FUNDAÇÃO OUREANA NA ORGANIZAÇÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 700 ANOS DA MORTE DO REI D. DINIS

Os 700 anos da morte do Rei D. Dinis e a recente abertura do seu túmulo e do túmulo de seu neto no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo de Odivelas, foram os dois motivos para a Fundação Oureana, em parceria com a Fundação D. Manuel II e a Real Associação de Guardas de Honra, proporem ao Patriarcado de Lisboa e à Câmara Municipal de Odivelas a celebração de uma Missa de Exéquias Fúnebres que teve lugar no dia 4 de Janeiro de 2025.

As comemorações que incluíram um Velório com Guarda de Honra entre outros actos, foram organizadas em colaboração com o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Odivelas e contou com o apoio da Paróquia do Santíssimo nome de Jesus de Odivelas, contando com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e do Patriarcado de Lisboa.  

Entidades Presentes

Mais de 400 entidades foram convidadas a estarem presentes nas Cerimónias das Exéquias Fúnebres de D. Dinis sendo que àquelas que não poderão por razões de agenda estar na Missa, confirmaram a sua presença ou representação no dia 7, altura em que teve lugar uma Sessão Solene para apresentação do programa de comemorações do 7º centenário com a revelação dos resultados dos trabalhos realizados no túmulo incluindo a reconstituição facial do Rei.

S.A.R. D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança, presente em representação da Família Real Portuguesa, juntamente com outros descendentes directos do Monarca, nomeadamente D. Nuno da Câmara Pereira e D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, Marquês de Rio Maior.

A representar o Município de Odivelas estiveram o Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins; o Presidente da Assembleia Municipal em representação o 2.º Secretário António Boa-Nova; o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Edgar Valles, também Vereador da Cultura e a pessoa que colaborou na organização de todos as celebrações.

Coube ao Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto representar o Senhor Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, enquanto o Vice-Almirante Bastos Ribeiro, Director Cultural da Marinha, representou o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa  e o Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Director Histórico-Cultural da Força Aérea o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.

O Superintendente Luís Elias, Comandante do Comando Metropolitano de Lisboa esteve presente em representação de do Director Nacional da Policia de Segurança Pública, Superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho e o Intendente Pedro Almeida, Comandante da Divisão Policial de Loures do Comando Metropolitano de Lisboa esteve presente em representação do Director Nacional da Policia de Segurança Pública, Superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho juntamente com o Comandante da Divisão da PSP de Loures-Odivelas, Intendente Pedro Almeida.

O Conselho Diretivo do Património Cultural, IP esteve representando pela Vice-Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, IP, Doutora Ana Catarina de Sousa, e pelo Vice-Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, IP, Arquiteto Ângelo Silveira.

O Coronel António Marcos de Andrade, Director do Museu Militar de Lisboa,  representou o General Cavaleiro Director da Direcção de História e Cultura Militar. Esteve presente também o Senhor Manuel Varges, antigo Presidente da Câmara Municipal de Odivelas e os Vereadores da Câmara Municipal; Ana Isabel Gomes, João António e Susana Santos e a Adjunta Andreia Morgado.

O Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Nuno Gaudêncio, o Presidente da Junta da União das Freguesias de Pontinha e Famões, Jorge Nunes, o Presidente da Junta da União das Freguesias de Ramada e Caneças, Manuel Varela e o Presidente da Junta da União de Freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, Rogério Valente Breia também estiveram presentes na cerimónia.

Representantes do Agrupamento de Escutas 69 e Odivelas e o Presidente do Conselho de Administração dos SIMAR de Loures e Odivelas, Nuno Leitão e o Director Municipal da Câmara Municipal de Odivelas, Hernani Boaventura; a Conselheira Municipal para a Igualdade, Hortênsia Mendes; o Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade da Independência Histórica de Portugal e a Dra. Vera Amatti, em representação do Senador do Brasil, D. Luiz Phillipe de Orleans Bragança, primo do Senhor D. Duarte também marcaram presença.            

O Catafalque Régio

Um Catafalque Régio ou Catafalco foi criado para a Missa de Exéquias Fúnebres de D. Dinis. O mesmo foi inspirado em iluminuras medievais e desenhado pelo Comissário das Celebrações aniversárias, o Cônsul Dr. Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana e pelo Mestre Arquitecto Nicolas Descharnes.

Colocado à frente do túmulo do Monarca, era composto por uma coroa decorativa antiga, de bronze envelhecido, colocada sobre uma almofada de veludo vermelho por cima de um suporte de madeira forrado a tecido adamascado preto e dourado bordada com a palavra “Veritas” (verdade) a ouro em letras góticas medievais. De cada lado do Catafalque Régio sobre um tapete fúnebre preto foram colocados dois tocheiros altos, de bronze, com velas que estiveram em câmara ardente durante o Velório, a Guarda de Honra, a Missa de Exéquias Fúnebres e a Cerimónia de Deposição de Coroas de flores.

Velório com Guarda de Honra

Pelas 15 horas, deu-se início ao Velório que teve lugar junto ao Catafalque Régio e que incluiu uma Guarda de Honra com Render da Guarda a cada 10 minutos, cerimónia que se prolongou durante a Missa e Rito Exequial.

O Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto representante do Senhor Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo com S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança

Foi o Senhor Duque de Bragança, Patrono da Real Associação de Guardas de Honra dos Castelos, Panteões e Monumentos Nacionais, a instalar a primeira Guarda de Honra junto ao túmulo de D. Dinis e de seu neto durante o Velório. O Dr. José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministério da Defesa e membro da Guarda de Honra iniciou a primeira Guarda de Honra com o Comandante Geral Adjunto; Professor Humberto Nuno de Oliveira. Seguiram-se os Comandantes do Comando Geral da Real Guarda de Honra; Carlos Martins Evaristo, David Alves Pereira, João Pedro Teixeira e o Cônsul Carel Heringa, e ainda o Guarda de Honra Cavaleiro RIOASM Fernando Vasconcellos,  

Prestaram também serviço como Guardas de Honra durante o evento, membros de Delegações de Confrarias,  Irmandades e Damas e Cavaleiros de Ordens e também membros da Ordem de Vitez dos Herois da Ungria e da Legião de Homens de Fronteira Independant Portuguese Command.

Houve representantes da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, canonicamente erecta na Arquidiocese de Lisboa e da Real Ordem da Rainha Santa Isabel, canonicamente erecta na Diocese de Coimbra. Prestaram uma  Guarda de Honra o Arquitecto Nicolas Descharnes, Juiz RIOASM e Membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana; os Comendadores Ricardo Louro e Sérgio Fernandes juntamente com a Dama OSMA Maria de Lurdes Antunes de Ascenção Teixeira Fernandes Lopes e o Cavaleiro RIOASM Carlos Mourão em representação da Real Irmandade da Real Ordem do Arcanjo São Miguel, canonicamente erecta na Arquidiocese de Évora; o Dr. Francisco Mendia e vários elementos da Ordem Constantiniana de São Jorge e o Confrade José Alves a representar a Real Confraria do Santo Condestável do Laicado Carmelitano tendo também a seu cargo a transmissão das celebrações e o registo fotográfico de todo o evento na qualidade de Chefe do Departamento de Comunicação da Fundação Oureana.

Membros de Delegações de associações civis também quiseram prestar uma Guarda de Honra, nomeadamente o Prof. João Hipólito, Álvaro Sousa, Antonino Madhail e Victor Graça, a representarem a Associação Real Ordem de São Miguel da Ala. O render da Guarda esteve a cargo dos Comandantes; José Manuel Rodrigues e Inês Rodrigues do Comando Geral da Real Guarda de Honra.

Instituição da Legião D. Dinis da Real Guarda de Honra

Com a anuência do Município e Paróquia de Odivelas foi instituída a Legião ou Comando D. Dinis da Guarda de Honra e nomeado o conterrâneo Rui Silva, (a quem se reconheceu publicamente a ideia e proposta de se realizar estas comemorações centenárias) como 1º Comandante. Foi o próprio Comandante Rui Silva, juntamente com a sua mulher e filha e o Guarda de Honra Luís Rodrigues, os primeiros elementos deste novo comando a prestarem uma Guarda de Honra ao túmulo de D. Dinis durante o velório.

Memória Justificativa do Comissariado

Não estava previsto no programa mas por vontade do Senhor D. Duarte, Chefe da Família Real Portuguesa e Patrono das Fundações D. Manuel II e Oureana, (as principais entidades promotoras e organizadoras do evento); foi lida por Carlos Evaristo, em nome do Comissariado das Comemorações, uma Memória Justificativa para a realização da Missa de exéquias Fúnebres.

