Fundação Oureana celebra Protocolo com o Carmelo de Coimbra para apoio ao Arquivo Irmã Lúcia

Com data de 25 de Março de 2023, aniversário da entrada da Vidente de Fátima no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, foi celebrado entre a Fundação Histórico-Cultural Oureana e o Carmelo de Coimbra / Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, o Protocolo Irmã Lúcia de apoio ao Arquivo que irá divulgar e estudar a vida e obra, e preservar o espólio e escritos, da última testemunha das Aparições de Nossa Senhora do Rosário em Fátima.

Protocolo Patrocina Compra de Equipamentos e Mobiliário para o Arquivo Irmã Lúcia

No documento assinado pela Prioresa do Carmelo de Coimbra; Irmã Ana Sofia Maria e da Trindade OCD em representação da Comunidade Carmelita de Coimbra; por Carlos Evaristo, Co-Fundador e Presidente Vitalício da Direcção da Fundação Histórico Cultural Oureana (A Fundação para a Pesquisa Religiosa) e testemunhado por Carlos Miguel Leal Mendes Cardoso, membro do Grupo de Trabalho do Arquivo Irmã Lúcia e pela Técnica de Conservação de Relíquias Responsável e Co-Fundadora da Regalis Lipsanotheca e Apostolado de Relíquias I.C.H.R. (International Crusade for Holy Relics), Margarida Evaristo; ambas as partes comprometem-se a cooperar para a prossecução de projectos, que visem a salvaguarda e a difusão da missão, obra e legado da Irmã Lúcia, recorrendo a Fundação criada pelo grande Apóstolo de Fátima, John Mathias Haffert, aos Benfeitores Subsidiários e Parceiros Protocolares da O.C.I.C. (Ourém Castle Information Centre Protocol Partners) para a angariação de fundos para realizar estes projectos.

Constitui objecto deste Protocolo de Cooperação a realização de um conjunto de acções que visam apoiar o Carmelo de Coimbra na conservação do espólio, mormente com a aquisição de mobiliário especializado e equipamentos electrónicos e informáticos.

Através do Protocolo Irmã Lúcia, a Fundação irá ainda colaborar na conservação do património, na realização de exposições permanentes, temporárias, temáticas ou aniversárias, e ainda, na edição de publicações e material de divulgação e que inclui desde já, a tradução para língua inglesa da Memoriae, publicação periódica do Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, assim como demais publicações necessárias ao funcionamento e divulgação do Memorial e Arquivo Irmã Lúcia.

Conservação de Património e Cedência de Relíquias das Aparições e dos Pastorinhos para Exposições

Carlos Miguel L.M. Cardoso

A Fundação Oureana também cederá da vasta colecção de relíquias da Regalis Lipsanotheca, relíquias genuinas das Aparições de 1917 e dos Videntes de Fátima, entre outros objectos; históricos e manuscritos da Vidente, a título de empréstimo para figurarem em Exposições permanentes, temporárias e aniversárias no Memorial e Arquivo da Irmã Lúcia ou para uso em publicações de estudo.

Exposições, palestras, conferências e edições de outros trabalhos esporádicos promocionais estão a ser projectados de acordo com o Protocolo Irmã Lúcia com o objectivo de dar a conhecer a vida e obra da Vidente de Fátima e Carmelita e para a promoção de turismo religioso com o incentivo de atrair peregrinos e estudiosos de Fátima ao Memorial Irmã Lúcia para apoio do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra e sua Comunidade.

“Justificação é a longa Historia de Colaboração na Divulgação da Mensagem de Fátima”

Na justificação apresentada por Carlos Evaristo em Assembleia Geral da Fundação Oureana, a 6 de Janeiro de 2023 e aprovada a 19 de Março, o Presidente da Direcção considerou que “a Irmã Lúcia, foi amiga e colaboradora de John Mathias Haffert, Fundador da Fundação Oureana, sendo por isso considerada Co-Fundadora do Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima, Fundado em 1947 por John Mathias Haffert e pelo Monsenhor Harold Colgan e hoje conhecido por Apostolado Mundial de Fátima, e que tal como a Madre Teresa de Calcutá, a Vidente de Fátima era devota das Sagradas Relíquias. Foi, não só Benfeitora do Exército Azul, mas também Madrinha e Benfeitora do Apostolado de Relíquias Sagradas I.C.H.R. Por isso a maior justificação para este Protocolo é a longa história de colaboração na Divulgação da Mensagem de Fátima. “

Carlos Evaristo, a Prioresa Irmã Ana Sofia Maria e da Trindade OCD e Margarida Evaristo

O Apostolado Internacional de Relíquias fundado em 1988 está sedeado desde 2000, na Regalis Lipsanotheca (Capela / Museu de Relíquias) da Fundação Oureana no Castelo de Ourém, onde existe a Colecção Irmã Lúcia composta por Relíquias, artefactos e documentos históricos relacionados com a Vidente de Fátima, os Pastorinhos e as Aparições.

Recorda-se que o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, serviu de intérprete e tradutor para a Irmã Lúcia, durante a visita ao Carmelo de Coimbra, de vários Cardeais e outras entidades da Igreja Católica e a editora da Fundação Oureana, a Regina Mundi Press, já publicou, a título gratuito, e com o patrocínio da Fundação D. Manuel II, várias obras da autoria da Irmã Lúcia, incluindo a versão, em língua inglesa, da Biografia; A Pathway under the gaze of Mary, da autoria do Carmelo de Coimbra e uma edição do Exército Azul Americano (Apostolado Mundial de Fátima).

