “Sobre vós e as vossas famílias, e sobre todos os associados ao trabalho dos Patronos, invoco cordialmente as bênçãos de Deus Todo-Poderoso, fonte eterna de toda a beleza, verdade e bondade.”

Origem dos Museus do Vaticano

Os Museus do Vaticano nasceram com as obras privadas do Papa Júlio II, que quando foi eleito Papa em 1503, transferiu sua coleção para o Pátio Ottagono. Entre as obras estão o Apollo del Belvedere, a Venus, o Nilo, o rio Tevere, a Arianna Adormecida e o grupo Laocoonte e seus filhos. Novos edifícios foram então construídos ligados através de galerias àqueles existentes. Júlio II encomendou a decoração das salas de Raffaello e a rampa projetada por Donato Bramante como acesso aos andares superiores do Jardim do Belvedere.

Bento XIV

Em 1740, o Papa Bento XIV reorganizou os salões dos Museus Sagrados e Profanos e do Gabinete de Medalhas. Em 1756, as obras de arte e arqueológicas descobertas por Johann Joachim Winckelmann estimularam a exposição pública das coleções do Vaticano.

Os Papas Clemente XIV e Pio VI projetaram os “Museus Pius Clementine” e o Papa Pio VII encarregou Antonio Canova da organização do museu com seu nome.

O Papa Gregório XVI, em 1837, inaugura o “Museu Etrusco Gregoriano” e dois anos depois, fundou o “Museu Egípcio Gregoriano”. No Palazzo Laterano, foi fundada, em 1844, o “Museu Profano Gregoriano” e, desde 1870, a reorganização da exposição de obras na Igreja Católica.

Pio VI

Mais tarde, Pio XI fundou o “Museu Missionário Etnológico” e inaugurou a “Pinacoteca” exibindo pinturas roubadas por Napoleão e devolvidas após o Congresso de Viena de 1815.

Clemente XIV

Décadas mais tarde, em 1970, as antigas coleções lateranesi foram transferidas para o Vaticano; e estão hoje nos Museus Gregoriano Profano e Pio Cristiano e em 1973 o Museu Missionário Etnológico.

A Coleção de Arte Religiosa Moderna e o “Museu das Carruagens” foram já fundados em 1973 durante o Pontificado de Paulo VI.

Pio VII

De 1989 a 2000, o Museu Egípcio Gregoriano e o Gregoriano Etrusco foram reorganizados e o Museu Histórico criado.

Os Museus do Vaticano foram incluídos na lista dos museus mais importantes do mundo e visitá-los é um marco essencial para aqueles que visitam Roma. Dentro dos Museus do Vaticano estão as coleções acumuladas ao longo do tempo pelos Papas, além das grandes obras de arte de todos os tempos que se tornaram testemunhos preciosos de uma era.

Gregório XVI

Os Museus do Vaticano não só recebem as requintadas coleções de arte, arqueologia e etnologia criadas pelos vários pontífices ao longo dos séculos, mas também têm alguns dos lugares mais exclusivos, históricos e artisticamente significativos dos Palácios Apostólicos.

Em Fevereiro de 2000, a entrada monumental foi aberta na parte norte das muralhas do Vaticano, muito perto da mais antiga, de Giuseppe Momo de 1932. Aqui se encontra a escada em espiral com trilhos, uma criação de Antonio Maraini, atualmente utilizada para sair do museu. (Fotos: PAVM)

O Legado dos Museus do Vaticano

Os Museus do Vaticano que abriram suas portas no Século XVI são visitados por mais de 6 milhões de pessoas todos os anos.

No momento, os Museus do Vaticano têm 4 rotas diferentes para visitar as várias galerias que ajudam na triagem do grande número de visitantes e todos terminam na Capela Sistina.

A Capela Sistina está localizada dentro dos Museus do Vaticano e é uma visita obrigatória.

Por que visitar os Museus do Vaticano? Por que se tornar Patrono dos Museus?

Visitar os Museus do Vaticano é uma experiência única que deve ser experimentada pelo menos uma vez na vida. A visita completa é uma longa e interessante viagem que irá preenchê-lo com emoções através de mais de vinte séculos de história e arte. A Capela Sistina, as salas de Raffaello e a Pinacoteca são apenas uma parte de um grande número de coleções inestimáveis.

Os Museus do Vaticano reúnem uma das coleções mais impressionantes e extensas do mundo pertencente à Igreja Católica, com mais de 70 mil objetos expostos em uma área de 42 mil metros.

Uma série de atividades nos Museus do Vaticano celebrará a iniciativa de doação e patrocínio que permitiu a preservação e o aprimoramento de um patrimônio de valor inestimável.

Os Patronos dos Museus do Vaticano para além de terem o privilegio de fazer parte de uma organização cujos membros contribuem para a conservação e restauro dos artefatos dos Museus com uma quota anual; (individual, familiar, juvenil ou de membro religioso), os benfeitores também beneficiam de visitas guiadas especiais aos museus e lugares no Vaticano vedados ao grande público tais como os laboratórios e recebem newsletters e convites para eventos especiais.

Logo do evento promovido pelos Museus do Vaticano
Logo do 40º Aniversário do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano

A Beleza que Une

Ao concluir as comemorações do 40º Aniversário, o Monsenhor Terence Hogan disse, “O trabalho que fazemos hoje deixaremos para aqueles que virão depois de nós, para as futuras gerações de Patronos, graças aos quais será possível continuar a atividade a serviço desse incrível patrimônio cultural de arte, beleza e verdade”.

8 de Novembro de 2023

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-11/40-anos-benfeitores-dos-museus-do-vaticano.html

O Capítulo Português do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano está sedeado por Protocolo no edifício da Regalis Lipsanotheca da Fundação Histórico-Cultural Oureana.

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Estado-Maior-General das Forças Armadas Celebra Festa de São Nuno no Santuário da Padroeira em Vila Viçosa

(Foto: Fundação Oureana)

As Celebrações em honra de São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Condestável do Reino, III Conde de Ourém e Fundador da Casa Real e Ducal de Bragança, foram organizadas, pelo segundo ano consecutivo, pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, tendo como convidado especial, S.A.R. Dom Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, Condestável-Mor Honorário da Real Confraria do Santo Condestável, que também esteve m representação do Conselho de Curadores das Fundações Oureana e D. Manuel II.

(Foto: Fundação Oureana)

As Celebrações em honra do Patrono das Forças Armadas, tiveram lugar durante 5 e 6 de Novembro e contaram com uma representação da Real Confraria do Santo Condestável / Fundação Oureana e a presença já habitual do Busto – Relicário de São Nuno da Regalis Lipsanotheca em Ourém, presente na Missa Solene celebrada por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense.

(Fotos: Fundação Oureana)

O programa das celebrações deste ano incluíram uma Palestra, um Concerto, uma Parada Militar, concluindo com um almoço oferecido aos convidados pelo General Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Nunes da Fonseca.

A Missa da Festa de São Nuno de Santa Maria foi celebrada no Santuário da Padroeira em Vila Viçosa por D. Rui Valério.

Foi no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, que no dia 5 de Novembro pelas 10:30 da manhã foi celebrada a Missa da Festa do Santo Condestável Nuno Álvares Pereira, São Nuno de Santa Maria, Patrono das Forças Armadas de Portugal.

As comemorações foram organizadas pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas com o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação Casa de Bragança, do Santuário da Padroeira e do Seminário São José.

(Foto: Fundação Oureana)

“A Missa Solene foi um momento de reverência a São Nuno de Santa Maria, uma figura histórica importante de Portugal. Esta celebração religiosa foi uma oportunidade para destacar o legado e a devoção a São Nuno de Santa Maria, que desempenhou um papel significativo na história militar e religiosa de Portugal.”

“No Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa, estiveram presentes; o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca; Dom Duarte Pio de Bragança, todo o executivo Municipal liderado pelo Presidente Dr. Inácio Esperança entre outras entidades civis e militares que desejaram prestar homenagem a São Nuno de Santa Maria”.

“As comemorações demonstram a importância da história e da cultura de Portugal, bem como a ligação entre as Forças Armadas e a Fé. A preservação das tradições e valores nacionais é fundamental para manter viva a herança de figuras como São Nuno de Santa Maria, que continuam a ser uma fonte de inspiração para o povo Português.”

D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense salientou os valores espirituais e o espírito de sacrifício de São Nuno e também a sua devoção à Virgem Santíssima, cuja imagem em Vila Viçosa mandou fazer na Inglaterra aquando do restauro do Santuário no Século XV. D. Nuno era o Chefe de Estado Maior no seu tempo e a segunda pessoa mais poderosa do Reino a seguir ao Rei.

(Fotos: Rádio Campanário)

A Eucaristia presidida por D. Rui Valério, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, teve transmissão directa na RTP1 e foi também transmitida pela Rádio Campanário de Évora.

O Presidente da Câmara Municipal e Patriarca de Lisboa (Foto: Fundação Oureana)
Carlos Evaristo com D. Rui Valério

Ao final da tarde, o Historiador do Exército e Membro da Real Confraria do Santo Condestável, Coronel Américo Henriques, lecionou na Igreja de Santo Agostinho, uma Palestra de evocação de D. Nuno Álvares Pereira, seguida do Concerto da Banda Sinfónica do Exército com a participação da Soprano Carla Martins.

(Foto: Fundação Oureana)
(Foto: Fundação Oureana)
(Foto: Rádio Campanário)
(Foto: Rádio Campanário)
(Foto: Rádio Campanário)
“As comemorações anuais de São Nuno de Santa Maria vão manter-se em Vila Viçosa”, disse o General Nunes da Fonseca (Foto: Forças Armadas)

Vila Viçosa é, desde 2022, por decisão do antigo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, (Membro Alcaide da Real Confraria do Santo Condestável) o local escolhido para as cerimónias oficiais das Comemorações evocativas anuais do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, São Nuno de Santa Maria, por ocasião da sua Festa Litúrgica; 6 de Novembro.

Carlos Evaristo, Condestável Mor Co-Fundador da Real Confraria do Santo Condestável; O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, o Duque de Bragança, D. Duarte de Bragança e o Presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança. (Foto: Fundação Oureana)

Organizadas pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, com o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação da Casa de Bragança e do Seminário São José, as comemorações deste ano terminaram na segunda-feira dia 6, com uma Parada e Cerimónia Militar, no Terreiro do Paço, cerimónia esta presidida pelo General José Nunes da Fonseca, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

(Foto: Fundação Oureana)
Carlos e Margarida Evaristo com o Padre António Marques dos Santos de 92 anos, Capelão Honorário da Real Confraria do Santo Condestável.

(Foto: Forças Armadas)

Ao final da tarde, o Coronel Américo Henriques deu uma Palestra de evocação de D. Nuno Álvares Pereira, seguida do Concerto da Banda Sinfónica do Exército com a participação da Soprano Carla Martins.

A Real Confraria reconheceu o mérito da Zeladora da Imagem de São Nuno durante 30 anos.
(Foto: Forças Armadas)
(Foto: Forças Armadas)
(Foto: Forças Armadas)

“Decorreu no Terreiro do Paço de Vila Viçosa, na manhã do dia 6 de Novembro, a Cerimónia Militar de homenagem ao Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. Presidida pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, a cerimónia teve como momentos marcantes a entoação do Hino Nacional pelas Forças em Parada, em conjunto com 140 crianças do agrupamento de escolas de Vila Viçosa, seguindo-se a Cerimónia de Homenagem aos Mortos, e, a encerrar, a Condecoração de um Antigo Combatente.”

(Foto: Forças Armadas)

As comemorações de homenagem a D. Nuno Álvares Pereira, Patrono do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) foram da organização do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e tiveram o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação da Casa de Bragança, do Santuário da Padroeira e do Seminário São José.

(Foto: Forças Armadas)
(Foto: Forças Armadas)

Após a Cerimónia, o General Nunes da Fonseca, em declarações aos jornalistas, fez o balanço das comemorações deste ano de 2023 começando por dizer que “as forças Armadas estão muito satisfeitas pela forma como decorreram as cerimónias.”

Ainda assim, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas considera quem melhor poderá avaliar o sucesso destas comemorações “serão os Calipolenses e as pessoas que decidiram associar-se a estas cerimónias.”

Na sua opinião, sublinha “creio que foram bem sucedidas; é uma extensão e uma ampliação do que o ano passado foi realizado e estamos todos satisfeitos.”

Interpretando o sentimento do Povo e dos Calipolenses sinto que este acontecimento está bem conseguido” realçou o General que assegura ainda que estas comemorações, nos próximos anos, se irão manter em Vila Viçosa.

A este propósito, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas sublinha “é uma tradição que passa a estar inscrita no nosso calendário anual.”

(Foto: Fundação Oureana)

Sobre São Nuno de Santa Maria, o General Nunes da Fonseca evidenciou tratar-se de “um homem muito inspirador , um Herói Nacional e um grande militar e também um homem de fé, um elemento fundamental da nossa história militar e da nossa portugalidade; viveu do Séc. XIV para o Séc. XV mas perdurará para sempre.”

6 de Novembro de 2023

TEXTOS: Fundação Oureana, Augusta Serrano e Forças Armadas Portuguesas

FONTES: https://www.radiocampanario.com/santuario-da-imaculada-concecao-em-vila-vicosa-celebra-missa-em-homenagem-a-sao-nuno-de-santa-maria-veja-fotos/

#ForcasArmadasPortuguesas

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Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval de Ourém na Produção de Filme e Série sobre a História do Vinho na Península Ibérica

O Realizador Cinematográfico e Produtor de Vinhos, Edwin Brochin, brinda com à sua equipa no fim das filmagens em Espanha, tendo seguido depois para Portugal, onde resgitaram a história dos melhores Vinhos nacionais.

Terminaram, hoje, no Castelo de Ourém, as últimas filmagens para “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), um novo Filme Documentário e Série Televisiva sobre a história da produção do Vinho na Peninsula Ibérica.

No emblemático Restaurante Medieval no Castelo de Ourém que já recebeu mais de 4 milhões de visitantes desde 1970, Carlos Evaristo explicou ao Realizador, Edwin Brochin, a tradição do Vinho na Medicina Popular e nos Rituais Litúrgicos Medievais com Relíquias

O filme é produzido pela Brochin Films, Produtora Norte Americana premiada que faz parte do Grupo Renegade Network, uma cadeia de plataformas digitais de televisão por cabo que transmitem, 24 horas por dia, programas culturais, de vida selvagem, de caça, pesca e agricultura.

A Produtora foi premiada este mês no Festival de Cinema de Madrid, pelo seu Documentário; Spirit of the Bull (Espírito do Touro), tendo desenvolvido durante a rodagem, a ideia para o actual projecto após o nome do filme ter sido dado a um vinho Espanhol de reserva V.Q.P.R.D., também ele premiado.

Edwin Brochin assina o Livro de Ouro dos Confrades da Cúria Baquia da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval – Instituto D. Afonso, IV Conde d’ Ourém, após ter sido admitido como Confrade.

O Documentário tem na Produção Executiva o mesmo Edwin Brochin que é também o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável. A Co-Protutora é sua mulher, Julie Brochin e o trabalho conta com a Colaboração na Produção de outro Realizador igualmente premiado, Paul Perry da Paul Perry Productions e Sakkara Productions.

O projecto conta desde o início com o apoio da Fundação Histórico – Cultural Oureana e da Fundação D. Manuel II. Em Protugal a Equipa de Produção e Edição é da Produtora Crown Pictures, fundada em 2004 por Carlos Evaristo, e que chamou para a equipa deste projecto; o conhecido Realizador e Editor premiado; Carlos Casimiro e o igualmente célebre Cinematógrafo Júlio Torres.

Edwin Brochin e Júlio Torres
Insignia do Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável desenhadas por Mathieu Chaine, Desenhador Heráldico do Conselho Heráldico da Fundação Oureana

O Apresentador de Televisão, Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana, é o Consultor Histórico do Projecto e também um dos Guionistas do Projecto que conta com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, na pessoa de S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.

No Bar do Mestre Bernardino sito no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana, Carlos Evaristo, deu a provar a Edwin Brochin o Elixir Medieval, também conhecido por Elixír da Longa Vida, uma bebida tradicional de brinde de Boas Vindas ao Castelo e cujo segredo de confecção foi confiado a John Haffert pelo Historiador Augusto de Cassiano Barreto, em 1969.

No Salão D. João I do Restaurante Medieval, provou-se Vinho Templário, produzido hoje exclusivamente para a Fundação Oureana numa quinta no Valle do Loire, na França, utilizando o mesmo processo de fabrico que vem descrito num livro manuscrito da Idade Média.

Segundo Carlos Evaristo; “Duas equipas de filmagens passaram um mês a recolher imagens nas mais conhecidas Vinículas do Norte, Cento e Sul da Península Ibérica. Este trabalho será o mais completo registo sobre a História do Vinho na Peninsula Ibérica e relata a sua produção desde os registos deixados pelos mais primitivos povos, passando pelos Fenícios, Gregos, Romanos até ao célebre IV Conde de Ourém.”

O Realizador e Editor Carlos Casimiro brinda com Vinho Xerez em Jerez.

“Foi o Primógénito da Casa de Bragança quem introduziu o primeiro Vinho Tinto em Portugal num processo que é hoje conservado na produção do Vinho Classificado de Vinho Medieval de Ourém. Foram longas semanas de filmagens para o Filme e depois uma Série de vários episódios.”

Em Portugal, a Equipa filmou em muitos locais de produção dos mais conhecidos Vinhos Portuguêses, incluíndo Caves de Vinho do Porto. Na Cidade Invicta a Equipa foi acompanhada pela Assistente de Produção Maria Castro.

A história do Vinho Ibérico também incluiu um capítulo sobre as campanhas de promoção que levaram a que certos vinhos com pouca fama local ou nacional à época, se tornassem marcas mundialmente conhecidas e representativas de Portugal e Espanha.

O Historiador e Arqueólogo Carlos Evaristo, explicou na Série que; “São os casos dos Vinhos Xerez de Jerez de la Frontera das marcas Osbourne e Tio Pepe e também do Vinho do Porto Sandeman e do Mateus Rosé. A campanha de publicidade da Osbourne de 1954 colocou cartazes com a silhueta de um touro, nos montes Espanhóis, símbolo do Vinho que hoje, após o fim da campanha continuam expostos por se ter tornando símbolo de Espanha. É o caso também do Vinho Mateus Rosé que deve muito da sua fama nos Estados Unidos da América, à tournée musical de Amália Rodrigues que patrocinou na década de1950 com uma garrafa em forma de Guitarra Portuguesa.”

Ainda no Capítulo sobre os Vinhos Ourienses, foram dados a provar, os Vinhos Terras de Oureana da Fernando Rodrigues Lda. e o Vinho da Moura Encantada. O primeiro, a marca que era servida no Restaurante Medieval Oureana desde 1970 e até 1995 e o segundo um Vinho Medieval exclusivamente produzido e engarrafado para a Fundação Oureana desde que a Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval foi criada em 2003 e passou em 2006 a ser o Departamento que gére o espaço emblemático.

Os Vinhos “Cosher” de produção Judaica, cuja origem está também muito ligada ao terceiro e ao quarto Condes de Ourém, são outro tema apresentado por Carlos Evaristo com recurso a artefactos e manuscritos históricos apresentados no Documentário de Edwin Brochin.

Carlos Evaristo e Julie Brochin preparam cenários para as filmagens no Restaurante Medieval Oureana

No Documentário, assim como na Série haverá mostra de novas tecnologias de filmagens digitais; drones, recurso a CGI e também recriações históricas.

No Castelo de Ourém, realizou-se ainda provas de vinhos antigos da Adega de John Haffert, como um Porto de 1808, outro de 1832 e provas de Vinhos Cosher Sefarditas produzidos Sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, uns nos Estados Unidos da América, e outros, em Belmonte, no Alentejo, e que fazem parte dos Vinhos tradicionais servidos no Restaurante Medieval desde a sua criação por John Haffert em 1970.

Foi também dado a provar ao Falcoeiro Edwin Brochin, o chamado Vinho Nobre. O primeiro dessa classificação é o Rei Arduino produzido pela Vinícola Marchese Di Ivrea. Servido num corno de touro este primeiro Vinho Nobre a ser produzido do Estado de São Paulo, no Brasil, é da Safra 2019.

A Vinícola Marchese di Ivrea, localizada em Ituverava (SP), lançou o primeiro Vinho Nobre com graduação alcoólica de 15⁰ quando a Instrução Normativa nº 14, de 8 de Fevereiro de 2018, criou a figura do “Vinho Nobre”, fermentado de uva Vitis vinífera com teor alcoólico entre 14,1⁰ e 16⁰ em volume.

Edwin Brochin, o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável, já realizou um Documentário sobre este Desporto de Reis. Em 2014, a Fundação Oureana reconheceu o seu trabalho de há várias décadas como Falcoeiro, e preparou um Brasão de Armas em processo de Concessão. Foram criadas pelo Desenhador Heráldico Mathieu Chaine do Colégio Heráldico da Fundação Oureana.

A Mesa dos Cavaleiros no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana

Arduino 2019, o Primeiro Vinho Nobre Produzido pela Vinícola Marchese di Ivrea em Ituverava, São Paulo

No Documentário pode-se ver que o nome de Edwin Brochin a ser conferido a um vinho Fondillón de 1944, tendo o próprio, a honra de assinar o casco número 23 C22 na Adega.

Dave Horner, Arqueólogo Sub-Aquático, fundador da R.A.H.A. (Real Associação História e Arqueologica) Departamento de Pesquisa Arqueológica da Fundação Oureana, também teve a honra de ver seu nome dado a um Vinho Xerez.

Dave Horner na Adega “Tio Pepe” em Jerez de la Frontera.

Em Setembro de 1971, por ocasião do 24º Festival Anual do Xerez em Jerez de la Frontera, Espanha, Dave e Jayne Horner passaram uma semana na Vinócola do Marquês de Bonanza tendo sido convidado de honra desse evento anual. Naquele ano específico dedicado aos EUA, Horner foi homenageado após ter descoberta de uma caixa de garrafas de xerez no navio submerso ELLA, que teve a infelicidade de encalhar contra uma maré forte e vazante do Rio Cape Fear, que teve que ser negociado para chegar ao último porto aberto ao os Estados do Sul em dificuldades durante os dias finais da Guerra Civil Americana.

Dave Horner na companhia do actual Marquês de Bonanza examina artefactos que descobriu em 1971

Este corredor de bloqueio confederado carregava uma variedade de munições de guerra e suprimentos de alimentos destinados ao General Robert E. Lee e seu exército inicial nas trincheiras frias e lamacentas ao redor de Petersburgo e Richmond. Infelizmente para o Exército do General Lee, vários navios de guerra adversários perceberam a dificuldade do ELLA e se moveram prestes a matar, destruindo o navio com sua artilharia pesada. Isso foi de manhã de 5 de dezembro de 1864.