Durante a intervenção do Comissário ele relembrou que precisamente “no dia 7 de Janeiro completam-se 700 anos desde a morte d’El Rei D. Dinis”, mas que o Rei Poeta ou Lavrador, como ficou conhecido,” faleceu de facto a um Domingo a seguir à Epifania depois de ter assistido à Missa de Reis. Ao assinalar a sua passagem com esta Guarda de Honra de Velório, a Missa Solene da Epifania, verificou-se a necessidade de encomendar de novo a sua alma e a do seu neto, com uma Missa de Réquiem com Rito Exequial após as recentes intervenções arqueológicas que levaram à abertura dos túmulos e remoção dos restos mortais.”

O Comissariado agradeceu em nome do Senhor D. Duarte e da Família Real a intervenção nos túmulos patrocinada pela Câmara Municipal e supervisada pelo Vice-Presidente e Vereador da Cultura Dr. Edgar Valles, e a abertura do mesmo para se complementar os trabalhos de intervenção no túmulo com estas comemorações aniversárias. “Agradecemos às entidades presentes e àquelas que não estiveram presentes por razões de agenda estar mas que confirmaram a sua presença ou representação para o evento do dia 7.”

Houve também umas palavras de agradecimento e saudação especiais à Domus Pacis do Exército Azul dos Estados Unidos da América que emprestou várias peças decorativas, e alfaias litúrgicas usadas no evento; “ao Prof. Humberto Nuno de Oliveira que veio dar a conhecer um pouco mais acerca do Rei D. Dinis; ao Maestro Armando Calado; à Pianista Ludmilla; e ao Coro de Nossa Senhora da Conceição de Almeirim, por terem vindo abrilhantar esta homenagem”.

Ao Pároco de Odivelas, Padre José Jaworski ,e à Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus, agradeceu-se, “o acolhimento e o perpetuar do nome, da memória e legado de D. Dinis”. Finalmente houve um agradecimento especial pelo Alto Patrocínio conferido ao evento  pelo Patriarcado de Lisboa na pessoa do Patriarca D. Rui Valério, também ele Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense.

D. João Vicente Saldanha de Oliveira e Sousa, Marquês de Rio Maior, 23º descendente directo de D. Dinis.

Evaristo desejou “um Bom Ano Santo e Dionisiano a todos”, e informou que; “as comemorações porém não terminam hoje mas continuarão no espírito do Ano Santo, e já no próprio dia 7 o Município de Odivelas, que patrocinou os estudos levados acabo após a abertura do túmulo, irá anunciar o programa alargado.”

Memorial Historiográfico

O Memorial Historiográfico a cargo do Prof. Humberto Nuno de Oliveira deu a conhecer aos presentes algumas facetas pouco conhecidas da vida do Rei D. Dinis que não só fundou a Armada dando início à Era dos Descobrimentos com a plantação do Pinhal do Rei, mas também fundou a Ordem de Cristo que recebeu os bens da extincta Ordem do Templo, introduziu leis justa, promoveu a paz no Reino promovendo a língua portuguesa ao fundar a Universidade de Lisboa para que os documentos régios fossem elaborados por doutores da lei, na capital, em vez de na Universidade de Salamanca, como era costume à época.

O Professor Humberto Nuno de Oliveira

Missa Solene da Epifania com Rito Exequial

A Missa que estava aberta ao público esgotou a lotação da Igreja, com muitas pessoas a assistirem de pé e no pátio exterior. A presidir à Missa da Epifania com Rito Exequial esteve D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico Arquidiocese Castrense tendo como concelebrantes vários sacerdotes e principalmente o Monsenhor António Teixeira, Conselheiro da Nunciatura Apostólica em representação do Senhor Núncio Apostólico, D. Ivo Scapol.

O Dr. António José Baptista

Todo o cerimonial religioso foi conduzido pelo Padre Alberto Gomes, Mestre de Cerimónias da Sé Patriarcal de Lisboa e contou com o apoio do Padre José Jaworski, Pároco da Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus de Odivelas e do Padre Fernando António, Capelão da Real Guarda de Honra que também recitou as orações por alma do Rei e de seu neto no início do Velório.

Depois da Missa teve início o Rito Exequial presidido pelo senhor Patriarca de Lisboa que convidou o Senhor D. Duarte a acompanha-lo na bênção dos túmulos do rei D. Dinis e do Infante seu neto.

Acolitou o Patriarca de Lisboa durante a Missa o Cavaleiro OSMA e Confrade RGH da Legião de Braga, Leonardo Rodrigues, um dos Directores assistentes da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana.

Abrilhantou as celebrações o Coro da Imaculada Conceição de Almeirim dirigido pelo Maestro Armando Calado tendo entoado os seguintes cânticos durante a Missa. Cântico de Entrada; “Levanta-te Jerusalém”, o Kyrie; “Orbis Factor”, o Salmo; “Virão adorar-Vos Senhor, todos os povos, todos os povos da terra”,  o Aleluia de Taize, o Cântico do Ofertório; “Jesus Rei admirável”,  o Santo de Schubert, o Cordeiro de Deus de Madureira, o Pai Nosso de Carlos Silva, o Câtinco de Comunhão; “Vinde Benditos de meu pai”, o Cântico de Acção de graças; “Ó luz de Deus, ó doce luz”, o  Cântico durante o Rito Exequial;  “Ave Maris Staela” e o Cântico Final; “Adeste Fidelis”.

Cerimónia de Deposição de Coroas de Flores

Após o Rito Fúnebre, o Funeral Régio concluiu-se com a cerimónia de Deposição de Coroas de flores junto ao túmulo do Monarca. Primeiro a fazê-lo foi o Dr. António José Baptista, Chefe do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto em representação de Sua Ex.ª o Senhor Ministro da Defesa Nacional Nuno Melo, juntamente com o Vice-Almirante Bastos Ribeiro, Diretor Cultural da Marinha em representação de Sua Excelência Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa.

Seguiu-se a deposição de uma Coroa de flores pelo Dr. Hugo Martins, Presidente da Câmara Municipal de Odivelas acompanhado de S.A.R. D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança em representação do Município e do Comissariado das Comemorações.

Finalmente, colocou uma Coroa de flores o Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade da Independência Histórica de Portugal e o Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Director Histórico – Cultural da Força Aérea, em representação Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.

Leonardo Rodrigues

Presença de Relíquias da Rainha Santa Isabel

A presença de Relíquias da Rainha Santa Isabel na Missa de Exéquias Fúnebres foi um momento histórico.

As relíquias foram colocadas sobre o Altar perto dos restos mortais de D. Dinis e do neto de ambos.

As relíquias que pertencem à colecção da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana no Castelo de Ourém são duas madeixas de cabelo da Rainha Santa, uma colocada num busto relicário, e outra, num relicário de pé.

Estas relíquias estiveram à veneração dos fieis durante o Velório e depois da Missa, enquanto nos Claustros do Mosteiro os convidados tinham uma visita guiada ao espaços museológicos e provavam uma Madre Paula (Vinho) de honra oferecido pela Câmara Municipal de Odivelas.

4 de Janeiro de 2025

Fotografias de José Alves, Carlos Evaristo e C.M. Odivelas

Direitos Reservados: Câmara Municipal de Odivelas e Fundação Histórico – Cultural Oureana

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Fundações celebram Protocolo com Câmara Municipal de Porto de Mós e patrocinam Exposição permanente “D. Afonso IV Conde de Ourém” no Castelo

O Castelo de Porto de Mós foi alvo de obras de requalificação, acessibilidade e inclusão e foi inaugurado no passado dia 6 de Abril.

O programa teve início com uma missa de veneração das relíquias de São Nuno de Santa Maria, tendo continuação no Castelo de Porto de Mós, onde foi descerrada a placa que regista este acontecimento.

A Missa foi celebrada pelo Padre Joannes de Oliveira, Capelão da Real Confraria do Santo Condestável
O Coro de Almeirim a cargo do Maestro Armando Calado

Foram, ainda, inauguradas, nesta ocasião, a Sala D. Afonso, IV Conde de Ourém e a exposição permanente “D. Afonso, IV Conde de Ourém, Vulto Ilustre da História de Porto de Mós”.

Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana leu o texto do Protocolo

A cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala, do Presidente da Fundação Dom Manuel II, Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, do Presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, da Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno e do Presidente da Fundação Histórico-Cultural Oureana, Carlos Evaristo.