Em 2001, o Co-Fundador da Fundação Oureana, a Fundação para a Pesquisa Religiosa, Phillip James Kronzer, havia patrocinado obras de restauro do muro exterior e da fachada do Convento de Santa Teresa e seguidamente, a Fundação promoveu, no Carmelo, uma palestra sobre o Santo Sudário com o título; A Paixão de Cristo e Barbet Revisto, apresentada pelo Presidente do Centro para a Pesquisa Religiosa da Fundação, o Prof. Dr. Frederick T. Zugibe, entretanto falecido.

D. Duarte de Bragança, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação e amigo de longa data de John Haffert e da Irmã Lúcia, considerou que “a Fundação como tem por objecto, de acordo com os seus Estatutos; a prossecução de acções de ordem social e religioso e foi criada para que se possa demonstrar os dois mil anos de história e Cultura de Portugal, com especial realce para o Castelo de Ourém e acontecimentos religiosos de Fátima, que tornaram Fátima na Capital Mundial Mariana, pode por isso, desenvolver actividades em lugares com laços religiosos e históricos. Assim sendo, justifica-se o Protocolo com o Carmelo de Coimbra que herdou o espólio pessoal, arquivo documental e relíquias da falecida Vidente de Fátima Irmã Lúcia, a mesma que foi nossa amiga, amiga e colaboradora de John Haffert e Madrinha da Fundação.”

Exposição no Memorial Irmã Lúcia

Para Carlos Evaristo “foi muito o que a comunidade Carmelita já conseguiu fazer praticamente sozinha, tendo construído de raiz um espaço museológico denominado Memorial Irmã Lúcia, as instalações do Arquivo Irmã Lúcia e a edição da biografia oficial da Vidente “Um Caminho sob o olhar de Maria” e ainda, a publicação “Memoriae”. Agora assumimos a responsabilidade de ajudar as Irmãs a concretizar estes e outros projectos futuros para divulgar a vida e obra da Irmã Lúcia e salvaguardar, conservar e estudar o seu espólio, para perpetuar o seu legado pela Paz do Mundo e Salvação das Almas na continuação do grande apostolado que iniciou e manteve durante décadas no silêncio e anonimato do Carmelo. Humildemente assumimos a nossa obrigação de apoiar esta obra com uma profunda gratidão à Irmã Lúcia por todo o que ela fez e deixou como legado.”

Prémio Irmã Lúcia

Simulacrum da Irmã Lúcia na Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana

Já em 1995, a Fundação Oureana, na pessoa do seu Fundador, John Haffert, institui o Prémio Irmã Lúcia para reconhecer o trabalho de pessoas, ou instituições, no Apostolado de Fátima, prémio esse que é entregue com um busto da Vidente. O primeiro exemplar do busto, da autoria do artista Fatimense Abílio Oliveira, foi oferecido à Irmã Lúcia por Haffert e Evaristo, num encontro que teve lugar no Carmelo, em Coimbra, pelo 50º aniversário da entrada da Vidente de Fátima para o Carmelo. Através do Protocolo Irmã Lúcia as atribuições futuras do Prémio serão entregues conjuntamente pela Fundação e o Carmelo de Coimbra.

Vista Exterior do Edifício do Arquivo Irmã Lúcia
Os dois blocos de 20 Estantes Compactas do Arquivo já instaladas no Arquivo Irmã Lúcia

Concluído o Patrocínio das Estantes Compactas para o Arquivo

Na primeira fase do Protocolo, já concluída, a tradução para a língua inglesa da primeira edição da publicação Memoriae que vai agora ser impressa e distribuída exclusivamente pelo Exército Azul (E.U.A.) em acordo já assumido por David Carollo, Presidente do referido apostolado e membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana.

Dave Carollo com a Prioresa Irmã Ana Sofia, o Bispo Joseph Perry e Carlos Evaristo

A Fundação também já conseguiu angariar o patrocínio total para as 20 estantes compactas para Arquivo e Reserva Museológica já instaladas no novo edifício do Arquivo Irmã Lúcia. “

É importante explicar”, segundo Carlos Evaristo, “que todos os fundos angariados vieram directamente da conta dos parceiros protocolares norte americanos para a conta do Carmelo de Coimbra.”

Numa reunião com a Madre Prioresa do Carmelo, Carlos e Margarida Evaristo apresentaram o Tenente Coronel Stephen Michael Cortes-Besinaiz, o Parceiro Protocolar Coordenador do Projecto nos Estados Unidos, juntamente com o recém-falecido Vice-Coordenador, Coronel John Thoma e o Secretário e Contabilista Hung Quoc Nguyen.

Concluída a Tradução para língua Inglêsa da revista “Memoriae”

Stephen Besinaiz, Pedro Renato Ferreira, António Ponces de Carvalho, a Prioresa Irmã Ana Sofia, Carlos Evaristo, Hung Nguyen e John Thoma

Para além dos Benfeitores e Voluntários já referidos, são Parceiros Protocolares do Projecto os Mecenas; Theodore Howard Jacobsen, Christopher, Andrew Campbell Martins St. Victor-de Pinho, Michael David Witter, Scott Wallace Stucky, Will Roseman e Darryl Blatzer.