ELLA ficou esquecida por um século, até que Dave Horner a descobriu em 1964. O achado está descrito no seu livro; THE BLOCKADE RUNNERS, publicado em 1968.
Parte da carga da ELLA era uma arca com garrafas de Xerez de Jerez, provavelmente o estoque particular do Capitão. Produzido pela Viníciola Gonzalez Byass, conforme a forma exclusíva das suas garrafas comprovo, algumas ainda com suas rolhas intactas, depois de mais de um século no fundo do mar.

Paul Perry, Dave Horner, o Marquês de Bonanza e Carlos Evaristo na Adega da Vinícola González – Byass em Jerez

Horner ofereceu algumas destas garrafas a D. Manuel Maria Gonzalez Gordon, Marquês
de Bonanza então Presidente-Executivo da empresa. A nótícia da descoberta atraiu a atenção mundial para Jerez de la Frontera, e fez as delícias de aficionados de xerez em todos os lugares. As garrafas descobertas por Horner estão hoje expostas com uma placa descritiva na sala do Museu da Vinícula Gonzaléz – Byass ainda dirigida pela família dos Marquêses de Bonanza, produtores do conhecido vinho; Tio Pepe.

Loja com o Vinho Xerez “Tio Pepe”

As filmagens para o Documentário e para a Série concluíram no Castelo de Ourém, com um capítulo dedicado a ilustrar a história de D. Afonso, IV Conde de Ourém e da sua ligação à produção do vinho, hoje denominando e calssificado como; “Vinho Medieval de Ourém”.

As cenas filmadas em Ourém incluem um Banquete Real no Restaurante Medieval Oureana filmado por José Alves da Soutaria TV e uma Prova de Vinhos Medievais filmada na Casa do Castelo por Júlio Torres.

Entronização de Edwin Brochin por D. Duarte de Bragança na Cripta do Conde.

S.A.R. D. Duarte de Bragança com Edwin Brochin junto ao Túmulo de D. Afonso, IV Conde de Ourém

Na Cripta da Sé – Colegiada de Santa Maria da Misericórdia de Ourém, réplica da Sinagóga de Tomar onde está sepultado o IV Conde de Ourém, D. Duarte, Duque de Bragança, actual Conde de Ourém e Grão Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguêsa, falou do legado de D. Afonso, que também foi o 1º Marquês de Valença, tendo entronizado Edwin Brochin como Confrade da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, a primeira Confraria de Vinho Medieval a ser criada no Mundo, em reconhecimento pelo seu trabalho em prol da história do vinho e a promoção do Vinho Ibérico.

O traje dos Confrades desenhado pelo falecido Padre John Guilbert Mariani reproduz as vestes que o IV Conde de Ourém apresenta na imagem jacente no seu túmulo e com as cores das vestes da sua efigie nos Painéis de São Vicente.

https://agc.sg.mai.gov.pt/details?id=257104&ht=

Edwin Brochin, Júlio Torres e Carlos Evaristo

Tanto o Filme Documentário “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), como a Série com o mesmo nome, irão passar na Net Flix, Amazon Prime, Hulu, Tubi TV, Filmzie, Cinedigm, Little Dot, Xumo, para além de e outros canais de streaming com as quais as produtoras envolvidas já trabalham. O trabalho estará universalmente distribuído e os conteúdos acessiveis na Roku, Amazon Fire TV, Apple TV, Android TV, Google Play, IOS e Android Phones.

Tradução: “Wine on the Vine”

Fotos: Direitos de Autor Reservados

15 de Setembro de 2023

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Concluídos trabalhos de reparação e conservação na estátua em bronze do Monumento ao Papa Pio XII na Regalis Lipsanotheca.

O dia do Conde de Ourém, 29 de Agosto, aniversário da morte de D. Afonso, IV Conde de Ourém, foi assinalado este ano com a conclusão de trabalhos de reparação, restauro e conservação na estátua em bronze do Monumento ao Papa Pio XII na Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana.

A inauguração do Monumento decorreu a 13 de Maio de 2021, dia em que se assinalava o 75º Aniversário da Coroação de Nossa Senhora de Fátima como “Rainha do Mundo” pelo Papa Pio XII, o chamado “Papa de Fátima”.

Os trabalhos efectuados incluíram limpeza e reparação de fendas no metal, o tratamento do bronze e pintura com uma película protectora.

A estátua em bronze do Monumento é obra do Mestre Escultor Espanhol Félix Burriel e foi oferecida à Fundação Oureana pelo Prof. Moritz Hunzinger.

O Monumento desenhado por Carlos Evaristo e Nicolas Descharnes foi construído com o apoio de vários admiradores e defensores do Papa internacionais, incluindo um grupo de historiadores Judeus da “Pave the Way Foundation”, numa iniciativa da Fundação Histórico-Cultural Oureana.

Imagens do antes e depois

Todos os trabalhos de conservação e manutenção em curso no Património da Fundação são realizados por uma equipa especializada chefiada pelo Conservador e Arqueólogo Carlos Evaristo. O Departamento de Conservação e Restauro está a cargo do Técnico de Restauro e Parceiro Protocolar da O.S.I.C. Jorge Gonçalves.

31 de Agosto de 2023

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Príncipe Grão – Mestre da Ordem de Malta recebe Duque de Bragança e Comitiva

S.A.R. O Duque de Bragança e sua comitiva com o Grão Magistério S.M.O.M.
S.A.E. Fra’ John Dunlap
Príncipe e Grão Mestre S.M.O.M.
H.E. Fra’ Emmanuel Rousseau
Chanceler Mor S.M.O.M.
H.E. Riccardo Paternò di Montecupo
Hospitalário Mor S.M.O.M.
H.E. Fra’ Alessandro de Franciscis
Treasoureiro S.M.O.M.
H.E. Fabrizio Colonna

Na semana em que se celebra a Festa de São João Baptista e aniversário do nascimento de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Sua Alteza Real, D. Duarte, Duque de Bragança, acompanhado de uma comitiva composta por membros da Cúria, Chancelaria e Delegação Canadiana da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e da Real Confraria do Santo Condestável, foi recebido oficialmente pelo Príncipe e Grão-Mestre da Soberana Ordem Militar e Hospitalária de São João de Malta, Sua Alteza Eminentíssima Frá John Dunlap, no Palácio Magistral do Governo do Estado situado na Via dei Condotti, em Roma, Itália.

Frá Dunlap, de nacionalidade Canadiana, foi eleito 81º Soberano Chefe de Estado e Grão – Mestre da Ordem de Malta, no passado dia 3 de Maio de 2023, sendo Grã-Cruz da Ordem de São Miguel da Ala, há quase 20 anos, sendo membro da Delegação Canadiana da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala.

Durante a audiência que antecedeu a Sessão Solene, Sua Alteza Eminentíssima, o Príncipe escutou atentamente o relatório das diversas actividades humanitárias que a Real Irmandade e a Real Confraria têm vindo a desenvolver em diversas partes do mundo e particularmente com os desalojados e vítimas do presente conflicto na Ucrânia. Ficou ainda a conhecer as actividade desenvolvidas pela Real Confraria que honra São Nuno, um Santo da Ordem de Malta, já que tal como seu pai D. Gonçalo e irmão D. Pedro, foi Prior da Ordem de São João, no Crato, em Portugal.

Depois da audiência o Senhor D. Duarte foi apresentado aos membros do Governo da Ordem, seguindo-se uma troca protocolar de insígnias. O Duque de Bragança promoveu o Príncipe a Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e concedeu-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Frá Dunlap retribuiu com a Grã-Cruz da Ordem pro Merito Melitensi em Classe Especial ao Chefe da Casa Real Portuguesa.

Depois de cumpridas as formalidades da visita oficial do Chefe da Casa Real Portuguesa e sua comitiva à sede de Governo da Ordem, seguiu-se um almoço oferecido pelo Grão-Mestre, durante o qual, Frá John Dunlap brindou ao Chefe e à Casa Real Portuguesa, suas Ordens Dinásticas e instituições sob o seu Alto Patronato.

A visita terminou com uma oração na Capela da Ordem onde foram invocados os Santos da mesma e entre eles, São Frei Nuno, ocorrendo uma troca de lembranças entre os dois Príncipes.

Frá John Dunlap também recebeu o diploma de Condestável-Mor Honorário Grã-Colar por ter aceite renovar o Patronato à Real Confraria do Santo Condestável sediada na Botica de São João da Fundação Oureana no Castelo de Ourém, Patronato que havia sido previamente conferido pelo falecido Príncipe e Grão-Mestre Frá Matthew Festing.

Fotos: Soberana Ordem Militar e Hospitalária de São João de Malta / Real Confraria do Santo Condestável

24 de Junho de 2023

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Fundação Oureana deu Parecer sobre Reliquias e Ritual da Coroação

A Coroação do Rei Carlos III

A Inglaterra vai hoje reviver um dos rituais mais antigos da história da Europa Cristã, a Sagração e Coração do novo Monarca, neste caso o de Carlos III, Rei da Grã Bretanha e do Reino Unido. Consultamos Carlos Evaristo*, especialista em relíquias e em rituais de coroação para saber mais a cerca destas tradições pouco conhecidas.

Por Humberto Nuno de Oliveira

Carlos III com a Regalia de Príncipe de Gales

O RITUAL DA COROAÇÃO
De acordo com Carlos Evaristo, “É irónico que a Inglaterra seja um país que deixou a obediência Católica no Reinado de Henrique VIII, se tenha tornado numa Monarquica Constituicional no tempo do Rei Carlos
II, mas que seja hoje o único Reino no mundo que ainda segue um Ritual Católico Medieval para a Coroação dos seus Monarcas. Ritual pleno de simbolismo e mistério com recurso a Relíquias, Santos óleos e toda a Regália (Jóias da Coroa), num modelo instituído pelo Rei São Luís IX da França e pelo Imperador Carlos Magno, tradições Católicas que tecnicamente deviam de ter sido abolidas quando da
reforma cismática que fez dos Soberanos Inglêses, Chefes Supremos da Igreja Católica dita Anglicana”.

“O Ritual da Coroação remonta a tradições bíblicas, da Coroação e Unção dos Reis David e Salomão, Santos Reis de Israel e antepassados de Cristo na Realeza Sacerdotal do Antigo Testamento. É esse o
Direito Sagrado a Reinar que hoje só os Reis de Inglaterra ainda revindicam com todo este Ritual que envolve a Sagração do Monarca com Santos Óleos enquanto está ocultado debaixo do Pálio, a Investidura com camisa de ouro e Manto de arminho, a colocação do anel de estado no dedo anelar direito e o uso de umas pulseiras de ouro.

A Bênção e Entronização sob Trono com uma Relíquia e a Coroação com Coroa, segue-se a colocação nas mãos, da Orbe e dos Ceptros. O toque nas esporas de ouro e o elevar da espada representa que o Monarca deverá ser Defensor da Fé Cristã e o Grã-Mestre das Ordens de Cavalaria e Chefe e Fons Honorum de toda a Nobreza com poder para armar Cavaleiros e conferir títulos. No entanto mudanças ao Ritual da Coroação foram feitas pelo Rei Carlos III que fazem com que a cerimónia que demorava cinco horas, fosse agora reduzida para hora e meia.”

Carlos III foi coroado Príncipe de Gales, em 1969, por sua mãe, Isabel II

Atentemos, pois, nas partes deste complexo ritual.
I. A Apresentração e Aclamação
Esta é a primeira parte do Ritual que apresenta o Rei aos quatro cantos da Igreja, que representam os
quatro cantos do Reino. Os arautos tocam trombetas e gritam: “Eis o vosso mui Nobre Servo Principe…”,
ao que respondem os presente com gritos de: “ Viva o Rei!”.

II. A Unção e o Toque Real
A unção é a parte mais misteriosa e sagrada do Ritual da Coroação. Realizada pelo Arcebispo de Cantuária, de modo oculto, por baixo de um pálio suportado tradicionalmente por Cavaleiros da Ordem
da Jarrateira, tradição que Carlos III alterou ao escolher outros Nobres para segurar as varas. O Rei é ungido com Santos óleos, na fronte, no peito e nas palmas das mãos e assim sagrado com o tradicional Poder Sacerdotal; “o Toque Real” para abençoar, curar e absolver pecados. Óleo ainda hoje preparado e benzido no Santo Sepulcro de Jerusalém por um Bispo Anglicano para assim simbolizar a Realeza Davidica e Solomónica de Cristo que será transmitida espiritualmente ao
Monarca por via do Espírito Santo.

III. A Entronização e Coroação na Cadeira de Santo Eduardo e a Pedra de Scone ou do Destino

Depois de vestido com o Manto de Arminho, as Braceletes de ouro (que representam a força de Sansão)e outras Insígnias como o anel, o Monarca é Coroado com a Coroa de Santo Eduardo, na Cadeira de Santo Eduardo, o chamado Trono do Confessor, debaixo da qual é colocada a Pedra da Coroação ou de Scone, simbolizando o Destino, uma pedra com duas argolas em ferro que a tradição diz ser a Relíquia da Almofada do Profeta Jacó.

A Pedra de Scone pesa 125 quilos e veio da Terra Santa durante as Cruzadas. Faz parte da Regália dos Reis da Escócia, hoje parte do Reino Unido.

Foi levada para a Inglaterra há séculos, sendo usada pelos Monarcas da Grã Bretanha e Reino Unido quando das Coroações.

A mesma relíquia foi devolvida pela Rainha
Isabel II ao Castelo de Ediburgo, na Escócia, em 1996, após os Escoceses a terem roubado da Catedral de Westminster, em sinal de protesto contra a sua permanência em Londres.

Usada pela última vez em 1953, esta Relíquia foi enviada para Londres na passada quinta feira dia 27 de Abril, após uma Cerimónia de Trasladação presidida pelo Lord Lyon da Escócia e seus asistentes; Carrick e Falkland, Guardiães das Insígnias desse Reino e da Pedra de Scone, a Relíquia mais preciosa do Reino Unido.

Lord Lyon da Escócia com Carrick e Falkland

Antes da partida para Londres a pedra foi analisada por um grupo de estudiosos. Uma análise com luzes
infra-vermelhas revelou algumas inscrições antias que poderão revelar a sua origem e verdadeira
natureza. O Professor Mark Hall do Museu de Perth e a Professora Sally Foster do Departamento de
Património e Conservação da Universidade de Sterling fazem parte do grupo de estudo e revelaram
haver o que parecem ser cruzes romanas gravadas na pedra e vestígios de gesso policromado.

Num parecer enviado para o grupo que estuda a pedra, o Perito em Relíquias, Carlos Evaristo, afirma que “todos os sucessores dos Reis e Bispos que participaram nas Cruzadas, quando da queda do Reino Latino de Jerusalém, nomeadamente os Monarcas de França, de Espanha e do Sacro Império, passaram a intitular-se Reis de Jerusalém e faziam-se coroar sob caixas de terra ou pedras trazidas da Terra Santa incorporadas em Tronos e Cadeirões”. Este modelo de cadeira-relicário medieval foi criado por Carlos Magno e pensava-se que dele emanava o poder Davídico e Salomónico para governar, direitos sagrados simbolizados na pedra trazida da Terra Santa.

Na Regalis Lipsanotheca, uma Capela de Relíquias de estílo medieval que Carlos Evaristo criou no
Castelo de Ourém, no ano 2000, e que conta com o Alto Patrocínio da maior parte das Casas Reais da
Europa, que existe entre a colecção de milhares de relíquias que pertenceram a Reis e Imperadores,
uma raríssima Cadeira de Coroação do Século XVI que ainda conserva por baixo uma pedra reivindicada
como sendo do Muro do Templo de Jerusalém. Refere Evaristo, “Hoje apenas os Monarcas da Grã-Bretanha e de Espanha ainda se dizem «Rei de Jerusalém», embora apenas os Reis da Inglaterra sejam coroados numa Cadeira de Coroação ou Trono de Sabedoria com Relíquia.

O Lord Lyon com a Pedra de Scone antes da sua recolocação na Cadeira da Coroação

Uma análise feita à Pedra da Cadeira de Coroação que existe na Colecção da Regalis Lipsanotheca no castelo de Ourém revelou que a mesma é composta de uma típo de granito azulado proveniente do Sul de Israel.

A Regália do Reino da Escôcia


Para Evaristo, “Se a Pedra de Scone, não é da muralha do Templo de Jerusalém, do Santo Sepulcro ou do
Monte do Calvário, então poderá ser mesmo, como a tradição diz, uma pedra da Igreja que assinala o local onde o Profeta Jacó teve o sonho de anjos a acenderem e a descerem do céu por via de uma escadaria dourada. Os vestígios de gesso policromado na pedra e as cruzes gravadas certamente por peregrinos, poderão defender essa ideia pois há uma semelhança com as pedras da Santa Casa de Nazaré que os Senhores Feudais trouxeram para a Europa para criarem réplicas da casa à escala real”.

O Ritual da Coroação Inglês que foi usado pelo Rei Filipe I em Tomar “Era nestas Cadeiras”, que segundo Evaristo, “eram Coroados ou Entronizados, não só Reis, mas também os Bispos, Duques e Grão-Mestres de Ordens de Cavalaria como a Ordem dos Templários, e mais tarde, a sucessora que foi a Ordem de Cristo. Entre outros títulos ques estes senhores apresentavam estava também o de «Rei e Senhor de Jerusalém». Esta foi uma prática que se manteve viva muito antes da queda do Reino Latino de Jerusalém. Provinha de uma tradição muito mais antiga de colocar relíquias nos tronos, algo iniciado pelo Imperador Carlos Magno, depois copiado na Capela de Relíquias da Sainte Chapelle pelo seu descendente São Luis IX Rei da França e seguidamente pelos Senhores Feudais de toda a Europa incluíndo os Monarcas Ingleses. Esta prática está retratada na cena do falso juramento de Harold na famosa Tapecaria de Bayeux”. “Os Portugueses viviam muito esta tradição e criaram no Convento de Cristo em Tomar uma Réplica do Santo Sepulcro, como seria à época, completo com Relíquias vindas da Terra Santa colocadas em altares e em Relicários por cima dos arcos da Charola. Foi nessa Charola que o primeiro Rei Filipe da Dinastia Filipina repetiu este Ritual quando se fez Sagrar e Coroar Rei de Portugal em 1580. Mais tarde ofereceu para o Convento um Relicário precioso com um Espinho Sagrado da Coroa de Espinhos de Cristo e que está hoje no Tesouro da Sé de Lisboa.

Os elementos da Regália
A Regália, como se chama o conjunto de Jóias da Coroa: a Coroa ou Coroas, a Orbe, os Ceptros e outras
Insígnias usadas na Coroação dos Monarcas, é algo cujo desenho e simbolismo histórico é exclusivo a
cada Reino. A Regália Inglêsa, que incorporava peças dos tempos dos Reis Anglo-Saxónicos, foi destruída
em 1649 depois da execução do Rei Carlos I e a Proclamação da República Inglêsa, mas já durante a
década de 1620, dificuldades financeiras levaram Carlos I a leiloar muitos tesouros da Jewel House na
Torre de Londres, embora ele não tenha vendido as principais peças.


Desentendimentos com o Parlamento, cedo se transformaram em Guerra Civil e, depois de 1642, os oponentes do Rei avidamente tomaram posse das Jóias da Coroa. Após a execução de Carlos I no mesmo ano, todas as peças de ouro da Regália foram vendidas para financiar o novo governo, enquanto as insígnias da Coroação de Santo Eduardo, os símbolos da Monarquia, como instituição sagrada, foram
derretidos na Casa da Moeda para se cunhar moeda. Foi o ourives real Robert Vyner quem foi encarregado de criar novas peças para a Regália usada na
Coroação do Rei Carlos II em 1661 e são essas as peças em uso até hoje.

As primeiras descrições sobreviventes de uma coroação Inglesa datam de antes de 1000 a.C. e incluiam
o uso de coroas, anéis e ceptros, que tal como em todos os Reinos da Europa, eram confeccionados de
novo para uso exclusivo de cada Monarca. Foi após o Reinado de Santo Eduardo, o Confessor ,que surgiu
a tradição de haver uma única colecção de Regália Sagrada.

Cem anos após sua morte, Eduardo foi declarado Santo, e os objetos relacionados a ele passaram a ser “Relíquias Sagradas”. A Coroa do Santo que foi usada na Coroação de Henrique III em 1220 foi depois cuidadosamente usada para uso pelos futuros Monarcas. Esta coroa foi depois acompanhada por uma série de outras Coroas menores incluindo uma de duas hastes e uma colher de ouro para Unção do Monarca.

Coroação de Carlos II em 1661

As peças antigas que sobrevivem foram usadas em todas as Coroações durante mais de 500 anos e as
outras foram foram recriados para a Coroação de Carlos II em 1661.


A Colher e a Ampula de Unção
Para Carlos Evaristo “é irónico que o único item da Regália Medieval a sobreviver fosse a Colher da
Unção conhecida também por Colher da Coroação e que data do século XII”.

É nela que se deita um pouco de óleo benzido em Jerusalém que o Arcebispo toma no seu polegar direito para ungir o Monarca.

A ampula feita em forma do Espírito Santo relembra a Unção do Rei David, o Crisma Sagrado e a Lenda da Pomba Milagrosa de São Tomás Beckett.
A cabeça da águia é removível, havendo uma abertura no bico para derramar o óleo. O seu estilo é baseado numa peça anterior que recordava uma lenda do século XIV em que a Virgem Santa Maria teria aparecido a São Tomás Beckett e presenteado-o com uma águia dourada e um frasco de óleo para ungir os futuros Reis de Inglaterra.

Segundo Carlos Evaristo “a lenda baseia-se noutra mais antiga, contada acerca da Coroação do Rei Clovis da França pelo Arcebispo de Reims, São Remígio, no ano de 496. De facto havia uma ampula de vidro em forma de pomba que se enchia milagrosamente com óleo (líquido turvo) antes da Coroação de cada Rei (ou não). Na realidade, uma espécie de desumidificador natural, criado por monges na Idade Média, e que absorvia a humidade na Catedral de Reims para espanto dos fieis”.

O óleo da ampola é derramado na Colher de Unção no momento mais sagrado da Coroação. O Ritual de Unção remonta ao Livro dos Reis do Antigo Testamento, onde é descrita a unção de Salomão como Rei por Zadoc o Sacerdote.

A Coroa de Santo Eduardo
A Coroa de Santo Eduardo é a coroa usada no momento da Coroação. A que existe hoje foi mandada fazer em 1661 para substitutir a que foi derretida em 1649. A original era do Século XI, e pertenceu, tal como o Trono e Cruz-Bastão ao mesmo Rei Santo Eduardo, o Confessor, aquele que foi o último rei Anglo-Saxónico de Inglaterra.


