Primeira edição do “Meet the Authors” teve Visita Guiada no Castelo de Ourém e Almoço com Autores

A Fundação Histórico Cultural Oureana que há 55 anos promove banquetes temáticos no Restaurante Medieval, decidiu aceitar o desafio para algo bem diferente; uma visita guiada ao Castelo e Vila Medieval de Ourém e um “Meet the Authors” Almoço com Autores.

O primeiro “Meet the Authors” teve lugar no dia 20 de Fevereiro e juntou dois autores conhecidos do grande público, e particularmente, do público norte americano devoto das aparições de Nossa Senhora de Fátima.

A visita guiada com almoço foi organizado por Frank Spicer e Mary Sample, responsáveis pelas peregrinações norte americanas; Luminaries of Holy Mary. 60 participantes incluindo alguns residentes de Fátima, estiveram com os conhecidos autores Católicos; Carlos Evaristo e Josephine Nobisso.

O grupo foi guiado por Carlos Evaristo e visitou primeiro o Castelo de Ourém, seguindo depois para o jardim de São Nuno, a antiga Sé – Colegiada, e finalmente os vários espaços museológicos da Fundação. Na Regalis Lipsanotheca, venerararam algumas relíquias insignes dos Pastorinhos de Fátima em dia de Festa de Santos Jacinta e Francisco Marto.

Convidados para falarem sobre as obras que publicaram, foram os autores norte americanos; Carlos Evaristo e Josephine Nobisso. Evaristo é Co-Fundador e Presidente da Direcção da Fundação Oureana e mundialmente conhecido pelos seus 150 livros já publicados.

Evaristo é também conhecido das entrevistas com a Vidente de Fátima, Irmã Lúcia, pelos estudo das relíquias e pela participação, apresentação e produção em mais de 450 programas para canais de televisão, nacionais e estrangeiros como a RTP, a RAI, a TVE, o Canal História, a National Geographic, a Odisseia e o RMC Decouvert.

O autor de vários livros e estudos sobre o Castelo de Ourém e personagens históricas ligadas ao mesmo, conduziu os visitantes pelas ruas medievais do burgo. Explicou as principais obras realizadas pelo Santo Condestável e seu neto e falou dos sete espíritos mais célebres da história do Castelo desde D. Afonso Henriques a D. Manuel II, último Rei de Portugal que no exílio se intitulava de Conde de Ourém.

Durante o almoço que foi servido pela Insignare Plus Hoteis, o autor Luso-Canadiano começou por falar da Mensagem de Fátima, dos Pastorinhos e dos encontros que teve com a Irmã Lúcia.

Depois Evaristo falou do seu trabalho como biografo de D. Nuno Álvares Pereira, do milagre ocorrido no Restaurante Medieval e do trabalho para a reabertura e a pesquisa do processo da Canonização.

Após responder a várias perguntas, Evaristo falou das suas obras sobre as Relíquias Insignes, as que examinou e estudou em santuários por todo o mundo ao longo de 35 anos, e também do Culto do Santíssimo Milagre de Santarém que ajudou a restaurar a partir de 1995.

Os estudos dos Milagres Eucarísticos que o levou a conhecer Carlo Acutis, um jovem que em breve será declarado Santo e o culto de São Miguel, Anjo de Portugal e da Paz, foram também temas apresentados pelo autor que depois respondeu a perguntas da assistência sobre os muitos livros Best Seller que escreveu.

Depois, foi a vez de Josephine Nobisso ser apresentada para falar de algumas das suas obras mais conhecidas, e nomeadamente, dos seus livros infantis Católicos como a trilogia teológica que já se encontra publicada em várias línguas, incluindo o Português.

Nobisso que é Itálio – Americana reside no Concelho de Ourém. A autora explicou a teologia por detrás das obras infantis e as ilustrações das mesmas, tendo depois respondido a perguntas sobre o livro The Weight of a Mass (O Peso de uma Missa) considerado o seu maior Best Seller internacional, aclamado pela plataforma Amazon como o livro infantil Católico mais vendido.

Seguidamente, Nobisso, que já publicou uma centena de livros, leu para todos presentes o seu livro Portrait of the Son (Retrato do Filho) a sua mais recente obra que também está traduzida para a língua Portuguesa.

No fim da leitura, a autora ainda respondeu a várias perguntas e explicou as verdades teológicas que esta série de livros pretende ensinar, tanto aos mais jovens, como aos adultos. Revelou também estar em preparação um novo livro infantil sobre um santo português.

Os enigmas na vida de Cristóvão Colombo e os mistérios do Santo Sudário foram os temas de livros recentes de Carlos Evaristo apresentados pelo mesmo já no final da sessão que terminou com a apresentação do seu livro mais recente O Relicário de D. Afonso, IV Conde de Ourém – Colecção Insigne de Relíquias da Casa de Bragança.  

Esta obra patrocinada pela Fundação D. Manuel II está editada em versão bilingue (Português e Inglês) pela Regina Mundi Press – ICHR, editora oficial das Fundações Oureana e D. Manuel II.

O almoço que foi patrocinado pelos Luminaries of Holy Mary teve início às 13 horas e prolongou-se até às 16 horas tendo sido do agrado de todos os participantes.

Frank Spicer e Mary Sample já prometeram organizar uma 2ª edição do ”Meet the Authors” para Julho.

20 de Fevereiro de 2025

Fotos: Armando Mendes e Arquivo da Fundação Oureana

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FUNDAÇÃO OUREANA NA ORGANIZAÇÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 700 ANOS DA MORTE DO REI D. DINIS

Os 700 anos da morte do Rei D. Dinis e a recente abertura do seu túmulo e do túmulo de seu neto no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo de Odivelas, foram os dois motivos para a Fundação Oureana, em parceria com a Fundação D. Manuel II e a Real Associação de Guardas de Honra, proporem ao Patriarcado de Lisboa e à Câmara Municipal de Odivelas a celebração de uma Missa de Exéquias Fúnebres que teve lugar no dia 4 de Janeiro de 2025.

As comemorações que incluíram um Velório com Guarda de Honra entre outros actos, foram organizadas em colaboração com o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Odivelas e contou com o apoio da Paróquia do Santíssimo nome de Jesus de Odivelas, contando com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e do Patriarcado de Lisboa.  

Entidades Presentes

Mais de 400 entidades foram convidadas a estarem presentes nas Cerimónias das Exéquias Fúnebres de D. Dinis sendo que àquelas que não poderão por razões de agenda estar na Missa, confirmaram a sua presença ou representação no dia 7, altura em que teve lugar uma Sessão Solene para apresentação do programa de comemorações do 7º centenário com a revelação dos resultados dos trabalhos realizados no túmulo incluindo a reconstituição facial do Rei.

S.A.R. D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança, presente em representação da Família Real Portuguesa, juntamente com outros descendentes directos do Monarca, nomeadamente D. Nuno da Câmara Pereira e D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, Marquês de Rio Maior.

A representar o Município de Odivelas estiveram o Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins; o Presidente da Assembleia Municipal em representação o 2.º Secretário António Boa-Nova; o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Edgar Valles, também Vereador da Cultura e a pessoa que colaborou na organização de todos as celebrações.

Coube ao Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto representar o Senhor Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, enquanto o Vice-Almirante Bastos Ribeiro, Director Cultural da Marinha, representou o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa  e o Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Director Histórico-Cultural da Força Aérea o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.

O Superintendente Luís Elias, Comandante do Comando Metropolitano de Lisboa esteve presente em representação de do Director Nacional da Policia de Segurança Pública, Superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho e o Intendente Pedro Almeida, Comandante da Divisão Policial de Loures do Comando Metropolitano de Lisboa esteve presente em representação do Director Nacional da Policia de Segurança Pública, Superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho juntamente com o Comandante da Divisão da PSP de Loures-Odivelas, Intendente Pedro Almeida.

O Conselho Diretivo do Património Cultural, IP esteve representando pela Vice-Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, IP, Doutora Ana Catarina de Sousa, e pelo Vice-Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, IP, Arquiteto Ângelo Silveira.

O Coronel António Marcos de Andrade, Director do Museu Militar de Lisboa,  representou o General Cavaleiro Director da Direcção de História e Cultura Militar. Esteve presente também o Senhor Manuel Varges, antigo Presidente da Câmara Municipal de Odivelas e os Vereadores da Câmara Municipal; Ana Isabel Gomes, João António e Susana Santos e a Adjunta Andreia Morgado.

O Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Nuno Gaudêncio, o Presidente da Junta da União das Freguesias de Pontinha e Famões, Jorge Nunes, o Presidente da Junta da União das Freguesias de Ramada e Caneças, Manuel Varela e o Presidente da Junta da União de Freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, Rogério Valente Breia também estiveram presentes na cerimónia.

Representantes do Agrupamento de Escutas 69 e Odivelas e o Presidente do Conselho de Administração dos SIMAR de Loures e Odivelas, Nuno Leitão e o Director Municipal da Câmara Municipal de Odivelas, Hernani Boaventura; a Conselheira Municipal para a Igualdade, Hortênsia Mendes; o Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade da Independência Histórica de Portugal e a Dra. Vera Amatti, em representação do Senador do Brasil, D. Luiz Phillipe de Orleans Bragança, primo do Senhor D. Duarte também marcaram presença.            

O Catafalque Régio

Um Catafalque Régio ou Catafalco foi criado para a Missa de Exéquias Fúnebres de D. Dinis. O mesmo foi inspirado em iluminuras medievais e desenhado pelo Comissário das Celebrações aniversárias, o Cônsul Dr. Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana e pelo Mestre Arquitecto Nicolas Descharnes.

Colocado à frente do túmulo do Monarca, era composto por uma coroa decorativa antiga, de bronze envelhecido, colocada sobre uma almofada de veludo vermelho por cima de um suporte de madeira forrado a tecido adamascado preto e dourado bordada com a palavra “Veritas” (verdade) a ouro em letras góticas medievais. De cada lado do Catafalque Régio sobre um tapete fúnebre preto foram colocados dois tocheiros altos, de bronze, com velas que estiveram em câmara ardente durante o Velório, a Guarda de Honra, a Missa de Exéquias Fúnebres e a Cerimónia de Deposição de Coroas de flores.

Velório com Guarda de Honra

Pelas 15 horas, deu-se início ao Velório que teve lugar junto ao Catafalque Régio e que incluiu uma Guarda de Honra com Render da Guarda a cada 10 minutos, cerimónia que se prolongou durante a Missa e Rito Exequial.

O Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto representante do Senhor Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo com S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança

Foi o Senhor Duque de Bragança, Patrono da Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos, Panteões e Monumentos Nacionais, a instalar a primeira Guarda de Honra junto ao túmulo de D. Dinis e de seu neto durante o Velório. O Dr. José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministério da Defesa e membro da Guarda de Honra iniciou a primeira Guarda de Honra com o Comandante Geral Adjunto; Professor Humberto Nuno de Oliveira. Seguiram-se os Comandantes do Comando Geral da Real Guarda de Honra; Carlos Martins Evaristo, David Alves Pereira, João Pedro Teixeira e o Cônsul Carel Heringa, e ainda o Guarda de Honra Cavaleiro RIOASM Fernando Vasconcellos,  

Prestaram também serviço como Guardas de Honra durante o evento, membros de Delegações de Confrarias,  Irmandades e Damas e Cavaleiros de Ordens e também membros da Ordem de Vitez dos Herois da Ungria e da Legião de Homens de Fronteira Independant Portuguese Command.

Houve representantes da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, canonicamente erecta na Arquidiocese de Lisboa e da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, canonicamente erecta na Diocese de Coimbra. Prestaram uma  Guarda de Honra o Arquitecto Nicolas Descharnes, Juiz RIOASM e Membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana; os Comendadores Ricardo Louro e Sérgio Fernandes juntamente com a Dama OSMA Maria de Lurdes Antunes de Ascenção Teixeira Fernandes Lopes e o Cavaleiro RIOASM Carlos Mourão em representação da Real Irmandade da Real Ordem do Arcanjo São Miguel, canonicamente erecta na Arquidiocese de Évora; o Dr. Francisco Mendia e vários elementos da Ordem Constantiniana de São Jorge e o Confrade José Alves a representar a Real Confraria do Santo Condestável do Laicado Carmelitano tendo também a seu cargo a transmissão das celebrações e o registo fotográfico de todo o evento na qualidade de Chefe do Departamento de Comunicação da Fundação Oureana.

