REABERTURA DA ADEGA DOS CAVALEIROS – REAL CONFRARIA DE VINHO MEDIEVAL ENTRONIZOU 50 NOVOS CONFRADES DURANTE COCKTAIL GALA EM MEMÓRIA DE JOHN THOMA

A Real Confraria Enófila – Gastronómica Medieval, também conhecida por Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém, realizou no passado dia 27 de Setembro, a solene entronização de 50 Confrades e realizou um cocktail e Gala Memorial em memória do Confrade Fundador Juiz Coronel John Michael Thoma.

John Michael Thoma na Adega dos Cavaleiros aquando da inauguração como Sede (2003)

MEMORIAL AO CONFRADE FUNDADOR JOHN MICHAEL THOMA

O Memorial ao Juiz Col. John Thoma começou com uma Missa de Exéquias Fúnebres celebrada na Capela Bizantina da Domus Pacis, (Paróquia Ucraniana) pelo Revº Padre Olexsandr Gurskyi, Delegado Oficial do Muito Revº. Bispo D. Mykola Petro Luchok da Diocese de Mukácheve, Ucrânia.

A Delegação Americana da Associação de Damas e Cavaleiros após a Missa na Domus Pacis em Fátima.
Os amigos de John Thoma, William Boswell, Hung Nguyen e Stephen Besinaiz que organizaram o Memorial.

Após a Missa o Padre Gurskyi fez entrega em nome das Dioceses Ucranianas de várias Condecorações Pontifícias conferidas pelo Papa Francisco a membros da Associação de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa fundada por John Thoma e que têm ajudado generosamente Dioceses Ucranianas durante mais de três anos. O Delegado Episcopal relembrou também o falecido John Thoma o primeiro a contribuir com ajuda humanitária para a Ucrânia e a recrutar um grupo de benfeitores. Já no Castelo de Ourém seguiram-se a cerimónias de Exéquias Fúnebres presididas pelo Capelão Mor da Fundação Oureana, Revº Padre Carlo Cecchin e que terminaram com o sepultamento dos restos mortais de John Thoma no Cemitério Privado da Fundação. Seguiu-se depois, o cocktail memorial servido na Adega dos Cavaleiros e um Jantar de Gala no Restaurante Medieval Oureana oferecido pela família.

50 NOVOS CONFRADES DE TODO O MUNDO

O evento organizado pela Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval juntou uma centena de Confrades que participaram numa prova de vinhos e elixires medievais e ainda vinhos especiais com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa. A Cúria Baqueia da Confraria presidida pelo seu Real Patrono, D. Duarte, Duque de Bragança e Conde de Ourém, reunida em Assembleia Geral relembrou, não só o Juiz Col. John Michael Thoma, como também alguns outros Confrades já falecidos e entre eles os membros fundadores da Confraria, o Revº Padre John Guilbert Mariani e a D. Molly Ranier Franco.

CELEBRAÇÕES EM HONRA DE D. AFONSO, IV CONDE DE OURÉM E APRESENTAÇÃO DE LIVRO

As celebrações anuais de homenagem a D. Afonso, IV Conde de Ourém, realizam-se desde 2003. Este ano começaram com uma Missa celebrada no dia 29 de Agosto, aniversário da morte por primogénito da Casa Real de Bragança.

O Professor Humberto Nuno de Oliveira que apresentou o livro de Carlos Evaristo sobre o IV Conde.

A 27 de Setembro, durante a Assembleia Geral da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém, que teve lugar no Auditório da Domus Pacis, em Fátima, teve lugar uma palestra de Carlos Evaristo de apresentação oficial, do livro “O Relicário do IV Conde de Ourém, colecção de Relíquias Insignes da Casa Real de Bragança” que foi feita pelo Professor Humberto Nuno de Oliveira.

EXÉQUIAS FÚNEBRES DE JOHN MICHAEL THOMA

Ainda no dia 27 de Setembro teve lugar uma Missa de Exéquias Fúnebres e funeral com Guarda de Honra para o membro Fundador da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval Juiz Col. John Michael Thoma seguida de uma visita guiada aos espaços museológicos da Fundação Oureana no Castelo de Ourém.

John Michael Thoma
17/10/1944 – 22/01/2023
Carlos Evaristo faz um elogio fúnebre.
O Padre Carlo Cecchin incensa o catafalque.