A Coroa foi criada por Robert Vyner segue o padrão original da Coroa de Santo Eduardo, daí o seu nome. Pesa 2,07 kg e é decorada com rubis, ametistas e safiras. Tem quatro cruzes páteas e quatro flores-de-lis e dois arcos.

É composta por uma moldura de ouro maciço cravejada de rubis, ametistas, safiras, granadas, topázios e turmalinas e por dentro tem um barrete de veludo roxo com uma faixa de arminho que representa o antigo barrete de “Defensor da Fé” dado pelos Papas na Idade Média aos Monarcas que recebiam o título de “Dux Pontífício”.

(Imperadores Hapsburgos, o Rei D. Manuel I de Portugal e até do Rei Henrique VIII antes de cismar)


As Coroas forradas de veludo “Carmesim Português”
No estudo que Carlos Evaristo fez sobre as tradições da Coroação, descobriu que o uso de um forro de
veludo nas Coroas Europeias foi algo que nasceu do uso combinado da Coroa do Monarca com o Barrete
Cardinalício (Vermelho) ou o Barrete de Dux Pontifício (Roxo) que o Rei Carlos II de Inglaterra uniu de
forma permanente em 1661. Foi um estilo que posteriormente a sua viúva, a Rainha Catarina de
Bragança, trouxe para Portugal.

Coroa mandada fazer por D. João VI

O Barrete Cardinalício era símbolo da Sagração e Unção dos Reis que os colocava em grau de
equivalência aos Cardeais como Príncipes da Igreja. Esse Barrete chamado de “Cap of Maintenance” ou Chapéu da Manutenção (Saberdoria) ainda é levado em Procissão durante as Coroações e chama-se o “Chapéu de Sabedoria” sendo que a cor ficou conhecida por “Portuguese Crimson” ou “Carmesim Português”, isto porque foi a partir de Portugal que a tradição de se forrar as coroas de veludo passou para todas as Coroas dos Monarcas Católicos da Europa.

Cap of Maintenance

A Coroa Imperial e a ligação Portuguêsa
Uma das peças da Regália Inglesa quetem ligação a Portugal é o chamado Rubi do Principe Negro, um
espinélio que é uma das jóias mais antigas da Coroa e que está hoje incorporada na Coroa de Estado ou
Coroa Imperial do Reino Unido.

Esta é uma jóia com uma história que remonta a meados do século XIV quando Pedro de Castela, chamado “O Cruel” ou “O Justo”, a adquiriu ao conquistar Sevilha. Foi retirada ao cadaver de Abū Sa’īd, Príncipe de Granada. É um rubi grande e irregular espinélio cabochão vermelho pesando 170 quilates (34 g) e que estaria incorporado num Colar de Regente usado por esse Principe.


Pedro de Castela, filho da Princesa D. Maria e por isso neto do Rei D. Afonso IV de Portugal, refugiou-se em Portugal quando em 1366 rompeu a guerra civil com seu meio irmão D. Henrique de Trastâmara. O
monarca que trouxe com ele as Jóias da Coroa foi recebido pelo seu tio, D. Pedro I a quem prometeu este magnífico rubi caso o ajudasse com um exército contra o ursurpador.

Mas o Rei de Portugal recusou-se ajudá-lo e Pedro de Castela aliou-se então ao Príncipe Negro, filho de Eduardo III de Inglaterra. A revolta do Príncipe Henrique foi reprimida com sucesso e depois da vitória o Príncipe Negro exigiu o rubi em troca dos serviços que havia prestado.

Mas o Rei recusou e só mais tarde, quando o Príncipe Negro voltou de Inglaterra para levar as duas filhas do Rei; Dona Constânça de Castela e Dona Isabel de Castela, para contrairem casamento com os dois irmãos do Rei, é que o
Príncipe Inglês terá levado o rubi amaldiçoado como dote, embora o mesmo tenha desaparecido dos registros históricos até 1415.

Para Carlos Evaristo esse é o ano em que a Rainha Filipa de Lencastre faleceu e por isso o mesmo acha que pode por isso ter sido oferecido à mesma pelo pai, João de Gand, Duque de Lencastre e sua mulher a Infanta D. Constânça de Castela, quando do casamento com o Rei de Portugal D. João I em 1387 e depois devolvida à Coroa Inglesa por testamento.

Casamento de D. João I com Filipa de Lencastre

A jóia que diz ter sido amaldiçoada pelo Príncipe de Sevilha, ficou com a Família Real Inglesa que a usou em colares e jóias até ao Século XIX, até que no reinado da Rainha Vitória, foi incorporado na cruz pátea
acima do diamante Cullinan II na frente da Coroa do Estado Imperial do Reino Unido.

A Coroa do Estado Imperial actual, foi porém refeita para a Coroação do Rei Jorge VI em 1937, substituindo a Coroa anteriormente feita para a Rainha Vitória. A Coroa é cravejada com 2.868 diamantes, além de várias jóias famosas como a Safira de Santo Eduardo, que dizem ter sido usada num anel por Eduardo, o Confessor. A Coroa também inclui o diamante Cullinan II, a segunda maior pedra cortada do grande Diamante Cullinan que antes de ter sido partido era o maior diamante jamais descoberto.

A Coroa do Estado Imperial é usada pelo Monarca quando deixa a Abadia de Westminster na Carruagem
de Ouro após a Coroação. Ao ser Coroado com a Coroa de Estado Imperial, hoje também conhecida por
Coroa do Commonwealth, o Monarca inglês dispensa ser coroado com a Coroas dos outros Reinos do
qual também é Monarca; como é o caso da Escócia, Irlanda do Norte e Gales e ainda de outros Domínios
como o Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Gibraltar que não possuem Regalia própria.

Jorge VI foi o último Rei a usar o chamado “Cap of Maintenance” após a Unção


Outras Coroas
Houve outras Coroas pessoais mandadas fazer pelos Reis e Rainhas de Inglaterra e algumas das que
sobrevivem são adornos extravagantes.

A mais extravagante de todas era a Coroa de Diamantes do Rei Jorge IV feita especialmente para a Coroação do pai da Rainha Vitória em 1821.

Jorge IV com a sua Coroa de Diamantes

Ornada com 12.314 diamantes, alguns provenientes de minas do Brasil Português, a Coroa fazia o Rei
parecer um “lindo pássaro do leste” pois era de desenho russo e baseada na Coroa de Diamantes dos
Czares. Uma inovadora moldura de ouro e prata foi criada por Philip Liebart da Bridge & Rundell e
projectada para ser quase invisível. Sob a mesma estava um barrete de veludo azul- escuro em vez de
carmesim Português ou roxo imperial.

Houve porém um adiamento à Coroação de Jorge IV devido a um julgamento a que esteve submetida a
esposa, a Rainha Carolina. O Rei que no final não teve dinheiro para pagar a Coroa teve de alugar pedras preciosas para a poder usar na Coroação e depois fazer-se representar com ela ao lado num quadro a
óleo oficial. A conta final para o aluguer de pedras para usar na coroa foi de £ 24,425.00.

Isabel II foi Coroada em 1953

Após a sua Coroação, o Rei mostrou-se relutante em desfazer-se da sua nova Coroa e pressionou o
governo a comprá-la para que ele a pudesse usar na abertura solene anual do Parlamento. Mas como
era muito cara, a Coroa foi desmantelada em 1823. O Rei Jorge como recordação comprou o modelo da
armação em bronze pelo modesto preço de £ 38, que hoje se encontra na torre de Londres com uma
inscrição ao lado onde se pode ler “Armação da rica Coroa Imperial de diamantes com a qual Sua
Santíssima Majestade o Rei Jorge IV foi Coroado a 19 de Julho de 1821″.

A armação da Coroa passou para a família Amherst que a emprestou ao Museu de Londres entre 1933 e 1985 altura em que foi a leilão tendo sido comprada em 1987 por Jefri Bolkiah, Príncipe de Brunei.

O novo dono apresentou ao Reino Unido um pedido de exportaçãoda armação para os Estados Unidos, pedido esse que foi negado durante uma análise do Comité de Revisão da Exportação de Obras de Arte.
Adquirido pela Crown Trust, a armação faz parte da Royal Collection da Torre de Londres.

Diamantes no valor de £ 2 milhões foram emprestados pela De Beers e são exibidos ao lado da armação para dar aos
visitantes uma ideia de como teria sido originalmente a peça mais extravagante que alguma vez existiu na Regália Inglesa.

Quando da Coroação do Rei Jorge V descobriu-se que algumas das pedras preciosas das Coroas do
Reino eram feitas de vidro de cor lapidado e não eram jóias verdadeiras. Estas pedras falsas foram
substituidas por verdadeiras por Jorge IV.

O Orbe
O Orbe é uma bola de ouro encimada por uma cruz, que representa o poder temporal do Soberano que
proveniente de Cristo Rei. Simboliza o Mundo Cristão com uma Cruz montada sobre o globo terrestre.
As faixas de jóias que o dividem em três secções representam os três Continentes conhecidos na época
Medieval.

Montado com cachos de esmeraldas, rubis e safiras rodeados por diamantes rosa e fileiras únicas de pérolas. Uma cruz no topo é cravejada com diamantes em talhe rosa, com uma safira no centro de umlado e uma esmeralda no outro e com pérolas nos ângulos e no final de cada braço.

O Orbe é benzido no Altar onde permanece até ao momento da Coroação em que é colocada na mão direita do Monarca que é assim investido com o Símbolos da Soberania Divina de Cristo Rei.

Os Ceptros
Os Ceptros representam os poderes do Rei; Temporal e Espiritual. O Cepto principal da Regália é o do Soberano e tem uma Cruz que tem sido usada desde 1661 em todas as Coroações. Contêm o magnífico diamante Cullinan I, o maior diamante lapidado incolor do mundo colocado em 1911 pelo Joalheiro Real Garrard que teve de reforçar a peça para suportar peso.

O Ceptro encimado pela Pomba, simbolizando o Espírito Santo e também foi criado para Carlos II. representa o papel espiritual do Soberano como Chefe da Igreja Anglicana e por isso é também conhecida como “ Vara de Equidade” ou “Cepto da Misericórdia”.

Um terceiro Ceptro da Regália foi criado para uso exclusivo das Rainhas Consorte.

Os Armilares ou Pulseiras da Força de Sansão
Os Armilares são pulseiras de ouro usadas pela primeira vez em Coroações Inglesas no século XII. No
século XVII, os Armilares deixaram de ser usados pelo Monarca, que passou somente a tocá-las na
Coroação.

Mas um novo par de pulseiras foi criado para a Coroação de Carlos II, em 1661 e têm 4 cm de largura, 7 cm de diâmetro com champlevé esmaltados na superfície com rosas, cardos e harpas (os símbolos
nacionais da Inglaterra, Escócia e Irlanda), bem como flores-de-lis.

Para a Coroação de Isabel II, em 1953, a tradição medieval foi revivida e um novo conjunto de pulseiras
de ouro liso em 22 quilates forradas com veludo carmesim português, foi apresentado à Rainha em
nome de vários governos da Commonwealth. Cada pulseira é equipada com uma dobradiça invisível e
um fecho em forma de Rosa Tudor. A marca inclui um pequeno retrato da Rainha, que continuou a usar
estes armilares ao deixar a Abadia, podendo ser vista usando-os também mais tarde, juntamente com a
Coroa do Estado Imperial e o Anel de Soberana, na sua aparição na sacada do Palácio de Buckingham.
Não se sabe se o Rei Carlos III vai tocar ou usar Armilares.


A Espada de Estado
Existem várias Espadas de Estado na Regália da Coroação de Inglaterra e estas refletem o papel do
Monarca como Defensor da Fé e Chefe das Forças Armadas; a Espada da Misericórdia (também
conhecida como Curtana), a Espada da Justiça Espiritual e a Espada da Justiça Temporal. Foram fornecidas na época de Jaime I entre 1610 e 1620, por um membro da Worshipful Company of Cutlers, usando lâminas criadas na década de 1580 pelos cuteleiros Italianos Giandonato e Andrea Ferrara.


Foram depositadas com as Insígnias de Santo Eduardo na Abadia de Westminister por Carlos II. A Espada
de Estado de duas mãos, feita em 1678, simboliza a autoridade do Soberano e também é carregada
perante o Monarca nas Aberturas Estatais do Parlamento.

A Espada de Estado Irlandesa é do século XVII e foi mantida pelo Lord Lieutenant of Ireland (um vice-rei) antes da independência da Irlanda do Reino Unido em 1922. Está exposta na Jewel House desde 1959.

O cabo tem a forma de um leão e um unicórnio e é decorada com uma harpa celta. Cada novo vice-rei era investido com a espada no Castelo de Dublin, onde geralmente ficava nos braços de um trono, representando o rei ou a rainha em sua ausência.

Foi carregado em procissão na frente dos Monarcas durante suas visitas oficiais a Dublin. Em Junho de 1921, a espada esteve presente na abertura oficial do Parlamento da Irlanda do Norte por Jorge V.

A espada foi exibida no Castelo de Dublin em 2018 como parte da exposição ‘Making Majesty’, sendo a primeira vez que esteve na Irlanda em 95 anos.

As Esporas de São Jorge
As Esporas que existem hoje foram também feitas para Carlos II e são de ouro maciço, ricamente
gravadas com padrões florais e pergaminhos. Têm tiras de veludo carmesim português bordadas em
ouro. Ambos os pescoços terminam com uma Rosa Tudor com uma ponta no centro.

São símbolo da Cavalaria e denotam o papel do Soberano como Chefe das Forças Armadas e Grão Mestre das Ordens e com o poder de Investir Cavaleiros. Sabe-se que Esporas de ouro foram usadas pela primeira vez em 1189 na Coroação de Ricardo I, embora seja provável que tenham sido introduzidas por Henrique, o Jovem Rei, em 1170, e esse elemento do
Ritual foi provavelmente inspirado na Cerimónia de Investidura dos Cavaleiros.

Um par de esporas douradas, de meados do século XIV, foi adicionado às Joias de Santo Eduardo na Abadia de Westminster em 1399, e usadas em todas as Coroações até sua destruição em 1649.
Historicamente, as esporas eram presas às botas de um Monarca, mas desde a Restauração que elas são
simplesmente roçadas nos calcanhares dos Soberanos ou mostradas às Rainhas.

No túmulo recém aberto do Rei D. Dínis, em Odivelas, o esqueleto do Monarca foi encontrado com
vestígios de esporas que terão sido sepultadas com ele.

O Bastão Relicário oferecido a Catarina de Bragança por Carlos II e Relíquia para um novo Bastão –
Relicário oferecida pelo Papa Francisco ao Rei Carlos III

A tradição de Sagrar os Monarcas e de os abençoar com Relíquias foi algo que se perdeu na Inglaterra
depois do Cisma de Henrique VIII e no resto da Europa com a abolição dos monarcas absolutos. A
reforma de Cromwell e a implementação da Monarquia Constituicional no Século XVII destruiu a maior
parte das Relíquias no Reino Unido e acabou com o uso da Cruz Bastão do Monarca contendo Relíquias.
Mas o Papa Francisco veio agora mudar tudo isso ao oferecer ao Rei Carlos III para a sua Coroação, dois
pedaços da Relíquia do Santo Lenho, a Relíquia da Madeira da Cruz de Jesus Cristo, uma Relíquia Insigne
trazida para Roma pela Imperatriz Mãe Santa Helena para adornar a Regália Imperial de seu filho
Constantino, o primeiro Imperador Cristão.

Carlos Evaristo é perito nessa história e conhece bem as Relíquias da Colecção Imperial de Relíquias guardada na Basílica Romana da Santa Cruz “em” Jerusalém, (assim chamada por estar construída sobre toneladas de terra do Monte do Calvário trazida pela Imperatriz). Evaristo vê neste gesto de Francisco, que passou despercebido a muitos, algo de extraordinário pois restaura na Monarquia Inglesa algo de
Sagrado que foi perdido com o protesto de Henrique VIII e nunca mais retomado após a implantação da República Inglêsa. O uso pelo Monarca de uma Cruz-Relicário Processional ou Bastão-Relicário era algo semelhante ao uso das Cruzes Processionais e Báculos pelo Papa e os Bispos.

Estas cruzes tinham nelas uma relíquia com que o Rei conduzia espiritualmente o seu rebanho “Católico” para Cristo, o Bom Pastor. A chamada Cruz de Santo Eduardo, o Bastão – Relicário em uso desde os tempos dos primeiros Reis Anglo-Saxónicos Cristãos foi supostamente oferecido pelo 1º Arcebispo de Cantuária mas perdido pelo Rei Ricardo, Coração de Leão, quando esse foi capturado e mantido refém durante as Cruzadas.


Foi depois substituído pelo Bastão – Relicário de Santo Tomás Beckett, o Arcebispo de Cantuária, morto
em 1170 por soldados do Rei Henrique II, que ao ouvirem o Monarca dizer em tom de lamento; “quem é
que me livra deste bispo medonho?” trataram de o assasinar.

Para relembrar aos Monarcas Inglêses essa tragédia, a Relíquia do Báculo ensanguentado do Arcebispo Mártir foi revestido de prata e passou a ser a Cruz-Bastão dos Reis do Reino Unido. Usada a última vez na Coroação do Rei Carlos I a relíquia foi depois oferecida por Carlos II à sua mulher, a Rainha Catarina de Bragança, que a levou consigo para Portugal depois de ficar viúva. Está hoje na Colecção do Paço Ducal de Vila Viçosa.
Existe um outro Bastão o Chamado Saint Edward’s Staff que é uma bengala de ouro cerimonial de 1,4
metros de comprimento (4,6 pés) feita para Carlos II usar em 1661. Não tem relíquia e é de um modelo
simples com uma cruz no topo e uma lança de aço na parte inferior.

É uma cópia da longa vara mencionada na lista de placas e joias reais destruídas em 1649, embora a versão pré-Interregno fosse um Bastão-Relicário de ouro e prata encimada por uma pomba e contendo uma relíquia que era colocada no Altar durante a Coroação.

A Relíquia agora oferecida pelo Papa já foi colocada por ordem do Rei Carlos III numa cruz de prata Celta oferecida em 2021 por Francisco e agora transformada pelos Ourives Reais numa nova Cruz-Bastão, o primeiro Relicário a ser usado por um Monarca em mais de 400 anos.

Outras Insígnias Reais usadas na Coroação

Durante o serviço de Coroação, o novo Soberano é também apresentado com vários ornamentos que
simbolizam a natureza espiritual da realeza. Estes incluem mantos, um anel, maços de guerra (chegou a
haver 16 maços mas hoje só sobrevivem 13), trombetas de aclamação e outras coroas e ceptros
menores que se destinam a ser utilizados pelas Rainhas Mãe, Consortes e pelo Príncipe de Gales e
Príncipes de Sangue Real.


A Copa ou Cálice da Fortaleza
É costume o novo Monarca oferecer para a Abadia de Westminister em sinal de agradecimento pela sua
Coroação, um conjunto de Cálice e Patena para culto Eucarístico. Esta tradição Europeia segundo Carlos Evaristo era baseada na Lenda do Santo Graal, o Cálice da última Ceia de Cristo que ficou popularizado no Culto Graalico do Conto Medieval do Rei Artur. Segundo uma lenda Medieval esta Relíquia terá sido levada para Inglaterra por São José de Arimateia e guardada na Abadia de Glastonbury onde os Reis de Inglaterra iam beber do mesmo para receberem a Sabedoria Salomónica. Mas tudo isso é lenda pois o único Graal reconhecido pela Igreja Católica como tal é o Cálice da Catedral de Valência que fazia parte das joias da Coroa dos Reis de Aragão.

Carlos Evaristo examina o Santo Cálice de Valência

O Santo Calíce de Valência incorpora uma copa de pedra do Século I que um estudo arqueológico identificou como sendo um copo pascal judaíco e que pode muito bem ter sido usado por Cristo antes de ter sido transformado num Cálice ornamentado pelo Sultão do Egipto na Idade Média. É durante a Coroação dos Reis de Inglaterra que os Cálices, Patenas e Pratos Litúrgicos anteriormente oferecidos à Abadia de Westminister por Monarcas antecessores, são exibidos no Altar para relembrar a Realeza Sacerdotal de Malquisedec, Rei de Salem e Sacerdote de El Elyon referido no Antigo Testamento. Outro Santo invocado é Zadoc cujo Arcebispo simboliza durante a cerimónia. Zadoc era o Sacerdote que ungiu David e Salomão tal como relembra letra da Música do mesmo nome composta por Jorge Handel para a Coroação do Rei Jorge II em 1727, e que será cantada na Coroação de Carlos III.

A REGÁLIA DA RAINHA CAMILA
Quanto à Rainha Consorte Camila sabemos que o título confirmado pela Rainha Isabel II para a esposa
do futuro Rei por ordem do mesmo deixará de ser usado após a Coroação pois quer Carlos III que seja
Rainha de facto.

Camila vai ser também coroada com uma Coroa que pertenceu à Rainha Maria, mulher de Jorge V e que
foi modificada com a colocação dos Diamantes Cullinan III, IV e V, pedaços menores dos Diamantes Cullinan I e II que estão na Regália do Rei e que Isabel II mandou transformar em pendentes de alfinete.

A modificação da Coroa deve-se ao facto de que o Palácio de Buckingham confirmou em Fevereiro que o diamante Koh-i-Noor não faria parte da Coroação do Rei Carlos e da Rainha Camilla.


O grande diamante foi dado à Rainha Vitória em 1849 como condição do Tratado de Lahore, que encerrou a primeira Guerra Anglo-Sikh, mas acredita-se que a jóia tenha vindo da Índia, e muitos indianos consideram a pedra como um pedaço de sua história nacional, roubado durante o reinado do
Império Britânico. A Rainha Camila também terá direito a orbe, ceptro e ao uso de dois mantos reais; o primeiro aquele nque foi usado por Isabel II durante a Coroação, e depois, outro feito propositadamente para a Rainha Camila desfilar.

Humberto Nuno de Oliveira

6 de Maio de 2023

Fotos: Arquivo Lyon Court, RTP, Arquivo Fundação Oureana e Arquivo Royal Collection Trust

*Carlos Evaristo, é Presidente da Direcção Vitalício da Fundação Oureana. Nasceu junto de um Castelo em London (Ontário) e reside hoje no Castelo de Ourém. É Comentador da RTP e CNN e Perito em Iconografia Sacra Medieval. Súbdito de Sua Majestade, conhece bem todo o ritual e tudo o que a Coroação simboliza. Nobre Escocês com o título de Barão Bailio de Plean. Foi o primeiro, e até hoje, o único Súbdito de Sua Majestade, de nacionalidade Luso-Canadiana, a poder usar Brasão de Armas e Bandeira em Flâmula e ainda um padrão pessoal de Tartã; honras concedidas em 2020, pela Rainha Isabel II através do seu Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia. Evaristo é quem legalmente substitui o Barão de Plean nesse Condado aquando da sua ausência. George Way, Barão de Plean é Membro da Corte do Lord Lyon da Escócia e tem o título de “Carrick” sendo um dos três Guardiões da Regália de Carlos III como Rei da Escócia, Jóias que incluem a “Pedra da Coroação” colocada no Trono ou Cadeirão de Santo Eduardo, a peça mais importante de todo o Ritual da Coroação.