Membros de Delegações de associações civis também quiseram prestar uma Guarda de Honra, nomeadamente o Prof. João Hipólito, Álvaro Sousa, Antonino Madhail e Victor Graça, a representarem a Associação Real Ordem de São Miguel da Ala. O render da Guarda esteve a cargo dos Comandantes; José Manuel Rodrigues e Inês Rodrigues do Comando Geral da Real Guarda de Honra.

Instituição da Legião D. Dinis da Real Guarda de Honra

Com a anuência do Município e Paróquia de Odivelas foi instituída a Legião ou Comando D. Dinis da Guarda de Honra e nomeado o conterrâneo Rui Silva, (a quem se reconheceu publicamente a ideia e proposta de se realizar estas comemorações centenárias) como 1º Comandante. Foi o próprio Comandante Rui Silva, juntamente com a sua mulher e filha e o Guarda de Honra Luís Rodrigues, os primeiros elementos deste novo comando a prestarem uma Guarda de Honra ao túmulo de D. Dinis durante o velório.

Memória Justificativa do Comissariado

Não estava previsto no programa mas por vontade do Senhor D. Duarte, Chefe da Família Real Portuguesa e Patrono das Fundações D. Manuel II e Oureana, (as principais entidades promotoras e organizadoras do evento); foi lida por Carlos Evaristo, em nome do Comissariado das Comemorações, uma Memória Justificativa para a realização da Missa de exéquias Fúnebres.

Durante a intervenção do Comissário ele relembrou que precisamente “no dia 7 de Janeiro completam-se 700 anos desde a morte d’El Rei D. Dinis”, mas que o Rei Poeta ou Lavrador, como ficou conhecido,” faleceu de facto a um Domingo a seguir à Epifania depois de ter assistido à Missa de Reis. Ao assinalar a sua passagem com esta Guarda de Honra de Velório, a Missa Solene da Epifania, verificou-se a necessidade de encomendar de novo a sua alma e a do seu neto, com uma Missa de Réquiem com Rito Exequial após as recentes intervenções arqueológicas que levaram à abertura dos túmulos e remoção dos restos mortais.”

O Comissariado agradeceu em nome do Senhor D. Duarte e da Família Real a intervenção nos túmulos patrocinada pela Câmara Municipal e supervisada pelo Vice-Presidente e Vereador da Cultura Dr. Edgar Valles, e a abertura do mesmo para se complementar os trabalhos de intervenção no túmulo com estas comemorações aniversárias. “Agradecemos às entidades presentes e àquelas que não estiveram presentes por razões de agenda estar mas que confirmaram a sua presença ou representação para o evento do dia 7.”

Houve também umas palavras de agradecimento e saudação especiais à Domus Pacis do Exército Azul dos Estados Unidos da América que emprestou várias peças decorativas, e alfaias litúrgicas usadas no evento; “ao Prof. Humberto Nuno de Oliveira que veio dar a conhecer um pouco mais acerca do Rei D. Dinis; ao Maestro Armando Calado; à Pianista Ludmilla; e ao Coro de Nossa Senhora da Conceição de Almeirim, por terem vindo abrilhantar esta homenagem”.

Ao Pároco de Odivelas, Padre José Jaworski ,e à Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus, agradeceu-se, “o acolhimento e o perpetuar do nome, da memória e legado de D. Dinis”. Finalmente houve um agradecimento especial pelo Alto Patrocínio conferido ao evento  pelo Patriarcado de Lisboa na pessoa do Patriarca D. Rui Valério, também ele Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense.

D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, Marquês de Rio Maior, 23º descendente directo de D. Dinis.

Evaristo desejou “um Bom Ano Santo e Dionisiano a todos”, e informou que; “as comemorações porém não terminam hoje mas continuarão no espírito do Ano Santo, e já no próprio dia 7 o Município de Odivelas, que patrocinou os estudos levados acabo após a abertura do túmulo, irá anunciar o programa alargado.”

Memorial Historiográfico

O Memorial Historiográfico a cargo do Prof. Humberto Nuno de Oliveira deu a conhecer aos presentes algumas facetas pouco conhecidas da vida do Rei D. Dinis que não só fundou a Armada dando início à Era dos Descobrimentos com a plantação do Pinhal do Rei, mas também fundou a Ordem de Cristo que recebeu os bens da extincta Ordem do Templo, introduziu leis justa, promoveu a paz no Reino promovendo a língua portuguesa ao fundar a Universidade de Lisboa para que os documentos régios fossem elaborados por doutores da lei, na capital, em vez de na Universidade de Salamanca, como era costume à época.

O Professor Humberto Nuno de Oliveira

Missa Solene da Epifania com Rito Exequial

A Missa que estava aberta ao público esgotou a lotação da Igreja, com muitas pessoas a assistirem de pé e no pátio exterior. A presidir à Missa da Epifania com Rito Exequial esteve D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico Arquidiocese Castrense tendo como concelebrantes vários sacerdotes e principalmente o Monsenhor António Teixeira, Conselheiro da Nunciatura Apostólica em representação do Senhor Núncio Apostólico, D. Ivo Scapol.

O Dr. António José Baptista

Todo o cerimonial religioso foi conduzido pelo Padre Alberto Gomes, Mestre de Cerimónias da Sé Patriarcal de Lisboa e contou com o apoio do Padre José Jaworski, Pároco da Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus de Odivelas e do Padre Fernando António, Capelão da Real Guarda de Honra que também recitou as orações por alma do Rei e de seu neto no início do Velório.

Depois da Missa teve início o Rito Exequial presidido pelo senhor Patriarca de Lisboa que convidou o Senhor D. Duarte a acompanha-lo na bênção dos túmulos do rei D. Dinis e do Infante seu neto.

Acolitou o Patriarca de Lisboa durante a Missa o Cavaleiro OSMA e Confrade RGH da Legião de Braga, Leonardo Rodrigues, um dos Directores assistentes da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana.

Abrilhantou as celebrações o Coro da Imaculada Conceição de Almeirim dirigido pelo Maestro Armando Calado tendo entoado os seguintes cânticos durante a Missa. Cântico de Entrada; “Levanta-te Jerusalém”, o Kyrie; “Orbis Factor”, o Salmo; “Virão adorar-Vos Senhor, todos os povos, todos os povos da terra”,  o Aleluia de Taize, o Cântico do Ofertório; “Jesus Rei admirável”,  o Santo de Schubert, o Cordeiro de Deus de Madureira, o Pai Nosso de Carlos Silva, o Câtinco de Comunhão; “Vinde Benditos de meu pai”, o Cântico de Acção de graças; “Ó luz de Deus, ó doce luz”, o  Cântico durante o Rito Exequial;  “Ave Maris Staela” e o Cântico Final; “Adeste Fidelis”.

Cerimónia de Deposição de Coroas de Flores

Após o Rito Fúnebre, o Funeral Régio concluiu-se com a cerimónia de Deposição de Coroas de flores junto ao túmulo do Monarca. Primeiro a fazê-lo foi o Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto em representação de Sua Ex.ª o Senhor Ministro da Defesa Nacional Nuno Melo, juntamente com o Vice-Almirante Bastos Ribeiro, Diretor Cultural da Marinha em representação de Sua Excelência Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa.

Seguiu-se a deposição de uma Coroa de flores pelo Dr. Hugo Martins, Presidente da Câmara Municipal de Odivelas acompanhado de S.A.R. D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança em representação do Município e do Comissariado das Comemorações.

Finalmente, colocou uma Coroa de flores o Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade da Independência Histórica de Portugal e o Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Director Histórico – Cultural da Força Aérea, em representação Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.

Leonardo Rodrigues

Presença de Relíquias da Rainha Santa Isabel

A presença de Relíquias da Rainha Santa Isabel na Missa de Exéquias Fúnebres foi um momento histórico.

As relíquias foram colocadas sobre o Altar perto dos restos mortais de D. Dinis e do neto de ambos.

As relíquias que pertencem à colecção da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana no Castelo de Ourém são duas madeixas de cabelo da Rainha Santa, uma colocada num busto relicário, e outra, num relicário de pé.

Estas relíquias estiveram à veneração dos fieis durante o Velório e depois da Missa, enquanto nos Claustros do Mosteiro os convidados tinham uma visita guiada ao espaços museológicos e provavam uma Madre Paula (Vinho) de honra oferecido pela Câmara Municipal de Odivelas.

4 de Janeiro de 2025

Fotografias de José Alves, Carlos Evaristo e C.M. Odivelas

Direitos Reservados: Câmara Municipal de Odivelas e Fundação Histórico – Cultural Oureana

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Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel da Abadia Cisterciense de Casamari presente na Missa Aniversária do Servo de Deus Francesco II

No Sábado, 25 de Janeiro de 2025 pelas 18h00, foi celebrada a Santa Missa votiva anual em memória do Servo de Deus Francesco II de Borbone, último Rei das Duas Sicilias e filho da Beata Maria Cristina.

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A missa teve lugar na basílica Abacial Cistercense de San Domenico Abate na Diocese de Sora-Cassino-Aquino – Pontecorvo no território da Cidade de Sora, que fazia parte da antiga província de Terra di Lavoro durante o Reino das Duas Sicílias.

A solene Celebração Eucarística foi presidida pelo Representante para a Representação da Abadia de Casamari da Delegação de Tuscia e Sabina da Sagrada Ordem Militar Constantiniana de São Jorge, Padre Pierdomenico Volpi, S.O.Cist., Capelão de Mérito e Postulador Geral para os santos da Ordem Cisterciense. Presente esteve o Coordenador da Representação na Abadia de Casamari, Angelo Musa, Cavaleiro de Mérito com Placa de Prata da Ordem Constantiniana de São Jorge e Delegado / Juiz da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel da Abadia de Casamari.

A Delegação da Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel, sedeada na Abadia de Casamari, este a cargo do Vice-Delegado / Vice-Juiz, Dr. Leonardo Lucarella, Cavaleiro Grã-Cruz da Ordem Dinástica cujo Grão -Mestre Nato é S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, Grã-Cruz de Justiça condecorado com o Colar e Presidente de Honra da Real Delegação Portuguesa da Sagrada Ordem Militar Constantiniana de São Jorge.

Após o anúncio do Evangelho (Lc 10,1-9), o Padre Volpi fez a homilia, na qual recordou o último Rei das Duas Sicílias como exemplo de testemunho da Fé Cristã:

«Hoje, mais do que nunca, precisamos de ser testemunhas da nossa Fé, isto porque o mundo está a afastar-se cada vez mais do Senhor. Uma testemunha digna foi o próprio Servo de Deus Francisco II. Viu-se a assumir o trono num período histórico muito conturbado, talvez não estivesse totalmente preparado para um papel tão fundamental. Se não estava preparado, não significa que não fosse capaz, a sua vida prova isso. Foi traído, vilipendiado e enganado, mas a sua vida fala de um soberano que não respondeu à traição com traição, à difamação com difamação. A sua existência, antes e durante o exílio, foi de aceitação da vontade divina, mas sempre de cabeça erguida e não desleixada. Era certamente um bom homem, e o seu diário atesta isso, mas não era tolo nem incompetente. A existência do Servo de Deus Francisco II, com as devidas diferenças, foi muito semelhante à do Beato Carlos de Áustria. Este último também assumiu o trono num período difícil da história, tanto o Imperador Carlos como o Rei Francisco II estavam convencidos de que as pessoas, mesmo as da Corte, eram animadas por uma fé sincera que levava a viver virtuosamente, mas, como o Senhor Jesus, foram traídos. Voltando ao testemunho, São Francisco de Sales afirma que não devemos falar excessivamente às pessoas sobre Deus, mas que o nosso comportamento deve fazer com que os outros nos perguntem sobre Deus. Em Arco di Trento, Francisco era visto diariamente a participar na Celebração Eucarística com os fiéis da paróquia. Muitos paroquianos nem sequer sabiam que ele tinha sido o último governante do Reino das Duas Sicílias. A sua não era uma fé “gritada”, mas uma fé vivida diariamente na simplicidade da sua vida. O Senhor carregou-o no seu coração; podemos ter a certeza de que o Senhor nunca abandonou o Seu Servo Francisco II. Por isso, rezamos para que Deus, na sua infinita bondade, permita que prossiga o inquérito diocesano para a beatificação do Servo de Deus Francisco II: a Igreja e o mundo precisam de testemunhas fidedignas como o último Rei das Duas Sicílias.”