Este Protocolo tem como finalidade a promoção, divulgação e desenvolvimento de atividades de âmbito cultural e científico e desenvolver o conhecimento, a cooperação, o turismo, o restauro e a manutenção de artefactos históricos ou culturais.

No decorrer da cerimónia teve, ainda, lugar a Assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Município de Porto de Mós, a Fundação Dom Manuel II e a Fundação Histórico-Cultural Oureana, no âmbito de uma melhor compreensão da figura de Dom Afonso, IV Conde de Ourém, e do seu papel na história de Porto de Mós e do Castelo, com a criação de uma exposição permanente.

O Duque de Bragança e Conde de Ourém felicitou o Município pelo trabalho de requalificação

Segundo o Presidente da Câmara Municipal, o Castelo de Porto de Mós “é um lugar de aprendizagem, um espaço lúdico de levada dignidade (…) é uma plataforma a partir da qual todo um território se torna tangível e suscetível de ser fruído (…) por isso queremos que o castelo alargue a sua capacidade de se oferecer ao público, através da evolução do projeto sensorial, que o tornará ainda mais acessível”, concluindo que “nem tudo se pode tornar acessível a todos, mas quem tem responsabilidades públicas tem o dever de tentar”.

A visita guiada à exposição foi conduzida pelo Prof. Humberto Nuno de Oliveira
Depois das celebrações teve lugar um Jantar Medieval no Paço do Conde

A primeira fase da intervenção deste Monumento Nacional contemplou obras de Manutenção e Requalificação, um investimento de cerca de 250 mil euros, no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro, Portugal 2020, enquadrado no objetivo principal “Revitalizar as Cidades” e que assentou em trabalhos de limpeza, alteração elétrica, melhoria da eficiência energética e reparação de infiltrações.

A segunda fase da intervenção no Castelo destinou-se à adaptação a Monumento Nacional Inclusivo, com a execução de um percurso acessível, financiado pela Linha de Apoio ao Turismo Acessível do Turismo de Portugal.

9 de Abril de 2019

Fonte: https://www.municipio-portodemos.pt/pages/1291?news_id=1133

Fotos: Câmara Municipal de Porto de Mós / Fundação Histórico Cultural Oureana

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Estado-Maior-General das Forças Armadas Celebra Festa de São Nuno no Santuário da Padroeira em Vila Viçosa

(Foto: Fundação Oureana)

As Celebrações em honra de São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Condestável do Reino, III Conde de Ourém e Fundador da Casa Real e Ducal de Bragança, foram organizadas, pelo segundo ano consecutivo, pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, tendo como convidado especial, S.A.R. Dom Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, Condestável-Mor Honorário da Real Confraria do Santo Condestável, que também esteve m representação do Conselho de Curadores das Fundações Oureana e D. Manuel II.

(Foto: Fundação Oureana)

As Celebrações em honra do Patrono das Forças Armadas, tiveram lugar durante 5 e 6 de Novembro e contaram com uma representação da Real Confraria do Santo Condestável / Fundação Oureana e a presença já habitual do Busto – Relicário de São Nuno da Regalis Lipsanotheca em Ourém, presente na Missa Solene celebrada por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense.

(Fotos: Fundação Oureana)

O programa das celebrações deste ano incluíram uma Palestra, um Concerto, uma Parada Militar, concluindo com um almoço oferecido aos convidados pelo General Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Nunes da Fonseca.

A Missa da Festa de São Nuno de Santa Maria foi celebrada no Santuário da Padroeira em Vila Viçosa por D. Rui Valério.

Foi no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, que no dia 5 de Novembro pelas 10:30 da manhã foi celebrada a Missa da Festa do Santo Condestável Nuno Álvares Pereira, São Nuno de Santa Maria, Patrono das Forças Armadas de Portugal.

As comemorações foram organizadas pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas com o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação Casa de Bragança, do Santuário da Padroeira e do Seminário São José.

(Foto: Fundação Oureana)

“A Missa Solene foi um momento de reverência a São Nuno de Santa Maria, uma figura histórica importante de Portugal. Esta celebração religiosa foi uma oportunidade para destacar o legado e a devoção a São Nuno de Santa Maria, que desempenhou um papel significativo na história militar e religiosa de Portugal.”

“No Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa, estiveram presentes; o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca; Dom Duarte Pio de Bragança, todo o executivo Municipal liderado pelo Presidente Dr. Inácio Esperança entre outras entidades civis e militares que desejaram prestar homenagem a São Nuno de Santa Maria”.

“As comemorações demonstram a importância da história e da cultura de Portugal, bem como a ligação entre as Forças Armadas e a Fé. A preservação das tradições e valores nacionais é fundamental para manter viva a herança de figuras como São Nuno de Santa Maria, que continuam a ser uma fonte de inspiração para o povo Português.”

D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Arquidiocese Castrense salientou os valores espirituais e o espírito de sacrifício de São Nuno e também a sua devoção à Virgem Santíssima, cuja imagem em Vila Viçosa mandou fazer na Inglaterra aquando do restauro do Santuário no Século XV. D. Nuno era o Chefe de Estado Maior no seu tempo e a segunda pessoa mais poderosa do Reino a seguir ao Rei.

(Fotos: Rádio Campanário)

A Eucaristia presidida por D. Rui Valério, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, teve transmissão directa na RTP1 e foi também transmitida pela Rádio Campanário de Évora.

O Presidente da Câmara Municipal e Patriarca de Lisboa (Foto: Fundação Oureana)
Carlos Evaristo com D. Rui Valério

Ao final da tarde, o Historiador do Exército e Membro da Real Confraria do Santo Condestável, Coronel Américo Henriques, lecionou na Igreja de Santo Agostinho, uma Palestra de evocação de D. Nuno Álvares Pereira, seguida do Concerto da Banda Sinfónica do Exército com a participação da Soprano Carla Martins.

(Foto: Fundação Oureana)
(Foto: Fundação Oureana)
(Foto: Rádio Campanário)
(Foto: Rádio Campanário)
(Foto: Rádio Campanário)
“As comemorações anuais de São Nuno de Santa Maria vão manter-se em Vila Viçosa”, disse o General Nunes da Fonseca (Foto: Forças Armadas)

Vila Viçosa é, desde 2022, por decisão do antigo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, (Membro Alcaide da Real Confraria do Santo Condestável) o local escolhido para as cerimónias oficiais das Comemorações evocativas anuais do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, São Nuno de Santa Maria, por ocasião da sua Festa Litúrgica; 6 de Novembro.

Carlos Evaristo, Condestável Mor Co-Fundador da Real Confraria do Santo Condestável; O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, o Duque de Bragança, D. Duarte de Bragança e o Presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança. (Foto: Fundação Oureana)

Organizadas pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, com o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação da Casa de Bragança e do Seminário São José, as comemorações deste ano terminaram na segunda-feira dia 6, com uma Parada e Cerimónia Militar, no Terreiro do Paço, cerimónia esta presidida pelo General José Nunes da Fonseca, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

(Foto: Fundação Oureana)
Carlos e Margarida Evaristo com o Padre António Marques dos Santos de 92 anos, Capelão Honorário da Real Confraria do Santo Condestável.

(Foto: Forças Armadas)

Ao final da tarde, o Coronel Américo Henriques deu uma Palestra de evocação de D. Nuno Álvares Pereira, seguida do Concerto da Banda Sinfónica do Exército com a participação da Soprano Carla Martins.

A Real Confraria reconheceu o mérito da Zeladora da Imagem de São Nuno durante 30 anos.
(Foto: Forças Armadas)
(Foto: Forças Armadas)
(Foto: Forças Armadas)

“Decorreu no Terreiro do Paço de Vila Viçosa, na manhã do dia 6 de Novembro, a Cerimónia Militar de homenagem ao Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. Presidida pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, a cerimónia teve como momentos marcantes a entoação do Hino Nacional pelas Forças em Parada, em conjunto com 140 crianças do agrupamento de escolas de Vila Viçosa, seguindo-se a Cerimónia de Homenagem aos Mortos, e, a encerrar, a Condecoração de um Antigo Combatente.”

(Foto: Forças Armadas)

As comemorações de homenagem a D. Nuno Álvares Pereira, Patrono do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) foram da organização do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e tiveram o apoio do Município de Vila Viçosa, da Fundação da Casa de Bragança, do Santuário da Padroeira e do Seminário São José.

(Foto: Forças Armadas)
(Foto: Forças Armadas)

Após a Cerimónia, o General Nunes da Fonseca, em declarações aos jornalistas, fez o balanço das comemorações deste ano de 2023 começando por dizer que “as forças Armadas estão muito satisfeitas pela forma como decorreram as cerimónias.”