REABERTURA DA ADEGA DOS CAVALEIROS

Depois da visita guiada procedeu-se à reabertura da Adega dos Cavaleiros, espaço emblemático do Restaurante Medieval criado por John Haffert e Augusto Mascarenhas Barreto em 1970. O bar foi remodelado pela Sócia Gerente do Restaurante Oureana, Margarida Evaristo, em 2001, e é desde 2003, sede da Real Confraria Enófila – Gastronómica Medieval.

A Adega que já foi já conhecida por “Adega do Cortiço”, e “Adega de Santa Teresa”, encontrava-se encerrada para remodelação desde 2015, mas a partir de agora será aberta esporadicamente aos Confrades para provas de vinhos, reuniões e outros convívios.

As obras de restauração, remodelação e substituição de equipamento, assim como a instalação de um novo conjunto de peças decorativas, contou com um patrocínio da Associação Americana de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa e do próprio John Thoma. Exposto agora na Adega está um conjunto completo de ferramentas e utensílios históricos ligados às vindimas, à produção e engarrafamento do vinho e às tradições vinícolas, locais e nacionais.

Estão também expostas peças históricas da colecção dos Comendadores Rui Salazar de Lucena e Melo e João Ribeirinho Leal, também elas ligadas à vinicultura, à panificação e à produção do azeite. Uma cozinha antiga completa também transporta o visitante para tempos longínquos.

MEMORIAL AO IV CONDE DE OURÉM E AO VINHO MEDIEVAL DE OURÉM

A Adega dos Cavaleiros reúne a maior colecção de obras de arte alusivas a D. Afonso, IV Conde de Ourém, assim como uma colecção completa de Vinhos Medievais de Ourém, com garrafas que datam desde a sua classificação aquando da criação da Confraria, até às mais recentes edições da Quinta do Monte Alto, Les-a-Les, Santos da Casa e Abadia de Tomarães.

Existem também na colecção da Real Confraria garrafas de produção local do mesmo vinho que antecedem à classificação e algumas das quais remontam até à década de 1940, altura em que foram obtidas por John Mathias Haffert para o Restaurante Medieval.

COCKTAIL COM PROVAS DE VINHOS, ELIXIRES MEDIEVAIS E VINHO DO PORTO ESPECIAL

Durante o cocktail servido na Adega dos Cavaleiros houve provas de 4 vinhos medievais e 12 célebres elixires medievais preparados no Restaurante Medieval desde 1970 com uma receita secreta que segundo a tradição só três pessoas conhecem. O mais famoso destes elixires é o Elixir Medieval, ou Elixir da Longa Vida, servido à chegada no Restaurante Medieval a mais de 3.5 milhões de visitantes.

No fim do cocktail foram servidos dois vinhos do Porto muito especiais, um oferecido pelo Duque de Bragança e o outro pelo Dr. Adrian Bridge CEO d Taylor’s.

Vinho do Porto “Regis Causa” servido durante o Cocktail
Garrafas de “Taylor’s 20 year old Port Tawny” oferecidas por Adrian Bridge.

ORIGEM DA CONFRARIA DE VINHO E DE GASTRONOMIA MEDIEVAL

Foi sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e com o apadrinhamento da Câmara Municipal de Ourém e da Confraria dos Vinhos da Estremadura, que a primeira Confraria Enófila Medieval foi criada em 2003, especificamente para promover a história do primogénito da Casa Real e Ducal de Bragança, a pessoa que originou chamado “Vinho Medieval” em Ourém e o esse vinho produzido localmente desde 1445.

D. Duarte de Bragança com o astronauta da NASA Richard Garriott, D. Duarte de Bragança e o Cientista de renome mundial Ben Lamm,

Segundo D. Duarte de Bragança; “Esta é foi a primeira Confraria criada propositadamente para a valorização e promoção do vinho e da gastronomia Medieval Ouriense e que vem a ser promovida por John Haffert e pela Fundação Oureana, através do Restaurante Medieval e da Adega dos Cavaleiros desde 1970!”

BRASÕES E AUTÓGRAFOS DOS ILUSTRES CONFRADES

As paredes da Adega dos Cavaleiros, ficam agora também decoradas com uma colecção de brasões dos ilustres Patronos e de Damas e Cavaleiros fundadores da Real Confraria. Podem-se ver também os brasões da Casa Ducal e Condal de Bragança, da Casa Real Portuguesa, dos Reais Patronos e de outras ilustres figuras como o Lord Lyon da Escócia, o Barão de Plean e o Rei do Ruanda.

Vários pipos de vinho na Adega que exibem autógrafos de vários Confrades insignes e de muitas celebridades que visitaram a Adega durante mais de 50 anos incluindo os cantores; Amália Rodrigues, Roberto Leal, Emanuel, etc.