Stephen Besinaiz, Hung Nguyen e a Prioresa Irmã Ana Sofia com o Relicário agora exposto contendo Sangue da Irmã Lúcia

Patrocínio de Relicários para Conservação de Relíquias Insignes

Durante as visitas ao Carmelo de Coimbra de Delegações dos Executivos do Exército Azul, da Fundação Oureana e dos Representantes dos Parceiros Protocolares O.C.I.C. dos E.U.A., foi oferecido às Irmãs Carmelitas de Coimbra um conjunto de Relicários preparados por Carlos e Margarida Evaristo para conservação e veneração das Relíquias Insignes da Irmã Lúcia de Primeira Classe da Comunidade, tendo na ocasião, António Ponces de Carvalho, da Escola Superior de Educação João de Deus, se comprometido com o apoio técnico escpecializado para os vários projectos e Pedro Renato Ferreira, assumido o patrocínio da segurança dos edifícios e a digitalização de alguns dos fundos do arquivo da Vidente de Fátima, trabalhos que serão efectuados por fases, por uma equipa especializada dirigida pelo Grupo de Trabalho do Arquivo Irmã Lúcia, criado pelo Carmelo de Coimbra para esse efeito, com o acompanhamento de José João Loureiro, Membro do referido Grupo.

29 de Abril de 2023

Fotos: Arquivo Irmã Lúcia / Arquivo Fundação Oureana

A Prioresa Irmã Ana Sofia com Carlos Evaristo no Memorial da Irmã Lúcia
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ADN dos Santos está a ser estudado

Santiago de Compostela

A 1ª edição do projeto “ADN da Fé”, capitaneado pelo Dr. Carlos Evaristo, pretende resgatar as raízes da Fé na Península Ibérica a partir da suposta viagem missionária de São Tiago aos “confins da terra”.

A Europa se fez a caminho de Compostela. Essa observação atribuída ao célebre autor alemão Johann Wolfgang von Goethe já foi repetida à exaustão. E raros são os que desconhecem sua origem lendária. Ela teria começado com uma chuva de estrelas no bosque Libredón, no século IX. Surpreendido pelo espetáculo sobrenatural, o ermitão Pelágio alertaria o bispo de Iria Flávia, Dom Teodomiro. O que o religioso teria encontrado naquele bosque mudaria os rumos da civilização ocidental. Em um imponente sepulcro, jaziam os restos mortais de um dos apóstolos mais próximos de Cristo, São Tiago Zebedeu. Dois séculos após a suposta descoberta milagrosa, a história começou a ganhar repercussão por meio do documento Concordia de Antealtares.

A 1ª edição do projeto “ADN da Fé”, capitaneado pelo Dr. Carlos Evaristo, pretende resgatar as raízes da Fé na Península Ibérica a partir da suposta viagem missionária de São Tiago aos “confins da terra”. A equipe multidisciplinar conta com peritos nas mais diversas áreas: antropologia, arqueologia sacra, pesquisa documental, análise de DNA e datação por carbono-14. O terreno da investigação, porém, não é a antiga Iria Flávia, rebatizada de Santiago de Compostela e promovida a santuário apostólico, mas sua rival na Idade Média. Uma tradição largamente difundida na época afirmava que o apóstolo havia evangelizado a Península Ibérica, porém, seu centro principal de atuação era Bracara Augusta, posteriormente rebatizada de Braga, e seus arredores. Na antiga capital do Reino de Galiza, São Tiago teria fundado a primeira igreja cristã da Hispania, considerada a primaz até os dias de hoje, e nomeado, como bispo, o amigo e discípulo Pedro de Rates. No claustro da catedral de Braga, há um significativo vestígio dessa tradição: uma arca em pedra lavrada com a identificação dos restos mortais de São Pedro de Rates. Todas as suas relíquias, entretanto, foram trasladadas – boa parte para uma arca de madeira atualmente custodiada na Sé. 

A publicidade sobre a descoberta milagrosa do túmulo de São Tiago causou uma corrida ao seu alegado túmulo. Pessoas de todos os rincões do mundo peregrinavam até a casa do Apóstolo. E o enorme fluxo de peregrinos acabou forjando a Europa. Lembra-se da citação atribuída a Goethe? Antes desse fenômeno, porém, Iria Flávia estava sob a jurisdição da Sé de Braga, onde havia um importante santuário com relíquias insignes. Em busca de curas milagrosas, multidões acorriam até lá. A suposta descoberta de Teodomiro mudou o rumo da história. Alçada a arquidiocese e santuário apostólico, Santiago de Compostela começou a disputar com Braga a atenção dos peregrinos, uma disputa repleta de tramas ardilosas e furtos fantásticos, conhecidos como furta sacra ou pio latrocínio. Um personagem-chave foi o bispo Dom Diego Gelmírez. No século XI, o religioso se aliou à Dona Urraca, rainha de Castela e Leão, para esvaziar Braga e suas paróquias de seus mais importantes tesouros, incluindo relíquias de papas e antigos mártires da Igreja. O objetivo era trasladar essas joias medievais ao novo santuário compostelano. Eram relíquias verdadeiras? O simples fato de um bispo ter reunido um exército para invadir Portugal em busca delas é, por si só, um atestado de autenticidade. Se pairasse qualquer dúvida a respeito disso, o bispo poderia ter inventado relíquias, prática bem comum na época. Em 1992, parte dessas relíquias furtadas foi devolvida a Braga por ordem do atual arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio Barrio.