Poderá rever na RTP Play a explicação feita por Carlos Evaristo sobre o tema da Regalia da Coroação. Ver Programa “Praça da Alegria” transmitido a 4 de Abril de 2023.

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Carlos Evaristo em entrevista ao Diário de Notícias: “Festa das Santas Relíquias de Belver é uma celebração única no país!”

Procissão anual leva urna relicário com relíquias à volta da Vila de Belver

“A vila protegida de Deus onde a história salva o futuro das jovens gerações”

FESTAS Agosto é tempo de regresso às raízes, em vilas e aldeias de bisavs e avós onde a história é feita de lendas e verdades. Nesta localidade alentejana, ficção e realidade uniram-se há muito tempo para proteger a continuidade desta terra e das suas gentes. Este domingo honram-se as Santas Relíquias de Belver, esperando-se uma afluência recorde.

Do alto de um monte, com vista sobre o rio Tejo, Belver é Terra de Guidintesta, envolta num ar de magia e fé em honra das Santas Relíquias. Hoje, é dia de festa e a gente regressa à terra para um reencontro anual. Jovens e anciãos, paróquia e Clube Recreativo e Desportivo Belverense, unem-se para criar “uma celebração única no país”, diz Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas. O culto secular coloca o poder de Deus nas ruas de Belver. Resta saber se é possível desvendar o que são as Santas Relíquias da vila. Mil anos antes, talvez também em dia de festa, uma princesa clamou, na colina do castelo junto a uma oliveira que ainda lá está, “mas que belo ver”, batizando assim este ponto das Terras de Guidintesta. Pelo menos é assim que diz a lenda, que em Belver é inseparável da História, num Alto Alentejo fronteiriço à Beira Baixa, lugar de fusão de costumes e tradições.

Afirmando que “existe uma parte de factos históricos e outra de lenda associada às relíquias”, o historiador belverense CarlosGrácio mantém um profundo “respeito pela originalidade e longevidade que as Santas Relíquias têm no imaginário e memória de Belver, de tal forma que ligam o religioso e profano numa celebração única”. O que são as Santas Relíquias “é o mistério”. Carlos Grácio ouviu a sua mãe contar que “nos anos de 1950 o relicário foi aberto e lá dentro estava uma caixa com várias divisórias onde as relíquias estavam dispostas em saquinhos, entre elas um anel de prata do bispo S. Braz, em honra de quem foi erguida a Ermida de S. Braz, dentro dos muros do Castelo de Belver e onde, originalmente, estavam depositadas as relíquias”. O que estaria nos saquinhos? E se as Santas Relíquias de Belver forem pedaços do poder de Deus na Terra? Lenda dourada ou fé inabalável?

Carlos Evaristo está na senda das relíquias portuguesas há décadas. Arqueólogo e historiador, integra um projeto da Fundação Histórico Cultural Oureana para catalogação destes artefactos em Portugal. Das Santas Relíquias de Belver conhece a “Lenda Dourada”, como é denominado o folclore criado em torno de devoções.

Citação completa de Carlos Evaristo: “O regresso das Santas Relíquias a Belver, depois de roubadas ou removidas, navegando sozinhas Tejo acima é um conto que se repete em outras terras da Península Ibérica, omo em Oviedo”, explica. “O mais provável é que as Relíquias foram pilhadas pelos Franceszes ou retiradas dos bustos relicários da Lipsanotheca do Castelo de Belver aquando da desacralização em 1834 mas isso são teorias minhas que preciso de investigar. O certo é que a devolução à Paróquia das relíquias, pilhadas no século XIX pelas tropas de Napoleão ou retiradas e colocadas numa Arca são algumas hipoteses viaveis. Outra é que tenam sido pedidas outras mais tarde ao Vaticano que, depois, as fez chegar novamente a Belver. Numa das hipoteses é certo que as mesmas foram transportadas provavelmente de barco pelo Tejo acima e daí a origem da lenda”.

A primeira referência identificada por Carlos Evaristo sobre este misterioso conjunto de objetos é de 1555, data em que foram trazidas para Belver, pela primeira vez, por D. Luís, filho do rei D. Manuel I e, à época, Prior do Crato, sendo a este priorado que pertencia a Ordem dos Hospitalários” detentora das Terras de Guidintesta. O que eram as Santas Relíquias no século XVI “não se consegue verdades. Nesta localidade alentejana, ficção e realidade uniram-se há muito tempo para proteger a continuidade desta terra e das suas gentes. Este domingo honram-se as Santas Relíquias de Belver, esperando-se uma afluência recorde.”

(…)

Sobre o que estará guardado hoje no relicário, Carlos Evaristo apurou em arquivos oficiais que Citação completa de Carlos Evaristo: “guarda várias relíquias provávelmente,. sem estarem e, relicários ou tecas pois foram retiradas dos bustos relícários existentes na Capela do Castelo que estão vazios assim sendo estão certamente dentro de envulcros de papel ou de pano com equiquetas ou escritos a identificar as mesmas e daí elas estarem numa espécie de arca que é venetrada. Mas consta também que existem outras em relicários de prata tal como uma relíquia de São Sebastião, outra de São Braz, Patrono da Ermida e ainda algumas referencias a ceras”.

As ceras em relicários são, habitualmente, Agnus Dei, Citação completa de Carlos Evaristo: pedaços de discos ovais imbuídos de benções contra os males benzidas pelo Papa e seus Cardeais a cada 7 anos do Pontificado e assim emanam o poder de Deus canalizado por uma bênção do seu representante na Terra: o Papa”.

Com pedaços do poder de Deus a percorrer todos os anos as ruas de Belver, não é de espantar
que a vila se mantenha a salvo de todos os males. “Facto é que em tempo de aflição as pessoas recorrem às Santas Relíquias e são atendidas”, conta Martina de Jesus, presidente da Junta de Freguesia.

(…)

A autarca não tem dúvidas de que “a história, folclore e etnografia de Belver representam o passado e são o futuro da terra”, que encontrou grande desenvolvimento no turismo de natureza e turismo cultural. O Castelo de Belver. “ (…)

Citação completa de Carlos Evaristo: Tal como as replicas da Arca da Aliança que são levadas em procissão pelos Padres Coptas de Gondar na Etiópia, ninguém sabe o que vai dentro da Arca Relicário de Belver.

TEXTO ANA MARTINS VENTURA

Diário de Notícias, 19 de Agosto de 2022

(Página 18 – Local)

https://www.dn.pt/local/belver-a-vila-protegida-de-deus-onde-a-historia-salva-o-futuro-das-jovens-geracoes-15100393.html?fbclid=IwAR0k4junkoRWjxXTsmLOG4OUFGLGFCvRzAXKq5uS-j8bCVDZRu6qNCADdQk

A equipa de peritos de Carlos Evaristo está a levar a cabo a reautenticação das relíquias da Peninsula Ibérica e já reautenticou os relicários da fabulosa colecção da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo em Braga entre outras colecções insignes. Para Evaristo; “As Relíquias da Arca de Belver deviam de ser estudadas e reautenticadas com a colocação de selos de lacre e emissão de Autenticas novas em conformidade com as normas e rubricas da Santa Sé para veneração pública de relíquias. Estas normas foram recentemente promulgadas pelo Papa Francisco e por isso esperamos que permitam que se realize este trabalho”.
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Faleceu Francisco Ramalho; Foi Chanceler da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala

NOTÍCIA – É com triste pesar que comunicamos o falecimento, ontem, 9 de Julho de 2022, de Francisco Pereira Ramalho (Mestre), Chanceler Emérito da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e um dos mais antigos membros da Ordem de São Miguel.

“O Senhor Ramalho” como era carinhosamente tratado por todos, nasceu em Moura, no Alentejo, a 4 de Março de 1932, tendo sido durante muitos anos bibliotecário da Fundação Calouste Gulbenkian, primeiro em Lisboa, e depois em Santarém.

Casou a 18 de Setembro de 1966, com Maria Isabel Diniz Pereira Ramalho, falecida em 1999, e com a qual teve duas filhas; Isabel Diniz Pereira Ramalho Jorge e Berta Diniz Pereira Ramalho falecida em 1994.

Francisco Ramalho era Membro Fundador da R.I.S.M.A

Monárquico assumido, Francisco Ramalho foi fundador a 16 de Novembro de 1987, da primeira Real Associação nacional em Mogadouro então denominada DECORO = Real Associação Escalabitana para a Defesa da Coroa, e depois com seu amigo de longa data, o Senhor Marquês de Rio Maior, D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, fundou a Real Associação de Santarém, hoje Real do Ribatejo.

Foi Membro Fundador da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala em 2001, e desde a fundação que fazia parte do Comando Geral da Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos Panteões e Monumentos Nacionais, do Conselho dos Condestáveis da Real Confraria do Santo Condestável e membro da Real Irmandade do Santíssimo Milagre de Santarém.

Francisco Ramalho era Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e também Cavaleiro Grã – Colar da Real Ordem de São Miguel da Ala, tendo sido investido em 1981, por S.A. R. o Duque de Bragança e o então Chanceler das Ordens Prof. Marcello de Morães. Era também Comendador Honorário da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e Cavaleiro com Colar da Ordem de Mérito da Casa Real. Tinha recebido a Medalha de Mérito de ambas as Ordens Dinásticas da Casa Real pelos longos anos de serviço e dedicação à Causa Monárquica e o seu empenho como Assessor do Chefe da Casa Real, D. Duarte Pio de Bragança.

Francisco Ramalho e o Marquês de Rio Maior

Em 2001, Francisco Ramalho foi nomeado Vice-Chanceler da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala, cargo que exerceu até 2017, altura em que foi promovido a Chanceler devido à elevação do Marquês de Rio Maior a Chanceler Mor por morte de S.A. D. Henrique de Bragança, Duque de Coimbra.

Em 2019, foi exonerado dos cargos que ocupava por motivos de saúde, tendo recebido em 2020 o grau de Grã-Cruz com Colar da R.I.S.M.A. por ocasião dos 850 anos da Ordem de São Miguel da Ala e os 20 anos da Real Irmandade da mesma Soberana Invocação. Infelizmente, por ter contraído COVID 19 não pôde participar nas Cerimónias de abertura do Ano Jubilar de São Miguel da Ala que tiveram lugar no Mosteiro de Alcobaça.

Era membro Grã-Cruz das Ordens Dinásticas de várias Casas Imperiais e Reais Patronas do Instituto Preste João do qual era também membro fundador; nomeadamente as Casa da Etiópia, da Geórgia, do Ruanda, do Vietnam, do Montenegro, do Havai, do Kupang, do Sulu, etc.

Representou no estrangeiro, várias vezes, a Chancelaria das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa, e presidiu com os restantes membros da Chancelaria. aos Capítulos Gerais da R.I.S.M.A. que tiveram lugar em Casale Monferrato e Roma, Itália, Santiago de Compostela e Oseira, Espanha tendo participado em várias Peregrinações Internacionais que ajudou a organizar; a Fátima, Santiago de Compostela, ao Vaticano, a Pádua e a Veneza.

Na Missa de Corpo presente que teve lugar hoje, pelas 12:00 Horas, somente com os familiares e alguns amigos mais chegados a assistirem na Capela do Crematório em Santarém, o Manto da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e as suas condecorações cobriam o caixão.

À família enlutada a Família Real Portuguesa e a Chancelaria das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa e Cúria, enviam os mais sentidos pêsamos.

A filha: Maria Isabel Diniz Pereira Ramalho Jorge, o genro Ângelo Rui Jacinto Jorge o os neto Pedro Miguel Ramalho Jorge e Rita Isabel Ramalho Jorge, agradecem a todos os amigos que manifestaram e continuam a manifestar o pesar pelo falecimento de Francisco Ramalho.

R.I.P. Francisco Pereira Ramalho (Mestre)
4 de Março de 1932 – 9 de Julho de 2022

COMUNICA-SE que haverá uma Missa de 7º dia presidida pelo Capelão Mor Adjunto da R.I.S.M.A. na Capela de Cristo Rei da Regalis Lipsanotheca, no Castelo de Ourém, Sábado, 16 de Julho de 2022, pelas 17:30 Horas, e outra Missa, em Santarém, na Igreja Paroquial de Marvila, Domingo, 17 de Julho de 2022, pelas 12:00 Horas.

No Columbário da Fundação Oureana será inaugurado com Honras de Exéquias Fúnebres, a 24 de Setembro de 2022, o Memorial a Francisco Pereira Ramalho (Mestre) amigo benfeitor da Fundação Oureana por quem os membros do Conselho de Curadores, Direcção e Conselho Jurídico – Fiscal rezam:

Dai-lhe, Senhor, o eterno descanso 
Entre os esplendor da luz perpétua. 
Descanse em paz.

Ámen

11 de Julho de 2022

Armas de Óbito de Francisco Ramalho desenhadas pelo Desenhador Heráldico Mathieu Chaine
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Fundações ajudam Real Confraria do Santo Condestável com patrocínio de transporte de bens para Apoio Social em Portugal e em África

A Real Confraria do Santo Condestável, um Apostolado Canonicamente erecto no espírito do laicado Carmelitano tem vindo, desde 1996, a servir de Departamento Socio-Caritativo das Fundações Oureana e D. Manuel II. A mesma organização acaba de realizar mais uma série de acções socias em antecipação da Festa do seu Patrono, São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.

O Coordenador de Acção Social David Alves Pereira com o carregamento de bens entregue em Évora

Teve início no mês de Outubro, Mês dedicado a Nossa Senhora do Rosário, mais uma série de campanhas para angariação e entrega de bens aos mais carenciados, tanto em Portugal como em África. Os bens resultam de um esforço nacional levado a cabo por parte da Coordenação Norte da Real Confraria e da Associação Mãos Unidas com Maria em Fátima para a recolha de roupas e outros bens de primeira necessidade para os pobres.

O Duque de Bragança em trabalho de voluntariado na Sede da ONG – “SIM”, no passado mês de Agosto

Foi o Coordenador Social da Real Confraria do Santo Condestável; Jorge Manuel Reis Gonçalves, juntamente com seus irmãos voluntários; os Confrades António e José Gonçalves, que procederam, por quatro vezes, à recolha e transporte em camião TIR, de toda uma série de bens usados recolhidos e também doados pessoalmente pelo Coordenador Regional Norte da Real Confraria; Rui Salazar de Lucena e Mello.

Dom Duarte de Bragança e a Drª Carmo Jardim no armazém da ONG – SIM, a 26 de Agosto de 2021

Seguidamente, foi preparado pela prima do Coordenador Rui Mello, a Coordenadora Marília Oliveira, o recheio de outro contentor de bens usados transportados pela ONG -“SIM” da Drª Carmo Jardim.

O Duque de Bragança em trabalho de voluntariado na Sede da ONG – “SIM”, no passado mês de Agosto

Um quinto carregamento de bens foi descarregado, há duas semanas, nos portos de contentores de Lisboa e Setúbal, tendo na altura, o Coordenador Geral e Condestável-Mor da Real Confraria, Carlos Evaristo, e sua mulher, a Confradesa Margarida Evaristo, acompanhado o processo em representação das Fundações D. Manuel II e Oureana que patrocinaram a recolha, transporte e logística dos voluntários.

O Juiz da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde, Ricardo Louro, acompanhado dos Irmãos voluntários.

A Associação Mãos Unidas com Maria, cuja Fundadora e Presidente é a dedicadíssima Confradesa Florinda Marques, também recolheu e preparou um outro carregamento de roupas de inverno para homem, mulher e criança, mantas e roupas de cama, assim como outros bens essenciais para crianças e também brinquedos. Estes bens porém, estão destinados aos mais desfavorecidos da Arquidiocese de Évora. Foi graças à pareceria de colaboração social existente com a Real Confraria do Santo Condestável que foi patrocinado e coordenado a entrega de hoje.

O Coordenador David Alves Pereira com o Juiz da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde, Ricardo Louro, acompanhado dos Veneráveis Irmãos voluntários

O material carregado em Fátima pela Florinda Marques e o Coordenador Social David Alves Pereira, que actuando na qualidade de Alcaide da Real Confraria do Santo Condestável e Comandante Geral Adjunto da Real Guarda de Honra, quis pessoalmente patrocinar todas as despesas de transporte em nome das organizações que representa.

A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria
A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria

Já em Évora foram Veneráveis Irmãos Voluntários da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde de Évora que receberam o carregamento que seguidamente irão entregar em parte às Casa Religiosas e à Santa Casa da Misericórdia de Évora. Estes bens, em grande parte, roupas, sapatos, mantas e brinquedos, serão distribuídos, por ocasião da Festa do Santo Condestável, pelos pobres e mais desfavorecidos da Arquidiocese incluindo famílias de migrantes.

A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria
A recepção em Evora dos bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria

Durante uma reunião com Coordenadores a semana passada em Sesimbra, o Condestável Mor da Real Confraria e Comandante Geral da Real Guarda de Honra, Carlos Evaristo, disse: “Estes bens enviados para Angola e Moçambique vão complementar um carregamento, já entregue, em Agosto, à ONG – SIM, pois o Sr. D. Duarte de Bragança, através da Real Confraria e das Fundações D. Manuel II e Oureana, quis ajudar as vítimas de Cabo Delegado, os pobres em Angola e São Tomé e Príncipe mas também pretende ajudar os mais necessitados em Cabo Verde e os refugiados da Síria, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal.”

Carlos Evaristo
Presidente da Direcção da Fundação Oureana

Para Carlos Evaristo; “É muito bom ver a Real Confraria e anteriormente, os Peacemakers, organização que criamos há 25 anos com o falecido John Haffert e posteriormente que desenvolveram actividades no estrangeiro com a ajuda dos falecidos Phillip Kronzer e o Capelão Padre John Mariani e isto sob a orientação do Vice-Postulador da Causa do Beato Nuno, o Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. e do Bispo de São Tomé e Príncipe D. Manuel António Mendes dos Santos. Hoje, são associações de fieis que servem de departamentos de acção social das Fundações e com grandes papeis activos na Igreja no campo da acção social, tanto em Portugal com em África. Importante também são as parcerias estabelecidas com organizações homólogas pois ninguém por si só consegue fazer o que se faz em conjunto. Fazemos isto em nome e em memória de São Nuno que com a sua Confraria e um Caldeirão, iniciou este trabalho social de recolha de alimentos e bens para os pobres de Lisboa a partir do Carmo em Lisboa. É ele o verdadeiro fundador da acção social em Portugal muito antes da Rainha D. Leonor e das Misericórdias que hoje têm um papel tão importante na sociedade. É igualmente importante a coordenação de trabalho de limpeza, desinfecção e preparação dos bens doados pelas pessoas voluntárias dedicadas tais como a equipa da Drª Carmo Jardim, a Florinda Marques, a Marília Oliveira e o Rui Mello. Mas igualmente importante é o trabalho dos voluntários no carregamento e transporte e aqui são as Fundações e as ONG que patrocinam as despesas, incluindo o envio de contentores. Agora esperamos poder ajudar com o envio de outro que queremos ainda patrocinar este mês para Cabo Verde e com bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria que incluem mobiliário e material escolar.” !”

Este ano a Festa de São Nuno de Santa Maria e o Capítulo Geral da Real Confraria do Santos Condestável, tem lugar na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com Investiduras a iniciarem pelas 18:30 Horas, seguido depois de Missa Solene e Jantar de Convívio dos Confrades.

Os Confrades; Ricardo Louro e David Pereira
Logo da Associação Mãos Unidas com Maria
Peacemakers, Obra de Acção Social da Real Confraria do Santo Condestável

30 de Outubro de 2021

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RELÍQUIAS DE SANTOS PORTUGUÊSES PODEM DESVENDAR MISTÉRIO DA IDENTIDADE DE COLOMBO

O Presidente da Fundação Oureana Carlos Evaristo, entregou várias amostras de osso, sangue e cabelo de Santos Portugueses para estudo na Universidade de Granada.

Para chegar à identidade de Cristóvão Colombo a equipa do Professor José Lorente Acosta do Laboratório de ADN do Departamento de Medicina Legal, Toxicologia y Antropologia Física da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada, realizou analises entre 2002 e 2004 que comprovaram que os poucos ossos que estão na Catedral de Sevilha são mesmo do Navegador pois comprovou-se que eram do pai de Hernan Colon, também sepultado na Catedral, e de um irmão de Diego Colon que estava sepultado na Cartuxa da mesma cidade.

O Prof. José António Lorente com as caixas contendo três amostras da família Colón.

Uma vez obtido o perfil genético de Colombo procedeu-se à comparação do seu ADN com várias famílias Italianas com as mais diversas variações do apelido, mas foi algo que segundo Lorente “não foi conclusivo dado que não se verificaram ligações com nenhumas das famílias italianas.”

A falta de matéria óssea aliada à pouca que então foi disponibilizada para o projeto cedo se revelou um impedimento pelo facto da tecnologia à época não poder ir mais além, estando-se igualmente a destruir o pouco de matéria óssea que havia. Tal determinou a suspensão do projeto que só agora foi retomado, 16 anos mais tarde, precisamente no dia 20 de Maio, por ocasião do 515º aniversário do falecimento do navegador em 1506.

Para testar as várias teorias procuraram-se ossadas de supostos parentes de Colombo que serão analisadas e comparadas com os marcadores do ADN do navegador, do seu irmão e filho, para se tentar estabelecer uma ligação próxima de parentesco. Porém duas amostras para suporte de duas das teorias portuguesas não foram submetidas para análise pelo laboratório a cargo de Lorente porque segundo os defensores das duas teses, as análises de ADN serão feitas em Portugal e os resultados depois enviados para Granada para comparação.

No entanto, três amostras que podem ser determinantes neste projeto, foram oficialmente entregues no laboratório na passada quarta-feira por Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas e iconografia sacra medieval que colabora no projeto Colombo há já vários anos. As relíquias transportadas da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana no Castelo de Ourém num cofre de metal selado com selos de lacre episcopais, foi aberto no laboratório sendo o conteúdo entregue mediante a assinatura de um auto.

No âmbito da retoma do projecto de estudo do ADN de Cristóvão Colombo, anunciado na passada quarta-feira pela Universidade de Granada, foi organizada pela mesma Universidade, uma Conferência Internacional onde peritos nas várias teorias que existem acerca da nacionalidade do navegador, apresentaram as provas para sustentarem as suas teses.

Na ausência de outras amostras de restos mortais contemporâneos que pudessem sustentar a teoria genovesa, os cientistas voltaram a atenção para as outras teorias, descartando algumas mais distantes e considerando agora aquelas que defendem que Colombo era ibérico como as mais plausíveis.