Justin Carpentier entronizado com o traje de Confrade.
A Delegação da Legião de Homens de Fronteira.
Jenell Thoma com o Capelão Mor Padre Carlo Cecchin.

JANTAR DE GALA

Depois do Cocktail oferecido por Jenell Thoma, em memória de seu marido o Confrade Fundador Juiz Col. John Thoma, foi servido um Jantar de Gala no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana.

Carlos Evaristo e o Maestro Armando Calado.
A Drª Maria Antónia Grenha com D. Dínis, Duque do Porto.

ENTRONIZAÇÃO DE 50 NOVOS CONFRADES

Depois do Jantar teve lugar a entronização de 50 novos Confrades que após receberem a sua Carta Patente poderiam vestir o hábito baseado no traje do IV Conde de Ourém para serem fisicamente entronizados no chamado “Trono de D, João I” ou “Cadeirão do Conde de Ourém” expostos no salão.

Entre os 50 novos confrades contam-se membros Portugueses, Americanos, Canadianos, Polacos, da Republica Checa, do Vietnam, da Alemanha, da Ucrânia, da Holanda, de Macau, da Escócia, da França, da Nova Zelândia, da Itália, da Colômbia e de Malta incluindo representantes de quatro Confrarias de vinhos, nacionais e estrangeiras.

Entre os novos Confrades estão a viúva do Juiz Col. John Thoma, três Sacerdotes, sete oficiais militares da NATO, um Juiz Federal Americano, um Astronauta da NASA,  o Maestro Armando Calado, Sua Exª Joseph John Morrow, Lord Lyon da Escõcia,  Sua Exª Jorge Plean of Way, Barão de Plean e o CEO do vinho do Porto “Taylor’s”; Adrian Bridge.

Participaram também nas celebrações e na Gala muitos Confrades Ourienses e entre eles; Augusto e Lúcia Pereira Gonçalves, António e Maria do Carmo Costa, José Simões e Sandra Coelho.

As celebrações terminaram com um brinde à memória de John Thoma e a colocação do seu quadro a óleo da autoria da Pintora Zinaida Loghin na Adega dos Cavaleiros.

FOTOS: Arquivo da Fundação Oureana

27 de Setembro de 2024

Carlos Evaristo com o Rei Yuhi VI do Ruanda sobrinho do falecido Rei Kigeli V, Patrono Fundador da Real Confraria.
Dave Carollo.
Vitez Prof. Humberto Nuno de Oliveira.
Col. Stephen Besinaiz.
Col. Bruce Argueta e sua irmã Lt. Col. Vickie Argueta.
Vitez João Pedro Teixeira.
Larry e Debbie Tylka.
Col. Eric Edin.
Nicolas Descharnes.
Stu e Dr. Jamie Gallagher.
Delegado Justin Morin Carpentier.
Megan Eunpu.

Kevin Couling, Lord Couling of Cowlinge.
Consul Dr. Carl Heringa.
David Alves Pereira.
Prof. Dr. Moritz Hunzinger.
Marc Besinaiz.
D. Duarte de Bragança entrega a Carta Patente de Confrade a Adrian Bridge.
Dr. Roberto Favero.
Inna Souter.
Lt. Col Steve Cargill.
Hung Nguyen.
Col. William Boswell.
Hon. Juiz Scott Stucky.
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Exposição revela a face real do surrealista Dalí (incluindo o vínculo a Portugal)

Notícias – A arte e a vida de Salvador Dalí estão expostas no museu Atkinson, em Vila Nova de Gaia, até 31 de Outubro.

No núcleo intitulado “o grande segredo de Salvador Dalí”, é revelada ao público a sua ligação a Portugal, quase inteiramente desconhecida até então; “mesmo para mim”, conta a responsável pelo museu. Em colaboração com a Fundação Histórico-Cultural Oureana, a equipa conseguiu obter para apresentação o esboço de um quadro ilustrativo da Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, história que viria, segundo Andreia, a “acordar o lado religioso de Dalí”, que começaria a pintar muitas mais cenas religiosas – várias das quais presentes nesta sala.

Depois de uma primeira exposição de grande sucesso, a “The Dynamic Eye: Beyond Optical and Kinetic Art”, em 2023, no início deste ano chegou a altura de começar a pensar na próxima. E, tendo em conta o centenário do Surrealismo, a lâmpada nas cabeças da equipa do Museu Atkinson não demorou a acender. Andreia Esteves e Tiago Feijó, auxiliados por Nicolas Descharnes – especialista em Salvador Dalí –, colocaram desde logo a mão na massa para abrir a “Universo Dalí”, que pode visitar no WOW, em Vila Nova de Gaia, até 31 de Outubro.