Pela primeira vez na história, esse patrimônio religioso e histórico está sendo minuciosamente analisado pela equipe liderada por Carlos Evaristo, perito em relíquias, arqueologia sacra e iconografia sacra medieval. A primeira fase do projeto “ADN da Fé”, batizada de “Relíquias Insignes da Sé de Braga e do Caminho de Santiago de Compostela”, consistiu na identificação de todas as relíquias de Braga custodiadas na Sé e em outras paróquias da arquidiocese. Muitas estavam em condições precárias de armazenamento, misturadas a elementos inusitados. O primeiro passo foi examinar as relíquias insignes e colocá-las em invólucros de linho puro, benzidos pelo pároco da Sé, o cônego Manuel Joaquim Costa, e selados com fita e lacre, conforme preza a tradição da Igreja. Na investigação dessas relíquias antigas, uma pergunta fundamental deve ser respondida. Elas realmente pertencem aos alegados santos, aos eleitos de Cristo, ou foram “inventadas” (descobertas, na acepção medieval do termo)? 

Na Idade Média era comum produzir relíquias místicas, ou seja, réplicas em escala com pequenos fragmentos de relíquias reais. Havia também ossos que não passavam de relíquias de contato. Quando uma relíquia insigne era destruída ou roubada de um importante local de culto, havia uma relíquia representativa de substituição. Ela poderia ser de outro santo ou simplesmente uma escultura em madeira ou papel machê, incrustrada com uma relíquia menor. Algumas vezes, elaborava-se ainda uma pasta de ossos e terra do sepulcro. Réplicas místicas ou de substituição foram uma prática corrente. Um exemplo tradicional são as várias cabeças de São João Batista. Elas não passam de fragmentos do crânio em relicários no formato de cabeça ou caveira.

O estudo preliminar das relíquias de Braga já revelou o recurso a essas práticas medievais e romanas de substituição e reconstrução de relíquias insignes com uso de ouro, prata, cerâmica, madeira, gesso, cera e papel machê. A utilização dessas técnicas indica claramente que as relíquias de Braga haviam sido roubadas, destruídas ou parcialmente danificadas. O fato de muitas estarem carbonizadas e com partes reconstruídas – em madeira, gesso e papel machê pintado na cor de osso – comprova que sobreviveram ao fogo, resultante de acidente ou de alguma intervenção bélica de Dom Diego Gelmírez no processo de pilhagem. Há outra explicação plausível para o uso dessa técnica: as relíquias podem ter estado primeiramente em relicários de madeira destruídos por insetos. Em uma espécie de dedetização medieval, eles foram chamuscados pelo fogo, danificando também as relíquias. Vestígios de cola antiga e fragmentos de pergaminho com nomes de santos em ossos ajudam a corroborar essa hipótese.

Carlos Evaristo entrega a José António Lorente Acosta a primeira recolha de relíquias insignes para análises ADN.

A investigação inicial, porém, é incapaz de dar uma resposta definitiva sobre essas importantes relíquias. Para ajudar a desvendar o mistério, é preciso recorrer a métodos científicos confiáveis, como a investigação do DNA dos restos mortais e a datação por carbono-14. Nisso consiste a segunda etapa do projeto “DNA da Fé”. Foram retiradas amostras de cerca de duas dúzias de ossadas de santos, todas encaminhadas ao Dr. José António Lorente Acosta, professor de genética, médico-legista forense e presidente da comissão médica desse projeto. Em seu laboratório GENYO, na Universidade de Granada, o Dr. Lorente Acosta foi o responsável pela identificação dos restos mortais de célebres personagens históricas como Cervantes e Cristóvão Colombo. Segundo Lorente Acosta: “O material escolhido para a análise de relíquias deve ser constituído por dentes e fragmentos dos esqueletos, fragmentos com uma maior densidade óssea. Se não tiver cáries, os dentes são a parte do corpo que melhor guardam o DNA. O mesmo se passa com os ossos densos, pois o núcleo fica pouco exposto, e, portanto, menos propício à contaminação”. Pela primeira vez na história, uma tecnologia revolucionária no estudo do DNA será colocada a serviço da Igreja católica. Trata-se da NGS (New Generation Sequencer). É apenas o início de um projeto mais amplo para a criação de um Banco Internacional do DNA de santos, com o objetivo de auxiliar a Igreja na investigação da vida dos eleitos de Deus, bem como na reautenticação de relíquias. Essa base de dados já conta com amostras genéticas de diversos santos e beatos portugueses. É a gênese de novas edições do projeto “ADN da Fé”.

A investigação das relíquias dos santos bracarenses entra agora em sua quarta fase. O cônego José Paulo Leite Abreu, deão da Sé de Braga, perito em arte sacra e conservação e autoridade eclesiástica responsável pelo projeto desde o início, enfatiza a importância ímpar desse trabalho para a Igreja. Segundo o vigário-geral: “Precisamos saber a verdade acerca de alguns santos e suas relíquias insignes ligadas à história da fundação das dioceses de Braga e Santiago de Compostela e ao início da peregrinação jacobeia. Temos de confirmar se algumas figuras são históricas ou lendárias? Um exemplo significativo: São Pedro de Rates existiu? Ele foi realmente o primeiro bispo de Braga? Talvez seja finalmente possível encontrar a resposta por meio da investigação dessas relíquias que custodiamos na Sé desde a Idade Média”.