Ainda assim, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas considera quem melhor poderá avaliar o sucesso destas comemorações “serão os Calipolenses e as pessoas que decidiram associar-se a estas cerimónias.”

Na sua opinião, sublinha “creio que foram bem sucedidas; é uma extensão e uma ampliação do que o ano passado foi realizado e estamos todos satisfeitos.”

Interpretando o sentimento do Povo e dos Calipolenses sinto que este acontecimento está bem conseguido” realçou o General que assegura ainda que estas comemorações, nos próximos anos, se irão manter em Vila Viçosa.

A este propósito, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas sublinha “é uma tradição que passa a estar inscrita no nosso calendário anual.”

(Foto: Fundação Oureana)

Sobre São Nuno de Santa Maria, o General Nunes da Fonseca evidenciou tratar-se de “um homem muito inspirador , um Herói Nacional e um grande militar e também um homem de fé, um elemento fundamental da nossa história militar e da nossa portugalidade; viveu do Séc. XIV para o Séc. XV mas perdurará para sempre.”

6 de Novembro de 2023

TEXTOS: Fundação Oureana, Augusta Serrano e Forças Armadas Portuguesas

FONTES: https://www.radiocampanario.com/santuario-da-imaculada-concecao-em-vila-vicosa-celebra-missa-em-homenagem-a-sao-nuno-de-santa-maria-veja-fotos/

#ForcasArmadasPortuguesas

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Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval de Ourém na Produção de Filme e Série sobre a História do Vinho na Península Ibérica

O Realizador Cinematográfico e Produtor de Vinhos, Edwin Brochin, brinda com à sua equipa no fim das filmagens em Espanha, tendo seguido depois para Portugal, onde resgitaram a história dos melhores Vinhos nacionais.

Terminaram, hoje, no Castelo de Ourém, as últimas filmagens para “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), um novo Filme Documentário e Série Televisiva sobre a história da produção do Vinho na Peninsula Ibérica.

No emblemático Restaurante Medieval no Castelo de Ourém que já recebeu mais de 4 milhões de visitantes desde 1970, Carlos Evaristo explicou ao Realizador, Edwin Brochin, a tradição do Vinho na Medicina Popular e nos Rituais Litúrgicos Medievais com Relíquias

O filme é produzido pela Brochin Films, Produtora Norte Americana premiada que faz parte do Grupo Renegade Network, uma cadeia de plataformas digitais de televisão por cabo que transmitem, 24 horas por dia, programas culturais, de vida selvagem, de caça, pesca e agricultura.

A Produtora foi premiada este mês no Festival de Cinema de Madrid, pelo seu Documentário; Spirit of the Bull (Espírito do Touro), tendo desenvolvido durante a rodagem, a ideia para o actual projecto após o nome do filme ter sido dado a um vinho Espanhol de reserva V.Q.P.R.D., também ele premiado.

Edwin Brochin assina o Livro de Ouro dos Confrades da Cúria Baquia da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval – Instituto D. Afonso, IV Conde d’ Ourém, após ter sido admitido como Confrade.

O Documentário tem na Produção Executiva o mesmo Edwin Brochin que é também o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável. A Co-Protutora é sua mulher, Julie Brochin e o trabalho conta com a Colaboração na Produção de outro Realizador igualmente premiado, Paul Perry da Paul Perry Productions e Sakkara Productions.

O projecto conta desde o início com o apoio da Fundação Histórico – Cultural Oureana e da Fundação D. Manuel II. Em Protugal a Equipa de Produção e Edição é da Produtora Crown Pictures, fundada em 2004 por Carlos Evaristo, e que chamou para a equipa deste projecto; o conhecido Realizador e Editor premiado; Carlos Casimiro e o igualmente célebre Cinematógrafo Júlio Torres.

Edwin Brochin e Júlio Torres
Insignia do Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável desenhadas por Mathieu Chaine, Desenhador Heráldico do Conselho Heráldico da Fundação Oureana

O Apresentador de Televisão, Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana, é o Consultor Histórico do Projecto e também um dos Guionistas do Projecto que conta com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, na pessoa de S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.

No Bar do Mestre Bernardino sito no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana, Carlos Evaristo, deu a provar a Edwin Brochin o Elixir Medieval, também conhecido por Elixír da Longa Vida, uma bebida tradicional de brinde de Boas Vindas ao Castelo e cujo segredo de confecção foi confiado a John Haffert pelo Historiador Augusto de Cassiano Barreto, em 1969.

No Salão D. João I do Restaurante Medieval, provou-se Vinho Templário, produzido hoje exclusivamente para a Fundação Oureana numa quinta no Valle do Loire, na França, utilizando o mesmo processo de fabrico que vem descrito num livro manuscrito da Idade Média.

Segundo Carlos Evaristo; “Duas equipas de filmagens passaram um mês a recolher imagens nas mais conhecidas Vinículas do Norte, Cento e Sul da Península Ibérica. Este trabalho será o mais completo registo sobre a História do Vinho na Peninsula Ibérica e relata a sua produção desde os registos deixados pelos mais primitivos povos, passando pelos Fenícios, Gregos, Romanos até ao célebre IV Conde de Ourém.”

O Realizador e Editor Carlos Casimiro brinda com Vinho Xerez em Jerez.

“Foi o Primógénito da Casa de Bragança quem introduziu o primeiro Vinho Tinto em Portugal num processo que é hoje conservado na produção do Vinho Classificado de Vinho Medieval de Ourém. Foram longas semanas de filmagens para o Filme e depois uma Série de vários episódios.”

Em Portugal, a Equipa filmou em muitos locais de produção dos mais conhecidos Vinhos Portuguêses, incluíndo Caves de Vinho do Porto. Na Cidade Invicta a Equipa foi acompanhada pela Assistente de Produção Maria Castro.

A história do Vinho Ibérico também incluiu um capítulo sobre as campanhas de promoção que levaram a que certos vinhos com pouca fama local ou nacional à época, se tornassem marcas mundialmente conhecidas e representativas de Portugal e Espanha.

O Historiador e Arqueólogo Carlos Evaristo, explicou na Série que; “São os casos dos Vinhos Xerez de Jerez de la Frontera das marcas Osbourne e Tio Pepe e também do Vinho do Porto Sandeman e do Mateus Rosé. A campanha de publicidade da Osbourne de 1954 colocou cartazes com a silhueta de um touro, nos montes Espanhóis, símbolo do Vinho que hoje, após o fim da campanha continuam expostos por se ter tornando símbolo de Espanha. É o caso também do Vinho Mateus Rosé que deve muito da sua fama nos Estados Unidos da América, à tournée musical de Amália Rodrigues que patrocinou na década de1950 com uma garrafa em forma de Guitarra Portuguesa.”

Ainda no Capítulo sobre os Vinhos Ourienses, foram dados a provar, os Vinhos Terras de Oureana da Fernando Rodrigues Lda. e o Vinho da Moura Encantada. O primeiro, a marca que era servida no Restaurante Medieval Oureana desde 1970 e até 1995 e o segundo um Vinho Medieval exclusivamente produzido e engarrafado para a Fundação Oureana desde que a Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval foi criada em 2003 e passou em 2006 a ser o Departamento que gére o espaço emblemático.

Os Vinhos “Cosher” de produção Judaica, cuja origem está também muito ligada ao terceiro e ao quarto Condes de Ourém, são outro tema apresentado por Carlos Evaristo com recurso a artefactos e manuscritos históricos apresentados no Documentário de Edwin Brochin.

Carlos Evaristo e Julie Brochin preparam cenários para as filmagens no Restaurante Medieval Oureana

No Documentário, assim como na Série haverá mostra de novas tecnologias de filmagens digitais; drones, recurso a CGI e também recriações históricas.

No Castelo de Ourém, realizou-se ainda provas de vinhos antigos da Adega de John Haffert, como um Porto de 1808, outro de 1832 e provas de Vinhos Cosher Sefarditas produzidos Sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, uns nos Estados Unidos da América, e outros, em Belmonte, no Alentejo, e que fazem parte dos Vinhos tradicionais servidos no Restaurante Medieval desde a sua criação por John Haffert em 1970.

Foi também dado a provar ao Falcoeiro Edwin Brochin, o chamado Vinho Nobre. O primeiro dessa classificação é o Rei Arduino produzido pela Vinícola Marchese Di Ivrea. Servido num corno de touro este primeiro Vinho Nobre a ser produzido do Estado de São Paulo, no Brasil, é da Safra 2019.