A animação da solene Liturgia Eucarística esteve a cargo do Coro da Catedral de Santa Maria Assunta de Sora, dirigido pelo Maestro Giacomo Cellucci, Cavaleiro de Ofício, diante do órgão de tubos no vão central da nave lateral esquerda do Convento. Realizaram-se: A Igreja alegra-se (Entrada), Kyrie e Gloria de Picchi, Cantemos ao Senhor (Aleluia), Como espigas nos campos (Ofertório), Sanctus de Lourdes, Cordeiro de Deus de Palmitessa, Pão de trigo novo vida (Comunhão) . No órgão Marianna Polsinelli, Dama do Ofício.

A Primeira Leitura (2 Tm 1,1-8) foi recitada por Christian Petrucci, Cavaleiro de Ofício, e a Oração dos Fiéis pelo Cavaleiro de Ofício Luca Cardinali, concluída pelo Padre Volpi com a oração pelo Grão-Mestre, S.A.R. Príncipe Dom Pedro de Bourbon, Duas Sicílias e Orleães, Duque da Calábria, Conde de Caserta, Chefe da Casa Real das Duas Sicílias.

Roberto Guardini, Cavaleiro do Ofício da Sagrada Milícia, serviu como Ministro Extraordinário da Eucaristia.

Uma sessão fotográfica foi organizada pelos jovens Nicholas Santoro e Valerio Di Vece, postulante da Delegação de Tuscia e Sabina.

O voto das Santas Missas anuais pelas almas de S.M. Fernando II e do Servo de Deus Francisco II, penúltimo e último Reis das Duas Sicílias

A noite terminou com um convívio fraterno no Palazzo Nobiliare Filonardi em Veroli (FR).

Em sinal de gratidão para com o Rei Fernando II, os monges cistercienses da Abadia de San Domenico Abate em Sora, reunidos em Capítulo a 6 de Agosto de 1855, decidiram assumir o compromisso perpétuo de celebrar duas missas cantadas anuais “pela segurança de Sua Majestade e de toda a família real e descendentes.” Desde então, as missas são celebradas no dia 14 de julho, dia em que o rei Fernando II, em 1855, favoreceu o mosteiro e no dia 18 de Janeiro, dia do nascimento do Príncipe Herdeiro Francisco, o futuro último Rei das Duas Sicílias, hoje Servo de Deus Francisco II.

Este ano, para dar a um maior número de membros da Sagrada Milícia Constantiniana a oportunidade de participar, a Santa Missa foi celebrada na sexta-feira, 26 de Janeiro de 2024.

O Servo de Deus Francisco II, Rei das Duas Sicílias

Este ano celebra-se o 130º aniversário do piedoso falecimento do Servo de Deus Francisco II de Bourbon (Nápoles, 16 de Janeiro de 1836 / Arco, 27 de Dezembro de 1894), último Rei das Duas Sicílias (22 de Maio de 1859 / 20 de março de 1861), Grão-Mestre da Sagrada Ordem Militar Constantiniana de São Jorge.

Fora do estereótipo de Francisco como um rei jovem, inexperiente, ridicularizado e traído por todos, que acabou como vítima de sacrifício numa fortaleza, sob uma chuva de bombas, gostaríamos de destacar diferentes aspetos do monarca e do homem. S. M. Francisco II de Bourbon não morreu sob as bombas em Gaeta, mas passou a maior parte da sua vida no exílio, 33 anos inteiros. Todos se esqueceram dele depois de 14 de Fevereiro de 1861, como um homem derrotado.

Francisco de Assis Maria Leopoldo, fora um jovem, como muitos da sua idade, tomado pelas angústias e sofrimentos morais da juventude, coisas que nele eram amplificadas pela sua condição especial de filho de um Rei e que um dia viria a ser estar destinado a reinar. Deixou uma marca mais profunda na história do que aquela que nos foi dada pelos livros de história, um homem que lutou sozinho com um punhado de heróis, os seus soldados, e não o seu exército, contra a injustiça, contra um plano revolucionário maçónico que utilizava principalmente a arma da corrupção. Sabia ser um jovem rei ávido de inovações e mudanças, que sabia também cumprir os seus deveres de soldado. Os numerosos testemunhos que emergem dos documentos que nos deixou revelam o seu verdadeiro valor e os seus verdadeiros sentimentos.

Certamente que teve de superar difíceis provações na sua existência, mas tudo foi filtrado pela sua fé inabalável em Deus, o que certamente temperou certos momentos dramáticos da sua vida. No entanto, isso não diminui a sua imagem de homem de grande dignidade e estatura moral. Como monarca cristão, soube manter-se apegado aos seus pontos de referência, que não eram certamente materiais. Quando alguém lhe disse que a história o tinha reduzido a viver numa estalagem, Francisco II respondeu: que “o Rei dos Reis não tinha onde repousar a cabeça”. Nunca hesitou em dar aos necessitados o máximo que podia, mesmo privando-se do necessário.

S. M. Fernando II, Rei das Duas Sicílias

Fernando Carlos Maria de Bourbon nasceu em Palermo a 12 de janeiro de 1810 e faleceu em Caserta a 22 de maio de 1859. Foi Rei do Reino das Duas Sicílias de 8 de Novembro de 1830 a 22 de Maio de 1859. Sucedeu a seu pai Francisco I numa idade muito jovem e foi o autor de um processo radical de recuperação das finanças do Reino. Sob o seu governo, o Reino das Duas Sicílias conheceu uma série de tímidas reformas burocráticas e inovações tecnológicas (como a construção do caminho-de-ferro Nápoles-Portici, o primeiro em Itália, e a criação de algumas unidades industriais, como as oficinas de Pietrarsa). Deu também grande impulso à criação da Marinha e da marinha mercante, numa tentativa de aumentar o comércio com os países estrangeiros. O seu reinado foi abalado pelos movimentos revolucionários de 1848. Após a sua morte, o trono passou para o seu filho Francisco II, sob cujo governo terminou a história do Reino das Duas Sicílias, anexado ao Reino de Itália após a Expedição do exército piemontês.

A Abadia de San Domenico Abate em Sora

A Abadia Cisterciense de San Domenico Abate, dedicada à Santíssima Mãe de Deus e à Virgem Maria, no município de Sora, na província de Frosinone, na confluência do rio Fibreno com o rio Liri, foi fundada em 1011 sobre as ruínas de local de nascimento de Marco Tullio Cicerone, pelo Abade Domenico de Foligno, encomendado pelo Governador de Sora e Arpino, Pietro di Rainiero, e Doda, sua mulher.

Na reconsagração da igreja em 1104, o Papa Pascoal II acrescentou ao título original o de San Domenico Abate. Depois de deixar o Mosteiro de Trisulti, Domenico viveu em Sora durante vinte anos e meio, até à sua morte. O mosteiro teve um rápido desenvolvimento económico e social. Os beneditinos cassineses permaneceram até 1222, quando, passados ​​pouco mais de dois séculos, nos trabalhos de reforma das abadias beneditinas, o Papa Honório III os retirou, para os substituir pelos cistercienses da Abadia de Casamari, na qual foi incorporada. Os cistercienses, porém, embora pertencessem a outra família beneditina, conservaram e nutriram o culto a São Domingos. Em 1430, o mosteiro de Sora, juntamente com o de Casamari, foi concedido em comenda. Posteriormente, foi rapidamente despovoado, até ficar completamente vazio. Em 1833, após o acordo com o Rei Fernando II, o Abade Comendador, Cardeal Ludovico Micara, restabeleceu uma comunidade monástica na Abadia de San Domenico.

A chegada da monarquia de Saboia, com as suas leis subversivas contra o Reino de Itália, veio mais uma vez perturbar a vida do mosteiro. Por Decreto de 17 de Janeiro de 1861, emitido a 9 de Janeiro de 1865, a Abadia de San Domenico foi adquirida, a iure, pelo estado, juntamente com todos os seus bens e os monges foram expulsos à força a 18 de Dezembro de 1865. Só após uma longa e atormentada causa , em 20 de Novembro de 1870 o confisco foi declarado ilegítimo, porque o mosteiro e os seus bens constituíam um “benefici curato” pertencente ao Cabido Vaticano por ordem do Rei Fernando II das Duas Sicílias e por concessão do Papa Pio IX com a bula Ineluctabilis devotionis de 11 de Março de 1850. O mosteiro e os seus bens foram formalmente devolvidos a 31 de Janeiro de 1871. Por ser membro do Capítulo do Vaticano, o exército alemão nunca entrou na abadia durante a Segunda Guerra Mundial .

A cidade de Sora

Sora sofreu muitas ocupações ao longo dos séculos, pelos lombardos, pelos bizantinos, pelos sarracenos (breve incursão) e pelos húngaros (saque sem ocupação). Durante o século XII, foi palco da guerra entre os normandos e o Papa. Durante este período, o Rei Carlos I de Anjou mudou a capital do reino de Palermo para Nápoles. Sora era então a sede do Condado de Sora e mais tarde, a partir de 1443, do Ducado de Sora. Finalmente, em 1796, o Rei Fernando IV de Nápoles (que assumiu em 1816, após o Congresso de Viena, o título de Fernando I das Duas Sicílias) aboliu o Ducado de Sora, prevendo o pagamento do preço de compra relativo ao Duque António II. Sora foi então incluída na antiga província de Terra di Lavoro do Reino das Duas Sicílias. A partir de 1861, Sora passou a fazer parte do recém-formado Reino de Itália, passando a ser a capital do distrito, sempre dentro do âmbito territorial da Terra di Lavoro.

25 de Janeiro de 2025

Texto e Fotos de Angelo Musa

ITALIANO – Sabato 25 Gennaio 2025 alle ore 18.00 è stata celebrata la Santa Messa votiva annuale in memoria del Servo di Dio Francesco II di Borbone, ultimo Re delle Due Sicilie, i figlio della Beata Maria Cristina.

La messa è stasta celebrata nella basilica abaziale cistercense di San Domenico Abate in Diocesi di Sora-Cassino-Aquino-Pontecorvo, sul territorio della città di Sora, che fu parte dell’antica provincia di Terra di Lavoro del Regno delle Due Sicilie.

Ha officiato la solenne Celebrazione Eucaristica, il Referente per la Rappresentanza presso l’Abbazia di Casamari della Delegazione della Tuscia e Sabina del Sacro Militare Ordine Costantiniano di San Giorgio, Padre Pierdomenico Volpi, S.O.Cist., Cappellano di Merito, Postulatore generale per le cause dei santi dell’Ordine Cistercense-Casamari, alla presenza del Coordinatore della Rappresentanza presso l’Abbazia di Casamari, Angelo Musa, Cavaliere di Merito con Placca d’Argento.

Inoltre, ha presenziato una rappresentanza della Delegazione per l’Italia della Real Irmandade da Ordem do Arcanjo São Miguel, accreditata presso l’Abbazia di Casamari, guidata dal Vice Delegato, Dott. Leonardo Lucarella, Cavaliere di Gran Croce dell’ordine dinastico il cui Gran Maestro è S.A.R. il Principe Dom Duarte Pio de Bragança, Capo della Real Casa del Portogallo, Balì di Gran Croce di Giustizia decorato del Collare e Presidente d’Onore della Reale Deputazione del Sacro Militare Ordine Costantiniano di San Giorgio.

Dopo la proclamazione del Vangelo (Lc 10,1-9), Padre Volpi ha tenuto l’omelia, nella quale ha ricordato l’ultimo Re delle Due Sicilia come un esempio di testimonianza della fede cristiana con la vita: «Oggi, più che mai, occorre essere testimoni della nostra fede, questo perché il mondo si allontana, sempre di più, dal Signore. Un valente testimone fu proprio il Servo di Dio Francesco II. Egli si trovò ad assumere il trono in un periodo storico molto travagliato, forse non era del tutto pronto per un ruolo così fondamentale. Se non era pronto non significa che non ne era capace, lo dimostra la sua vita. Fu tradito, vilipeso e ingannato ma la sua vita parla di un sovrano che non rispose al tradimento con il tradimento, alla denigrazione con la denigrazione, al tradimento con il tradimento. La sua esistenza, prima e durante l’esilio fu accoglienza della divina volontà, ma sempre a testa alta e non supinamente. Fu sicuramente un uomo buono, e il suo diario lo testimonia, ma non sciocco o incapace. L’esistenza del Servo di Dio Francesco II, con le dovute diversità, fu molto simile a quella beato Carlo d’Austria. Anche quest’ultimo assunse il trono in un periodo difficile della storia, sia l’Imperatore Carlo che il Re Francesco II erano convinti che le persone, anche quelle della Corte, fossero animati da una fede sincera che portava a vivere virtuosamente, ma, come il Signore Gesù, furono traditi.