A Magnifica Reitora, Lorente e o Produtor da Série Documentária para a TVE.

Só os defensores da teoria hoje mais comummente aceite, mas também a mais questionada, a de Colombo ter sido Genovês, é que não se fizeram representar. No entanto houve apresentações por peritos das teorias de Colombo Catalão, Valenciano, Aragonês, Galego, Castelhano, e de três teorias distintas, mas que defendem a sua origem Portuguesa: a de ter sido um corsário, de ascendência nobre, apresentada por Fernando Branco; a de que seria um filho bastardo de uma Infanta D. Isabel, de José Matos e Silva e a de que era filho de um Infante da Casa Real de Avis, do falecido Mascarenhas Barreto apresentada por Carlos Evaristo.

O Professor Lorente dirigindo-se a Carlos Evaristo durante a Conferência de Imprensa.

Evaristo foi convidado especial da Universidade de Granada e da TVE no encontro tendo participado na Conferência de Imprensa Internacional e na Conferência do Projecto Cólon ADN. Durante os três dias em Granada o Presidente da Fundação Oureana apresentou um dossier de provas documentais que sustentam a hipótese do Colombo ser Português mas disse considerar todas as teorias apresentadas na conferência “muito bem fundamentadas embora simpatize mais com a teoria de que Colombo era um membro bastardo da Casa Real Portuguesa”.

O Presidente da Fundação Oureana e Autor que compilou um estudo juntamente com o explorador subaquático Dave Horner sobre os Segredos e Mistérios de Colombo e co-produziram também um documentário com o premiado realizador americano Paul Perry sob o mesmo tema.

No encontro Evaristo apresentou provas e defendeu a teoria do seu falecido amigo e mentor, o pesquisador Augusto de Mascarenhas Barreto, que defendia que Colombo seria filho bastardo de D. Fernando, Duque de Beja e de Isabel Zarco, filha do Navegador João Gonçalves Zarco, nascido na Cuba do Alentejo, tendo como verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco ou Salvador Gonçalves Zarco. Mas considera, “o mais importante é comprovar que o Colombo era ibérico, e não Genovês, algo que o Papa Alexandre VI já havia afirmado ao referir-se ao Almirante como um filho amado das Hispanias na Bula Inter cætera.”

Esta Bula, de 4 de Maio de 1493, estabelecia um meridiano situado a 100 léguas a oeste do arquipélago do Cabo Verde, relativamente ao qual o que estivesse a oeste do meridiano seria Espanhol, e o que estivesse a leste, Português, antecedendo a divisão do Novo Mundo que viria em 1494 a ser acordada em Tordesillhas e que veio a favorecer Portugal na corrida para encontrar o caminho marítimo para a Índia.

Na balança histórica pesa mais o prato das provas de que era português; independentemente das teorias o facto é que todas elas o colocam como ligado à Casa Real, sendo então fundamental, tentar estabelecer a eventual ligação genética obtendo marcadores iguais com Santos da Casa Real.

De qualquer das formas evaristo acredita que Colombo serviu como Capitão de Guerra, uma espécie de Agente Secreto naquilo que diz respeito a desviar as atenções do Papa Borja Espanhol e dos Reis Católicos do verdadeiro caminho marítimo para a Índia e da existência de terras no Brasil e no Canadá, descobertas anteriormente à chegada do Colombo às Américas em 1492 e que seriam perdidas para Castela, tal como haviam sido as Ilhas Canárias, ao abrigo do tratado das Alcáçovas. Por isso estas descobertas só foram reveladas oficialmente depois de D. João II ter garantido mais 370 léguas com o Tratado de Tordesilhas que as abrangeram. É por isso que segundo Evaristo, com as revelações da existência destas terras em 1498 e 1500 Colombo cai na desgraça, foi preso e embora liberto, morreu em relativa obscuridade e com todos os direitos revogados.

Com a finalidade de encontrar provas genéticas que comprovem estas teorias, o perito em relíquias, Carlos Evaristo passou 10 dos 30 anos que já dedica ao estudo de Colombo, à procura de material genético contemporâneo ou anterior ao mesmo, mas sem êxito. Segundo o arqueólogo fundador do Real Instituto de Arqueologia Sacra; “não existem restos mortais na maioria dos túmulos e sepulturas dos supostos pais ou irmãos de Colombo em Portugal, para comparação. Alguns de Reis como D. Manuel I, D. João II e a Princesa Santa Joana são difíceis de abrir sem causar danos ou se gastar muito dinheiro. Os restos mortais em falta, por não haver registos de traslados, crê-se terem sido simplesmente removidos e transferidos para as valas comuns dos cemitérios públicos quando da ordem de despejo de todas as campas nas igrejas depois de 1834, uma ação que levou à chamada revolta da Maria da Fonte.”

Lorente e Evaristo conferem as amostras de osso, sangue e cabelo no Laboratório.

Foi então que o autor pensou em se testarem relíquias de Santos da Casa Real Portuguesa para possível comparação do ADN com os três Colombos; o navegador, o filho e o irmão. A escolha recaiu nas relíquias que Evaristo juntou e guarda na Regalis Lipsanotheca no Castelo de Ourém, local onde está sedeado o Apostolado de Relíquias canonicamente ereto, fundado por ele e pela mulher Margarida, técnica assistente de conservação de relíquias há 33 anos.

“O problema”, segundo Evaristo, “era que há 16 anos, por exemplo, não era possível extrair ADN de cabelo e hoje já é e por isso o Professor Lorente como não queria gastar mais matéria óssea por haver pouca, decidiu sabiamente suspender o estudo até que a tecnologia evoluísse. Agora que já é possível, pediu para que nós submetêssemos as amostras.”

Assim, três cabelos da Rainha Santa Isabel com mas de sete séculos foram cuidadosamente removidos por Lorente e Evaristo de um relicário com uma sua madeixa, selado em lacre com o sinete do Bispo Conde de Coimbra D. Frei Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré. Este cabelo havia sido recolhido pelo mesmo prelado na presença do Rei D. Miguel I conforme documentação existente em arquivos quando da abertura do túmulo da Rainha Santa para verificação do estado de conservação do seu corpo incorrupto.

As outras duas amostras de relíquias de Santos fornecidas por Evaristo são mais difíceis de re-autenticar por terem perdido os selos de autenticidade ao longo dos séculos e terem sido removidas de relicários originais antes de terem sido vendidos por particulares. São supostamente sangue e ossos de dois Santos Portugueses que já tinham um grande culto contemporâneo a Colombo e que eram membros da Família Real de Avis e de Bragança. Embora Evaristo acredite que sejam genuínas, caso não se verifique o parentesco entre elas, o mesmo está preparado para pedir outras amostras destes santos e de outros que ainda estão na posse das entidades originais desde o falecimento dos mesmos.

Evaristo entregou também várias amostras de ossos que pensa serem de membros da alta nobreza Portuguesa de comprovada antiguidade contemporânea ao Colombo para comparação.

“Sendo os Santos da Casa Real antepassados comuns ou parentes directos das várias pessoas apresentadas nas diversas teorias Ibéricas como sendo possíveis pais de Colombo, a descobrir-se um elo de ligação poderá esse servir para confirmar que ele era pelo menos ibérico, se não mesmo Português. Uma vez que tudo o que roda em torno da sua vida, desde os escritos às ligações e afirmações feitas por outros à época vão nesse sentido. Até a sentença do Supremo Tribunal Espanhol de 1515 que ratificou uma decisão do Tribunal de Santo Domingo a respeito dos direitos à herança familiar, declarou que o Navegador se chamava Xproval Colomo em 1484 quando chegou de Portugal e que era provavelmente de origem Portuguesa. O mesmo escreveu Paolo Toscanelli em correspondência contemporânea e é o que referem recibos de pagamento da Rainha D. Isabel entre outros escritos existentes. O facto de ser um estrangeiro e ter casado com uma nobre portuguesa, de ter uma Carta de D João II que é um Salvo Conduto entre outros privilégios que só um parente da Família Real teria, tais como se sentar na presença do Rei, de assistir à Missa com ele e de estar a sós com a Rainha e o Príncipe D. Manuel durante vários dias, são todos factos documentados que levaram pessoas a questionar a sua verdadeira identidade e verdadeira missão à época.”

Para já fica de parte a proposta que Carlos Evaristo apresentou a Lorente há já vários anos como sendo a mais concreta para estabelecer uma ligação à Casa Real Portuguesa: a abertura da urna em chumbo do Príncipe D. Miguel da Paz, que Evaristo identificou há vários anos na Capilla Real de Granada. Príncipe que foi primogénito de D. Manuel I e da filha dos Reis Católicos e por isso, segundo a tese de Mascarenhas Barreto, um sobrinho de Colombo.

O Cabido da Sé de Granada porém tem até agora recusado permitir a abertura da urna e mesmo com um método não demasiado invasivo proposto por Evaristo de introduzir uma c
câmara endoscópica com pinça. Afirmaram em carta ser “um momento inoportuno”.

Restos óseos exhumados de la tumba de Cristóbal Colón en la Catedral de Sevilla en el año 2003.
Fragmentos de la urna y los huesos de los restos de Cristóbal Colón recuperados, en la Catedral de Sevilla. Horizontal.

O facto de haver poucos ossos de Colombo em Sevilha, um mero punhado de uma matéria óssea que mais se parece com uma mão cheia de pedras, deve-se, segundo um estudo Carlos Evaristo “à prática religiosa universal em vigor até ao século XIX de deixar uma terça parte do esqueleto no local de sepultamento original quando havia um traslado. Isto para que no caso de se perderem os ossos no transporte ou posteriormente, por outra razão, haver sempre algo para que os anjos no dia do julgamento final pudessem recriar o corpo para o unir à alma e assim o reanimar na ressurreição dos mortos.

Dado que os restos de Colombo estiveram insepultos em Valladolid tendo sido o corpo desmembrado e descarnado segundo o processo Teutónico (a prática de desmembrar e descarnar os corpos para posterior transporte), e depois os mesmos transferidos para o Mosteiro da Cartuxa em Sevilha e daí para Santo Domingo, depois para a ilha de Cuba e de regresso a Sevilha, não é de admirar que a República Dominicana afirme guardar uma boa parte do esqueleto do navegador no chamado farol de Colón em Santo Domingo e de a maior parte ter desaparecido. Pode ser também que os restos que estão lá sejam os de Diogo Colombo ou uma mistura dos dois. Em Valladolid o município procede com escavações no local do antigo Convento de São Francisco, local onde morreu Colombo. Foi já identificado o local preciso do seu primeiro sepultamento ou repouso da caixa com os seus ossos e onde teria sido enterrada, segundo Evaristo, a primeira terça parte dos mesmos.

O historiador Marciel Castro que foi quem teve a ideia em 2002 de se iniciarem estudos genéticos aos restos mortais de Colombo, foi também a pessoa instrumental na localização dos restos mortais do irmão do navegador, de nome Diego, e esteve na origem da ideia para a abertura do túmulo do filho do Navegador; Hernan. Castro foi também quem localizou a capela da primeira sepultura sobrepondo um mapa antigo a um mapa actual.

Maciel Castro, Carlos Evaristo e José António Lorente.

Carlos Evaristo descobriu também que o facto de não se conhecer o verdadeiro nome de Colombo e a sua verdadeira nacionalidade foi o impedimento maior que a Sagrada Congregação dos Ritos teve no século XIX para abrir o processo para a Canonização do navegador, tal como havia sido proposto pelo fundador dos Cavaleiros de Colombo, Padre Michael Mc Givney através do Episcopado Norte Americano.

Para Carlos Evaristo “a identidade de Colombo é uma página da história universal que falta escrever e se não for o Professor Lorente e sua equipa finalmente a escrever esse capítulo final, nunca se poderá pôr fim a um mistério com mais de 500 anos. E mesmo que ele não seja Genovês, ou Espanhol ou Português, o que interessa é a verdade. Isso em nada tira o valor da missão dele ou daqueles dedicados investigadores que perante este mistério forense seguiram pistas válidas baseadas em factos contemporâneos para apresentarem várias teorias. Não é afinal o que fazem sempre todos os investigadores quando há um crime por resolver?”

“Mas é o ADN”, garante o Professor José Lorente Acosta, chefe da equipa de investigação do Projeto ADN Colón da Universidade de Granada, “que será a chave para desvendar o mistério”. Um mistério que Colombo nunca quis revelar em vida, nem mesmo aos filhos.

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TEORIAS APRESENTADAS DURANTE A CONFERÊNCIA

Teoria Valenciana: Colombo tinha uma dupla identidade: “Genovês de nação” e cidadão Valenciano”.

Palestrante: Francesc Albardaner i Llorens, Membro da Sociedade Catalã de Estudos Históricos do I.E.C., Sócio da Instituição Catalã de Genealogia e Heráldica.

Resumo: A pesquisa de Francesc Albardaner situa Cristóbal Colom em Valencia no seio de uma família de judeus convertidos, cujo comércio era tecelões de seda, à qual pertencia sua mãe. Seu pai era um emigrante da Ligúria que chegou a Valência com o clã Gavoto de Savona, que criou empresas de tecelagem de seda e brocado e fábricas de papel em Valência, a partir do ano de 1445 ou pouco antes. O casamento pode ser considerado intra-união, uma ocorrência frequente naquela época. Por ser filho de casal misto, podia apresentar-se tanto como “genovês da nação”, por ser filho de pai genovês, ou como súdito natural da Coroa de Aragão, por ser cidadão de o Reino de Valência. Cristóbal Colom também teve uma formação dual: cristã na esfera pública e judia no claustro familiar. Na verdade, ele foi um criptojudeu que não se interessou em dar a conhecer as suas origens hebraicas nos momentos difíceis da imposição da inquisição castelhana em todos os territórios da Coroa de Aragão. Sua origem judaica sefardita foi um dos principais motivos que o obrigaram a não divulgar sua origem.

Teoria Portuguesa I: Colombo era na verdade um corsário português

Palestrante: Fernando Branco, Professor da Universidade de Lisboa (IST, Instituto de Engenharia) e Membro Honorário da Academia Portuguesa de História

Resumo: A hipótese portuguesa afirma que Cristóvão Colombo se chamava realmente Pedro Ataíde e era um corsário português. O Professor Fernando Branco recolhe no seu livro “Cristóvão Colombo, nobre português” as numerosas coincidências entre a vida do almirante e a de Ataíde, ambas inclusive participaram na guerra de Aragão e na batalha naval do Cabo de S. Vicente. O que se sabe de Pedro Ataíde justifica, como aconteceu com Colombo, sua fuga para Castela em 1485, suas ligações com a nobreza portuguesa em Sevilha e o texto da carta que D. Juan II lhe enviou. Justificaria também, ao regressar da primeira viagem, o seu reconhecimento por João da Castanheira na ilha de Santa Maria e a visita da Rainha de Portugal ao convento da Castanheira. Em 2017, o grupo de investigadores da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Técnico de Lisboa exumou os restos mortais do primo paterno de Pedro Ataíde. Os ossos de António de Athayde, primeiro Conde de Castanheira e primo do corsário português, foram exumados da igreja onde foi sepultado, perto de Lisboa, para extracção do ADN nuclear.

Teoria portuguesa II: Colombo, filho bastardo de Infanta Portuguêsa

Palestrantes: José Mattos e Silva (António Mattos e Silva)

Resumo: Cristóvão Colombo era filho bastardo da Princesa Leonor de Aviz e D. João Menezes da Silva, justamente em período de negociações para o futuro casamento da princesa com o Imperador Frederico III, portanto não poderia ser considerado filho da princesa e foi adotada por um de seus servos. Ambos os pesquisadores fornecem amostras genéticas do suposto ramo paterno e materno.

Teoria de Navarra: Colombo transferiu o topônimo de Ainza para a América

Palestrante: Jose Mari Ercilla, Pesquisador e médico aposentado.

Resumo: Segundo a tese de José Mari Ercilla, Cristóbal Colón nasceu na Baixa Navarra e era portador do antígeno HLA-B27, característico de escapamentos. Todos os personagens importantes da vida de Colombo têm um forte vínculo com Navarra e grande parte do seu vocabulário coincide com o da área dos ultra-portos. O topônimo Ainza era o nome da cidade da Baixa Navarra onde nasceu Cristóvão Colombo (atualmente Ainhice Mongelos). Este nome não existia em outra parte do mundo além da América e após a descoberta deste por Colombo. Um nome que só quem nasceu ali poderia saber porque os Colom, segundo o censo real navarro, habitavam esta localidade com apenas cinco casas.

Teoria de Maiorca: Colombo era o filho secreto do Príncipe de Viana

Palestrante: Gabriel Verd Martorell, Historiador e Presidente da Associação Cultural Cristóbal Colón

Resumo: A teoria da origem maiorquina de Cristóvão Colombo não foi documentada documentalmente até o século passado em que diversos historiadores tentaram mostrar que o descobridor era filho natural de Dom Carlos, Príncipe de Viana (irmão do Rei Fernando el Católico) e o maiorquino Margalida Colom. Ele nasceu em Felanitx, Maiorca, em 1460. Esta teoria foi defendida por historiadores de grande prestígio, como Manuel Lópéz Flores de Sevilha, Irmão Nectário Maria venezuelano e Torcuato Luca de Tena, etc. Colombo durante sua terceira viagem ao Novo Mundo batizou Ilha Margarita na costa da Venezuela em 1498 com o nome da mãe e escreveu-o em maiorquino «Margalida». O grande filólogo espanhol Ramóm Menéndez Pidal mostrou que Colombo “sempre escreveu em latim ou espanhol, nunca em italiano ou genovês, e tampouco os italianismos aparecem em seus escritos”. Em abril de 1492, um importante documento de valor histórico incalculável foi assinado em Santa Fé de Granada, conhecido como “as Capitulações de Santa Fé” e no qual foram estipuladas todas as condições estabelecidas entre o Descobridor e a Coroa, por meio do qual o levaria a cabo o empreendimento da descoberta. No documento citado, Colombo é nomeado almirante, vice-rei e governador geral. Ele também recebe o título de “Don”, que, como nos diz o professor Juan Manzano em uma de suas publicações, “era um título honorário e digno usado por reis e membros de suas famílias”. Os cargos de vice-rei e governador geral aparecem na época do descobrimento na Coroa de Aragão e não na castelhana. São cargos de alta categoria social e até mesmo o de Governador Geral foi reservado para pessoas de sangue real. Outro fato importante a destacar é que Colombo possuía uma cultura extraordinária para sua época. Todos esses dados, junto com outros, defendem a hipótese de que o descobridor não poderia ser o genovês Cristoforo Colombo, tecelão e estalajadeiro.

Teoria Galega: Colombo era de origem Galega

Palestrante: Eduardo Esteban Meruéndano, Presidente da Associação Cristóbal Colón Galego “Celso García de la Riega”

Resumo: A possível origem galega de Cristóbal Colón foi postulada em 1898 como a primeira refutação da origem genovesa, por Celso García de la Riega de Pontevedra. Documentos, toponímia e linguagem foram a base fundamental do suporte de uma teoria conhecida, seguida e difundida por historiadores (Enrique Zas Simó, Constantino de Horta e Pardo), pedagogos (Virgilio Hueso Moreno, Ramón Marcote Miñarzo, Nicolás Espinosa Cordero), acadêmicos (Wenceslao Fernández Flórez, Emilia Pardo Bazán) ou figuras culturais (Ramón María del Valle – Inclán, Torcuato Luca de Tena e Álvarez Ossorio), entre muitos outros. Em 1928, silenciado por pressões políticas devido à iminente celebração da Exposição Ibero-americana de Sevilha.

A recente legitimação dos documentos históricos pelo Instituto do Patrimônio Cultural da Espanha (2013), que contêm os sobrenomes “Colón” e “de Colón”, bem como as Capitulações de Santa Fé, pode colocar a família do navegador em Pontevedra , antes e durante a descoberta.

Teoria Castelhana: Colombo era Castelhano

Palestrante: Alfonso C. Sanz Núñez, Autor do livro “Don Cristóbal Colón. Almirante de Castela “

Resumo: A tese castelhana afirma que Cristóvão Colombo nasceu em Espinosa de Henares (Guadalajara) em 18 de junho de 1435. Ele era neto de Don Diego Hurtado de Mendoza, Almirante de Castela. Sua mãe era Dona Aldonza de Mendoza, Duquesa de Arjona . Ela morreu de parto duplo. No testamento desta Senhora, feito dois dias antes de sua morte, aparece Cristóbal Genovés, a quem ela deixa 13.000 maravedíes. O irmão gêmeo do almirante, Alfón el Doncel, foi assassinado quando tinha cinco anos. Seu tio, o Marquês de Santillana, usurpou sua herança. Os reis concederam-lhe as mesmas prerrogativas que o Almirante de Castela tinha o título de Almirante do Mar Oceano antes do Descobrimento, porque lhe correspondia por linhagem. Os emblemas de seu avô e de sua mãe aparecem no brasão de Colombo.

Teoria portuguesa III: Colombo, um bastardo da Casa Real e Espião ao Serviço do Rei de Portugal.

Palestrante: Carlos Evaristo, Arqueólogo e Historiador, Presidente da Fundação Oureana e do Instituto Cristóvão Colom.

Resumo: A teoria do falecido Autor Professor Augusto Mascarenhas Barreto, defendida por Carlos Evaristo é que Cristóvão Colom não seria Genovês, mas poderia ser filho bastardo de D. Fernando, Duque de Beja e Viseu, e de Isabel Gonçalves Zarco, de ascendência Judia e Genovesa.

O seu nome seria Salvador Fernandes Zarco e seria originário de Cuba, Alentejo. Colom seria um Capitão de Guerra, um Espião como o 007, com licença para matar, ao serviço do Rei João II de Portugal. A missão deste suposto irmão de D. Manuel I era desviar a atenção dos Reis Católicos da verdadeira rota para a Índia, oferecendo-lhes uma rota alternativa. Esse engano permitiu que Portugal negociasse um novo Tratado para ficar com a Índia e com a posse das terras do Brasil e do Canadá já descobertas.

Carlos Evaristo, para além de estudar os túmulos do Duque de Beja e das suas irmãs, todos estranhamente vazios, identificou uma urna de chumbo com os restos mortais do Príncipe Miguel da Paz, filho de D. Manuel I na Cripta da Capela Real de Granada na espera de autorização para abri-lo.

Foram também recolhidas por Evaristo outras relíquias significantes ligadas à Casa Real Portuguesa que serviriam como principais amostras de DNA para finalmente permitirem confirmar, ou não, esta que é a teoria mais antigo do Colombo português.

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Os resultados das análises de ADN serão divulgadas pelo Professor Lorente no dia 12 de Outubro, aniversário da chegada de Colombo às Américas em 1492.