Como foi montar uma exposição inédita, com mais de 300 obras, divididas em nove salas? “Trabalhoso, com muito tempo dedicado à pesquisa e o envolvimento de várias instituições”, revela Andreia Esteves. Fã do pintor, diz-nos que o principal objectivo da exposição é “fazer com que o público conheça Dalí além da sua aparência excêntrica e d’A Persistência da Memória”.

Como tal, a exposição segue uma linha “mais ou menos” temporal. Arrancamos na sala “How to Become a Genius” – talento inato, Salvador Dalí começa a pintar aos dez anos, seguindo o estudo das artes na escola. Esta secção convida-nos a olhar para as suas obras mais prematuras, as origens do seu cerne enquanto artista. Logo na sala seguinte, uma das maiores, podemos compará-las aos seus primórdios no Surrealismo – guiado pelo pai do movimento, André Breton. É também aqui que temos acesso a esboços e rascunhos de algumas populares pinturas do artista, como O Toureiro Alucinógeno e A Madonna de Port Lligat.

Depois de vários anos a viver em França, em 1940 Dalí foge da guerra para os Estados Unidos da América. No terceiro núcleo da exposição, “All is an American dream”, fugimos com ele. “Na América, Dalí obtém imenso sucesso comercial e começa a fazer trabalhos publicitários para várias marcas e revistas, como a Vogue, a The New Yorker e a designer Elsa Schiaparelli”, conta-nos Andreia. Mas é na sala seguinte que se encontra uma das maiores canas de pesca da exposição.

O vínculo de Dalí a Portugal

No núcleo intitulado “o grande segredo de Salvador Dalí”, é revelada ao público a sua ligação a Portugal, quase inteiramente desconhecida até então; “mesmo para mim”, conta a responsável pelo museu. Em colaboração com a Fundação Histórico-Cultural Oureana, a equipa conseguiu obter para apresentação o esboço de um quadro ilustrativo da Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, história que viria, segundo Andreia, a “acordar o lado religioso de Dalí”, que começaria a pintar muitas mais cenas religiosas – várias das quais presentes nesta sala.

Segue-se a reinterpretação de “Los Caprichos de Goya”, uma série de gravuras do século XVIII nas quais Dalí pegou, acrescentando novas personagens, alterando cenários e dando o seu toque surrealista, obtendo assim uma nova composição, mas mantendo a essência, o significado e a percepção das obras originais. Uma grande antecipação para outra das principais atracções da exposição: as fotografias de Robert Descharnes, que fotografou Dalí intimamente durante vários anos, tornando-se seu amigo. “Estas imagens permitem-nos, realmente, ter uma noção diferente do pintor; da pessoa além do artista”, conta-nos a responsável.

Mas as cartas na manga não acabam por aqui: numa sala sem obras, dá-se destaque à curta-metragem Destino, feita em colaboração com Walt Disney durante a sua estadia em solo americano. É-nos ainda revelada outra camada pouco conhecida de Dalí: o seu mergulho no misticismo – “muito inspirado pela sua mulher, Gala”, diz-nos Andreia –, representado por uma série de pinturas de cartas de tarot, distribuídas limitadamente em 1984.

Acabamos em grande, com várias pinturas conhecidas do artista, assim como alguns dos seus trabalhos de escultura. Antes de ir embora, pode guardar as suas memórias da exposição num objecto – há postais, posters, meias, joalharia, entre vários outros. De 19 de Junho a 31 de Outubro, o museu Atkinson e Salvador Dalí estão de braços abertos – todos os dias, das 10.00 às 19.00. Os bilhetes ficam por 15€ para adultos e 7,5€ para crianças dos 4 aos 12.

Quinta-feira 20 Junho 2024

Texto: Adriana Pinto

Fotos: © Carlos Evaristo – Arquivo da Fundação Oureana / Museu Atkinson

Fonte: https://www.timeout.pt/porto/pt/noticias/a-face-real-do-surrealista-dali-incluindo-o-vinculo-a-portugal-062024

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Fundação Oureana celebra Protocolo com o Museu Atkinson e colabora na Exposição “Universo Dali”

A Fundação Oureana celebrou mais uma parceria de colaboração Cultural e desta vez com o Museu Atkinson da HILODI – Historic Lodges and Discoveries S.A.. Situado no fabuloso complexo turístico WOW – World of Wine em Vila Nova de Gaia, o Museu é um espaço de exposição moderno instalado numa antiga Quinta Vinicola.