A Vinícola Marchese di Ivrea, localizada em Ituverava (SP), lançou o primeiro Vinho Nobre com graduação alcoólica de 15⁰ quando a Instrução Normativa nº 14, de 8 de Fevereiro de 2018, criou a figura do “Vinho Nobre”, fermentado de uva Vitis vinífera com teor alcoólico entre 14,1⁰ e 16⁰ em volume.

Edwin Brochin, o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável, já realizou um Documentário sobre este Desporto de Reis. Em 2014, a Fundação Oureana reconheceu o seu trabalho de há várias décadas como Falcoeiro, e preparou um Brasão de Armas em processo de Concessão. Foram criadas pelo Desenhador Heráldico Mathieu Chaine do Colégio Heráldico da Fundação Oureana.

A Mesa dos Cavaleiros no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana

Arduino 2019, o Primeiro Vinho Nobre Produzido pela Vinícola Marchese di Ivrea em Ituverava, São Paulo

No Documentário pode-se ver que o nome de Edwin Brochin a ser conferido a um vinho Fondillón de 1944, tendo o próprio, a honra de assinar o casco número 23 C22 na Adega.

Dave Horner, Arqueólogo Sub-Aquático, fundador da R.A.H.A. (Real Associação História e Arqueologica) Departamento de Pesquisa Arqueológica da Fundação Oureana, também teve a honra de ver seu nome dado a um Vinho Xerez.

Dave Horner na Adega “Tio Pepe” em Jerez de la Frontera.

Em Setembro de 1971, por ocasião do 24º Festival Anual do Xerez em Jerez de la Frontera, Espanha, Dave e Jayne Horner passaram uma semana na Vinócola do Marquês de Bonanza tendo sido convidado de honra desse evento anual. Naquele ano específico dedicado aos EUA, Horner foi homenageado após ter descoberta de uma caixa de garrafas de xerez no navio submerso ELLA, que teve a infelicidade de encalhar contra uma maré forte e vazante do Rio Cape Fear, que teve que ser negociado para chegar ao último porto aberto ao os Estados do Sul em dificuldades durante os dias finais da Guerra Civil Americana.

Dave Horner na companhia do actual Marquês de Bonanza examina artefactos que descobriu em 1971

Este corredor de bloqueio confederado carregava uma variedade de munições de guerra e suprimentos de alimentos destinados ao General Robert E. Lee e seu exército inicial nas trincheiras frias e lamacentas ao redor de Petersburgo e Richmond. Infelizmente para o Exército do General Lee, vários navios de guerra adversários perceberam a dificuldade do ELLA e se moveram prestes a matar, destruindo o navio com sua artilharia pesada. Isso foi de manhã de 5 de dezembro de 1864.

ELLA ficou esquecida por um século, até que Dave Horner a descobriu em 1964. O achado está descrito no seu livro; THE BLOCKADE RUNNERS, publicado em 1968.
Parte da carga da ELLA era uma arca com garrafas de Xerez de Jerez, provavelmente o estoque particular do Capitão. Produzido pela Viníciola Gonzalez Byass, conforme a forma exclusíva das suas garrafas comprovo, algumas ainda com suas rolhas intactas, depois de mais de um século no fundo do mar.

Paul Perry, Dave Horner, o Marquês de Bonanza e Carlos Evaristo na Adega da Vinícola González – Byass em Jerez

Horner ofereceu algumas destas garrafas a D. Manuel Maria Gonzalez Gordon, Marquês
de Bonanza então Presidente-Executivo da empresa. A nótícia da descoberta atraiu a atenção mundial para Jerez de la Frontera, e fez as delícias de aficionados de xerez em todos os lugares. As garrafas descobertas por Horner estão hoje expostas com uma placa descritiva na sala do Museu da Vinícula Gonzaléz – Byass ainda dirigida pela família dos Marquêses de Bonanza, produtores do conhecido vinho; Tio Pepe.

Loja com o Vinho Xerez “Tio Pepe”

As filmagens para o Documentário e para a Série concluíram no Castelo de Ourém, com um capítulo dedicado a ilustrar a história de D. Afonso, IV Conde de Ourém e da sua ligação à produção do vinho, hoje denominando e calssificado como; “Vinho Medieval de Ourém”.

As cenas filmadas em Ourém incluem um Banquete Real no Restaurante Medieval Oureana filmado por José Alves da Soutaria TV e uma Prova de Vinhos Medievais filmada na Casa do Castelo por Júlio Torres.

Entronização de Edwin Brochin por D. Duarte de Bragança na Cripta do Conde.

S.A.R. D. Duarte de Bragança com Edwin Brochin junto ao Túmulo de D. Afonso, IV Conde de Ourém

Na Cripta da Sé – Colegiada de Santa Maria da Misericórdia de Ourém, réplica da Sinagóga de Tomar onde está sepultado o IV Conde de Ourém, D. Duarte, Duque de Bragança, actual Conde de Ourém e Grão Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguêsa, falou do legado de D. Afonso, que também foi o 1º Marquês de Valença, tendo entronizado Edwin Brochin como Confrade da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, a primeira Confraria de Vinho Medieval a ser criada no Mundo, em reconhecimento pelo seu trabalho em prol da história do vinho e a promoção do Vinho Ibérico.

O traje dos Confrades desenhado pelo falecido Padre John Guilbert Mariani reproduz as vestes que o IV Conde de Ourém apresenta na imagem jacente no seu túmulo e com as cores das vestes da sua efigie nos Painéis de São Vicente.

https://agc.sg.mai.gov.pt/details?id=257104&ht=

Edwin Brochin, Júlio Torres e Carlos Evaristo

Tanto o Filme Documentário “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), como a Série com o mesmo nome, irão passar na Net Flix, Amazon Prime, Hulu, Tubi TV, Filmzie, Cinedigm, Little Dot, Xumo, para além de e outros canais de streaming com as quais as produtoras envolvidas já trabalham. O trabalho estará universalmente distribuído e os conteúdos acessiveis na Roku, Amazon Fire TV, Apple TV, Android TV, Google Play, IOS e Android Phones.

Tradução: “Wine on the Vine”

Fotos: Direitos de Autor Reservados

15 de Setembro de 2023

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Príncipe Grão – Mestre da Ordem de Malta recebe Duque de Bragança e Comitiva

S.A.R. O Duque de Bragança e sua comitiva com o Grão Magistério S.M.O.M.
S.A.E. Fra’ John Dunlap
Príncipe e Grão Mestre S.M.O.M.
H.E. Fra’ Emmanuel Rousseau
Chanceler Mor S.M.O.M.
H.E. Riccardo Paternò di Montecupo
Hospitalário Mor S.M.O.M.
H.E. Fra’ Alessandro de Franciscis
Treasoureiro S.M.O.M.
H.E. Fabrizio Colonna

Na semana em que se celebra a Festa de São João Baptista e aniversário do nascimento de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Sua Alteza Real, D. Duarte, Duque de Bragança, acompanhado de uma comitiva composta por membros da Cúria, Chancelaria e Delegação Canadiana da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e da Real Confraria do Santo Condestável, foi recebido oficialmente pelo Príncipe e Grão-Mestre da Soberana Ordem Militar e Hospitalária de São João de Malta, Sua Alteza Eminentíssima Frá John Dunlap, no Palácio Magistral do Governo do Estado situado na Via dei Condotti, em Roma, Itália.

Frá Dunlap, de nacionalidade Canadiana, foi eleito 81º Soberano Chefe de Estado e Grão – Mestre da Ordem de Malta, no passado dia 3 de Maio de 2023, sendo Grã-Cruz da Ordem de São Miguel da Ala, há quase 20 anos, sendo membro da Delegação Canadiana da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala.

Durante a audiência que antecedeu a Sessão Solene, Sua Alteza Eminentíssima, o Príncipe escutou atentamente o relatório das diversas actividades humanitárias que a Real Irmandade e a Real Confraria têm vindo a desenvolver em diversas partes do mundo e particularmente com os desalojados e vítimas do presente conflicto na Ucrânia. Ficou ainda a conhecer as actividade desenvolvidas pela Real Confraria que honra São Nuno, um Santo da Ordem de Malta, já que tal como seu pai D. Gonçalo e irmão D. Pedro, foi Prior da Ordem de São João, no Crato, em Portugal.