Granada, 19 de Maio de 2021

Real Instituto Cristóvão Colom – Salvador Fernandes Zarco – RAHA

(DEPARTAMENTO DE PESQUISA COLOMBIANA AUGUSTO MASCARENHAS BARRETO DA FUNDAÇÃO OUREANA)

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Fundação Oureana celebra 30 anos da sua criação e 55 anos do “Restaurante Medieval” com 150 convidados vindos de 25 países

150 convidados vindos de 25 países congregaram no Castelo de Ourém, no passado dia 26 de Setembro, para celebrarem os 30 anos da Fundação Oureana e os 55 anos do seu icónico Restaurante Medieval.

Segundo o Presidente da Direção e Cofundador, Dr. Carlos Evaristo; “Como as celebrações dos 25 e 50 anos do Restaurante Medieval, em 1995 e 2020, realizadas em parceria com a Câmara Municipal, tiveram concertos gratuitos para o público com vários artistas de renome, exposições e sardinhada, decidiu-se que os festejos deste ano fossem de carácter mais privado e por convite para se poder congregar a grande família de Patronos, Benfeitores, Subsidiários e Parceiros Protocolares.”

Alto Patronato

As celebrações deste ano contaram com a presença, não só do Patrono de longa data da Fundação; D. Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, mas também de seu filho; D. Afonso, Príncipe da Beira e de Don Cristóbal Colón XX, Duque de Verágua e Grande de Espanha (descendente directo do Navegador Colombo). O Duque de Verágua esteve acompanhado de Don Manuel Pardo de Vera e Don Manuel Ladrón De Guevara e Isasa, sendo os três Nobres, os representantes Real Asociación de Hidalgos de España.

Tal como na inauguração do Programa Medieval em 1970, estiveram também presentes nos festejos, vários Prelados e membros do clero; Capelães honorários da Fundação vindos de várias partes do mundo.

O Patrono Arcebispo Castrense D. Timothy Broglio, Presidente da Conferência Episcopal Norte Americana, por sua vez convidou seu amigo, o Senhor Patriarca de Lisboa D. Rui Valério, natural de Ourém a estar também presente nesse dia.

Memorial à Peregrinação do Ano Santo Jubilar 2025

Na Regalis Lipsanotheca, Capela de Relíquias da Fundação, o Arcebispo Castrense benzeu um memorial com a imagem de Nossa Senhora de Fátima e dos trés Pastorinhos, um memorial comemorativo da Peregrinação Internacional dos Parceiros Protocolares a Fátima neste Ano Santo Jubilar.

O Memorial da peregrinação foi patrocinado pela Bezines Group LLC e a American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House. (Ver artigo)

Reinauguração da Botica de São João

Seguidamente, os convidados subiram até ao Paço dos Condes, descendo logo depois para o Largo John Haffert, localizado nas Portas de Santarém, onde foi reinaugurada a Botica de São João, uma farmácia reconstruída em 2000 cuja fundação é popularmente atribuída a São Nuno. (Ver artigo)

Memorial ao Colombo

Depois da visita guiada à botica pelo criador do mesmo; Carlos Evaristo, os convidados foram encaminhados para o Restaurante Medieval onde logo se inaugurou um Memorial ao Colombo que segundo Carlos Evaristo,  pretende; “homenagear meu compadre John Haffert e o seu principal colaborador; o Prof. Dr. Augusto Mascarenhas Barreto, as duas figuras que de facto criaram o Programa Medieval.”

“Foi graças à figura do Colombo”, explicou Evaristo, “que se juntaram estes dois grande homens. Daí a ideia da criação de um Memorial ao Colombo que juntasse estas duas figuras mas que também se prestasse homenagem àqueles que durante séculos estudaram os enigmas do Navegador uma vez que agora através do estudo do ADN, pelo menos já se concluiu que o mesmo era Ibérico e Judeu Sefardita e não Italiano.” (Ver artigo)

Para Evaristo “O facto de John Haffert ter conseguido, durante mais de 50 anos, trazer pessoas de todo o mundo a Fátima e ao Restaurante Medieval no Castelo de Ourém, é algo extraordinário. Faz relembrar os tempos em que o IV Conde de Ourém, D. Afonso, congregava no seu Paço convidados vindos de toda a Europa, falando-se sete línguas”.

Deste vez sentaram-se ao Banquete dos Reis convidados da Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Macau, Malta, México, Nova Zelândia, Polónia, Reino Unido, Ucrânia, São Tomé e Príncipe, Suécia e Suíça.

No Salão foi especialmente exposto para esta ocasião um conjunto de artefatos relacionados com John Haffert e Barreto, e entre eles, o prémio em cobre em forma de pinha atribuído pela Zona de Turismo Rota do Sol em 1979 oferecido à Fundação pelo Presidente do Exército Azul dos EUA Dave Carollo e a sua placa de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, a primeira e única Ordem que recebeu em vida. 

Também exposto estavam livros e objetos de Mascarenhas Barreto como um dos seus celebres cachimbos e um chapéu oferecidos pelo seu filho Paulo Barreto presente no evento com a esposa, irmão, cunhada e sobrinha. 

Sete manequins espalhados pelo salão foram vestidos com os fatos dos chamados Espíritos do Castelo, um programa de teatro que durante 50 anos foi visto no Restaurante Medieval por cerca de 4 milhões de pessoas. Esses fatos., tal como a mobília e decorações do salão, incluindo as tapeçarias e armas foram desenhados pelo punho de Mascarenhas Barreto um dos diretores da RTP à época.

Assinatura de Protocolos

Já no final das celebrações teve lugar uma Sessão Solene em que foi celebrado mais dois protocolos de colaboração; um entre a Fundação e a Real Asociación de Hidálgos de Espanha e o outro entre a Fundação e o Grupo Bezines LLCD.

Seguiu-se depois a entrega de várias distinções em nome de diversas associações e entre elas, condecorações de mérito entregues pelo Senhor Arcebispo Broglio, pelo Senhor D. Duarte e o Senhor D. Afonso de Bragança, pelo Don Manuel Pardo de la Vera e por João Teixeira. (Ver artigo)

A noite terminou com um reconhimento por parte do Executivo da Fundação de duas pessoas que tiveram presentes no Banquete Inaugural há 55 anos, nomeadamente; o Sr. Augusto Pereira Gonçalves, membro dos corpos diretivos da Fundação e Armando Mendes. 

Augusto Gonçalves tornou-se no primeiro funcionário da firma Castelos de Portugal Turismo Lda. , o Cavaleiro treinado por Mascarenhas Barreto e Armando Mendes tinha 17 anos quando foi convidado a participar no Banquete Inaugural. 

Numa foto deste dia histórico exposta no Salão pode-se ver John Haffert erguendo uma taça num brinde, tendo à direita o Senhor Albino Frazão, bancário e fundador da Agencia Verde Pino e  seguidamente Mendes foi ter sido o Hotel de Fatima, da sua família, que forneceu o catering daquele histórico banquete.

Antes de terminar o Banquete o Padre Don Carlo Cecchin, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação agradeceu a presença de todos e especialmente dos Patronos Reais, Ducais e Episcopais e depois deu a todos a sua bênção.

Durante o evento todo o trabalho oficial de recolha de imagens esteve a cargo de José Alves, Director de Comunicação da Fundação Histórico – Cultural Oureana.

26 de Setembro de 2025

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CONCLUSIONS OF COMMISSION FOR REVIEW AND AUDIT – DELIBERATIONS FOR “REFORM” OF ROYAL BROTHERHOOD OF THE ORDER OF THE ARCHANGEL SAINT MICHAEL PRESENTED DURING INTERNATIONAL “ZOOM” MEETING

With the announced desire in 2023 for a reform of the Royal Order of Saint Michael of the Wing so as to ensure a more efficient international command structure of the Royal Brotherhood and thus improve management for continued transparency, the RISMA of the Archdiocese for Military Services and the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House under AMS RISMA Judge Lt. Col. Stephen Besinaiz, presented on June 22nd, 2025 during an international zoom meeting, the conclusions of an exhaustive review and audit of all International activities including accounting between 2000 and 2024 with the presentation of proposals, subsequently approved by the Curia and Chancellery, for immediate international implementation of reform.


The meeting Began with a prayer to Saint Michael after which Judge Besinaiz addressed the 20 Officers assembled Officers including Chaplain General Bishop D. Manuel António Mendes dos Santos representing the Curia, H.R.H. D. Dinis de Bragança, Duke of Porto representing the Chancellery and Secretary General / Chancellor Carlos Evaristo representing the Federation of Royal Brotherhoods.

In the opening address it was explained by Judge Besinaiz that  “It should be clarified that we, the Commission have FULL “EXECUTIVE POWER” granted us by the Grand Master and the Grand Chancellor in
representation of the Chancellery, by the Secretary General in representation of the RISMA Judges, by the Chaplain General in representation of the Bishops and by the Grand Chaplain in representation of the Chaplains, to review, audit and scrutinize not only the activities and accounting but also every aspect of
the running of the Royal Brotherhood and Order during the past 25 years. And, after making an assessment, to DELIBERATE AND IMPLEMENT IMMEDIATE CHANGES AND POLICIES without need of approval, and thus provide accountability, and reform to the organization for continued transparency”.

Judge Besinaiz, acting as Extraordinary Officer and Head of the Audit Commission of the International Federation Secretariat is also President of the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House 501(c)3 organization and was commissioned by the new Federation Board in September of 2024 to carry our the review and audit and present its conclusions to the Chancellery of the Order, the Curia , the General Secretariat of the International Federation of Royal Brotherhoods of the Archangel Saint Michael, its Council members and Delegates.

I. REGARDING THE REVIEW AND PROPOSED CHANGES IN NORMS FOR ADMISSION AND PROMOTION

The Commission confirmed that:

1) Since 2000 to present (June 2025), International Passage Fees for simultaneous admission of members into the Diocesan Royal Brotherhoods and the Order of Saint Michael of the Wing (now Royal Brotherhoods and Order of the Archangel Saint Michael), through any one of the 12 Canonically Erected Diocesan Royal Brotherhoods, was set at 500.00 € with 100.00 € yearly dues having been established.

2) Each Diocesan RISMA however, being autonomous, when organizing investiture ceremonies, or recruiting members through Delegates or Recruiting Officers, may have justifiably added onto this amount during investiture ceremonies expenses of participation of postulants in venues, pilgrimages, lunches, dinners, including insignia, capes, etc. or else may have stipulated and so collected a one-time donation for dues in whatever amount was determined by the Board or Curia. This means that the admission of members in anyone of the 12 Diocesan Royal Brotherhoods ranged between 500 – 1,850.00€ at the corresponding rank of Knight or Dame.

3) Promotional fees in the same amount of 500.00 € were to be levied per rank normally after three years of postulancy with the contribution of annual dues or an additional one-time promotional fee collected by the Diocesan Royal Brotherhood or its representative (Bishop, Episcopal Secretary, Chaplain, Treasurer, Delegate, Extraordinary Delegate or Recruiting Officer).

4) In the cases of the RISMA Diocese of São Tomé e Príncipe and the RISMA of the Ukrainian Dioceses, these having permitted, up until now, and due to urgent need for funds,  admission of members at ranks in the Order higher than that of Knight or Dame, provided the Passage Fees or Promotional Fees were received, or else merited for donations equivalent to or over and above the stipulated amounts in 1), 2) and 3) also received by the Diocesan Royal Brotherhood or its representative (Bishop, Episcopal Secretary, Chaplain Treasurer, Delegate, Extraordinary Delegate or Recruiting Officer).

DELIBERATION – In the case of those invested Motu Proprio by the Grand Master or the Episcopacy for outstanding merit or extraordinary services rendered with exemption of Fees and Dues, LET IT BE KNOWN that no promotion in the Order may be solicited not even upon contribution of Passage Fees, as the admission in this category is not compatible with the promotional structure as delineated in the Statutes of the Royal Brotherhood.

Given the necessity to review all admission cases, it is now recommended to the Diocesan RISMA for Postulants to complete a minimum one-year postulancy period, as brothers of the Royal Brotherhood, before being proposed by two long standing members as a Knight or Dame of the Order.

The admission and case review process will now be fully supervised by the Chief Inspector for Admission and Senior Case Review Officer.

FURTHERMORE – In keeping with the Statues, Protocols and Norms, NO members of Diocesan Royal Brotherhoods are permitted to contact the Grand Master, Curia, Chief Inspector for Admission and Senior Case Review Officer or any of the members of the Chancellery or General Secretariat on matters pertaining to the Royal Brotherhood or the Order, but must address their concerns, questions or proposals for admission to their Judges, Delegates or Recruiting Officers. In the event of not being able to contact the aforementioned within 30 days, communication through the official International Federation Secretariat email address is recommended.

Judge Besinaiz stressed; “being military we at the AMS RISMA respect the chain of command and expect everyone in the organization to also have this respect for the hierarchal structure and that each member on matters pertaining to the organization, only contact the imediate superior. The Commission will not tolerate any abuses in this regard.”

II. REGARDING ACCOUNTABILITY, TRANSPARENCY AND AUDIT

Lt. Col. Stephen Besinaiz then explained that In keeping with the decision of the General Secretariat and Council of the International Federation, on September 29th, 2024, to have a full Review of activities and fiscal Audit of the International Receipts of all RISMA Federation Associations as of 2001 and including a Review of all previously approved and Audited autonomous accounting of each collective associative and Diocesan RISMA structure including pilgrimage and event accounting, the following was confirmed:

CONFIRMED FACTS

The Commission confirmed that:

1) The RISMA of the Diocese of São Tomé e Príncipe and the RISMA of the Ukrainian Dioceses, being the only associations that have allowed for international “honorary” membership in the Royal Brotherhood and Order, found it necessary, in the past, to maintain Extraordinary Nominal Delegates in the United States of America, New Zealand, Ukraine, Philippines, Brazil and the UK, so as to collect funds, (Passage Fees, Dues, Extraordinary Donations, Subsidies etc.) into bank or digital payment platforms, online payment gateways, or electronic funds transfer services accounts set up for members of non-European Union (EU) RISMA Delegations* as well as to collect funds from members of Associations governing Orders of Merit, memberships in Legions of the Royal Honor Guard, Confreres of the Royal Confraternity of the Holy Constable and Members of the Hereditary Knights Circle, etc.

* Delegations of the São Tomé e Principe Diocese in the United States of America, Canada, UK and Commonwealth Countries, Ukraine, Russia (Currently suspended), Macau, Philippines, East Timor, Angola and Mozambique.

2) The aforementioned Extraordinary Delegates were also to collect extraordinary donations of support for ongoing projects (e.g., construction projects and acquisitions) meriting extraordinary recognition Motu Proprio as proposed by the Dioceses to the Royal House Chancellery according to Protocol Partnerships. These were also proven to have subsequently made sporicidal, direct payments to suppliers of services both on behalf of the Dioceses, the Associations, or Foundations with Protocols under the Patronage of the Royal House, either in Portugal, or in former Portuguese Territory non-European countries.

3) Pursuant to II, 2) said Extraordinary Delegates have likewise collected funds from members for payment of services provided to the same or sponsored by the RISMA International Federation for Patrons, Curia and VIP guests during Pilgrimages, Royal Visits and including mass stipends to Chaplains, Donations to Churches for their usage and most especially, the continual support to the São Tomé e Príncipe “Casa dos Pequeninos” Orphanage, and the Ukraine COVID / War Relief Fund, which are some of the main causes supported by the RISMA Federation and the Royal House and its charities, since the Pandemic and the war.

(e.g., Extraordinary donations to construction projects, archival equipment for the Sister Lucia Archive and Museum, purchasing reliquaries/monstrances, purchase of buildings for school in São Tome e Príncipe, silver lamps for Santiago de Compostela, golden embroidered vestments for Santiago de Compostela, sculptured monstrance at Oseira Monastery, and 500 – 1000 Euros stipends for Investiture Masses, and use of buildings for activities. These payments were made directly to the institutions or suppliers of services because once money enters specific accounts like the Claretian or Foundations, only those organizations can access those funds and thus the deposit in these of accounts was a decision the Curia had made.)

4) Due to the fact that the greater part of the members of the São Tomé e Príncipe Diocesan RISMA live outside the Diocese and are admitted into that Royal Brotherhood through non-European Union (EU) Delegations, it was also the confirmed practice of the Curia that the part of the Passage Fees pertaining to the memberships in this Diocesan RISMA would go directly to the accounts or be given in hand to the Bishops, Vicar Generals, Episcopal Secretaries or Chaplain / Treasurers of this Diocese or the account in Lisbon, Portugal, of the Congregation of the Missionaries of the Immaculate Heart of Mary (Claretian Missionaries) an account also set up to support that Diocese which being African could otherwise not have an account in the EU. (It was confirmed that from 2001 – 2015 members would bring cash envelopes to the Bishop of São Tomé e Principe at events, a practice set up by former Bishop D. Abílio Rodas de Sousa Ribas R.I.P. This practice continued until 2015 when the Claretian and Extraordinary Delegate accounts were set up by order of the Curia under Bishop D. Manuel António Mendes dos Santos. These funds however were also accounted for and had referenced on receipts that they had been given in hand to the Bishop who subsequently signed the receipts.)

5) Additionally, all Passage Fees, Dues and Donations pertaining to membership in the aforementioned Associations of the Faithful Canonically Erected in the Diocese of São Tomé e Príncipe or mentioned in II, 1) benefiting the same and including donations meriting the concession of the Diocesan decoration Cross of São Tomé Apóstolo, likewise have been transferred to the account in Lisbon, Portugal, of the Congregation of the Missionaries of the Immaculate Heart of Mary (Claretian Missionaries) referred to in II, 4).

6) In conformity with I, 1 – 3) all U.S. members of the Archdiocese for Military Services RISMA have contributed to the US accounts of the corresponding São Miguel Association 501(c)3 nonprofit organization with issue of tax-deductible receipts for income tax purposes.

7) Likewise, in conformity with I, 1 – 3) all Spanish heritage and Spanish language members of the RISMA from Spain including those from all Hispanic Countries in the world were found to have contributed to the Spanish accounts of the Delegations and the subsequent corresponding Canonically Erected Santiago de Compostela Archdiocesan Association of the Faithful with issue of tax-deductible receipts for income tax purposes.

8) Also, in conformity with I, 1 – 3) all Portuguese members of the Évora Archdiocese Royal Brotherhood have been found to contribute to the Portuguese bank account of the Association of the Faithful set up in Évora, Portugal with issue of tax-deductible receipts for income tax purposes.

The accounting referred to in II, 6 – 8) have previously been audited, reviewed and scrutinized locally under own Diocesan systems and hierarchy prior to submitting a report to Chancellery. This Committee is only scrutinizing and reviewing the system prior to these diocesan accounts, now reviewing all revenue previously mentioned and expense funds prior to 2012/2013.) This Audit did not scrutinize or confirm where funds were spent by the Curia or the administration as that is no-one’s concern but the bishops.

9) It was also the practice that at year’s end all residual funds in the account of AMS Diocesan Royal Brotherhood is publicly given to the Archbishop of the Archdiocese for Military services at the annual AMS fundraising dinner in Washington D.C., whereas the residual funds in the account of the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House 501(c)3 and in the bank and digital payment platforms, online payment gateways, or electronic funds transfer services accounts of Extraordinary Delegates is withdrawn and personally given to the Bishop of the Diocese of São Tomé e Príncipe or otherwise personally given to or transferred to the account of the Mukachevo Ukraine Diocese Chaplain / Treasurer Father Oleksander Gurzinsky on behalf of the Bishop of that Ukraine.

On this point, D. Manuel António Mendes dos Santos personally confirmed these practices during the “zoom” meeting. and Judge Besinaiz stressed that: “All this Commission needed to confirm, and did, is that all monies for admissions, promotions and donations, etc. were indeed accounted for and received by the Diocesan Authority or went wherever it had deliberated with receipts on record for having been issued for each amount with reference on receipt and in the individual physical case files of members as to where and when it was collected and into what account or payment system the Bishop or his representative had specified or if it was otherwise given in cash to the same or his representative.”

DELIBERATION: The reactivating of the Portuguese 501 (3) C Association of Saint Michael which will be managed by the Grand Chancellor and the Royal Princes so as to collect funds and percentages from RISMA for personal travel and representation expenses and also royalties and donations from possible merchandising.

CONCLUSION: IT WAS VERIFIED THAT ALL DIOCESAN RISMA OPERATE IN ACCORDANCE WITH THE LOCAL LAWS AND THE CONCORDAT BETWEEN THE HOLY SEE AND PORTUGAL. IT WAS ALSO CONFIRMED WITHOUT ANY DOUBT, PREJUDICE, QUESTION OR RESERVATION, THAT THERE WERE NO IRREGULARITIES OR ABUSES COMMITTED SINCE 2000 AND THAT ALL FUNDS RECEIVED BETWEEN SEPTEMBER 2001 AND SEPTEMBER 2024 WERE ACCOUNTED FOR AND HAD CORRESPONDING RECEIPTS ISSUED WITH COPIES ON RECORD IN THE RESPECTIVE ACCOUNTING LEDGERS AND INDIVIDUALL MEMBERSHIP FILES. SAID ACTIVITIES WERE APPROVED BY THE CURIA WITH ACCOUNTING MADE AVAILABLE BY THE JUDGES FOR CONSULTATION OF ALL MEMBERS OF THE RESPECTIVE CURIA, GENERAL ASSEMBLY, CHANCELLERY, CHAPLAINS, JUDGES AND INTERNATIONAL FEDERATION OFFICERS. A CONSULATION OF THE ARCHIVE HAD PROVEN THAT FROM 2001 UNTIL 2010 AN ACCOUNTING FIRM HAD BEEN HIRED LOCALLY BY GRAND CHANCELLOR D. JOÃO VICENTE SALDANHA DE OLIVEIRA E SOUSA R.I.P. TO CARRY OUT A YEARLY ACCOUNTING FOR THE ORDER AND THAT THIS WAS DONE UNTIL LOCAL DIOCESAN ACCOUNTING WAS IMPLEMENTED BY EACH RISMA.

COMISSION WARNS “INVESTIGATIONS TO CRACK DOWN ON VARIOUS REPORTED ABUSES BY MEMBERS WILL COMMENCE WITH SUSPENSIONS AND EXPULSIONS IF NECESSARY

WARNING – In accordance with the RISMA Federation Statutes of 2000, the Diocesan Statues and Internal Regulative Norms of each Diocesan Royal Brotherhood ANY AND ALL form of public or private criticism amongst members regarding the operative norms and practices referred to in I and II implemented by the Curia as well as ALL unjustified suspicions and denunciation, having been raised or carried out by members with the malicious intent to defame, raise suspicions and foster denunciations and attacks against the honesty, integrity and good name of the Members of the Board of any of the 12 Diocesan Royal Brotherhoods, the Curia, the members of the General Secretariat of the International Federation, Members of the Chancellery, Judges, Treasurers, Episcopal Secretaries, Delegates, Extraordinary Delegates, Recruiting Officers, Patrons, Chaplains, etc., will warrant notification with the member being asked to apologize. If they refuse to recant and apologize or if they are repeat offenders, in accordance with the Statutes, they will face Immediate suspension, expulsion or auto-exclusion from events depending on the gravity of the infraction. This to be determined by the Bishop.