Tornando alla testimonianza, San Francesco di Sales afferma che non bisogna parlare, eccessivamente, alle persone di Dio, ma che il nostro comportamento faccia in modo che gli altri ci chiedano di Dio. La vita di fede di Francesco II durante l’esilio è stata proprio così. Ad Arco di Trento, quotidianamente lo si vedeva partecipare alla Celebrazione Eucaristica con i fedeli della parrocchia. Molti parrocchiani nemmeno sapevano che fosse stato l’ultimo sovrano del Regno delle Due Sicilie. La sua non era una fede ”urlata”, ma una fede vissuta quotidianamente nella semplicità della sua vita. Il Signore lo portava nel cuore; possiamo essere certi che il Signore mai ha abbandonato il Suo Servo Francesco II. Pregiamo quindi che Dio, nella sua infinita bontà, voglia far procedere l’Inchiesta diocesana per la beatificazione del Servo di Dio Francesco II: la Chiesa e il mondo hanno bisogno di testimoni credibili come l’ultimo Re delle Due Sicilie».

L’animazione della solenne Liturgia Eucaristica è stata curata dal Coro della Cattedrale di Santa Maria Assunta di Sora, diretto dal Maestro Giacomo Cellucci, Cavaliere di Ufficio, davanti all’organo a canne nella campata centrale della navata laterale di sinistra della basilica. Sono stati eseguiti: La Chiesa esulta (Ingresso), Kyrie e Gloria di Picchi, Cantate al Signore (Alleluia), Come spighe nei campi (Offertorio), Sanctus di Lourdes, Agnello di Dio di Palmitessa, Pane di vita nuova (Comunione). All’organo Marianna Polsinelli, Dama di Ufficio.

La Prima Lettura (2Tm 1,1-8) è stata recitata da Christian Petrucci, Cavaliere di Ufficio e la Preghiera dei fedeli dal Cavaliere d’Ufficio Luca Cardinali, conclusa da Padre Volpi con la preghiera per il Gran Maestro, S.A.R. il Principe Don Pedro di Borbone delle Due Sicilie e Orléans, Duca di Calabria, Conte di Caserta, Capo della Real Casa delle Due Sicilie.

Roberto Guardini, Cavaliere d’Ufficio della Sacra Milizia, ha assistito come Ministro Straordinario dell’Eucaristia. La serata è stata conclusa con un’agape fraterna presso il Palazzo Nobiliare Filonardi di Veroli (FR). Il servizio fotografico è stato curato dal giovane Nicholas Santoro e da Valerio Di Vece postulante della Delegazione della Tuscia e Sabina.

Il voto delle Santa Messe annuali per S.M. Ferdinando II e il Servo di Dio Francesco II, penultimo e ultimo Re delle Due Sicilie

In segno di gratitudine verso il Re Ferdinando II, i monaci cistercensi dell’Abbazia di San Domenico Abate in Sora riuniti in Capitolo, il 6 agosto 1855, decisero di assumere l’impegno perpetuo di celebrare due Messe annue cantate «per l’incolumità di Sua Maestà nonché di tutta la famiglia reale e discendenza». Le Messe, da allora, si celebrano il 14 luglio, giorno in cui il Re Ferdinando II, nel 1855, favorì il monastero e il 18 gennaio, giorno della nascita del principe ereditario Francesco, il futuro ultimo Re delle Due Sicilie, oggi Servo di Dio Francesco II. Quest’anno, per dare la possibilità ad un maggior numero di appartenenti alla Sacra Milizia Costantiniana di parteciparvi, la Santa Messa è stata celebrata venerdì 26 gennaio 2024.

Il Servo di Dio Francesco II, Re delle Due Sicilie

Quest’anno ricorre il 130° anniversario del pio transito del Servo di Dio Francesco II di Borbone (Napoli, 16 gennaio 1836-Arco, 27 dicembre 1894), ultimo Re delle Due Sicilie (22 maggio 1859-20 marzo 1861), Gran Maestro del Sacro Militare Ordine Costantiniano di San Giorgio.

Al di fuori dello stereotipo del Francesco giovane re, inesperto, dileggiato e tradito da tutti, finito a fare la vittima sacrificale in una fortezza, sotto una pioggia di bombe, vorremmo mettere in risalto aspetti diversi del monarca e dell’uomo.

S.M. Francesco II di Borbone non morì sotto le bombe a Gaeta, ma passò la maggior parte della sua esistenza in esilio, ben 33 anni. Tutti si dimenticarono di lui dopo il 14 febbraio 1861, come uno sconfitto.

Francesco d’Assisi Maria Leopoldo, era stato un giovane, come tanti alla sua età, preso dalle angosce e i patimenti morali della giovinezza, cose che in lui si amplificavano per la sua condizione speciale come figlio di un Re e che un giorno sarebbe stato destinato a regnare. Egli ha lasciato nella storia un segno più profondo di quello che ci è stato restituito dai libri di storia, un umo che ha lottato da solo con un manipolo di eroi, i suoi soldati, non il suo esercito, contro le ingiustizie, contro un disegno massonico rivoluzionario che usò principalmente l’arma della corruzione. Egli seppe essere un giovane Re desideroso di aprirsi alle innovazioni e ai cambiamenti, che seppe adempiere anche ai doveri di soldato. Le numerose testimonianze che si evincono dai documenti che ci ha lasciato, fanno trasparire il suo vero valore e i suoi veri sentimenti.

Certamente ebbe a superare delle prove difficili nella sua esistenza, ma tutto filtrato dalla sua incrollabile fede in Dio, che sicuramente ha temperato certi drammatici momenti della sua vita. Però, questo non scalfisce la sua figura di uomo di grande dignità e statura morale. Come monarca cristiano egli seppe rimanere attaccato ai suoi punti di riferimento, che non erano certamente materiali. Quando qualcuno gli sottolineò la storia lo aveva ridotto a vivere in una locanda, Francesco II rispondeva; che “il Re dei Re non aveva avuto ove riposar la sua testa”. Non aveva mai indugiato a dare ai bisognosi quanto poteva, privandosi pure del necessario.

S.M. Ferdinando II, Re delle Due Sicilie

Ferdinando Carlo Maria di Borbone nacque a Palermo il 12 gennaio 1810 e morì a Caserta il 22 maggio 1859. Fu re del Regno delle Due Sicilie dall’8 novembre 1830 al 22 maggio 1859. Succedette al padre Francesco I in giovanissima età e fu autore di un radicale processo di risanamento delle finanze del Regno. Sotto il suo dominio, il Regno delle Due Sicilie conobbe una serie di timide riforme burocratiche e innovazioni in campo tecnologico (come la costruzione della Ferrovia Napoli-Portici, la prima in Italia, e la creazione di alcuni impianti industriali, come le Officine di Pietrarsa). Diede inoltre grande impulso alla creazione della Marina Militare e mercantile, nel tentativo di aumentare gli scambi con l’estero. Il suo regno fu sconvolto dai moti rivoluzionari del 1848. Alla sua morte, il trono passò al figlio Francesco II, sotto il cui governo avrà termine la storia del Regno delle Due Sicilie, annesso al Regno d’Italia in seguito alla Spedizione dei Mille e all’intervento dell’esercito piemontese.

L’abbazia di San Domenico Abate in Sora

L’abbazia cistercense di San Domenico Abate, dedicata alla Beata Madre di Dio e Vergine Maria, nel comune di Sora in provincia di Frosinone, alla confluenza del fiume Fibreno col fiume Liri, fu fondata nel 1011 sulle rovine della villa natale di Marco Tullio Cicerone, dall’Abate Domenico di Foligno su commissione del Governatore di Sora e di Arpino, Pietro di Rainiero, e di Doda, sua moglie. Nella riconsacrazione della chiesa del 1104, il Papa Pasquale II aggiunse al titolo originario anche quello di San Domenico Abate.

Lasciato il Monastero di Trisulti, Domenico visse a Sora per venti anni e mezzo, fino alla morte. Il monastero ebbe un rapido sviluppo economico e sociale. I Benedettini cassinesi rimasero fino al 1222, quando, dopo poco più di due secoli, nell’opera di riforma delle abbazie benedettine, Papa Onorio III li rimosse, per sostituirli con i Cistercensi dell’Abbazia di Casamari, in cui venne incorporato. I Cistercensi, comunque, pur appartenendo ad un’altra famiglia benedettina, hanno conservato ed alimentato il culto per San Domenico. Nel 1430 il monastero di Sora, con quello di Casamari, fu concesso in commenda. Successivamente si spopolò rapidamente, fino a svuotarsi. Nel 1833, dopo l’intesa con il Re Ferdinando II, l’Abate commendatario, il Cardinale Ludovico Micara reinsediò nell’Abbazia di San Domenico una comunità monastica.

L’arrivo della monarchia sabauda, con le leggi eversive del Regno d’Italia, sconvolse per l’ennesima volta la vita del monastero. Con decreto del 17 gennaio 1861, intimato il 9 gennaio 1865, l’Abbazia di San Domenico fu acquisita, de iure, dal demanio insieme a tutti i suoi beni ed i monaci vennero espulsi con la forza il 18 dicembre 1865. Solo dopo una lunga e tormentata causa, il 20 novembre 1870 l’incameramento fu dichiarato illegittimo, perché il monastero e i suoi beni costituivano un ”beneficio curato” di appartenenza al Capitolo Vaticano per disposizione del Re Ferdinando II delle Due Sicilie e per concessione di Papa Pio IX con la bolla Ineluctabilis devotionis dell’11 marzo 1850. Il monastero e i beni vennero formalmente riconsegnati il 31 gennaio 1871. Per motivo di questa appartenenza al Capitolo Vaticano, durante la Secondo Guerra Mondiale l’esercito tedesco non entrò mai nell’abbazia.

La città di Sora

Sora ha subito molte occupazioni nel corso dei secoli, da parte dei Longobardi, dei Bizantini, dei Saraceni (breve incursione) e degli Ungari (saccheggio senza occupazione). Nel corso del XII secolo fu teatro della guerra tra i Normanni e il Papa. In seguito alla vittoria dei Normanni entrò a far parte del Regno di Sicilia che poi passò alla dinastia Sveva e successivamente agli Angioini. In questo periodo il Re Carlo I d’Angiò trasferì la capitale del regno da Palermo a Napoli. Sora fu quindi sede della Contea di Sora ed in seguito, dal 1443, del Ducato di Sora. Infine, nel 1796, Re Ferdinando IV di Napoli (che poi assunse nel 1816, dopo il Congresso di Vienna, il titolo di Ferdinando I delle Due Sicilie) soppresse il Ducato di Sora, provvedendo al versamento del relativo prezzo di acquisto al Duca Antonio II Boncompagni. Sora fu quindi inclusa nell’antica provincia di Terra di Lavoro del Regno delle Due Sicilie. Dal 1861 Sora divenne parte del neonato Regno d’Italia, divenendo capoluogo di circondario, sempre nell’ambito territoriale della Terra di Lavoro.

25 de Janeiro de 2025

Texto e Fotos de Angelo Musa

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REABERTURA DA ADEGA DOS CAVALEIROS – REAL CONFRARIA DE VINHO MEDIEVAL ENTRONIZOU 50 NOVOS CONFRADES DURANTE COCKTAIL GALA EM MEMÓRIA DE JOHN THOMA

A Real Confraria Enófila – Gastronómica Medieval, também conhecida por Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém, realizou no passado dia 27 de Setembro, a solene entronização de 50 Confrades e realizou um cocktail e Gala Memorial em memória do Confrade Fundador Juiz Coronel John Michael Thoma.

John Michael Thoma na Adega dos Cavaleiros aquando da inauguração como Sede (2003)

MEMORIAL AO CONFRADE FUNDADOR JOHN MICHAEL THOMA

O Memorial ao Juiz Col. John Thoma começou com uma Missa de Exéquias Fúnebres celebrada na Capela Bizantina da Domus Pacis, (Paróquia Ucraniana) pelo Revº Padre Olexsandr Gurskyi, Delegado Oficial do Muito Revº. Bispo D. Mykola Petro Luchok da Diocese de Mukácheve, Ucrânia.

A Delegação Americana da Associação de Damas e Cavaleiros após a Missa na Domus Pacis em Fátima.
Os amigos de John Thoma, William Boswell, Hung Nguyen e Stephen Besinaiz que organizaram o Memorial.