Enquanto as análises são processadas pela equipe, o grande enigma da peregrinação jacobeia paira no horizonte dessa investigação. Para desvendá-lo, devemos lançar um novo olhar para a Idade Média. Embora Dom Diego Gelmírez alardeasse que as relíquias de São Tiago Maior estivessem no santuário compostelano, Dom Maurício Burdino afirmou que elas haviam sido custodiadas primeiramente em Braga. Quando Dom Gelmírez começou a distribuir relíquias da mandíbula e dos dentes de São Tiago Maior, Burdino alegou que a maior parte do corpo do apóstolo ainda permanecia em Braga. Segundo alguns historiadores, o arcebispo de Braga havia adquirido o crânio de São Tiago Menor – e promovido o mal-entendido de que poderia ser o de Zebedeu. E também havia colocado para veneração pública os ossos de outro São Tiago, o Interciso, sem revelar plenamente sua identidade. Fazia parte do seu jogo na disputa de poder com Dom Gelmírez e na batalha para conquistar mais peregrinos. Todas as relíquias dos santos homônimos acabariam em Santiago de Compostela pelas mãos de Dom Gelmírez, incluindo o crânio de São Tiago Menor. Outra importante questão deve ser respondida pela equipe de investigação: Essas relíquias pertencem a santos homônimos ou constituem partes dispersas da ossada de um único santo, com fragmentos insignes ainda em Jerusalém, Braga e Pistoia?

Atualmente, a maior parte das alegadas relíquias de São Tiago Maior estão encerradas na arca-relicário de prata na cripta abaixo do altar-mor da catedral de Santiago de Compostela. E há uma interdição papal que impede sua abertura. No acervo da Regalis Lipsanotheca, no castelo de Ourém, e na coleção de relíquias de um arcebispo medieval de Braga, porém, existem peças fundamentais desse quebra-cabeça. Tratam-se de alegadas relíquias insignes de São Tiago Maior doadas por arcebispos de Santiago de Compostela a figuras históricas portuguesas dos séculos XV e XVI. São as mais antigas relíquias documentadas antes da maior parte dos ossos ter sido ocultada – e perdida – na época das invasões do corsário inglês sir Francis Drake. Ela seria redescoberta e reautenticada apenas no século XIX sob o papado de Leão XIII. 

Juntamente com amostras de relíquias de São Tiago Alfeu e São Tiago Interciso, essas históricas e alegadas relíquias de São Tiago Maior, custodiadas em Portugal, já foram encaminhadas ao Dr. Lorente Acosta. Em breve, o laboratório GENYO, na Universidade de Granada, poderá oferecer respostas a esses enigmas milenares. E provar se o DNA da Fé da Península Ibérica está realmente enraizado nas relíquias de um dos apóstolos mais próximos de Cristo. Independentemente das respostas, uma coisa é certa: Braga e Santiago de Compostela tornaram-se autênticas herdeiras de São Tiago Maior e nunca deixaram de zelar pela Boa-Nova que o Apóstolo teria carregado até aqueles “confins da terra”. 

O Cónego José Paulo Leite de Abreu e Carlos Evaristo apresentam o Projeto “Relíquias Insignes da Sé de Braga e do Caminho de Santiago de Compostela.

25 de Janeiro de 2022

Carlos Evaristo é arqueólogo, historiador e curador de várias comissões diocesanas para a reautenticação relíquias. Com sua mulher Margarida Evaristo, é fundador do Apostolado pelas Relíquias Sagradas e da Cruzada Internacional pelas Sagradas Relíquias. Curador da Regalis Lipsanotheca, colabora há várias décadas com a Sagrada Congregação para a Causa dos Santos e Gabinetes de Postuladores, sendo Presidente do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano para paises lusófonos e diretor do projeto “ADN da Fé”.

Fábio Tucci Farah é jornalista e perito em relíquias da Arquidiocese de São Paulo. Curador adjunto da Regalis Lipsanotheca, ele desenvolve diversas pesquisas com Carlos Evaristo e é membro da equipe de arqueologia sacra do projeto “ADN da Fé” e chefe da equipe editorial e de pesquisa.

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2022-01/o-dna-da-fe-da-peninsula-iberica.html?fbclid=IwAR0Cxk_hysKFjMnVRzH4RxNVS7gtZrKn-hj1ol1SL4cCBxCSgwc9IIp47YA

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Fundação Oureana apoia criação da APUrtica: Associação de Doentes com Urticária Crónica

Urticária Crónica Portugal updated their info in the about section.

Finalmente chegou o Dia depois de 2 anos de luta em que a APUrtica – Associação Portuguesa de Doentes de Urticária Crónica foi constituída!

Mónica Albuquerque, Vera Marques e Margarida Evaristo são três pessoas afetadas por esta doença autoimune que fundaram esta nova associação em representação de muitos Portugueses que sofrem desta doença rara e para que possam ter voz e informações precisas sobre o que é, e como deve de ser tratada, a Urticária Crónica.

É facto que muitos dos doentes que sofrem de Urticária Crónica passam por anos de “tratamentos cobaia” passando por médicos de várias especialidades até que a doença é finalmente diagnosticada para começarem a receber um tratamento eficaz.

A Associação Portuguesa de Doentes de Urticária tem por isso os objetivos de: a) Representar os doentes de Urticária em Portugal. b) Contribuir para melhorar a qualidade de vida dos portadores de Urticária, por todos os meios e através de todas as ações que se afigurem oportunas, tais como intervir junto dos organismos competentes para obter formas de apoio; c) Aumentar a visibilidade da Urticária Crónica (UC) em Portugal enquanto doença crónica, promover a educação pública sobre a Urticária Crónica e sensibilizar para o impacto que esta tem na qualidade de vida e nas atividades do dia-a-dia dos doentes; d) Promover o contacto e articulação entre as pessoas e famílias com Urticária Crónica, profissionais de saúde, investigadores e decisores políticos; e) Despertar o interesse para e colaborar na investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação sobre esta patologia; etc.