Following this point, five of the Officers, Judges and Delegates participating in the meeting voiced concerns over various members who had been expressing themselves negatively in public both in Portugal and abroad with rumors and comments being circulated against other members and the organization and this in a continuous manner.

Judge Besinaiz clarified that in fact following several reports the Commission had received regarding the malicious behavior of several members and even the sad news of persons having been convicted by the Civil Courts for racist comments on social media; actions are being carried out by the Commission: “So as to halt these persistent infractors and their attacks on the good name of Officers of Royal Brotherhood and the Order itself. All. allegations brought up during this meeting regarding will be fully addressed and investigated and witnesses will be heard during a canonical inquiry. If these infractions are confirmed these members will be served with a CEASE-AND-DESIST LEGAL WRIT issued by an AMS RISMA lawyer demanding a Public Apology in writing so as to not be sued for criminal defamation but which will not necessarily avoid their suspension or expulsion.”

EXTRAORDINARY MEASURE – SUSPENSION OF ADMISSION OF NEW MEMBERS PENDING IMPLEMENTATION OF NEW ADMISSION NORMS

DELIBERATION: WE HAVE DELIBERATED by suggestion of the General Secretariat the SUSPENSION OF INVESTITURES of any new Postulants with admission files submitted after May 8th, 2025.  THIS SUSPENSION WILL REMAIN IN EFFECT UNTIL the new operating  procedures recommended by the Commission are implemented namely the Collection of ALL FUNDS coming from members of non-European (EU) Delegations* by the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House 501(c)3 nonprofit organization established by Mandate of the Royal House, Curia and the General Secretariat for this purpose with the Bezines Group 501(c)3 nonprofit organization established as the only Protocol Partner to fundraise and collect funds for all Protocol Projects, Foundations and Associations.

III. CHANGES IN RISMA STATUTES AND NORMS
PERMITTING OR PROHIBITING TRANSFER OF MEMBERS

1) In conformity with the 2000 Decree of the Grand Master, the Order of Saint Michael of the Wing, today known as the Royal Order of the Archangel Saint Michael, has ceased to have any form of organization or representation in Portugal or abroad including Delegates and Delegations, reserving only its Chancellery for the keeping of records and the maintaining as an admission and case review instrument.  Anyone claiming to represent the Order or the Royal House or Grand Master other than the members of the Royal Family or the Chancellery, will merit Immediate Suspension and auto-exclusion from events.

2) Since 2000 each member of the Order, whether invested Motu Proprio, or simultaneously through admission in a Diocesan Royal Brotherhood, MUST belong to one of the 12 Canonically Erected Royal Brotherhoods of the same sovereign invocation, so as to have an active social participation and to provide financial support to the Diocesan Royal Charities and Protocol Projects under the Patronage of the Portuguese Royal House.

3) Royal Brotherhoods, may have Delegates, Extraordinary Delegates, Delegations, Recruiting Officers and other forms of “Canonical” representation as afforded Canonically Erected Associations of the Faithful.

4) Concerning III, 1 – 3) RISMA-AMS has informed all former members of the RISMA Family in the USA and of all non-European (EU) Diocesan RISMA Delegations, that the RISMA of the Archdiocese for Military Services US petitioned in 2023 and obtained from its Archbishop, the alteration of its Statutes so as to now admit and include, in its membership roster, any non-military honorary members, residing in North or South America or in any of the Delegations in the territories outside the EU*.

5) In view of III, 4) any members of the RISMA of the São Tomé e Príncipe or Ukraine Dioceses residing in North or South America or in other non-European countries, WISHING to transfer to the Royal Brotherhood of the Archdiocese for Military Services, are now free to solicit said transfer, the requests subject to be approved by the board of said Royal Brotherhood.

DELIBERATION – With the purpose of continuing to provide much needed income of the Portuguese national members of the Royal Brotherhood and Order of the São Tomé e Principe and Ukraine Diocesan RISMA transfers of members to the Évora Archdiocesan RISMA IS NOT TO BE PERMITTED. Those Portuguese Members openly critical of continuing to support and belong to these Associations of the Faithful, will merit Immediate Suspension and auto-exclusion from events.

FURTHERMORE – Those members of Delegations of the former RISMA of the São Tomé e Príncipe or Ukraine Dioceses residing in the United States of America or in other non-European countries NOT wishing to be admitted or transfer to the Royal Brotherhood of the Archdiocese for Military Services, as well as those members of other Associations with Order of Merit and Confraternities, WILL HENCEFORTH continue to support the aforementioned Dioceses through the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House 501(c)3 nonprofit organization which will turn over yearly dues to be collected to the Dioceses concerned with extraordinary funds for the Protocol Partner Projects of Foundations and Associations now being collected exclusively under Protocol by the Bezines Group 501(c)3 nonprofit organization.

IV. ORGANIZATION AND PARTICIPATION AT INVESTITURE CEREMONIES, MASSES AND PILGRIMAGES

The Commission confirmed that:

1) In accordance with the Statues, each of the 12 Diocesan Royal Brotherhoods are autonomous and free to organize local Investiture Ceremonies and Votive and Commemorative Masses or other events, and although only members of their own Royal Brotherhood Roster, may participate in these events, the Boards however may invite official representative(s) of the Chancellery of the Order or of the Board of the other Royal Brotherhoods to attend, as guests, although said representatives are to be designated by their respective Diocesan RISMA board.

2) Patrons and VIP or local civil or ecclesiastic authorities may also be invited as guests to attend any of the events mentioned in IV, 1), however, neither these nor any designated representatives of other Diocesan RISMA may attend, participate, vote or comment in the General Assemblies of Diocesan Associations they do not belong, unless written consent has been given by the respective Curia.

3) All members of the 12 Diocesan Royal Brotherhoods are invited, and may attend International Federation events; i.e., Investiture Masses, Commemorative Masses or Pilgrimages.

DELIBERATION – All International Federation Pilgrimage Investiture events and Pilgrimages will be organized exclusively by the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House (USA) with help from Extraordinary Federation Delegates G.C. Dave Carollo, G.C. Paul Perry with G.C. Hung Nguyen acting as Treasurer for the collection of all funds, G.C. Armando Calado being HEREBY NOMINATED Master of Ceremonies in charge of all operations for events being organized in Portugal on behalf of the aforementioned Association and for the purpose of confirmation of reservations.

NOTE: Continued non participation of members at RISMA events and/or non contribution of yeary Dues will result in the impossibilty of promotion.

V. DELIBERATION REGARDING PROPER AND INPROPER USAGE OF INSIGNIA, COLLARS AND CAPES

DELIBERATION – Insignia of the Order can be used without impediment by all members during events where the use of the same is deemed appropriate and permitted. The Insignia of the Order is to be the main insignia displayed without exception, at the neck, breast star and Grand Cross sash at all RISMA events.  If one does not have the insignia of the Order, then one should not wear any other insignia at RISMA events unless they are members of an invited Delegation of another Chivalric Order.

So as not to upstage or unintentionally insult the Grand Master, the Curia or Members of the Chancellery, Collars of the rank of Grand Cross with Collar of the RISMA are extraordinary honorary distinctions, and like the RISMA Collars of Rank worn by Judges, Delegates, Chaplains and the like are to be worn exclusively at International Federation events but only when the Grand Master is also wearing a Collar. The rank of Grand Cross with RISMA Collar is a Diocesan RISMA distinction and is not to be confused with the rank of the Order of Grand Collars OSMA. In order to distinguish the RISMA Collar of Merit from the RISMA Collar of Office, a different pendant symbol will be devised for the Collar of Office.

In order to avoid insult to parent Royal Houses or legitimate Church Orders and thus prevent abuses by Fantasy Orders the wearing of Insignia of any other Orders at events of the International Federation of Royal Brotherhood is subject to previous approval by the Judges of the respective boards. 

All detected members of Fantasy Orders and or those that usurp the legitimate Orders of recognized parent Royal Houses (i.e., Self-styled Orders of pseudo-Imperial and Royal Houses of Brazil, Savoy, Hawai’i, Georgia, etc.) will merit immediate suspension and auto-exclusion from events.

WARNING AND CLARIFICATION – Regarding use of improper insignia, it has been reported to the International Federation General Secretariat that some members of the Royal Brotherhood and Order have been using insignia at events that is not authorized.

We hereby warn and clarify once again that since the year 2000, the use of the crown on any and all of the various insignia of the Order of Saint Michael is only allowed for those members of the Chancellery or people with a representative position or charge in the Royal Brotherhoods such as Patrons, Judges, Delegates and Chaplains. No one else may wear the crown on the insignia without any exception!

In the year 2000, the order adopted the medieval original insignia without crown but since then many members have persisted in using the crown on the insignia. The unauthorized use of the crown on insignia is considered usurpation of representative charge will merit Immediate Suspension and auto-exclusion from events.

All those members of the Royal Brotherhood who are wearing such unauthorized insignia are ordered to immediately remove the crown so as to avoid any unpleasant and embarrassing situations.

Following this warning anyone who continues to perpetrate such abuses will merit Immediate Suspension and auto-exclusion from events. Those having obtained the wrong insignia please contact the authorized supplier for a. exchange or modification.

REGARDING PARTICIPATION OF MEMBERS OF THE ROYAL HONOR GUARD (RHG) AT RISMA EVENTS

An important Clarification regarding the use of Royal Honor Guard Insignia and Mantles

Due to various abuses and cases of unauthorized participation or misrepresentation, the General Command is forced to remind all members that the use of insignia and mantles is exclusive to Royal Honor Guard events and services being rendered at castles, pantheons, tombs and national monuments during authorized events.

Additionally, these acolytes may be worn by designated Honor Guards in attendance to HRH the Duke of Bragança but ONLY at events where Dom Duarte or members of the Royal family are present and this by punctual designated of the General Command.

Apart from these occasions, no membership distinctions may be worn at religious or social events without previous permission being sought and granted by the General Command.

Members of the General Command, Patrons and Chaplains in official representation of the RHG may wear these acolytes without any restrictions.

It should be understood that the insignia of the RHG, unlike the insignia of Royal Orders IS NOT be worn on the neck or breast without mantle.

Breast stars and Collars of the RHG DO NOT represent knightly ranks but rather ranks within the command structure and so should not be worn alongside those of Orders on civil attire at social events.

Likewise, insignia should not be worn on ribbons or bows at the breast unless those wearing them are military in full uniform, members of the LOF or members of the General Command in representation of the RHG.

Miniatures and lapel pins of RHH insignia may be worn without any restrictions.

All unauthorized use of insignia and mantles and use of unauthorized insignia will merit Immediate Suspension and auto-exclusion from events.

In closing Grand Chancellor D. Dinis thanked everyone present and Secretary General Carlos Evaristo informed that the DOCUMENT issued by the Commission in Washington D.C, USA, on June 10th, 2025, would be published in the English Language in conformity with the September 29th, 2024 International Federation resolution.

Bishop D. Manuel António Mendes dos Santos thanked everyone who participated in the meeting including the members of chancellery, Judges, Chaplains, Delegates, Recruiting Officers etc. and imparted his blessing hoping to see everyone present at the September 26 – October 4, 2025 International Pilgrimage.

FONTE: Lt. Col Stephen-Michael Besinaiz (Ret.) KSS, GCSMA-Collar, KCVV

  • Judge of the Royal Order and Brotherhood of Saint Michael of the Wing – Archdiocese of US Military Services, President of the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House
  • Extraordinary Fiscal Officer and Head of the Audit Commission of the International Federation Secretariat /President of the American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House

June 22, 2025

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Pintura oferecida pelo Duque de Bragança e Real Irmandade à Abadia de Casamari, é testemunho de Fé e Coragem do Artista

A Abadia Cisterciense de Casamari, sede espiritual na Itália da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel, recebeu hoje, uma tela representando a “Deposição da Cruz”. A obra doada ao Mosteiro histórico em nome de Sua Alteza Real Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, e da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel será um legado do artista plástico que luta desde a infância contra uma doença incapacitante.

O quadro a óleo oferecido à Comunidade de Monges é da autoria do artista plástico e membro da Ordem Dinástica; Michael Lemma, que diz se ter inspirado na famosa representação do tema do Mestre Caravaggio.

A vida do jovem Michael Lemma é marcada por uma longa doença enfrentada desde a infância. São 28 anos de sofrimento, hospitalizações, operações e tratamentos oncológicos, dores que Michael soube transformar em arte e testemunho de fé.

Com os seus desenhos, levou conforto a muitas crianças doentes, criando retratos e distribuindo sorrisos. Hoje, apesar da doença , é Ministro Extraordinário da Eucaristia e desempenha o seu serviço levando a comunhão aos doentes no hospital e em suas casas.

A cerimónia de entrega da obra foi realizada esta manhã na esplêndida Abadia de Casamari.

Na placa comemorativa da entrega consta para além do título da obra e nome do artista, o facto de que foi doada ao mosteiro por Sua Alteza Real Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa e Grão-Mestre das Ordens Dinásticas.

Em representação da Real Irmandade da Ordem de São Miguel Arcanjo, esteve o Delegado Cav. Grã-Cruz com Colar da RISMA Dr. Angelo Musa, recebido pelo Abade de Casamari, Reverendíssimo Padre Loreto Camilli, Capelão-Mor da Real Irmandade para Itália, e pelo Padre Pierdomenico Volpi, Capelão e Guia Espiritual da mesma Irmandade. Presente para o acto de entrega estiveram alguns irmãos e membros da Real Irmandade e Ordem de São Miguel Arcanjo.

Durante a cerimónia foi lida pelo Delegado RISMA uma mensagem oficial enviada por D. Duarte, que quis com este gesto manifestar profunda gratidão ao Abade pelo acolhimento reservado aos membros da Real Irmandade e pela disponibilidade para os receber regularmente em oração no interior da histórica Abadia. A mensagem incidiu também sobre a importância simbólica da obra doada, como sinal de devoção, arte e esperança. “Com grande alegria – escreveu Dom Duarte – entrego-vos, como homenagem à presença da vossa comunidade, a obra dedicada a Caravaggio ‘Deposição da Cruz’, criada pelo artista irmão Michael Lemma. Agradeço do fundo do coração a Michael por este presente, que escolhi deixar à Abadia, certo de que enriquecerá a devoção e a experiência espiritual dos muitos visitantes e peregrinos que honram Casamari com a sua presença.”

“A sua história – continua o Duque de Bragança – é uma luz: a doença, ao tirar tanto, dá tanto moralmente. Um apelo a viver cada dia com consciência, humildade e esperança, deixando uma promessa de vida no coração de quem encontramos.”

A Abadia de Casamari, lugar de oração, espiritualidade e arte, acolhe agora esta preciosa obra como sinal tangível de uma profunda união entre a fé, a beleza e o testemunho cristão. A Comunidade Monástica Cisterciense acolheu a tela que ficará em permanência, tornando-a visível aos fiéis, peregrinos e amantes da arte sacra.

27 de Junho de 2025

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Delegações da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo S. Miguel e da Real Guarda de Honra presentes em Viterbo na Cerimónia de Trasladação do túmulo original do Papa João XXI

A Catedral Italiana de Viterbo foi hoje palco de um acontecimento de importância histórica e espiritual, nomeadamente a trasladação do túmulo original do Papa João XXI para a Capela de São Filipe Neri, no interior da Catedral de São Lourenço.

A ideia de trasladar o túmulo original do único Papa Português na história da Igreja, partiu da vontade expressa de Sua Excelência Reverendíssima o Monsenhor Orazio Francesco Piazza, Bispo de Viterbo que pretendia com esta ação, “restituir visibilidade e dignidade à memória de uma das figuras mais fascinantes da Idade Média; um homem que foi pontífice, cientista e filósofo.”

O sarcófago do Papa estava localizado no transepto esquerdo da Catedral e foi agora restituído ao seu local original.

O traslado mereceu um programa de eventos que começou com uma Sessão Solene de boas vindas às entidade na Sala Alexandre IV do antigo Palácio Pontifício, seguido de uma palestra sobre a figura de João XXI pelo Padre Pedro Daniel F. Marques e depois, a apresentação do estudo do Monumento a João XXI na Capela de São Filipe pelos técnicos de conservação; Dr. Santino Tosini e o Dr. Vittorio Cesetti.

Entre as entidades Portuguesas presentes estiveram o Dr. Filipe Anacoreta Correia em representação do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e o Embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Dr. Domingos Teixeira De Abreu Fezas Vital.

A Missa de inauguração solene do traslado do túmulo original foi presidida por Sua Eminência o Cardeal D. José Tolentino de Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação e concelebrada pelo Reverendíssimo D. Rui Manuel Sousa Valério, Patriarca de Lisboa e muitos outros prelados incluindo o Ordinário Diocesano.

Prestaram também homenagem ao homem que representa ainda hoje a identidade cultural e espiritual do seu país, uma Delegações da Ordem Soberana de Malta, da Ordem do Santo Sepulcro, da Ordem Constantiniana de São Jorge e da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel n/ Real Guarda de Honra, chefiada pelo Delegado Comandante Dr. Ângelo Musa.

Durante as cerimónias foi transmitida pelo delegado a seguinte Mensagem do Comando Geral:

MENSAGEM POR OCASIÃO DA TRASLADAÇÃO DO TÚMULO ORIGINAL DO PAPA JOÃO XXI
O Comando Geral da Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos, Panteões e Monumentos Nacionais, sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e em Protocolo com o Istituto Nazionale pel la Guardia d’Onore alle Reale Tombe del Pantheon de Itália, manifesta a sua satisfação pela decisão de Sua Excelência Reverendíssima Monsenhor Orazio Francesco Piazza, Bispo de Viterbo, de transladar o túmulo original de Sua Santidade o Papa João XXI para a Capela de São Filipe Neri da Catedral de São Lourenço.

Esta feliz decisão de dar maior visibilidade e dignidade ao túmulo deste Papa Português, de venerável memória, que foi no seu tempo, e ainda hoje, é, uma grande figura da cultura cristã, é motivo de grande satisfação para a Casa Real Portuguesa e para os membros desta associação, que sempre demonstraram interesse em homenagear este monumento dedicado ao ilustre tumultuado.

Valendo-se da presença do Delegado Especial do Comando Geral, Comandante Dr. Angelo Musa, nesta solene ocasião, saudamos todos os presentes e manifestamos o interesse e disponibilidade para se criar, com a Diocese, a Paróquia e o Município, uma Delegação permanente (Legião com Guarda de Honra) para estar presente junto ao túmulo em ocasiões e eventos que honrem a memória de João XXI.
Castelo de Ourém, 17 de Junho de 2025
O Comando-Geral

Para o Bispo local esta iniciativa teve elevada importância no contexto do Ano Jubilar em curso, pois ofereceu a Viterbo a oportunidade de reforçar o seu papel no panorama religioso global, preparando assim a cidade para receber fiéis, académicos e visitantes, renovando o vínculo entre o seu passado papal e a dimensão espiritual da Europa contemporânea.

O Papa João XXI, nascido Pedro Julião, por volta de 1215, em Lisboa, é recordado como uma das mentes mais brilhantes do século XIII.

Estudioso de medicina, lógica e astronomia, foi autor de obras científicas que permaneceram em uso nas universidades europeias durante séculos, entre as quais as famosas Summulae Logicales.

Pedro Julião foi Arcebispo de Braga e mais tarde Cardeal, destacando-se pela sua inteligência e cultura, qualidades que o levaram à eleição para o trono papal em 1276.

O seu pontificado, no entanto, foi extremamente curto pois passados ​​apenas oito meses, morreu tragicamente em Viterbo, após o desabamento da abóbada do seus aposentos pessoais no Palácio Papal.

A sua morte súbita pôs fim a um pontificado que prometia reformas e um novo equilíbrio entre o poder espiritual e o conhecimento secular.

A figura de João XXI permanece fascinante precisamente por esta dupla identidade: homem da Igreja e cientista, símbolo de uma Igreja que, por breves momentos, pareceu querer dialogar abertamente com a cultura e o pensamento racional do seu tempo.

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Apresentação de Cerveja Ucraniana comemorativa do 80º Aniversário do Duque de Bragança

Esta Delegação veio de propósito a Portugal para entregar a Dom Duarte Pio de Bragança as primeiras caixas de uma coleção de cervejas que vão ser comercializadas na Ucrânia com a marca “Dom Duarte 80” e que estão a ser produzidas exclusivamente em Kiev para assinalar o 80º Aniversário do Chefe da Casa Real.

O Duque de Bragança recebeu, na sua casa em Sintra, hoje, dia 20 de Maio de 2025, uma Delegação da Associação Ucraniana de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa. A Delegação apresentou ao Senhor Dom Duarte uma colecção de cervejas artesanais produzidas em honra do seu 80º aniversário e com a marca "Dom Duarte 80".

Os primeiros exemplares desta cerveja artesanal com seis sabores distintos foram apresentadas no Castelo de Ourém pelo dono da fábrica de cervejas, Eduardo Sérgio, acompanhado de seus filhos Eduardo e Sérgio Anpilogov.

A edição especial de cerveja esteve em estudo durante mais de um ano e contou com o Alto Patrocínio da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval – Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém. Apresenta nas embalagens e nos rótulos a imagem e nome do atual Duque de Bragança e as armas originais da Casa de Bragança que foram do IV Conde de Ourém e de seu pai, e ainda imagem do Paço Ducal dos Duques de Bragança em Guimarães, berço da Casa Ducal que se tornou Casa Real reinante em 1640 e Casa Imperial do Brasil em 1822.

O produto final já engarrafado e embalado foi apresentado publicamente ontem, dia 19 de Maio, na Sede da Real Confraria no Castelo de Ourém, um dia antes de ser apresentado oficialmente ao aniversariante que será a primeira pessoa em Portugal a provar esta cerveja especial a si dedicada.

A edição que nasceu de uma proposta da Delegação Ucraniana da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel é o segundo reconhecimento público do papel importante que Sua Alteza Real o Conde de Ourém, D. Duarte, teve e continua a ter através da Federação das Reais Irmandades da mesma soberana invocação e das Fundações Oureana e D. Manuel II ao enviar ajuda humanitária, de forma continuada, à Ucrânia desde o início da guerra.

A chefiar a Delegação Ucraniana esteve Anton Tkachuk, afilhado e Representante do Delegado da Real Irmandade Coronel Oleg Jaross.

Tkachuk veio acompanhado de sua esposa que também celebrava o seu 25º aniversário e à qual brindaram durante o Jantar de recepção que teve lugar no Restaurante da Domus Pacis em Fátima e que contou com a presença do Capelão Padre Fernando António, o Presidente da Fundação Oureana Carlos Evaristo e Armando Mendes, membro da Delegação de Fátima da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel.

