O Centro de Apoio Social de Angolares já está em funcionamento a prestar apoio escolar e social apos membros dessa comunidade São Tomense. O edifício que foi comprado por S.A.R. o Duque de Bragança Dom Duarte Pio, através da Fundação D. Manuel II, foi completamente remodelado e equipado pela Diocese de São Tomé e Príncipe com ajuda de donativos, parte dos quais angariados pela Fundação Oureana através das acções sociais directas da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e da Real Confraria do Santo Condestável.
BISPO FALA DA SITUAÇÃO ACTUAL DA DIOCESE
Falando francamente, o Bispo de São Tomé e Príncipe revelou que a situação econômica da Diocese está no limite.
O Bispo da Diocese num comunicado às Paróquias informou;
“No momento, a Diocese tem à disposição, no BISTP, 13.289,00 Duplos e apenas 475,00 €. Em caixa, tem cerca de 3.000,00 €, 4.000,00 Dólares Americanos e 90.000,00 Dobras. Em Lisboa, tem 83.800,00 € (graças a uma herança deixada por um Padre Madeirense). Em Roma, tem 18.973,28 Dólares Americaos e 19.097,14 € e um pequeno fundo de investimento. Desse dinheiro, 13.494,00 € são para intenções de missa; 23.700,00 € são ofertas para o Novo Lar de Idosos no Príncipe; 15.000,00 € para obras urgentes na Freguesia do Príncipe; 18.000,00 € para o Centro Pastoral do Pantufo; 8.000,00 € para obras na Casa do Campo de Milho; 16.000,00 € são da APARF e para idosos em Santana e Sé, 15.000,00 € para finalização do Jardim de Infância de Ubabudo Praia. (Refiro-me ao dinheiro que foi dado à Diocese para estes projectos específicos, projectos que estão a ser realizados ou ainda não se concretizaram). Ou seja, o dinheiro disponível não é suficiente para os projetos que temos em mãos. É preciso dizer também que só o Seminário nos rende cerca de 40.000,00 € por ano. Em termos de receitas, tivemos o apoio da Santa Sé, cerca de US 25.000,00 Dólares Americanos por ano, mas eles alertam que, devido às dificuldades vividas pela Pandemia do Covid 19 que enfrentamos, talvez tenham que cortar este subsídio. Além disso, tivemos alguns pequenos apoios, mas geralmente dirigidos a projetos específicos e não para a vida da Diocese. Não existe apoio para alimentar o povo da Casa Episcopal, para as viagens que o Bispo tem de fazer, para o Seminário, para os párocos ou para as congregações religiosas… Essa é a foto e o que fazer? Se alguém tiver uma solução milagrosa, agradeço. No entanto, temos que apostar:
• em tornar nossas paróquias comunidades autossustentáveis,
• procurar otimizar nossos recursos,
• evitar despesas desnecessárias tanto quanto possível (podemos ter que reduzir o uso do carro),
• procurar ser pobres com os pobres,
• compartilhar as contas das paróquias e nossas obras sem medo,
• ser mais solidários …“
Uma das campanhas levadas a cabo pelos Parceiros Protocolares da Fundação para ajudar a Diocese e em particular a Casa dos Pequeninos que é a instituição mais vulnerável é o Projecto de apadrinhamento da alimentação de uma criança durante um ano e que já conta com meia dúzia de benfeitores que contribuem com o valor de 120,00 €.
“Conto com o apoio de todos para enfrentar esta situação e encontrar formas de resolvê-la. Neste ano de São José, que o Santo Patriarca venha em nosso auxílio.” – D. Manuel António Mendes dos Santos
27 de Julho de 2021