Após a Missa o Padre Gurskyi fez entrega em nome das Dioceses Ucranianas de várias Condecorações Pontifícias conferidas pelo Papa Francisco a membros da Associação de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa fundada por John Thoma e que têm ajudado generosamente Dioceses Ucranianas durante mais de três anos. O Delegado Episcopal relembrou também o falecido John Thoma o primeiro a contribuir com ajuda humanitária para a Ucrânia e a recrutar um grupo de benfeitores. Já no Castelo de Ourém seguiram-se a cerimónias de Exéquias Fúnebres presididas pelo Capelão Mor da Fundação Oureana, Revº Padre Carlo Cecchin e que terminaram com o sepultamento dos restos mortais de John Thoma no Cemitério Privado da Fundação. Seguiu-se depois, o cocktail memorial servido na Adega dos Cavaleiros e um Jantar de Gala no Restaurante Medieval Oureana oferecido pela família.

50 NOVOS CONFRADES DE TODO O MUNDO

O evento organizado pela Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval juntou uma centena de Confrades que participaram numa prova de vinhos e elixires medievais e ainda vinhos especiais com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa. A Cúria Baqueia da Confraria presidida pelo seu Real Patrono, D. Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, reunida em Assembleia Geral relembrou, não só o Juiz Col. John Michael Thoma, como também alguns outros Confrades já falecidos e entre eles os membros fundadores da Confraria, o Revº Padre John Guilbert Mariani e a D. Molly Ranier Franco.

CELEBRAÇÕES EM HONRA DE D. AFONSO, IV CONDE DE OURÉM E APRESENTAÇÃO DE LIVRO

As celebrações anuais de homenagem a D. Afonso, IV Conde de Ourém, realizam-se desde 2003. Este ano começaram com uma Missa celebrada no dia 29 de Agosto, aniversário da morte por primogénito da Casa Real de Bragança.

O Professor Humberto Nuno de Oliveira que apresentou o livro de Carlos Evaristo sobre o IV Conde.

A 27 de Setembro, durante a Assembleia Geral da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém, que teve lugar no Auditório da Domus Pacis, em Fátima, teve lugar uma palestra de Carlos Evaristo de apresentação oficial, do livro “O Relicário do IV Conde de Ourém, colecção de Relíquias Insignes da Casa Real de Bragança” que foi feita pelo Professor Humberto Nuno de Oliveira.

EXÉQUIAS FÚNEBRES DE JOHN MICHAEL THOMA

Ainda no dia 27 de Setembro teve lugar uma Missa de Exéquias Fúnebres e funeral com Guarda de Honra para o membro Fundador da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval Juiz Col. John Michael Thoma seguida de uma visita guiada aos espaços museológicos da Fundação Oureana no Castelo de Ourém.

John Michael Thoma
17/10/1944 – 22/01/2023
Carlos Evaristo faz um elogio fúnebre.
O Padre Carlo Cecchin incensa o catafalque.

REABERTURA DA ADEGA DOS CAVALEIROS

Depois da visita guiada procedeu-se à reabertura da Adega dos Cavaleiros, espaço emblemático do Restaurante Medieval criado por John Haffert e Augusto Mascarenhas Barreto em 1970. O bar foi remodelado pela Sócia Gerente do Restaurante Oureana, Margarida Evaristo, em 2001, e é desde 2003, sede da Real Confraria Enófila – Gastronómica Medieval.

A Adega que já foi já conhecida por “Adega do Cortiço”, e “Adega de Santa Teresa”, encontrava-se encerrada para remodelação desde 2015, mas a partir de agora será aberta esporadicamente aos Confrades para provas de vinhos, reuniões e outros convívios.

As obras de restauração, remodelação e substituição de equipamento, assim como a instalação de um novo conjunto de peças decorativas, contou com um patrocínio da Associação Americana de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa e do próprio John Thoma. Exposto agora na Adega está um conjunto completo de ferramentas e utensílios históricos ligados às vindimas, à produção e engarrafamento do vinho e às tradições vinícolas, locais e nacionais.

Estão também expostas peças históricas da colecção dos Comendadores Rui Salazar de Lucena e Melo e João Ribeirinho Leal, também elas ligadas à vinicultura, à panificação e à produção do azeite. Uma cozinha antiga completa também transporta o visitante para tempos longínquos.

MEMORIAL AO IV CONDE DE OURÉM E AO VINHO MEDIEVAL DE OURÉM

A Adega dos Cavaleiros reúne a maior colecção de obras de arte alusivas a D. Afonso, IV Conde de Ourém, assim como uma colecção completa de Vinhos Medievais de Ourém, com garrafas que datam desde a sua classificação aquando da criação da Confraria, até às mais recentes edições da Quinta do Monte Alto, Les-a-Les, Santos da Casa e Abadia de Tomarães.

Existem também na colecção da Real Confraria garrafas de produção local do mesmo vinho que antecedem à classificação e algumas das quais remontam até à década de 1940, altura em que foram obtidas por John Mathias Haffert para o Restaurante Medieval.

COCKTAIL COM PROVAS DE VINHOS, ELIXIRES MEDIEVAIS E VINHO DO PORTO ESPECIAL

Durante o cocktail servido na Adega dos Cavaleiros houve provas de 4 vinhos medievais e 12 célebres elixires medievais preparados no Restaurante Medieval desde 1970 com uma receita secreta que segundo a tradição só três pessoas conhecem. O mais famoso destes elixires é o Elixir Medieval, ou Elixir da Longa Vida, servido à chegada no Restaurante Medieval a mais de 3.5 milhões de visitantes.

No fim do cocktail foram servidos dois vinhos do Porto muito especiais, um oferecido pelo Duque de Bragança e o outro pelo Dr. Adrian Bridge CEO d Taylor’s.

Vinho do Porto “Regis Causa” servido durante o Cocktail
Garrafas de “Taylor’s 20 year old Port Tawny” oferecidas por Adrian Bridge.

ORIGEM DA CONFRARIA DE VINHO E DE GASTRONOMIA MEDIEVAL

Foi sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e com o apadrinhamento da Câmara Municipal de Ourém e da Confraria dos Vinhos da Estremadura, que a primeira Confraria Enófila Medieval foi criada em 2003, especificamente para promover a história do primogénito da Casa Real e Ducal de Bragança, a pessoa que originou chamado “Vinho Medieval” em Ourém e o esse vinho produzido localmente desde 1445.

D. Duarte de Bragança com o astronauta da NASA Richard Garriott, D. Duarte de Bragança e o Cientista de renome mundial Ben Lamm,

Segundo D. Duarte de Bragança; “Esta é foi a primeira Confraria criada propositadamente para a valorização e promoção do vinho e da gastronomia Medieval Ouriense e que vem a ser promovida por John Haffert e pela Fundação Oureana, através do Restaurante Medieval e da Adega dos Cavaleiros desde 1970!”

BRASÕES E AUTÓGRAFOS DOS ILUSTRES CONFRADES

As paredes da Adega dos Cavaleiros, ficam agora também decoradas com uma colecção de brasões dos ilustres Patronos e de Damas e Cavaleiros fundadores da Real Confraria. Podem-se ver também os brasões da Casa Ducal e Condal de Bragança, da Casa Real Portuguesa, dos Reais Patronos e de outras ilustres figuras como o Lord Lyon da Escócia, o Barão de Plean e o Rei do Ruanda.

Vários pipos de vinho na Adega que exibem autógrafos de vários Confrades insignes e de muitas celebridades que visitaram a Adega durante mais de 50 anos incluindo os cantores; Amália Rodrigues, Roberto Leal, Emanuel, etc.

Justin Carpentier entronizado com o traje de Confrade.
A Delegação da Legião de Homens de Fronteira.
Jenell Thoma com o Capelão Mor Padre Carlo Cecchin.

JANTAR DE GALA

Depois do Cocktail oferecido por Jenell Thoma, em memória de seu marido o Confrade Fundador Juiz Col. John Thoma, foi servido um Jantar de Gala no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana.

Carlos Evaristo e o Maestro Armando Calado.
A Drª Maria Antónia Grenha com D. Dínis, Duque do Porto.

ENTRONIZAÇÃO DE 50 NOVOS CONFRADES

Depois do Jantar teve lugar a entronização de 50 novos Confrades que após receberem a sua Carta Patente poderiam vestir o hábito baseado no traje do IV Conde de Ourém para serem fisicamente entronizados no chamado “Trono de D, João I” ou “Cadeirão do Conde de Ourém” expostos no salão.

Entre os 50 novos confrades contam-se membros Portugueses, Americanos, Canadianos, Polacos, da Republica Checa, do Vietnam, da Alemanha, da Ucrânia, da Holanda, de Macau, da Escócia, da França, da Nova Zelândia, da Itália, da Colômbia e de Malta incluindo representantes de quatro Confrarias de vinhos, nacionais e estrangeiras.

Entre os novos Confrades estão a viúva do Juiz Col. John Thoma, três Sacerdotes, sete oficiais militares da NATO, um Juiz Federal Americano, um Astronauta da NASA,  o Maestro Armando Calado, Sua Exª Joseph John Morrow, Lord Lyon da Escõcia,  Sua Exª Jorge Plean of Way, Barão de Plean e o CEO do vinho do Porto “Taylor’s”; Adrian Bridge.

Participaram também nas celebrações e na Gala muitos Confrades Ourienses e entre eles; Augusto e Lúcia Pereira Gonçalves, António e Maria do Carmo Costa, José Simões e Sandra Coelho.

As celebrações terminaram com um brinde à memória de John Thoma e a colocação do seu quadro a óleo da autoria da Pintora Zinaida Loghin na Adega dos Cavaleiros.

FOTOS: Arquivo da Fundação Oureana

27 de Setembro de 2024

Carlos Evaristo com o Rei Yuhi VI do Ruanda sobrinho do falecido Rei Kigeli V, Patrono Fundador da Real Confraria.
Dave Carollo.
Vitez Prof. Humberto Nuno de Oliveira.
Col. Stephen Besinaiz.
Col. Bruce Argueta e sua irmã Lt. Col. Vickie Argueta.
Vitez João Pedro Teixeira.
Larry e Debbie Tylka.
Col. Eric Edin.
Nicolas Descharnes.
Stu e Dr. Jamie Gallagher.
Delegado Justin Morin Carpentier.
Megan Eunpu.

Kevin Couling, Lord Couling of Cowlinge.
Consul Dr. Carl Heringa.
David Alves Pereira.
Prof. Dr. Moritz Hunzinger.
Marc Besinaiz.
D. Duarte de Bragança entrega a Carta Patente de Confrade a Adrian Bridge.
Dr. Roberto Favero.
Inna Souter.
Lt. Col Steve Cargill.
Hung Nguyen.
Col. William Boswell.
Hon. Juiz Scott Stucky.
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Segredo com Séculos será revelado amanhã: Fundação anuncia que após revelação da verdadeira identidade de Colombo, haverá um monumento no Castelo de Ourém, dedicado a todos os que se dedicaram, ao longo dos séculos, ao estudo desses mistérios

Carlos Evaristo com o Professor Marcial Castro e o Professor José António Lorente Acosta

A Fundação Oureana anunciou no passado dia 27 de Setembro que após a revelação da verdadeira nacionalidade e identidade de Colombo, no dia 12 de Outubro, haverá  um monumento no Castelo de Ourém, dedicado e aos que estudaram esses mistérios ao longo dos séculos.

O Presidente da Direção da Fundação Histórico Cultural Oureana anunciou este projecto durante o Congresso do Instituto Preste João / Real Associação Histórico Arqueológica para Pesquisa e Descobrimento.

A erguer num terreno da Fundação no Castelo de Ourém,  esse monumento será em bronze e representará Cristóvão Colombo. Terá o nome do Professor José António Lorente Acosta, mas também de todos os cientistas e estudiosos que ao longo dos séculos se dedicaram ao estudo para desvendar a verdadeira identidade e nacionalidade do Navegador.

A ideia para o primeiro monumento no mundo dedicado à verdadeira identidade e nacionalidade de Colombo e em memória de todos os que se dedicaram ao estudo desse mistério, partiu do Real Instituto Cristóvão Colom – Salvador Fernandes Zarco, um departamento da Fundação Oureana criado  em memória do Capitão Augusto Cassiano de Mascarenhas Barreto para preservar do seu arquivo de estudos colombinos.

Augusto Mascarenhas Barreto

Barreto foi autor do projecto do Programa Medieval do famoso Restaurante da Fundação Oureana, no Castelo de Ourém, inaugurado por John Haffert em 1970 e pelo qual passaram já mais de 3.5 milhões de visitantes. O Instituto, não só preserva os escritos, estudos e artefactos medievais de Barreto ligados à história do restaurante como também outros dedicados ao seu estudo do Fado, da Tauromaquia e do mistério da identidade do Colombo, estudo esse ao qual dedicou os últimos 40 anos da sua vida.