Texto e Fotos: Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval – Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém

19 de Maio de 2025

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FAIR PAY CHARTER FOUNDATION RECEBE ALTO PATROCÍNIO DA CASA REAL E APOIO DAS FUNDAÇÕES OUREANA E D. MANUEL II DURANTE SESSÃO SOLENE

D. Duarte, Duque de Bragança esteve presente na Sessão Solene da International Fair Pay Charter Foundation, realizada no Palacete dos Condes de Monte Real, em Lisboa no dia 16 de Maio.

O evento foi organizado por Emily Lip Sing Kou, Embaixatriz da Fundação em Portugal para a Cultura e a Arte. Seguiu-se um almoço de gala que deu as boas vindas ao fundador da Fair Pay Charter Foundation, o Xeque Aliur Rahman OBE e ao Duque de Bragança, Patrono da Fundação Oureana e Presidente da Fundação D. Manuel II.

Para além do fundador da Carta e Fundação para o Salário Justo foram condecorados com a Ordem do Arcanjo São Miguel, a Secretária e a Embaixatriz da organização que visa melhorar os salários e as condições dos trabalhadores no mundo e particularmente, os operários das plantações de chá.

A ideia de trazer a Carta para Portugal foi do Embaixador da Fundação, Sir Asif Bajwa também presente na Sessão Solene que é o Embaixador desta causa para Portugal.

A FAIR PAY CHARTER

A Fair Pay Charter ou Carta de Salário Justo é um referencia internacional, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, e que pretende envolver instituições públicas, do setor privado e da sociedade civil num esforço conjunto e global para promover um modelo de desenvolvimento mais coeso e equitativo.

Lançada em Maio de 2024 como um esforço conjunto entre o Instituto das Nações Unidas para a Formação e Investigação e a London Tea Exchange a Carta tem como objectivo educar os consumidores, construir relações com os países produtores de chá e envolver-se com as ONG internacionais para implementar soluções a longo prazo.

Criada pelo Xeque Aliur Rahman OBE, Presidente Executivo da London Tea Exchange e um importante comerciante de chás de luxo com uma das maiores coleções de chás raros do mundo, uma posição que o elevou a consultor de clientes de alto perfil em todo o mundo e à expansão do London Tea Exchange, hoje um nome muito respeitado no mercado global do chá que, particularmente, continua a tradição da realeza desde a sua introdução na Inglaterra pela Rainha Catarina de Bragança aquando do seu casamento com o Rei Carlos II em 1662.

A Carta assenta em princípios simples, como a eliminação do trabalho infantil e o fornecimento de salários dignos, conceitos de justiça que o Duque de Bragança, referiu serem diretrizes divinas proclamadas tanto na Bíblia e no Alcorão como em várias encíclicas dos Papas desde Leão XIII.

Contrasta a Carta com o comércio justo, referindo que, embora o comércio justo seja benéfico, nem sempre garante salários justos aos trabalhadores. A experiência do Xeque Aliur ao visitar plantações de chá desde 1999 levou-o a criar um programa de remuneração justa, que evoluiu para a Carta que ajuda os consumidores a identificar produtos feitos com práticas de pagamento justas, algo que ele quer que seja alargado para outros sectores.

Estudos mostram que os consumidores estão dispostos a pagar uma pequena quantia a mais para garantir que os trabalhadores recebem salários justos, e, desde o lançamento da Carta milhões de pessoas já receberam aumentos salariais em vários países com muitos outros a quererem ser signatários não só na indústria do chá.

A ONU está também a considerar transformar a Carta de Remuneração Justa numa nova meta de desenvolvimento sustentável para todas as industrias até 2030. É de referir que somente na industria de chá trabalham aproximadamente 120 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo o salário médio antes da criação da Carta e Fundação para a Renumeração Justa inferior a um dólar por dia. A Fair Pay Charter é hoje promovida por uma fundação sem fins lucrativos, a Fair Pay Foundation, que assume agora a tarefa de monitorizar os aumentos salariais nos países protocolares.        

Ao investir o Xeque Aliur com o grau de cavaleiro honorário na Ordem do Arcanjo São Miguel, o Duque de Bragança reconheceu não só a sua luta internacional pela remuneração justa dos trabalhadores e fim do trabalho escravo e infantil como também a sua dedicação à filantropia. Homenageado com vários prémios, incluindo o OBE; Order of the British Empire atribuído pela Rainha Isabel II de Inglaterra, o Xeque Aliur é, desde 2023, Embaixador das Nações Unidas para os Salários Justos, continuando assim a sua missão de tornar os salários justos um padrão global.

OS PRINCÍPIOS DA CARTA

Preâmbulo:

Nós, abaixo assinados, estamos empenhados nesta Carta de Salário Justo na promoção da justiça, igualdade e equidade dentro da Força de Trabalho Global.

Nós, reconhecemos o contributo indispensável dos trabalhadores de todo o mundo. Afirmamos que todos devem ser recompensados ​​de forma justa pelos seus esforços, pois é através do seu trabalho que as indústrias prosperam e podem continuar a fazê-lo. Reconhecemos também a necessidade de um ambiente empresarial sustentável e, por isso, alinhamos esta Carta com a Carta das Nações Unidas.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:

Concordamos em utilizar os nossos melhores esforços e apoiar a compra de produtos acreditados pelo Fair Pay para o nosso negócio e qualquer atividades/eventos/outras oportunidades de envolvimento relacionadas com o negócio em apoio e de acordo com o nosso compromisso com esta Carta.

Artigo N.º 1 – Remuneração Justa

Estamos empenhados em apoiar a capacitação de todos os trabalhadores das indústrias globais para que recebam uma remuneração justa e garantam um nível de vida digno para todos.

As estruturas salariais devem reflectir a competência, o esforço e a responsabilidade exigidos em cada função, e a igualdade de trabalho deve justificar a igualdade de remuneração.

independentemente do género, etnia, religião, credo, nacionalidade ou idade.

Artigo N.º 2 – Compromisso de Salário Mínimo

Comprometemo-nos a apoiar a implementação de um salário digno para todos os trabalhadores da indústria, que cubra não só as suas necessidades básicas, mas também lhes permita a eles e às suas famílias

desfrutar de um nível de vida decente e respeitável. Isto inclui o acesso a alimentos, água, habitação, educação, cuidados de saúde, transportes, vestuário e

outras necessidades essenciais, incluindo a provisão para eventos inesperados, proporcionando-lhes um futuro sustentável.

Artigo N.º 3 – Revisão Cíclica dos Salários

Entendemos que a Fair Pay Foundation apoiará ativamente os governos e as indústrias na discussão e na formulação das melhores práticas e na revisão cíclica

salários para garantir que os ajustamentos são feitos de acordo com os aumentos do custo de vida, da inflação e de outros factores económicos relevantes. Estamos comprometidos com

transparência nestas revisões e a partilha de conhecimentos em função das mesmas como factor primordial e fundamental desta Carta.

Artigo N.º 4 – Igualdade de Oportunidades

Estamos empenhados em proporcionar oportunidades iguais a todos os trabalhadores, evitando qualquer discriminação com base no género, raça, religião,

ou deficiência. Todos os trabalhadores terão igual acesso a benefícios, formação e promoções, bem como a todos os recursos a eles associados.

Artigo 5.º – Liberdade de Associação

Reconhecemos e respeitamos o direito de todos os trabalhadores de formarem e aderirem a sindicatos da sua escolha, de negociarem colectivamente e de se reunirem pacificamente.

bem como em atividades relacionadas com a melhoria das suas condições de trabalho.

Artigo N.º 6 – Saúde e Segurança

Estamos empenhados em garantir um ambiente de trabalho e de vida seguro e saudável, que obedeça às normas locais e internacionais.

A saúde e a segurança dos trabalhadores da indústria global são de extrema importância para nós e estão dentro desta Carta.

Artigo N.º 7 – Trabalho Infantil e Trabalho Forçado

Rejeitamos inequivocamente todas as formas de trabalho infantil e de trabalho forçado. Apoiaremos os rigorosos padrões estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho em relação

a idade mínima para o emprego e a proibição do trabalho forçado. Concordamos em utilizar os nossos melhores esforços para abraçar a partilha de conhecimento e de medidas desenvolvido pela Fair Pay Foundation.

Artigo N.º 8 – Sustentabilidade Ambiental

Estamos empenhados em práticas sustentáveis ​​que reduzem o nosso impacto ambiental e protegem o planeta para as gerações futuras. Estas práticas incluirão a responsabilidade

utilização de recursos e eliminação de resíduos, proteção da biodiversidade e métodos agrícolas e industriais sustentáveis. Apoiaremos as práticas desenvolvidas pela Feira

Fundação Pay sobre a utilização de energia renovável, conservação da água e todas as outras medidas que apoiam e promovem indústrias mais sustentáveis.

ACTUAÇÃO DE ARMANDO CALADO E HOMENAGEM AO DUQUE DE BRAGANÇA

À semelhança de outras Sessões Solenes organizadas ou apoiadas pelas Fundações Oureana e D. Manuel II, esta Sessão Solene contou também com uma actuação do cantor; Mestre Armando Calado, Director do Departamento Artístico e Cultural da Fundação Oureana.  

Querendo homenagear o Duque de Bragança que celebra 80 anos de vida e 30 de Casamento, o Xeque Aliur terminou a Sessão Solene com a apresentação a D. Duarte de uma edição especial do chá mais raro do mundo oferecido dentro de uma escultura dourada inspirada num ovo de Faberge.

O Chefe da Casa Real agradeceu a prenda afirmando que, de facto, à semelhança da Rainha Catarina de Bragança também é um apaixonado por chás.

Antes de partirem todos os presentes poderão provar o chá mais caro do mundo que custa somente 1.3 milhões de Euros o quilo!

MUNICÍPIO DE SANTARÉM ASSINA CARTA

Depois da Sessão Solene em Lisboa foi a vez do Município de Santarém acolher, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a Cerimónia de assinatura da Fair Pay Charter, assumindo assim o compromisso com os princípios éticos fundamentais da  justiça remuneratória, da igualdade de oportunidades, da sustentabilidade ambiental e da dignidade no trabalho.

Para o Presidente da Câmara Dr. João Teixeira Leite: “O Município de Santarém não pode deixar de associar-se a esta iniciativa, que reconhece a dignidade do trabalho, valoriza o papel dos territórios na promoção da justiça social e assume a necessidade de um compromisso conjunto entre instituições públicas, setor privado e sociedade civil na construção de um futuro mais equilibrado e coeso.”

FOTOS: Fair Pay Charter Foundation / Armando Calado / Fundação Oureana

6 de Maio de 2025

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Medalha Comemorativa do 30º Aniversário do Casamento de Suas Altezas Reais os Duques de Bragança apresentada a 3 de Maio de 2025

Foi apresentada esta manhã em Ourém, a Medalha Oficial Comemorativa do 30º Aniversário do Casamento dos Duques de Bragança.

O estudo da Medalha Oficial Comemorativa dos 30 anos do enlace de D. Duarte de Bragança com D. Isabel de Herédia apresenta numa das faces; o brasão da Casa Real Portuguesa e as datas do casamento e do aniversário que se celebra este ano.

Da outra face, está a imagem esculpida em relevo da Virgem Peregrina com a palavras do Papa Pio XII a aclamar a Virgem Santa Maria de “Rainha de Portugal e do Mundo” aquando da Coroação de Nossa Senhora do Rosário em Fátima a 13 de Maio de 1946.

MedalhOficial do 30º Aniversário do Casamento

A proposta do tema da medalha foi do Conselho Heráldico da Fundação Histórico – Cultural Oureana e o desenho final para a cunhagem, o trabalho de execução, abertura de cunhos estampagem e polimento da medalha biface com 60mm de diâmetro em bronze e prata dourada é uma edição da Medalhistica Lusatenas de Coimbra.

Fotos: Direitos Reservados Arquivo Fundação Oureana

FONTE: Medalhistica Lusatena

13 de Maio de 2025

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Príncipe da Beira investido “Mordomo-Mor” da Real Irmandade de Santa Joana Princesa em Aveiro

O Príncipe da Beira, Dom Afonso de Santa Maria de Herédia e Bragança, esteve em Aveiro para participar na Festa anual de Santa Joana Princesa, tendo sido investido Mordomo – Mor da Real Irmandade da mesma soberana invocação, uma distinção honorífica criada para os Príncipes Reais em 1877.

O programa da Festa começou às 9.15 horas, do dia 2 de Maio na Igreja de Jesus, hoje Museu de Aveiro, onde teve lugar o compromisso de três “Cavaleiros” e seis “Aias” e a Investidura de dez “Irmãos Tradicionais” e cinco “Irmãos de Carreira”.

D. João Evangelista de Lima Vidal

Investidos também foram três “Irmãos Honorários”, todos a título póstumo, nomeadamente; o Arcebispo-Bispo de Aveiro D. João Evangelista de Lima Vidal, a quem, segundo a instituição, «se deve o reacender do Culto a Santa Joana Princesa em Aveiro na época contemporânea»;

António Gomes da Rocha Madahil

António Gomes da Rocha Madahil, que se distinguiu como «o mais importante investigador Joanino no século XX»; e Manuel da Costa Freitas (“Necas do Museu”), «extraordinário devoto de Santa Joana, a quem a Irmandade e o Museu de Avei­ro muito devem».

A Real Irmandade tem também as categorias de Cavaleiros, Infantes, Escudeiros, Açafatas, Leais Conselheiros, Damas e Donzelas este ano volta a ter um Mordomo-Mor na pessoa de D. Afonso de Santa Maria de Bragança, Príncipe da Beira.

Na intervenção de acolhimento o Provedor da Real Irmandade, o Dr. Nuno Gonçalo da Paula explicou que a investidura do Príncipe da Beira, como Mordomo, vem no seguimento da presença de vários reis, príncipes, infantes e parentes da família real que se tornaram membros desta Real Irmandade, uma Irmandade que continua a ser agraciada com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa.

Para Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana, e Irmão de Honra da Real Irmandade de Santa Joana Princesa; “não há dúvida que esta é uma das Irmandades mais importantes e mais queridas de Portugal e que se dedica, desde o Século XIX, a zelar e difundir o Culto à Infanta Santa Joana depois da extinção das Ordens Religiosas”.

Foi em 1905, precisamente há 120 anos, que outro Príncipe Real, D. Luiz Filipe de Bragança, Príncipe da Beira, era investido como Mordomo., ele que viria a sofrer o martírio, tal com seu pai, o Rei D. Carlos, no trágico dia 1 de Fevereiro de 1908.

Para Evaristo, Perito em iconografia sacra e Relíquias; “as armas da Real Irmandade, que foram as de Santa Joana Princesa, estão bipartidas com o escudo de Infanta da Casa Real, as Armas de Portugal, e a Coroa de Espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, simbolizando assim, uma missão de vida a defender os valores Cristãos de Portugal até à morte, oferecendo o sofrimento pessoal pela conversão dos pecadores, tal como pediu Nossa Senhora em Fátima.”

Consciente desse compromisso com a pátria e com a Real Irmandade da qual foram Juízes Perpétuos os Reis D. Luís, D. Carlos e D. Manuel II e à qual pertencem os Senhores Duques de Bragança e a Infanta D. Maria Francisca, Duquesa de Coimbra, o Senhor Dom Afonso, Príncipe da Beira, aceitou por devoção particular para com a Santa Joana Princesa, o título de Mordomo da Real Irmandade tendo sido investido com Manto, Insígnias e Vara pelo Senhor Bispo de Aveiro D. António Manuel Moiteiro Ramos.

Juntamente com o Príncipe da Beira foram investidos como Irmãos, Cavaleiros e Aias de Santa Joana Princesa vários outros devotos e ainda alguns benfeitores da Real Irmandade a título póstumo.

Palavras de Sua Alteza Real D. Afonso, Príncipe da Beira, depois de ser investido como Mordomo da Real Irmandade de Santa Joana Princesa:

“Caríssimo Senhor Bispo,

Caríssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,

Caríssimo Senhor Provedor da Real Irmandade, Irmãos e devotos da Infanta Santa Joana Princesa,

É com enorme honra e alegria que me junto a todos vós na celebração das Festas de Santa Joana, aceitando com humildade o cargo de Mordomo da Real Irmandade.

A presença da Família Real em Aveiro remonta ao século 15, com a vinda da Princesa Santa Joana para o Mosteiro, e mantém-se viva na fé dos que aqui a invocam.

Quero também agradecer à Diocese, à Irmandade e ao Município pelo seu empenho na preservação do culto, do mosteiro, do túmulo e das relíquias de Santa Joana.

Termino por dizer que a partir de hoje, assumo igualmente o compromisso, na qualidade de Mordomo da Real Irmandade, com o firme propósito de promover e divulgar o legado de Santa Joana entre os portugueses e especialmente entre os mais jovens.

Muito obrigado.”

D. Afonso de Bragança

No fim das investiduras formou-se um Cortejo Litúrgico para acompanhar as imagens da Infanta Santa e de São Domingos, Patrono do Mosteiro, para a Sé-Catedral de Aveiro, local onde D. António Manuel celebrou a Missa Solene da Festa com mais de uma dúzia de sacerdotes a concelebrar incluindo o Postulador da Causa de Santa Joana.

Durante a homilia o Bispo de Aveiro relatou a experiência de vida do novo Papa Leão XIV vida repleta de valores que parecem espelhar as virtudes vividas pela Padroeira de Aveiro cuja Canonização se espera para breve. D. António Manuel disse ainda que o modelo de santidade de Santa Joana merece Culto Universal e não só no local onde viveu, como é próprio dos Santos com o estatuto de Beato.

Depois da Santa Missa o cortejo litúrgico seguiu até ao túmulo da Beata no Claustro do antigo Mosteiro das religiosas Dominicanas onde o clero entoou o hino de Santa Joana.

Foi depois oferecido ao Príncipe da Beira acompanhado do Presidente da Fundação Oureana, uma especial visita guiada pelo Coordenador da CDBCIA, Dr. Eduardo Domingues e o Coordenador da Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja, o Revº Padre Gustavo André da Silva Fernandes.

A primeira parte da visita foi ao antigo Mosteiro Dominicano onde se podem contemplar as muitas obras de arte sacra, algumas do tempo da Santa Joana, e ainda, o seu magnífico túmulo.

Depois, no Museu Municipal foram explicadas muitas peças da colecção do antigo mosteiro e ainda, os belíssimos relicários.

Segou-se uma visita à exposição “A Escrita de um Ícone” organizada pela Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Aveiro (CDBCIA).

Na exposição são apresentadas cerca de meia centena de peças que abarcam um arco temporal de séculos e ajudam a compreender como a tradição da escrita de ícones (ou seja, a pintura) se difundiu pela Europa.

Segundo Eduardo Domingues esta arte nobre, teológica e espiritual ainda tem, na atualidade, os seus cultores. A exposição dá a conhecer a pintura altamente simbólica dos ícones, e apresenta uma colecção distribuída por três núcleos; as representações de Cristo, da Virgem Maria e dos Santos.

Neste tipo de pintura caraterizada pela abordagem simbólica, pela esquematização formal e pela ênfase colocada na espiritualidade

Para Eduardo Domingues; “Esta exposição permite aos aveirenses, crentes e não crentes, uma aproximação ao sagrado, dando a conhecer o seu simbolismo e a tradição, não só pelo seu aspeto pictórico, mas também por todo o tempo de preparação espiritual e dos materiais utilizados, relação que se funde entre o escritor e a obra.”

No final da visita à exposição os responsáveis pela mesma oferecerem aos convidados exemplares da revista INVENIRE.

A visita guiada terminou com uma visita a recém restaurada Sé-Catedral de Aveiro que também guarda muitos tesouros centenários da Igreja e da presença da Ordem de Pregadores.

À Delegação da Casa Real também foram oferecidos pelo Provedor da Real Irmandade livros sobre a Real Irmandade de Santa Joana Princesa e o Culto de Santa Joana Princesa em Aveiro da autoria de Amaro Neves e de Nuno Gonçalo da Paula.

Já pela tarde, e depois do almoço, teve lugar às 16 horas, a Magna Procissão de Santa Joana Princesa com as imagens da Santa e suas Relíquias Insignes a percorrerem as ruas da Cidade de Aveiro, desde a Sé até ao Mosteiro.

Numa das varas do pálio, a chamada “Vara do Rei” esteve o Senhor Dom Afonso, Príncipe da Beira cumprindo assim tradição dos Mordomos Régios antecessores da Real Irmandade.

Em moldes idênticos aos de anos anteriores, a procissão em honra de Santa Joana atraiu uma verdadeira multidão à cidade de Aveiro passando pela Rua Batalhão Caçadores Dez, Rua Nascimen­to Leitão, Rua de Coimbra, Pra­ça Humberto Delgado, Rua de José Estêvão, Largo da Apresentação, Praça 14 de Julho, Rua Domingos Carrancho, Praças Melo Frei­tas e Humberto Delgado, Rua Clu­be dos Galitos, Rua Belém do Pará, Rua Gusta­vo Ferreira Pinto Basto, Praça Marquês de Pombal, Avenida de Santa Joa­na, e recolhendo depois à Igre­ja de Jesus – Museu de Aveiro.

12 de Maio de 2025

Texto e Fotos: Fundação Oureana e Real Irmandade de Santa Joana Princesa

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Protocolo assinado “visa o culto de Nossa Senhora e recuperar este Santuário que tanto necessita”, diz Juiz da Régia Confraria

Durante a Peregrinação das Ordens Dinásticas, que decorreu no passado sábado 28 de setembro, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa, teve lugar também a assinatura de um protocolo entre a Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição e a as Fundações Oureana e D. Manuel II.

Aos microfones da  Rádio Campanário, presente na cerimónia, Fernando Pinto (Juiz da Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição) explica que “este protocolo visa recuperar algumas das partes deste edifício que tanto necessitam”.

Fernando Pinto relembra que “na minha tomada de posso referi que tentaríamos que os mecenas viessem ter connosco”, acrescentando que “basicamente é o que está a acontecer, das conversas que já tivemos espero que outros donativos venham, tornando assim possível recuperar todo este património”.

“Procuramos um entendimento em relação ao culto de Nossa Senhora”
Fernando Pinto

O Juiz explica então que o protocolo “assinado entre a Régia, a Real e as Fundações Oureana e D. Manuel II visa criar um entendimento em relação ao culto de Nossa Senhora, e requalificar” o Santuário da Padroeira de Portugal.

Fernando Pinto considera que “futuramente existirão outros protocolos com outros fins”, lembrando que “hoje foram entregues cerca de 2 mil euros de donativo”.

Relativamente a esta missão que abraçou recentemente, Fernando Pinto diz-nos que “temos vindo a transmitir aquilo que realmente é necessário fazer por este Santuário”, justificando de seguida que “o importante é mante-lo e não permitir que se degrade mais”.

30 de Setembro de 2019

Fonte: https://www.radiocampanario.com/protocolo/

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