Depois da audiência o Senhor D. Duarte foi apresentado aos membros do Governo da Ordem, seguindo-se uma troca protocolar de insígnias. O Duque de Bragança promoveu o Príncipe a Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e concedeu-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Frá Dunlap retribuiu com a Grã-Cruz da Ordem pro Merito Melitensi em Classe Especial ao Chefe da Casa Real Portuguesa.

Depois de cumpridas as formalidades da visita oficial do Chefe da Casa Real Portuguesa e sua comitiva à sede de Governo da Ordem, seguiu-se um almoço oferecido pelo Grão-Mestre, durante o qual, Frá John Dunlap brindou ao Chefe e à Casa Real Portuguesa, suas Ordens Dinásticas e instituições sob o seu Alto Patronato.

A visita terminou com uma oração na Capela da Ordem onde foram invocados os Santos da mesma e entre eles, São Frei Nuno, ocorrendo uma troca de lembranças entre os dois Príncipes.

Frá John Dunlap também recebeu o diploma de Condestável-Mor Honorário Grã-Colar por ter aceite renovar o Patronato à Real Confraria do Santo Condestável sediada na Botica de São João da Fundação Oureana no Castelo de Ourém, Patronato que havia sido previamente conferido pelo falecido Príncipe e Grão-Mestre Frá Matthew Festing.

Fotos: Soberana Ordem Militar e Hospitalária de São João de Malta / Real Confraria do Santo Condestável

24 de Junho de 2023

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A Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira

A Confraria do Escapulário foi fundada pelo Santo Condestável no Carmo para auxiliar os Pobres e cerca de cem anos mais tarde se tornou na Ordem Terceira.

Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira promove a Santificação pessoal através de actos corporais de misericórdia, e a promoção da Adoração Eucarística, da devoção Mariana e do Culto ao Santo Condestável. (Afiliada da Sociedade Missionária Beato Nuno, erecta canónicamente na diocese de Duluth, EUA e como Real Confraria na Diocese de São Tomé e Príncipe e mais dioceses.

A Real Confraria do Santo Condestável tem origem na obra de caridade fundada pelo próprio São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, no ano de 1422, pouco tempo após ter Professado no Carmo como Irmão Carmelita “Donato” e de se ter dedicado quase em exclusivo aos pobres e sem abrigo da cidade de Lisboa.

Esta Confraria originalmente conhecida por “Confraria de Nossa Senhora do Carmo”, mas popularmente conhecida por “Confraria do Condestável”, “Confraria dos Pobres” ou “Confraria do Caldeirão” (em recordação do caldeirão de ferro usado por Dom Nuno para alimentar as tropas do exército e mais tarde os pobres), procurava aliviar a fome e sofrimento dos pobres através da recolha de dádivas junto dos Confrades que incluíam, como membros fundadores o próprio Rei D. João I e uma parte da Nobreza da Corte.

A Obra da Confraria de Frei Nuno que procurava desenvolver nos Confrades leigos o espírito da Fraternidade Cristã de devoção ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora do Carmo e a Caridade e Serviço para com os pobres, foi exemplar na Europa e ao fim de mais ou menos um século transformou-se na Ordem Terceira Carmelita em Lisboa.

Em 1895 e novamente em 1918, alguns membros da Ordem Terceira, conscientes do papel fundamental que Frei Nuno teve na Fundação do Laicado Carmelitano, tentaram dar o espírito da Confraria original a uma outra associação de fiés a que chamaram “Obra do Caldeirão” e que durou até meados do Século XX.

Em 1946, o antigo Irmão Donato Carmelita Americano e Co-fundador do “Exército Azul”, Ir. John Mathias Haffert, aquando da publicação da biografia do Santo Condestável “The Peacemaker that went to War”, também organizou um Apostolado semelhante que editava uma revista mensal intitulada “Scapular” (Escapulário) e que durou várias décadas.

Em 1985, aquando do 600º Aniversário da Vitória de Aljubarrota, o então Presidente do “Exército Azul”, o Bispo Missionário, Constantino Luna, com a ajuda do grande Missionário da Consolata e escritor de Fátima, Padre Giovanni Demarchi e do grande devoto do Beato Nuno, Timothy Richard Heinan, recriou uma obra de apóio aos pobres com a mesma espiritualidade da original fundada pelo Santo Condestável e que teve o nome primitivo de “The Count Nuno Society” (Sociedade do Conde Nuno), sedeada na Casa Alta, no Castelo de Ourém.

Pouco tempo mais tarde, esta organização foi reconhecida pelo governo Americano como uma associação sem fins lucrativos dedicada à angariação de fundos para os pobres e órfãos com presença e actividade em Portugal e também em muitos países lusofonos, hispanicos e do Terceiro Mundo.

A mesma organização foi depois Canonicamente Erecta na Diocese de Duluth, no Minnesota, (E.U.A.) com o nome de “Blessed Nuno Society” (Sociedade Missionária do Beato Nuno) sendo mais tarde Canonicamente reconhecida noutras Dioceses em vários países latino–americanos como no México, na Guatemala, em Cuba e na Colômbia. Recentemente foi implantada em São Tomé e Príncipe.

A Federação Internacional das Reais Confrarias do Santo Condestável, sob Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, mantêm a sua sede internacional e museu no Castelo de Ourém, onde o Ir. John Haffert deixou a sua obra.

Esta Obra levada hoje a cabo em países de língua Castelhana em memória do São Nuno relembra os muitos actos de caridade praticados por D. Nuno Álvares Pereira em favor até dos Castelhanos, durante o conflito entre Portugal e Castela.

Em 2008, aquando do 90º Aniversário da Beatificação do III Conde de Ourém por Decreto do Papa Bento XV, a Real Confraria do Santo Condestável foi reestabelecida pelo Promotor de Beato Nuno, Carlos Evaristo, sob a orientação espiritual do Vice-Postulalador para a Causa da Canonização de Frei Nuno de Santa Maria, contando desde então com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa na pessoa de Sua Alteza Real o Duque de Bragança e Conde de Ourém, Dom Duarte Pio, descendente directo do Fundador da Casa de Bragança, Grã-Prior Honorário da Real Confraria; da Casa Ducal de Cadaval (representantes oficiais dos “Pereiras”) e de várias Casas Reais que descendem do próprio Santo.

A 26 de Abril de 2009, por ocasião da Canonização de São Nuno no Vaticano por Bento XVI, e após a celebração de vários Protocolos, foi Canonicamente conferida à Confraria pelas Dioceses onde a Sociedade Beato Nuno tem Erecção Canónica e actividade legal civil, a Representação Oficial reciproca em Portugal e Espanha podendo a referida Sociedade Missionária também se chamar de “Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, III Conde de Ourém” e vice-versa.

A Sede original da Sociedade Beato Nuno, foi, a Casa Alta situada no Castelo de Ourém, antiga Ermida da Santíssima Trindade (Espírito Santo), fundada pela Rainha Santa Isabel e mais tarde, albergue real. É um local onde, segundo a tradição, o Santo Condestável passou algum tempo com sua mãe e sua filha e séculos mais tarde por alí passou a Rainha D. Catarina de Bragança antes e depois de ser Rainha Consorte de Inglaterra.

Hoje, a sede Internacional da Confraria está localizada em frente à Casa Alta, na antiga Botica de São João fundada em 1392 por Dom Nuno, quando Prior da Ordem Hospitalária de São João (Priorado do Crato) e que faz parte integrante do complexo do Museu Nacional do Santo Condestável da Fundação Histórco – Cultural Oureana (A Fundação para a Pesquisa Religiosa), obra fundada pelo Ir. John Haffert e conta com o Alto Patrocínio de várias personalidades da Igreja Católica entre elas Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Grão – Mestre da Ordem de São João de Malta Fra Matthew Festing e de Suas Excelências Reverendíssimas, o Arcebispo de Santiago de Compostela e o Bispo de São Tomé e Príncipe.

Em Portugal a actividade religiosa tem o apoio do Capelão – Mór e Vice-Postulador da Causa da Canonização, Frei Francisco Rodrigues, O. Carm.

Os Confrades são admitidos nas tradicionais categorias de “Irmão Professo”, “Irmão Nobre Professo” ou “Irmão Honorário”, no gráus de “Confrade, Alcaide” e “Condestável”.