Mascarenhas Barreto

O antigo Campeão Olímpico de Esgrima, pioneiro da RTP e Capitão da GNR, foi também Chefe da escolta pessoal da Presidência da Republica. Muito cedo tornou-se seguidor da teoria de Patrocínio Ribeiro de que o Navegador Cristóvão Colombo era de facto Português e  filho do Duque de Beja D. Fernando com talvez uma filha do Explorador Gonçalo Zarco, sendo seu verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco. O Capitão Barreto como era carinhosamente conhecido pelos amigos, faleceu a  3 de Janeiro de 2017 e foi autor de vários livros sobre o mistério da identidade do Colombo exemplares dos quais deixou a Fundação Oureana para que a instituição fosse a representante da sua teoria, após a sua morte, através de um Departamento propositadamente criado por si e que hoje ostenta seu nome.

Para Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação,  e a pessoa que tem na prática representado a teoria de Mascarenhas Barreto em vários congressos; “o facto é que prometi representar a sua tese e tenho cumprido o que prometi, embora reconheça que haja várias teorias que têm um forte argumento de causa e com as quais particularmente simpatizo; como as de Colombo ser filho de uma Infanta Portuguesa, um Galego, um Maiorquino, um agente ou nobre de Pontevedra ou um Catalão. Mas nós, na Fundação, mantemos um particular carinho pela teoria defendida pelo Capitão Barreto e isto por ela estar na origem da amizade entre o Capitão e o nosso fundador, meu compadre, John Mathias Haffert e na origem do Resturante Medieval”.

John Haffert

De facto, John Haffert também era um apaixonado pelo mistério da verdadeira identidade  e nacionalidade do descobridor das Américas e estava em 1968 no seu yacht “Santa Maria” a percorrer as ilhas das caraíbas, seguindo a rota que Colombo tomou aquando da sua viagem de descoberta em 1492 quando teve a ideia de criar um programa medieval no Castelo de Ourém. Foi aí que segundo a sua biografia, procurou o Duque de Bragança, D. Duarte, e sua tia D. Filipa que lhe segredaram haver a tradição na família de Colombo ser Português. A ideia de criar o programa medieval no Restaurante do Castelo de Ourém levou Haffert a contractar Mascarenhas Barreto que para seu espanto partilhava a sua paixão por este mistério histórico e ao qual já estava a dedicar bastante tempo de pesquisa e de estudo de cabala para tentar decifrar a cifra (assinatura) de Colombo.

Yacht “Santa Maria”

Em 1995, pelo 25º aniversário do programa medieval, D. Duarte de Bragança, John Haffert e Augusto Mascarenhas Barreto reencontraram-se em Ourém e nesse momento partilharam a sua paixão pelo estudo do mistério da verdadeira identidade e nacionalidade de Colombo que todos achavam ser Portuguesa, se não pelo menos ibérica, mas jamais Genovesa!

D. Duarte na Sala dos Mapas do Vaticano.

Segundo Carlos Evaristo: “Colombo passou a maior parte da sua vida em Portugal, casou com uma Portuguesa e foi de Portugal que partiu para a Corte de Fernando e Isabel com um documento passado por D. João II que era uma verdadeira Licença para matar como só um agente Secreto como o 007 teria. Movia-se bem na Corte o que logo levantou suspeitas, tendo privilégios que só parentes do Rei teriam como se sentar na presença do Rei.” Para Carlos Evaristo; “se não era Português, pelo menos deveria ser Ibérico e ligado às famílias da alta nobreza da época, se não mesmo à realeza.”

Em Cuba do Alentejo, onde se diz que Colombo nasceu existe um centro de interpretação do Colombo Português dedicado a Mascarenhas Barreto e é lá que está a sede da Associação Cristóvão Colon que junta os defensores das várias teorias Portuguesas e que mantém um monumento a essa tradição.

D. Duarte de Bragança com Carlos Calado, Presidente da Associação Cristóvão Colon, o Presidente da Câmara de Cuba, João Português e Carlos Evaristo, prestam uma Guarda de Honra junto à estátua de ao Colombo Português em Cuba do Alentejo, terra que mantém viva essa tradição.

Um estudo efectuado por Carlos Evaristo comprovou que a ideia de Colombo ser Italiano, e principalmente Genovês, veio só a ser propagada largamente pelos Knights of Columbus (Cavaleiros de Colombo), uma organização Católica antimaçónica fundada para homens no final no Século XIX, (1882) nos Estados Unidos da América, por um sacerdote Irlandês de nome Michael J. McGivney.

Padre Michael J. McGivney, Fundador dos Cavaleiros de Colombo.

Já o Dia do Colombo, 12 de Outubro, como festa nacional americana, hoje controversa, Evaristo descobriu ter sido algo criado por um senador corrupto, apoiado pela Máfia Nova Iorquina no princípio do Século XX.

Para Evaristo: “Foi graças à ligação que fizeram de Colombo à Festa de Nossa Senhora do Pilar e das Américas, (que fixaram a 12 de Outubro), mas também ao biografo Washington Irving, que temos o Colombo lendário. Foi ao Consul em Espanha, Washington Irving, conhecido pelo livro a Lenda de Sleepy Hollow, com a personagem do Cavaleiro sem cabeça, que o governo após a revolução de 1775, encomendou uma biografia de Colombo para dar aos americanos uma história de um Pai da Pátria que não tivesse nada com a história inglesa que era ensinada aos colonos. E assim se criou e propagou o mito do Colombo através do livro de Irving que se tornou um Best-Seller em todo o mundo levando a Espanha do Século XIX a fabricar os primeiros monumentos na história ao navegador até então esquecido para a história!”

Túmulo de Colombo no Farol em Santo Domingo.
Túmulo de Colombo em Sevilha.

Para chegar à verdadeira identidade de Cristóvão Colombo, a equipa do Professor José Lorente Acosta do Laboratório de ADN do Departamento de Medicina Legal, Toxicologia y Antropologia Física da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada, realizou analises entre 2002 e 2004 que comprovaram definitivamente que os poucos ossos que estão no monumento a Colon na Catedral de Sevilha são mesmo do Navegador, pois eram do pai de Hernan Colon, também sepultado na Catedral, e de um irmão, Diego Colon, que estava sepultado na Cartuxa da mesma cidade. Todos estes parentes foram exumados para se retirar amostras.

Após essa confirmação inicial houve uma espera de vários anos até que a tecnologia sequencial de ADN avançasse bastante para se poder retomar os estudos com fragmentos de amostras mais pequenos. Isso realizou-se em 2021 com um encontro internacional em Granada para apresentação de 25 teorias sobre a nacionalidade de Colombo e que foi tema de um congresso e  um documentário produzido por uma Produtora Espanhola que está prestes a ser exibido na TVE.

Desde 2021 que as diversas teorias têm vindo a ser descartadas enquanto as amostras fornecidas pelos promotores das mesmas, foram sendo testadas pelo Laboratório de Granada e outros Laboratórios parceiros em outros países.  Eventualmente, das vinte e cinco teorias inicialmente apresentadas sobraram oito que necessitavam de amostras de ADN para as validar.

Várias exumações em Portugal e Espanha realizaram-se com a esperança de que as amostras recolhidas pudessem ter elos nas cadeias de ADN semelhantes às de Colombo, seu filho e irmão.

Carlos Evaristo que escreveu com o explorador subaquático de renome mundial Dave Horner, “Secrets and Mysteries of Christopher Columbus”, um colossal volume com todas as teorias históricas sobre a identidade de Colombo tendo um especial carinho para com a teoria de Augusto Mascarenhas Barreto, ajudou também na produção do documentário de Paul Perry do mesmo nome e entra no documentário espanhol.

Como Parceiro Protocolar de vários projectos de ADN com o laboratório de Lorente, para o Projecto ADN Colombo, não só forneceu amostras diversas de Nobres Portugueses como também relíquias de Santos da família real; Rainha Santa Isabel, Infanta Santa Joana, São Nuno, etc. para suporte de várias teorias portuguesas e espanholas, como também para outras teorias, tal como a do Almirante ter sido um explorador Italiano, ligado à descoberta de Cabo Verde.

Carlos Evaristo com José Lorente Acosta em Granada.

Para Evaristo; “Outro mistério que permanecerá após a revelação da sua identidade e nacionalidade será o de haver tão poucos ossos no seu túmulo em Sevilha. Isto é algo que se deve certamente ao costumo da época, que era uma obrigatoriedade Católica canónica, de um terço das ossadas permanecerem sempre no sepulcro ou túmulo original cada vez que houvesse uma trasladação. Sabemos que no caso de Colombo e seu filho Diego Cólon, filho da Portuguesa, Filipa Moniz Perestrelo, houve meia dúzia de trasladações desde o seu sepultamento temporário em Valladolid em 1506 até à chegada dos restos mortais a Sevilha no final do Século XIX.” Segundo o Arqueólogo; “uma boa parte das ossadas deve de ter permanecido em Santo Domingo, e misturadas com as do filho, estão hoje no chamado Farol Mausoléu de Colombo, tendo sido trasladadas do Catedral dessa cidade para onde tinham sido levadas pela nora de Colombo já após a morte do filho. Outra parte das ossadas terão ficado na Cartuxa em Sevilha e outra parte em Cuba, sendo que só escassos ossos chegaram a ser colocados numa urna colocada no sumptuoso monumento da Catedral de Sevilha. Como a República Dominicana não permite que examinem os restos no Farol de Colombo em Santo Domingo, não é possível testar esta teoria.”

Os restos mortais de Colombo retirados da urna no Monumento Fúnebre na Catedral de Sevilha.

Em 2022, durante plena pandemia, localizaram o primeiro túmulo de Cristóvão Colombo numa rua de Valladolid.  A equipa de pesquisadores liderada pelo Professor Marcial Castro, confirmou a localização precisa do primeiro túmulo de Cristóvão Colombo, hoje, na rua Constitución, debaixo de um banco.

A 10 de Outubro, o Professor José António Lorente Acosta, anunciou oficialmente e “de modo definitivo” que os restos mortais na Catedral de Sevilha são mesmo de Cristóvão Colombo. Assim terminou um dos enigmas históricos sobre a figura de Cristóvão Colombo, em referência aos restos no monumento da Catedral de Sevilha.

Porém a sua verdadeira origem genética será revelada amanhã, dia 12 de Outubro, em exclusivo, durante a apresentação do documentário “Colon ADN. A sua verdadeira origem” a ser exibido às 22:35 horas na TVE1 e RTVE Play .

Segundo Carlos Evaristo; “Houve muita gente que afirmava que seriam os primeiros a divulgar os resultados destes exames, mas serão os investigadores forenses da Universidade de Granada, liderados pelo Professor José Antonio Lorente Acosta que irão revelar a nacionalidade de Colombo e a sua identidade e precisamente no Dia de Colombo e da Hispanidade no documentário que vai ser transmitido na RTVE em exclusivo.”

Carlos Evaristo, Arqueólogo, Perito em Relíquias Sagradas e Iconografia Sacra Medieval dedicou mais de 25 anos ao estudo da origem do Colombo e das diversas teorias sendo autor de livros e estudos publicados. Para ele o facto é que “estávamos perante um mistério histórico, um dos maiores, e agora que está prestes a ser revelado, vivemos um momento verdadeiramente histórico! Não deverá haver tristeza por parte de nenhum dos defensores das diversas teorias, porque tal como quando há um crime por desvendar, devemos seguir pistas diversas para desenvolver teorias. Algumas foram muito bem fundamentadas e eram credíveis, merecendo terem sido postas à prova do ADN, para se descobrir a verdadeira nacionalidade, e possivelmente, a verdadeira identidade de Colombo, que já sabemos com exames realizados em centenas de pseudo-descendentes / parentes que ele não era Genovês, algo que seu filho e primeiro biografo, Hernan Colon, havia escrito após ter viajado àquela cidade três vezes na tentativa de encontrar provas.”

O Prof. José Lorente Acosta

Evaristo acrescenta: “Agora, após a revelação final, há que reconhecer principalmente o esforço de tantos, através dos séculos, e particularmente, da equipa que finalmente desvendou este enigma apesar do receio de tocar em algo que era e ainda é considerado tabu. O Mundo merece saber quem foi Colombo e a história merece essa verdade pois tem-se escrito muita ficção a seu respeito. Afinal ele tem que ser filho de alguém e foi o facto de não se saber a verdadeira nacionalidade e o seu verdadeiro nome, que levou a o Papa e a Igreja, no Século XIX a rejeitar o processo para a canonização, introduzido no Vaticano pelos Bispos das Américas.”