A escritura de constituição da APUrtica – Associação Portuguesa de Doentes de Urticária Crónica foi lavrada no Cartório da Notária Maria João dos Santos Pereira em àgualva-Cacém no dia 11 de Janeiro de 2021, pelas 9 horas da manhã.

A seu tempo as Fundadoras responsáveis pela criação da nova Associação irão informar os seus membros dos próximos passos que se irão dar e que passa primeiro por se convocar uma Assembleia Geral para aprovação de Estatutos e Eleição dos Corpos Sociais, que dada a situação pandémica tudo indica que se realizará de forma Telemática (Online).

Na sua primeira reunião de trabalhos os responsáveis pela Associação informaram dos próximos passes a tomar e agradeceram a todas as pessoas que contribuíram com o seu tempo e donativos através do Crowdfunding para que este dia fosse possível! Venham os próximos passos!

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Mónica Albuquerque, Vera Marques e Margarida Evaristo com a Notária Maria João Pereira.
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Mónica Albuquerque, Vera Marques e Margarida Evaristo com a Notária Maria João Pereira.
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Mónica Albuquerque, Vera Marques e Margarida Evaristo com a Notária Maria João Pereira.
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Mónica Albuquerque
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Vera Marques
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Margarida Evaristo
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Mónica Albuquerque, Vera Marques e a Notária Maria João Pereira.
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Mónica Albuquerque, Vera Marques e Margarida Evaristo.
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Mónica Albuquerque, Vera Marques e Margarida Evaristo.

11 de Janeiro de 2021

FONTES: https://www.facebook.com/urticariacronicaportugal

FOTOS: Fundação Oureana

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REAL CONFRARIA CELEBROU FESTA DE SÃO NUNO NA IGREJA DO SANTO CONDESTÁVEL EM LISBOA

A Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira celebrou pela primeira vez este ano, a Festa do seu Patrono, na Igreja do Santo Condestável em Lisboa.  

Igreja do Santo Condestável.

A Real Confraria do Santo Condestável que anualmente recebe convite para estar presente nas celebrações naquela Igreja (que conserva a maior parte dos restos mortais do seu patrono; São Frei Nuno de Santa Maria), aceitou este ano o convite para estar presente e acompanhar o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança juntamente com a Ordem do Santo Sepulcro, a Real Guarda de Honra e demais Confrarias da Família Carmelitana.

OBRA DO CALDEIRÃO

Criada originalmente pelo próprio Santo Condestável, pouco depois de entrar para a Ordem do Carmo como Irmão Donato, a associação de leigos de assistência aos pobres e sem abrigo de Lisboa, transformou-se ao longo dos séculos na Ordem Terceira do Carmo esquecendo as suas origens e fundador.

A Confraria da Virgem Santa Maria ou Confraria do Caldeirão, como era popularmente conhecida ao tempo de D. Nuno, foi re-fundada em 2009, no espírito da família Carmelitana, pelo Vice-Postulador da Causa da Canonização Rev. Padre Francisco Rodrigues, O. Carm, sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, fixando a sua Sede na reconstruída Botica de São João da Fundação Oureana no Castelo de Ourém cujas origens remontam ao tempo em que o III Conde de Ourém era Prior da Ordem Hospitalária de São João (Hoje Soberana Ordem de Malta).

Canonicamente Erigida em várias Dioceses como um Apostolado, a Real Confraria e a sua chamada “Obra do Caldeirão” da qual fazem parte os “Peacemakers” (“Obreiros da Paz” ou “Pacificadores”) é o Departamento Sócio-caritativo da Fundação Oureana que opera em parceria protocolar com a Fundação D. Manuel II e a Real Guarda de Honra.

OS PACIFICADORES

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” Mateus 5:9

Este ano as obras de assistência social da “Obra do Caldeirão” levadas a cabo pelas Fundações parceiras, do Apostolado da Real Confraria do Santo Condestável, através dos “Peacemakers” (“Obreiros da Paz” ou “Os Pacificadores”), obra fundada em 1985 como Sociedade Missionária e então denominada “Sociedade Conde Nuno” e mais tarde, “Sociedade Beato Nuno” e que é hoje parte da Real Confraria da Fundação Oureana.

Esta obra foi fundada na Casa Alta, antiga Ermida do Espírito Santo, onde se situava a primeira residência oficial de John Haffert no Castelo de Ourém. Foram mentores da mesma o Bispo Missionário Constantino Luna, Patrono do Exército Azul e o antigo Tesoureiro do Exército Azul, Timothy Richard Heinan que se inspiraram na biografia de São Nuno por John Haffert; “The Peacemaker that went to War” ou “O Pacificador que foi para a Guerra”.

O Duque de Bragança com a Delegação da Ordem do Santo Sepulcro.

Criada pelo VI Centenário da vitória de São Nuno em Aljubarrota, a obra tem levado a cabo numerosas campanhas anuais de ajuda humanitária em Missões em África, no México, na Guatemala, no Peru e no Brasil, países onde mantém apoio a orfanatos criados e sustentados em boa parte pela mesma.