Os membros da Confraria, além de usarem o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, de recitarem o Terço do Rosário por Portugal, nutrirem e promovem devoção a Nossa Senhora do Monte Carmelo, a São João Baptista e a São Nuno, devendo participar nas Missas Festivas e contribuir no acto de admissão e anualmente, com donativos para a “Obra do Caldeirão” que remete a favor da obra dos Pobres Carmelitano

Dias de Festa da Real Confraria ou de especial Observação ou Missas

15 de Janeiro – Aniversário da Beatificação em 1918

1 de Abril – Aniversário do Falecimento em 1431

26 de Abril – Aniversário da Canonização em 2009

24 de Junho – Aniversário do Nascimento em 1360

16 de Julho – Festa de Nossa Senhora do Carmo

14 de Agosto – Aniversário da Vitória de Aljubarrota em 1385

6 de Novembro – Festa Litúrgica Universal de São Nuno

A Insígnia: Medlahões e Colares
Todos os Membros da Real Confraria do Santo Condestável podem usar o  Medalhão usado sobre um Cordão de seda vermelha e branca da Real Confraria do Santo Condestável ou ser proposto a ser Condecorado por Sua Alteza Real o Conde de Ourém ou o Conselho da “Corporação Nobre”, o Grande Colar do Caldeirão de Ouro do Santo Condestável pelos serviços extraordinários prestados à Caridade ou à Real Confraria do Santo Condestável, mas apenas os Membros da “Nobre Corporação” da mesma Soberana Invocação podem usar a Insígnia de Cavalaria que corresponde ao Distintivo de Pescoço Suspenso dos Membros com as correspondentes Estrelas do Peito em Prata para “Alcaides” e em Ouro para “Condestáveis”.
Os “Juízes” das Reais Confrarias do Santo Condestável detêm o antigo título honorário de Alcaide, e juntamente com os Juízes do Conselho da “Nobre Corporação” da mesma Soberana invocação, podem ser agraciados por Sua Alteza Real o Conde de Ourém ou pelo Conselho com o Grande Colar do Santo Condestável, em reconhecimento pelos extraordinários serviços prestados a qualquer uma das Confrarias Reais da FRCHC.

 Real Confraria do Santo Condestável S. Frei Nuno Stª Maria Álvares Pereira

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Faleceu Frá Matthew Festing, Príncipe Grão-Mestre Emérito da Soberana Ordem de Malta, Patrono da Real Confraria do Santo Condestável e da Regalis Lipsanotheca

R.I.P.
Frá Matthew Festing
(1949 – 2021)

É com triste pesar que a Fundação Histórico – Cultural Oureana recebe a notícia do falecimento de Frá Matthew Festing, Príncipe Grão-Mestre Emérito da Soberana Ordem de Malta.

O falecimento de Frá Matthew de 71 anos de idade, foi comunicado pelo Grande Magistério da Ordem de Malta em Roma, como tendo ocorrido, hoje, Sexta-Feira, 12 de Novembro.

Festing, foi o 79º Grão-Mestre da Soberana Ordem de Malta, e era, desde 22 de Setembro de 2009, Patrono Fundador e Condestável-Mor Honorário da Real Confraria do Santo Condestável. Era também Patrono Honorário do Museu da Fundação; Regalis Lipsanotheca e Botica de São João / ambos os edifícios fazendo parte da Exposição Nacional do Santo Condestável da Fundação Oureana.

Numa carta dirigida à Real Confraria em 2009 informava: “Ficarei muito contente em ser Patrono Honorário do vosso Museu.”

Festing era grande devoto das Santas Relíquias mas também de São Nuno de Santa Maria tendo assistido à Missa de Canonização, a 26 de Abril de 2009, na Praça de São Pedro no Vaticano, altura em que havia solicitado à Real Confraria, uma relíquia e imagem do Santo Condestável para uso devocional na Capela no Palácio do Grande Magistério em Roma. A relíquia e imagem, oferecidas e enviadas pelos Confrades Fundadores da Real Confraria, Carlos Evaristo e José António Alves Cunha Coutinho, foram entronizadas pelo Príncipe Grão-Mestre, na referida capela, pela Festa de São João Baptista, aniversário do nascimento de D. Nuno Àlvares Pereira.

Sobre a relíquia de São Nuno escreveu: “A Ordem de Malta tem muita honra em receber uma relíquia de São Nuno (…) E obviamente iriamos ficar encantados de a ter e muito a iremos estimar.”

O Príncipe Frá Matthew Festing com os Confrades Fundadores; Carlos Evaristo e Vítor Portugal dos Santos

Frá Matthew escrevia com regularidade, e durante muitos anos, para a Real Confraria. Sua última carta como Príncipe e Grão-Mestre da Ordem de Malta, por coincidência, está datada do mesmo dia de sua abdicação.

Festing havia participado no último dia 4 de Novembro, em Malta, na Profissão de Votos Solenes de Frá Francis Vassallo, na Concatedral de São João de la Valette, mas após a cerimônia, sentiu-se mal e foi levado ao hospital onde ficou internado ao se verificar que o seu estado de saúde era considerado grave. No dia 6 de Novembro, Festa de São Nuno, foram enviados votos de rápidas melhoras e orações pelas suas rápidas melhoras por parte da Real Confraria.

Frá Matthew cumprimenta o Celebrante na Missa que teve lugar no passado dia 4 de Novembro

Frá Marco Luzzago, atual Lugar-Tenente do Grão-Mestre, pediu orações pela alma de Frá Matthew Festing que nasceu em 1949, em Northumberland, na Inglaterra. Filho de Robert Matthew Festing, era descendente de Sir Adrian Fortescue, Cavaleiro de Malta que morreu Mártir, em1539.

Matthew Festing estudou História na Universidade de Cambridge e era especialista em Arte. Também serviu os Granadeiros, foi Coronel do Exército Britânico e recebeu da Rainha Elizabeth II, o título de Oficial da Ordem do Império Britânico.

Frei Matthew Festing ingressou na Soberana Ordem de Malta no ano de 1977 onde Professou Solenemente os votos em 1991, tornando-se no primeiro membro da Ordem a ter o título de Grão-Prior de Inglaterra após 450 anos. Em 2008, foi Eleito Príncipe e 79º Grão-Mestre da soberana Ordem de Malta e permaneceu no cargo até à sua renúncia, a pedido do Papa, em Janeiro de 2017.

O Papa Francisco com o Príncipe Matthew Festing em 2017

Durante os anos que passou à frente da Ordem de Malta, visitou todos os Continentes para conhecer com detalhes o trabalho da Ordem além de reforçar laços Diplomáticos com todos os países. Foi o principal promotor das peregrinações anuais da Ordem de Malta aos Santuários Marianos, de Fátima e Lourdes, onde se encarregava pessoalmente de acolher os peregrinos com deficiências.

Rogamos a todos os Capelães e Confrades da Real Confraria que rezem para que Deus conceda o Eterno descanso ao nosso querido Patrono para assim gozar de paz na Pátria Celeste na companhia de São Frei Nuno Nuno de Santa Maria que também foi Prior da Ordem de São João em Portugal.

Um Missa por alma de Frá Matthew Festing será mandada celebrar pela Real Confraria em data a anunciar.

12 de Novembro de 2021

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Real Confraria e Real Guarda de Honra celebram Festa do seu Patrono na Igreja do Santo Condestável em Lisboa

Mural do Altar Mor da Igreja

A Real Confraria do Santo Condestável juntamente com a Real Guarda de Honra, voltaram a celebrar a Festa do seu patrono na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com investiduras de novos Confrades, Missa Solene com Veneração de Relíquia Insigne e um Jantar de Convívio / Capítulo Geral.

Alguns Membros do Conselho da Real Confraria com os novos Confrades e elementos da Real Guarda de Honra

A Festa litúrgica de São Nuno de Santa Maria celebrada pela Real Confraria do Santo Condestável e a Real Guarda de Honra, teve lugar na Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa, com início às 18:30 Horas, altura em que se realizaram as Investiduras de novos Confrades na Cripta da Igreja junto ao túmulo de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.

A cerimónia este ano foi presidida por Sua Alteza Real Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, Condestável-Mor Honorário e Patrono em representação de seu pai, Sua Alteza Real Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, que não pode estar presente por se encontrar, à mesma hora, a assistir à Missa de Exéquias Fúnebres de Sua Exª Rev.ma D. Basílio do Nascimento, Bispo de Baucau, Timor Leste que teve lugar no Mosteiro dos Jerónimos.

Presentes este ano nas cerimónias estiveram os Condestáveis Fundadores José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho juntamente Maria Margarida Evaristo, o Condestável-Mor para Lisboa, Humberto Nuno de Oliveira, e o Alcaide para Ourém e Coordenador da Acção Social “Peacemakers” David Alves Pereira. No total participaram 35 Confrades e uma Delegação de 6 elementos da Real Guarda de Honra, comandados nesta ocasião pela Comandante em Exercício, Dama Guarda de Honra Maria Filomena de Castro.