Carlos Evaristo entregou a José Lorente Acosta amostras diversas para testar várias teorias.

Evaristo afirma ainda que: “com a sua verdadeira nacionalidade e identidade confirmada, esse processo já podia ser retomado pois há muitos que o consideram o primeiro Santo Missionário das Américas.” Nem a família de Colombo à época ou hoje, sabe o seu verdadeiro nome ou a identidade. Foi algo que o Navegador sempre ocultou dos filhos até à hora da morte, É por isso intenção da Fundação Oureana de também encerrar o enigma com primeiro monumento no mundo dedicado ao verdadeiro Colombo e a todos quanto estudaram este mistério e particularmente, ao Professor Marcial Castro que teve a ideia de se estudar o ADN de Colombo e ao Professor Lorente e sua equipa internacional.

Segundo D. Duarte de Bragança entrevistado em Ourém no passado dia 28; “Reconheço que o Professor Lorente Acosta e sua equipa tiveram uma grande coragem de encabeçar esta missão que vai rescrever a história. É claro que gostaria que Colombo fosse Português até porque existe essa tradição em Portugal mas fico feliz de saber quem realmente foi Colombo independentemente de ele ser ou não Português e de ter contribuído com ADN para a pesquisa. Está comprovado que sou parente de Colombo mas se é somente um grau de parentesco que partilhamos com seus descendentes após sua neta ter casado com um Bragança ou se vai mais para trás é algo que podemos descobrir com a revelação no dia 12.”

Sobre este longo processo de há séculos para identificar Colombo, Carlos Evaristo conclui: “Fico honrado de ter podido colaborar e contribuir para o processo da desvenda deste mistério porque a revelação da verdadeira nacionalidade e identidade de Colombo será a maior descoberta Colombina desde a descoberta das Américas, e sem dúvida, a maior descoberta do Século XXI! Mas é à coragem do Professor José António Lorente Acosta, o Howard Carter do ADN, a quem principalmente se deve esse feito extraordinário!”

11 de Outubro de 2024

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ASTRONAUTA RECORDISTA E CIENTISTA QUE QUER RESSUSCITAR O MAMUTE ENTRE CONVIDADOS ESPECIAIS NA GALA DOS PARCEIROS PROTOCOLARES DA FUNDAÇÃO 2024

Richard Garriott, D. Duarte de Bragança e Ben Lamm.

Ourem Castle Information Centre Protocol Partners, departamento da Fundação Oureana que modera os parceiros protocolares, organizou a Gala anual dos Parceiros Protocolares, Subsidiários e Benfeitores da Fundação este ano em parceria com a American Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House, Representada pelo Col. Stephan Besinaiz e Hung Nguyen, a Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos, Panteões e Monumentos Nacionais e o Instituto Preste João, sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa.

Este ano, para além dos parceiros protocolares de longa data, o Salão de Banquetes do Restaurante Medieval Oureana recebeu no Castelo de Ourém, algumas figuras de renome mundial, entre as quais o Astronauta Richard Allen Garriott e o Cientista Ben Lamm.

Margarida Evaristo dá as boas vindas a Ricardo Louro, Representante da Real Irmandade do Arcanjo São Miguel da Arquidiocese de Évora.
Ben Lamn e esposa, Isabel Graça, Keving Couling, Cristina Pinto, e Armando Calado

UM ASTRONAUTA NA CORTE DE OURÉM

Richard Garriott é astronauta de segunda geração sendo filho do astronauta veterano Owen Kay Garriott da NASA, que em 1973 se torno uma das primeiras pessoas a viver no espaço ao passar 60 dias na estação espacial Skylab 3 e 10 dias na Spacelab 1 tendo voado na Nave Espacial Columbia durante várias missões.

Richard Garriott seguiu os passos do seu pai, e a 12 de Outubro de 2008, aniversário da chegada do Colombo às Américas, voou para o espaço como astronauta privado no foguetão russo Soyuz TMA-13 tornando-se assim no segundo viajante espacial, o primeiro de nacionalidade americana e filho de um astronauta da NASA.  Em 2001 havia comprado o primeiro bilhete para viajar ao espaço mas teve de o vender a Dennis Tito por causa de um exame de rotina ter detectado uma anomalia no fígado que necessitou de uma intervenção cirúrgica de urgência. Retomou a missão em 2008 e passou 12 dias na estação espacial internacional realizando uma série de testes científicos e filmando cenas para um filme, jogo de vídeo e documentário que produziu.

Garriott é fundador do projecto Windows on Earth que mantém uma plataforma interactiva com a vista virtual da terra em tempo real. Lançou também durante a sua estadia no espaço a primeira publicação / jornal diário editado no espaço tendo levado secretamente na ocasião para a Estação Espacial Internacional, algumas cinzas da cremação do Actor James Doohan, o Scotty da Série televisiva Star Trek (O Caminho das Estrelas) falecido em 2005.

O Maestro Armando Calado, Director Musical da Fundação em conversa com um dos convidados; Uberto e Roberto Favero.

Em 2021, Garriott viajou até às Ilhas Marianas tendo mergulhado num submersível na trincheira mais profunda da terra, tornando-se na pessoa que viajou aos pontos mais alto e mais baixo da terra, ao espaço e atingido a velocidade da luz. Richard Garriott é hoje Presidente do famoso Explorer’s Club e Cavaleiro das Ordens Dinásticas da Casa Real.

Ricardo Maria Louro, o Padre Carlo Cecchin, o Padre Fernando António e Sergio Paulo Fernandes.
D. Duarte de Bragança cumprimenta Ricardo Maria Louro e Sergio Paulo Fernandes.
O Juíz Scott Stucky, o Rei dos Povos do Ruanda Yuhi VI, o Bispo D. Manuel dos Santos e D. Duarte de Breagança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.

Garriott é também a única pessoa provada no mundo a ser dona de um terreno na superfície lunar ao comprar um rover lunar já fora de serviço à NASA e o conseguir fazer andar uns 40 kms na lua.

Hung Nguyen, Richard Garriott, D. Dínis de Bragança, Duque do Porto, Ben Lamm e Carlos Evaristo.
Os Anfitriões da Gala; Carlos e Margarida Evaristo

O CIENTISTA QUE QUER RESSUCITAR O MAMUTE

Ben Lamm foi outro convidado VIP que esteve no Castelo de Ourém durante o Jantar de Gala dos Parceiros Protocolares da Fundação Oureana. Lamm é fundador da Chaotic Capital e conhecido por ser sócio do genocista molecular George Church no projecto De-exinction ou Resurrection Biology e para a realização do qual criou a Colossal.

Lamm pretende não só ressuscitar tais animais como o Mamute pré-histórico e a pássaro Do Do já extinto como também geneticamente modificar animais à beira da extinção como os ursos polares, as focas, os pinguins, etc., para se adaptarem às alterações climáticas resultantes do aquecimento global e assim sobreviveram à extinção em massa.

Presidente e Capelão Mor da Fundação Padre Carlo Cecchin, dá as boas vindas a Claudio Gozengo.

O laboratório de Lamm também está a trabalhar com elefantes num projecto para prevenir o cancro após terem descoberto que só uma pequena percentagem destes animais é que contraem a doença e isto devido a uma molécula que têm em grande percentagem no seu organismo sendo que outros animais como os humanos têm em quantidade muito mais reduzida.

Entre muitos outros convidados VIP presentes na GALA da Fundação Oureana de 2024, estiveram numerosos militares dos EUA, o Juiz Federal dos EUA, Hon. Scott Stucky, um Representante da Casa Imperial da Etiopia, um Representante da Casa Real de Sabóia, um Representante da Casa Real do Sulu, o Rei dos povos do Ruanda; Yuhi VI, o Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos, o Padre Oleksander Gurzinsky, Representante da Diocese de Mukachevo, Ucrania, Prof. Moritz Hunzinger em Representação da Universidade Dragomonov da Ucrania, o Perito em Arte Nicolas Descharnes e o Maestro Armando Calado.

Stephen Besinaiz, ao centro lidera a Delegação Militar da AAKDPRH da Arquidiocese Militar dos EUA.
O Juíz Scott Stucky, o Rei dos Povos do Ruanda Yuhi VI, o Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos, S.A.R. D. Duarte de Bragança, o Padre Oleksander Gurzinsky e o Padre Carlo Cecchin.
Richard Garriott, Ben Lamn em conversa com Carel e Mariola Heringa.

Projectos em Curso

A Gala dos Parceiros Protocolares da Fundação Oureana deste ano juntou cerca de 120 pessoas de várias partes do país e do mundo incluindo prelados e capelães.  O jantar foi servido pela Insignare Plus Hotéis e contou com vinhos da Divinis. 

No decorrer do jantar foi realizada uma Assembleia Geral extraordinária da Fundação Oureana e durante a qual o Patrono D. Duarte de Bragança deu as boas vindas a todos os participantes. Seguidamente o Presidente da Direcção Carlos Evaristo, informou os parceiros protocolares presentes dos vários projectos em curso e dos que se pretende realizar em 2025.

Margarida Evaristo, S.A.R. D. Dínis de Bragança, Hung Nguyen e o Padre Fernando António.
Marc Besinaiz, Guilhermina De Jesus Costa, Drª. Maria Antónia Borges Grenha, Ricardo Maria Louro e Sergio Paulo Fernandes.
José Manuel e Inês Rodrigues, sobrinhos da saudosa Fadista Amália Rodrigues, 1ª Madrinha da Fundação
Manfred Gorzawski, Marek Vareka, David Alves Pereira, Michael Hesemann, Justrin Carpentier, Moriz Hunzinger, Nicolas Descharnes e Claudio Gorzengo.
Mark Bickham, Megan Eunpu, Vikie Argueta, Bruce Argueta, Klaus Fink, Ole Kobberup, Carl e Mariola Heringa, Eric Edin, Steve Besinaiz e Carlos Amaral.
Billy Chan e Stefan Breu com a Delegação de Macau e Hong Kong, Maria Castro e João Pedro Teixeira.
Fotos: Arquivo Fundação Oureana28 de Setembro de 2024
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FUNDAÇÃO OUREANA CELEBRA PROTOCOLO COM UNIVERSIDADE NACIONAL ESTATAL UCRANIANA

A Fundação Histórico – Cultural Oureana e a Universidade Nacional Estatal Mykhailo Drahomanov, da Ucrânia celebraram um Protocolo de Colaboração Cultural e Educacional durante uma Sessão Solene que teve lugar no dia 26 de Setembro de 2024 em Lisboa. A cerimónia que se realizou após uma recepção e almoço oferecido pela Fundação D. Manuel II no Turf Clube, contou com o Alto Patrocínio de S.A.R. D. Duarte Pio, Duque de Bragança e Conde de Ourém, Presidente da Fundação D. Manuel II, Patrono da Fundação Histórico – Cultural Oureana e Professor (Hon.C.) de História da Universidade Dragomanov da Ucrânia.

Boas Vindas à Delegação

Antes do discurso de abertura justificativo da celebração do Protocolo, o co-fundador e Presidente da Direcção da Fundação, Dr. Carlos Evaristo, deu as boas-vindas a Portugal, à Delegação Universitária Ucraniana que deveria ter sido chefiada pelo Reitor, Professor Dr. Viktor Andrushchenko (mas que não conseguiu o necessário visto a tempo da partida),  incluía o ex-Ministro, Embaixador e Vice-Reitor Honorário da Universidade, Professor Dr. Volodymyr Yevtukh, a Secretária do Conselho Académico, Profª. Drª. Lesia Panchenko, a  Profª. Drª.  Tetiana Ivanivna Andrushchenko,   a  Profª. Drª.  Tetiana Viktorivna, Secretária Científica da Academia de Música Ucraniana Nacional Tchaikovsky e o Embaixador Cultural da Universidade, Professor Dr. (Hon. C.) Moritz Konrad Samuel Hunzinger.

Acções Conjuntas Realizadas

Seguidamente, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, que também é Professor Honorário de História na Universidade, tendo sido distinguido com um Doutoramento  Honoris Causa em 2020, falou sobre a bem conhecida acção  da  Universidade Nacional Estatal Mykhailo Drahomanov  para além fronteiras, e sobretudo em Portugal, através do apoio à diáspora ucraniana e também às relações mantidas com a Universidade de Coimbra e as Fundações D. Manuel II e Oureana para intercâmbios interculturais e aulas online realizadas desde o isolamento da pandemia do Covid 19 e que continuam agora durante a guerra.