A Sociedade Beato Nuno foi mais tarde Canonicamente Erigida em várias Dioceses como as de Duluth no Minnesota, E.U.A. e no México até que passou a ser incorporada, por Protocolo, na Real Confraria e em 2009 por ocasião da Canonização de São Nuno. Ostenta hoje o nome que deriva da primeira biografia em língua inglesa de São Nuno, um “best-seller” publicado em 1946 da autoria do Fundador da Fundação Oureana; John Mathias Haffert; intitulada; “The Peacemaker that went to War” (O Pacificador que foi para a Guerra).

Confrades e Guardas de Honra junto ao Túmulo de São Nuno.

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Depois da Missa, e a seguir à romaria dos Confrades e Guardas de Honra em torno do túmulo de São Frei Nuno, foi altura do Confrade Condestável David Alves Pereira informar a Assembleia de Confrades dos resultados das várias campanhas humanitárias que a Real Confraria, através dos “Peacemakers”, tem levado a cabo, desde o início da presente Pandemia, para ajuda dos mais necessitados.

“Tendo-se organizando a distribuição de bens de primeira necessidade a famílias carenciadas, distribuindo subsídios, roupa e outros bens, uma obra que tem realizado neste ano de Pandemia com a ajuda particular das Fundações Parceiras, dos Confrades Condestáveis José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho; do Confrade Nuno Coutinho Faria e dos Benfeitores Duarte Pizarro, Miguel Pape, Susana Rodrigues Lopes e da Drª Isabel Jonet do Banco Alimentar Contra a Fome. Do Apostolado “Mãos Unidas com Maria” de Florinda Marques, também ela membro da Real Confraria recebeu-se medicamentos, roupa, material escolar e agasalhos.

APOIO DADO PELA REAL CONFRARIA DURANTE A PANDEMIA COVID 19

Para os casos com necessidades básicas dos concelhos de Ourém, Tomar e Leiria, para além de ajudas pontuais em dinheiro ou em cabazes de alimentos comprados, estabeleceram-se contactos com as respetivas Câmaras Municipais, que já haviam criado linhas de apoio social. Alguns casos de Ourém e de Fátima foram encaminhados para a Assistência Social do Concelho, que dava 50 Euros por pessoa, por semana, para ajudar com despesas e 150 euros por família.

Das 19 Famílias (77 Pessoas) ajudadas na primeira grande campanha de distribuição de bens alimentares que a Real Confraria coordenou na Comunidade Brasileira, com o apoio do Consulado Honorário do Brasil em Fátima (Ourém), foram também ajudadas até Abril com cabazes de alimentos ou vales distribuídos, 9 pessoas de Fátima. Posteriormente, com a ajuda da Real Confraria, todas foram inscritas no Banco Alimentar contra a Fome, na Cáritas Diocesana ou na Missão Continente para um apoio continuado.

Houve ainda uma família de 4 pessoas que foi transportada, juntamente com a sua mobília e bens, de Viseu para Fátima pelos Confrades David Alves Pereira e Jorge Gonçalves, a fim de receberem apoio de uma Comunidade Religiosa.

É importante esclarecer que desde 2001 que a Fundação Oureana não recebe donativos para obras de caridade, nem distribui donativos com essa finalidade. Para total transparência todas as campanhas de angariação de fundos são levadas a cabo pela Real Confraria do Santo Condestável, e por voluntários, sendo que os beneficiários, a serem ajudados em Portugal ou no estrangeiro, recebem fundos diretamente dos doadores nas suas contas ou então, são-lhes entregue vales ou cheques emitidos pelos doadores a seu favor. A Contabilidade é feita pela Diocese de São Tomé e Príncipe em cuja Diocese está Canonicamente Erigida a Real Confraria que opera a partir de Ourém. É a mesma Diocese que recebe os fundos diretamente e emite os recibos aos doadores. A Real Confraria também dá apoio e manutenção contínua à “Casa dos Pequeninos” da Diocese de São Tomé e Príncipe.

De salientar também os apoios especiais e médicos dados aos que foram atingidos pela presente Pandemia (que juntaram um grupo de 17 Benfeitores, entre eles o jogador de futebol Jardel), com fundos para compra de roupa, pagamento de transportes, carregamentos de telemóveis, e ajuda a pagamentos de faturas de gás, água e luz. Foi ainda adquirida uma ambulância equipada e cadeiras de rodas e andarilhos enviada em Agosto para São Tomé e Príncipe.

Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte de Bragança, Duque de Bragança, na qualidade de Condestável Mor Honorário e Patrono da Real Confraria, felicitou o Condestável-Mor e os Adjuntos; Condestáveis David Alves Pereira; Bruno de Castro e Jorge Gonçalves que juntamente com o Esmoler-Mor António Boleto Catela, são os Esmoleres da Real Confraria e os que dirigem o grupo dos “Peacemakers” em Portugal e o apio dado pelos Confrades Condestáveis Angelo Musa, Kevin Couling, Stephen Besinaiz e Paul Perry a liderarem as campanhas de angariação de fundos com o Condestável-Mor Carlos Evaristo, em vários países do estrangeiro e que resultaram no êxito destas campanhas.

Romaria e Oração dos Confrades participantes junto ao Túmulo de São Nuno.

INVESTIDURAS NA CRIPTA DO CONDESTÁVEL

Antes da Missa da Festa de São Nuno, pelas 16:30 Horas, teve lugar na Cripta da Igreja do Santo Condestável, no piso abaixo do Altar-Mor junto ao local onde se encontra o túmulo com relíquias de São Nuno, a Investidura de novos Confrades e também de novos Guardas de Honra da Real Guarda de Honra (RGH).