Investiduras de Novos Confrades e Promoções

Os Confrades investidos nesta ocasião foram Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, José Tomé Chasqueira Boavida, Nuno Ricardo Gonçalves Pereira Candeias e D. António Albuquerque de Sousa Lara admitido no grau de Alcaide.

Os Confrades estrangeiros honorários admitidos nesta ocasião foram dois espanhóis: o Alferes de Navio José Luis Barceló e sua mulher Maria del Pilar Vicente, Cavaleiro e Dama Honorários da Casa Real Portuguesa e ainda um Irlandês; William Smyth.

Foi promovido a Alcaide o Confrade Mário Neves, que tem sido incansável na promoção do Culto de São Nuno e igualmente promovido a Alcaide e Adjunto do Condestável-Mor para Lisboa, o Confrade João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira, que tal como sua irmã, Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, foi baptizado naquela igreja onde se encontra o túmulo oficial de São Nuno.

Todos os novos Confrades foram dispensados da imposição do escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelo facto de já terem sido investidos há vários anos com o mesmo por um Sacerdote.

No uso da palavra o Condestável-Mór Fundador Carlos Evaristo informou que este ano o Revº. Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. Capelão Mór Fundador da Real Confraria e Vice-Postulador Emérito, não pode estar presente pelo facto de ter sido recentemente internado no hospital devido a uma intoxicação alimentar. Carlos Evaristo recordou que foram também investidos este ano como Confrades Professos; Leonardo Pereira Rodrigues, Hernani Luis de Carvalho e Rui Salazar de Lucena e Mello e como Confrades estrangeiros, Professos e Honorários; Simon Andrew Robert Appleby-Wintle, Thomas Joseph Serafin, André Ladislau Olegario Jaross, Eugénio Emiliano Arciuszkiewicz, Anton Tkachuk, Eugenio Magnarin, Franco Vassallo de Ferrari di Brignano e Fernando Diago de la Presentación.

José António da Cunha Coutinho, D. Afonso de Bragança, Carlos Evaristo, Mário Neves e David Alves Pereira
A Promoção a Alcaide do Confrade Mário Neves
O momento da Investidura do Alcaide D. António de Sousa Lara
O Alcaide Mário Neves agradece a promoção
A imposição do Hábito ao Alcaide D. António de Sousa Lara
Alferes de Navio José Luis Barceló
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A imposição do Hábito ao Alferes de Navio José Luis Barceló
A Imposição do Hábito à Confradesa Maria de Lurdes pela Dama Condestável Fundadora Margarida Evaristo
A Investidura de Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes
A Investidura de Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes

A Investidura da Confradesa Maria del Pilar Vicente
A Imposição do Habito ao Confrade José Tomé Chasqueira Boavida pelo Alcaide David Pereira
O Confrade José Tomé Chasqueira Boavida cumprimenta o Condestável-Mor Fundador Carlos Evaristo
O Condestável-Mor para Lisboa, Humberto Nuno de Oliveira preside ao Capítulo Geral com o Adjunto, Alcaide João Pedro Teixeira e o Alcaide e Coordenador da Acção Social David Alves Pereira

Missa Solene presidida pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa

Durante a homilia D. Manuel Clemente relembrou como o Santo Condestável antes das batalhas se preocupava se o inimigo teria comida suficiente e enviava mantimentos caso não tivessem, algo que mostrava a humanidade e generosidade de São Nuno como Comandante.

Depois da Comunhão foi colocada uma Coroa de Flores junto ao túmulo de São Nuno localizado debaixo do altar-mor e recitada uma oração, composta pelo Infante D. Pedro, pelo Cardeal Patriarca de Lisboa.

Depois do Coro ter cantado o Hino do Santo Condestável, terminada a Missa, foi dada a bênção final por D. Manuel Clemente e depois, ficou exposta no altar para veneração, a Relíquia Insigne do fémur de São Nuno, oferecida à Paróquia há 70 anos pelo então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.

Início do Cortejo litúrgico
O Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa relembra o 70º Aniversário da Igreja do Santo Condestável
Sua Alteza Real o Príncipe da Beira D. Afonso de Bragança
Os Membros do Conselho da Real Confraria e Maria Castro, a Comandante em Exercício da Real Guarda de Honra
Os Membros do Conselho da Real Confraria e a Comandante em Exercício da Real Guarda de Honra
O Coro da Paróquia
Duas jovens colocaram uma Coroa de Flores junto ao Túmulo do Santo Condestável
Duas jovens colocaram uma Coroa de Flores junto ao Túmulo do Santo Condestável
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Duas jovens colocaram uma Coroa de Flores junto ao Túmulo do Santo Condestável
O Cardeal Patriarca de Lisboa invoca o Santo Condestável durante a Oração
A Relíquia Insigne do Fémur de São Nuno de Santa Maria
Carlos Evaristo venera a Relíquia Insigne do Santo Condestável

Jantar de Convívio

Após a solene celebração litúrgica em honra de São Nuno de Santa Maria, seguiu-se um jantar de confraternização e o Capítulo Geral dos Confrades da Real Confraria do Santo Condestável e dos Membros da Real Guarda de Honra. Presidiu à Sessão o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança, Condestável-Mor acompanhado de seu filho, o Príncipe da Beira o Senhor Dom Afonso de Bragança.

Presentes este ano em representação da Delegação Norte Americana da Real Confraria, estiveram os Confrades James e Jean Dudek que há mais de 20 anos promovem a devoção a São Nuno nos Estados Unidos da América no contexto da Mensagem de Fátima.

Agradecimentos Especiais

Antes de terminar o Capítulo Geral o Chefe da Casa Real Portuguesa deu as boas vindas aos novos confrades e agradeceu a presença de todos e particularmente os que vieram de longe. Agradeceu também à organização na pessoa do Alcaide João Pedro Teixeira, que organizou o protocolo da Missa e o jantar, e ao Confrade Armando Mendes que há mais de 30 anos colabora com o Apostolado de São Nuno e das Sagradas Relíquias.

No uso da palavra, Carlos Evaristo agradeceu a presença de todos os Confrades e relembrou os que não podiam estar presente e ainda os que faleceram recentemente. Agradeceu também a Filomena Maria Castro e aos membros da Real Guarda de Honra que deram brilho à homenagem a São Nuno e à Igreja do Santo Condestável no dia do seu 70º Aniversário.

Carlos Evaristo anunciou o encerramento do Centro de São Nuno da Real Confraria em Fátima, que durante muitos anos foi mantido pelos Confrades Brenda e Martin Cleary. O Centro não só acolhia peregrinos devotos em Fátima como também ajudava a angariar fundos para as obras sociais da Diocese de São Tomé e Príncipe. Carlos Evaristo agradeceu também a presença de Mário Pontes, José Manuel e Inês Rodrigues, sobrinhos da saudosa fadista Amália Rodrigues, que foi grande devota do Santo Condestável e à Delegação de Évora da Real Confraria e Real Guarda de Honra chefiada por Ricardo Maria Louro. Presente também esteve Roman von Ruppe, o Confrade responsável em Portugal pela obra social, Mary’s Meals.

Seguidamente o Senhor D. Afonso de Bragança investiu o Revº Padre Mário Cabral de Timor Leste como Capelão Honorário da Real Confraria do Santo Condestável e nomeou o Confrade William Smyth como Organista da Real Confraria e da Real Lipsanotheca.

A Festa de São Nuno terminou com a entrega de um donativo extraordinário de 100.00€ para a Obra do Caldeirão pela Confradessa Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes e a oferta do livro “O Exército e Nuno Álvares Pereira” pelo Alcaide Mário Neves, destinado à Biblioteca Condestabriana.

O Alferes José Barceló também entregou uma Relíquia Insigne de um lenço ensanguentado de Sua Majestade a Rainha Maria de las Mercedes de Orleans y Borbón, adquirida pela Fundação Oureana para a Real Lipsanotheca em Ourém. A Relíquia que chegou acompanhada de Madrid pelos Alferes e sua mulher era da Rainha de Espanha parente do Senhor D. Duarte de Bragança que morreu com fama de Santidade em Madrid, a 26 de Junho de 1878.

Carlos Evaristo e D. Afonso de Bragança agradeceram a Maria de Castro por ter representado o Comando Geral
D. Duarte de Bragança em conversa com membros da Família Mendes e o Confrade William Smyth
O Alferes José Barceló entrega uma Relíquia Insigne de Sua Majestade a Rainha Maria de las Mercedes

6 de Novembro de 2021

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