Protocolo Celebrado com Universidade Estatal Ucraniana

Sobre o Protocolo, Evaristo referiu que o mesmo seria a continuação de um conjunto de actividades culturais e educacionais já desenvolvidas em parceria e que resultam do trabalho do Vice-Reitor Prof. Ihor Vetrov, do Prof. Humberto Nuno de Oliveira e do Prof. Moritz Hunzinger os quais têm feito parte das actividades da Fundação Oureana com a organização de aulas e palestras online.

Evaristo falou também de “ações de colaboração a desenvolver entre a Fundação e a Universidade e que poderão incidir sobre todos os domínios julgados úteis e relevantes por ambas as instituições, designadamente actividades nos domínios do ensino e da formação; o desenvolver de projetos de investigação; com Estudos científicos incluindo análises laboratoriais dedicadas à caracterização de relíquias religiosas e artefactos arqueológicos.”

Coube ao ex-Ministro e Vice-Reitor da Universidade, Embaixador Professor Dr. Volodymyr Yevtukh, ler o discurso do Reitor da Universidade impedido de sair da Ucrânia por motivo da guerra. Na intervenção o Reitor exaltou as virtudes e o largo trabalho curricular e científico do Dr. Humberto Nuno de Oliveira, Relações Públicas e Heraldista Chefe do Conselho Heráldico da Fundação Oureana que, seguidamente, foi reconhecido com o título de  “Professor Honorário” da Faculdade de História da Universidade (decisão do Conselho Académico de 30 de Abril de 2024), sendo o respectivo diploma e traje académico entregue pelas mãos dos Professores Efectivos e Honorários presentes.

Homenagem ao Professor Humberto Nuno de Oliveira

Sobre a  Universidade Nacional Estatal Mykhailo Drahomanov, o Professor Dr. Volodymyr Yevtukh, disse ser uma faculdade pedagógica, científica, administrativa, financeira, disciplinar, cultural e patrimonial e um centro de criação, transmissão e difusão da cultura, da ciência e da tecnologia, que, através da articulação do estudo, da docência e da investigação, se integra na vida da sociedade com parcerias com mais de 150 universidades mundiais e brevemente a celebrar 190 anos de existência.

Momentos Musicais a Cargo do Maestro Armando Calado

A Sessão Solene que contou com momentos musicais do Maestro Armando Calado, terminou com o canto Universitário “Coimbra tem mais encanto na hora da partida” e um brinde ao fim da Guerra oferecido pelo Duque de Bragança. O conhecido cantor também dedicou uma música de “Les Miserables” ao povo da Ucrânia e em memória dos mais de 20 Professores da Universidade mortos desde o início da guerra e suas famílias.

Almoço oferecido pela Fundação D. Manuel II no Turf Clube

Sessão Solene

O encontro foi oportunidade para o Vice-Reitor da Universidade reconhecer o mérito de várias personalidades no contributo para a cultura universal com a conceção de várias condecorações e medalhas académicas. Agraciados foram os peritos em Arte (Sacra e contemporânea) Padre Carlo Cecchin, Dr. Carlos Evaristo, Juiz RISMA Nicolas Descharnes, Maestro Armando Calado, membros do Corpo Academico; Cônsul Dr. Carl Heringa e Dr. António Macedo e o anfitrião; D. Duarte, Duque de Bragança que retribui as honras concedidas aos presentes com a concessão de algumas Condecorações da Casa Real Portuguesa.

Este é o terceiro Protocolo celebrado entre a Fundação Oureana e uma Universidade.

Teriam também feito parte da Delegação mas não tendo obtido permissão para viajarem por razões de risco de segurança,  Filareto, Primaz da Igreja  Ortodoxa da Ucrânia,  Patriarcado de Kyiv e o Primaz da   Igreja  Ortodoxa da Ucrânia, Metropolita de Kyiv e de toda a Ucrânia, Epifânio I, que celebra o 45º aniversário da sua ordenação e 5º da sua entronização.

Textos e Fotos: Fundação Histórico Cultural Oureana

26 de Setembro de 2024

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Fundações celebram Protocolo com Câmara Municipal de Porto de Mós e patrocinam Exposição permanente “D. Afonso IV Conde de Ourém” no Castelo

O Castelo de Porto de Mós foi alvo de obras de requalificação, acessibilidade e inclusão e foi inaugurado no passado dia 6 de Abril.

O programa teve início com uma missa de veneração das relíquias de São Nuno de Santa Maria, tendo continuação no Castelo de Porto de Mós, onde foi descerrada a placa que regista este acontecimento.

A Missa foi celebrada pelo Padre Joannes de Oliveira, Capelão da Real Confraria do Santo Condestável
O Coro de Almeirim a cargo do Maestro Armando Calado

Foram, ainda, inauguradas, nesta ocasião, a Sala D. Afonso, IV Conde de Ourém e a exposição permanente “D. Afonso, IV Conde de Ourém, Vulto Ilustre da História de Porto de Mós”.

Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana leu o texto do Protocolo

A cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala, do Presidente da Fundação Dom Manuel II, Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, do Presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, da Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno e do Presidente da Fundação Histórico-Cultural Oureana, Carlos Evaristo.

Este Protocolo tem como finalidade a promoção, divulgação e desenvolvimento de atividades de âmbito cultural e científico e desenvolver o conhecimento, a cooperação, o turismo, o restauro e a manutenção de artefactos históricos ou culturais.

No decorrer da cerimónia teve, ainda, lugar a Assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Município de Porto de Mós, a Fundação Dom Manuel II e a Fundação Histórico-Cultural Oureana, no âmbito de uma melhor compreensão da figura de Dom Afonso, IV Conde de Ourém, e do seu papel na história de Porto de Mós e do Castelo, com a criação de uma exposição permanente.

O Duque de Bragança e Conde de Ourém felicitou o Município pelo trabalho de requalificação

Segundo o Presidente da Câmara Municipal, o Castelo de Porto de Mós “é um lugar de aprendizagem, um espaço lúdico de levada dignidade (…) é uma plataforma a partir da qual todo um território se torna tangível e suscetível de ser fruído (…) por isso queremos que o castelo alargue a sua capacidade de se oferecer ao público, através da evolução do projeto sensorial, que o tornará ainda mais acessível”, concluindo que “nem tudo se pode tornar acessível a todos, mas quem tem responsabilidades públicas tem o dever de tentar”.

A visita guiada à exposição foi conduzida pelo Prof. Humberto Nuno de Oliveira
Depois das celebrações teve lugar um Jantar Medieval no Paço do Conde

A primeira fase da intervenção deste Monumento Nacional contemplou obras de Manutenção e Requalificação, um investimento de cerca de 250 mil euros, no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro, Portugal 2020, enquadrado no objetivo principal “Revitalizar as Cidades” e que assentou em trabalhos de limpeza, alteração elétrica, melhoria da eficiência energética e reparação de infiltrações.

A segunda fase da intervenção no Castelo destinou-se à adaptação a Monumento Nacional Inclusivo, com a execução de um percurso acessível, financiado pela Linha de Apoio ao Turismo Acessível do Turismo de Portugal.

9 de Abril de 2019

Fonte: https://www.municipio-portodemos.pt/pages/1291?news_id=1133

Fotos: Câmara Municipal de Porto de Mós / Fundação Histórico Cultural Oureana

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Exposição revela a face real do surrealista Dalí (incluindo o vínculo a Portugal)

Notícias – A arte e a vida de Salvador Dalí estão expostas no museu Atkinson, em Vila Nova de Gaia, até 31 de Outubro.

No núcleo intitulado “o grande segredo de Salvador Dalí”, é revelada ao público a sua ligação a Portugal, quase inteiramente desconhecida até então; “mesmo para mim”, conta a responsável pelo museu. Em colaboração com a Fundação Histórico-Cultural Oureana, a equipa conseguiu obter para apresentação o esboço de um quadro ilustrativo da Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, história que viria, segundo Andreia, a “acordar o lado religioso de Dalí”, que começaria a pintar muitas mais cenas religiosas – várias das quais presentes nesta sala.

Depois de uma primeira exposição de grande sucesso, a “The Dynamic Eye: Beyond Optical and Kinetic Art”, em 2023, no início deste ano chegou a altura de começar a pensar na próxima. E, tendo em conta o centenário do Surrealismo, a lâmpada nas cabeças da equipa do Museu Atkinson não demorou a acender. Andreia Esteves e Tiago Feijó, auxiliados por Nicolas Descharnes – especialista em Salvador Dalí –, colocaram desde logo a mão na massa para abrir a “Universo Dalí”, que pode visitar no WOW, em Vila Nova de Gaia, até 31 de Outubro.

Como foi montar uma exposição inédita, com mais de 300 obras, divididas em nove salas? “Trabalhoso, com muito tempo dedicado à pesquisa e o envolvimento de várias instituições”, revela Andreia Esteves. Fã do pintor, diz-nos que o principal objectivo da exposição é “fazer com que o público conheça Dalí além da sua aparência excêntrica e d’A Persistência da Memória”.

Como tal, a exposição segue uma linha “mais ou menos” temporal. Arrancamos na sala “How to Become a Genius” – talento inato, Salvador Dalí começa a pintar aos dez anos, seguindo o estudo das artes na escola. Esta secção convida-nos a olhar para as suas obras mais prematuras, as origens do seu cerne enquanto artista. Logo na sala seguinte, uma das maiores, podemos compará-las aos seus primórdios no Surrealismo – guiado pelo pai do movimento, André Breton. É também aqui que temos acesso a esboços e rascunhos de algumas populares pinturas do artista, como O Toureiro Alucinógeno e A Madonna de Port Lligat.

Depois de vários anos a viver em França, em 1940 Dalí foge da guerra para os Estados Unidos da América. No terceiro núcleo da exposição, “All is an American dream”, fugimos com ele. “Na América, Dalí obtém imenso sucesso comercial e começa a fazer trabalhos publicitários para várias marcas e revistas, como a Vogue, a The New Yorker e a designer Elsa Schiaparelli”, conta-nos Andreia. Mas é na sala seguinte que se encontra uma das maiores canas de pesca da exposição.

O vínculo de Dalí a Portugal

No núcleo intitulado “o grande segredo de Salvador Dalí”, é revelada ao público a sua ligação a Portugal, quase inteiramente desconhecida até então; “mesmo para mim”, conta a responsável pelo museu. Em colaboração com a Fundação Histórico-Cultural Oureana, a equipa conseguiu obter para apresentação o esboço de um quadro ilustrativo da Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, história que viria, segundo Andreia, a “acordar o lado religioso de Dalí”, que começaria a pintar muitas mais cenas religiosas – várias das quais presentes nesta sala.

Segue-se a reinterpretação de “Los Caprichos de Goya”, uma série de gravuras do século XVIII nas quais Dalí pegou, acrescentando novas personagens, alterando cenários e dando o seu toque surrealista, obtendo assim uma nova composição, mas mantendo a essência, o significado e a percepção das obras originais. Uma grande antecipação para outra das principais atracções da exposição: as fotografias de Robert Descharnes, que fotografou Dalí intimamente durante vários anos, tornando-se seu amigo. “Estas imagens permitem-nos, realmente, ter uma noção diferente do pintor; da pessoa além do artista”, conta-nos a responsável.

Mas as cartas na manga não acabam por aqui: numa sala sem obras, dá-se destaque à curta-metragem Destino, feita em colaboração com Walt Disney durante a sua estadia em solo americano. É-nos ainda revelada outra camada pouco conhecida de Dalí: o seu mergulho no misticismo – “muito inspirado pela sua mulher, Gala”, diz-nos Andreia –, representado por uma série de pinturas de cartas de tarot, distribuídas limitadamente em 1984.

Acabamos em grande, com várias pinturas conhecidas do artista, assim como alguns dos seus trabalhos de escultura. Antes de ir embora, pode guardar as suas memórias da exposição num objecto – há postais, posters, meias, joalharia, entre vários outros. De 19 de Junho a 31 de Outubro, o museu Atkinson e Salvador Dalí estão de braços abertos – todos os dias, das 10.00 às 19.00. Os bilhetes ficam por 15€ para adultos e 7,5€ para crianças dos 4 aos 12.

Quinta-feira 20 Junho 2024

Texto: Adriana Pinto

Fotos: © Carlos Evaristo – Arquivo da Fundação Oureana / Museu Atkinson

Fonte: https://www.timeout.pt/porto/pt/noticias/a-face-real-do-surrealista-dali-incluindo-o-vinculo-a-portugal-062024

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