O Senhor Dom Duarte de Bragança, que ostenta hoje os títulos que eram de São Nuno, Conde de Ourém e Conde de Barcelos, na qualidade de Condestável-Mor Honorário e Patrono Fundador da Real Confraria, relembrou a família dos Duques de Cadaval, que tradicionalmente representam a família “Pereira” e ostentam as Armas que eram de D. Nuno, mas que não poderem estar presentes. Seguidamente o Senhor Dom Duarte entregou os diplomas e felicitou os novos membros das duas Associações que gozam do Patronato Real, apelando a que todos sigam sempre o exemplo de Caridade, Humildade e de Amor a Deus e à Virgem que foi de São Nuno e particularmente, ajudando aqueles que mais necessitam sempre, e de forma extraordinária, neste tempo de Pandemia.

Sua Alteza Real o Duque de Bragança.

Para além de serem investidos por procuração vários membros Norte Americanos e Italianos, houve também a investidura presencial de novos membros das Legiões da RGH de Beja e de Évora, e ainda, nomeado mais um Capelão.

Os Confrades Humberto Nuno e João Pedro.

Foi designado Confrade Condestável Grã-Colar Humberto Nuno Lopes Mendes de Oliveira que passa a assumir o Comando da Legião da Real Confraria e Real Guarda de Honra na Igreja do Santo Condestável.

O Alcaide João Pedro com sua irmã e Madrinha Maria de Lurdes junto à Pia Batismal.

Será assistido pelo Adjunto e Alcaide João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira, Confrade que foi batizado na mesma Igreja pelo Padre Mário, no dia 13 de Maio de 1966, tendo como Madrinha, sua irmã, Maria de Lurdes, também presente na Missa da Festa de São Nuno para recordar esse dia com o irmão.

Batismo do Confrade Alcaide João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira
na Igreja do Santo Condestável.
O Padre Mário administra o batismo a João Pedro Teixeira ao colo de sua irmã e Madrinha.

MISSA PRESIDIDA PELO BISPO AUXILIAR DE LISBOA

A Missa, que teve início pelas 19:00 Horas, foi presidida por D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Lisboa. Antes e depois da Missa uma relíquia de São Nuno foi levada no Cortejo Litúrgico pelo Pároco da Igreja do Santo Condestável, Revº Padre Luís Carlos Silva de Almeida que publicamente saudou e agradeceu a presença do Senhor Duque de Bragança, dos Confrades da Real Confraria e membros da Real Guarda de Honra.

A Relíquia de São Nuno levada na Procissão Litúrgica.







A Santa Missa foi presidia por D. Américo Aguiar.

Membros de uma Família da Paróquia colocaram a Coroa de Flores no Túmulo de São Nuno.
O Confrade Fundador D. Nuno de Bragança van Uden.

Presentes na Santa Missa também uma representação oficial da Ordem do Santo Sepulcro da qual fazia parte D. Nuno de Bragança van Uden, primo do Duque de Bragança e Confrade Fundador Condestável da Real Confraria.

Os Confrades Carlos e Margarida Evaristo

Presente também esteve o Confrade Fundador Dr. Alexandre Patrício Gouveia, Condestável para a Capela de São Jorge em Aljubarrota e Presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota com a qual a Fundação Oureana celebrou um Protocolo de Cooperação em 2009 que criou a Exposição Nacional do Santo Condestável no Castelo de Ourém.

Os Confrades João Pedro Teixeira e Mário Neves.
O confrade Mário Neves.
O Confrade Alexandre Patrício Gouveia.

No final da Assembleia, o Confrade Mário Neves foi nomeado Alcaide para o Santuário da Princesa Santa Joana em Aveiro pelo Condestável Mor como reconhecimento do importante trabalho que tem vindo a realizar na pesquisa da história e promoção do Culto de São Nuno e ainda, na preparação de uma publicação sobre São Nuno que será editado em breve pela Real Confraria através da Regina Mundi Press ICHR, Editora das Fundações.

Representante do Chefe do Estado Maior do Exército.
O Comandante da Legião de Tomar da Real Guarda de Honra Bruno de Castro
que representava o Comando Geral da RGH.

Delegações da Ordem do Santo Sepulcro e dos Escuteiros cujo Patrono é o Santo Condestável.

Membros Confrades da Real Guarda de Honra das Legiões de Beja e Évora.
O Confrade Alexandre Patrício Gouveia.
O Confrade Alcaide João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira.
O Alcaide João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira e sua irmã Maria de Lurdes..
A Delegação da Ordem do Santo Sepulcro.

BRINDE À MEMÓRIA DE S.A. D. HENRIQUE DUQUE DE COIMBRA

Nesse dia foi recordado Sua Alteza, o Senhor Dom Henrique de Bragança, Duque de Coimbra, Chanceler Mor das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa e Condestável Mor Honorário da Real Confraria do Santo Condestável, falecido a 14 de Fevereiro de 2017 e que havia nascido no dia 6 de Novembro, Festa de São Nuno, em 1949.

S.A.R. Dom Duarte de Bragança com o Confrade Justin Carpentier durante o Jantar.
S.A.R. Dom Duarte de Bragança com o Confrade Justin Carpentier durante o Jantar.

Antes da Missa, num jantar informal que teve lugar num restaurante junto à Igreja, brindou-se à memória do Senhor Dom Henrique.

6 de Novembro de 2020

Fotos: Direitos Reservados

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