Carlos Evaristo, Marta Bravo, Nicolas Descharnes, Adriana Esteves, Adrian Bridge, Miguel Tralach e Tiago Feijó

O Protocolo que visa parcerias na organização e promoção de exposições, eventos culturais, promoção turística e edição de obras literárias, foi assinado por Carlos Evaristo e Nicolas Descharnes em representação da Direção e Conselho de Curadores da Fundação Oureana e por Adrian Bridge e Rui de Almeida Sousa Magalhães em representação da HILODI, sendo testemunhas; Adriana Esteves, Margarida Evaristo e Bernardo Marquez.

A Exposição “Dali Universe”

A Exposição “Dali Universe” ou “Universo Dali” apresentará os principais marcos da vida e carreira do artista.

Nicolas Descharnes durante a visita guiada

A exposição que reúne um acervo diversificado de obras, incluindo desenhos, esboços, pinturas, esculturas e obras comerciais e publicitárias.

A magnifica Exposição que traça de forma cronológica com peças, artefactos e textos ilustrativos, todo o percurso artístico de Dali, desde a sua infância à sua morte, é complementada por centenas de fotos da autoria de Robert Descharnes.

Adrian Bridge e Tiago Feijó examinam uma das obras pouco conhecidas de Salvador Dali na Exposição

Um dos destaques é a seleção de fotografias tiradas por Robert Descharnes, fotógrafo francês e amigo de Dalí, entre 1955 e 1985, que oferecem um raro vislumbre da vida pessoal do artista, em momentos íntimos e no seu ambiente familiar.

A famosa bengala de Dali com a qual negociou com John Haffert o preço da pintura A Visão do inferno em Fátima (1962) “30 mil Dólares do tamanho da minha bengala. 15 mil metade do tamanho!”

São Curadores desta mostra extraordinária de trabalhos do Mestre Pintor Surrealista; Tiago Feijó e Miquel Tralach, Coordenador da Exposição, Pere Vehi, Designer; João Gomes, a Comissária da Exposição; Adriana Esteves e a Coordenadora; Marta Bravo.

Tiago Feijó, Adrian Bridge, Nicolas Descharnes e Carlos Evaristo na Sala Dali e Fátima

O primeiro fruto desta parceria foi a cedência para a Exposição “Universo Dali” organizada pelo Museu Atkinson de peças e arte artefactos que remontam ao fundador da Fundação Oureana, John Haffert, e à encomenda da obra “A Visão do Inferno em Fátima” realizada por Salvador Dali em 1962.

A Fundação para além de ceder para a Exposição a réplica mais fiel da obra “Visão do Inferno”, também forneceu textos e fotografias inéditas e um desenho oferecido por Dali a John Haffert em 1962.

Outras obras de Salvador Dali depositadas na Regalis Lipsanotheca, tal como a escultura em bronze “O Cristo de São João da Cruz” oferecido por Glen Harte da Galeria de Arte no Hawaii, também foram emprestadas para a exposição inaugurada no Museu Atkinson a 18 de Junho e que estará patente até 31 de Outubro, reunindo 350 peças, a maior colecção de obras de arte do artista jamais reunidas numa exposição em Portugal.

1959 – 1989: A Conversão Secreta de Dalí

Dalí, bebia da fonte espiritual e mística de sua mãe, Católica piedosa e ao mesmo tempo mergulhava no mundo profano de seu pai, um advogado Catalão.  Foi dessa mistura que nasceu o surrealismo especial do Mestre, estilo que manteve até à sua reconversão em 1960…

A sua arte Cristã era principalmente de inspiração bíblica e cenas da vida dos Santos com recriações recorrentes de obras dos grandes Mestres. Outras imagens recorrentes eram o desenho do Cristo de S. João da Cruz, a lenda de S. Agostinho e a saga de Don Quixote que simbolizavam o seu nobre espírito Cristão e a busca pela compreensão da sua crença enquanto vagabundo enamorado da beleza da vida e da sua Dulcineia; Gala… 

Porém sua arte sacra respeitosamente profanada ou salpicada de erotismo, era vista como sacrílega para os católicos mais conservadores…

Era o caso da Mãe de Deus, a quem ele representava na sua pureza imaculada por Gala, mulher e musa. Isto até 1959, ano em que foi contactado pelo Exército Azul, para pintar a Visão do Inferno em Fátima, primeira parte do Segredo que o mundo acreditava seria revelando em 1960…

Mas o encontro com a Vidente de Fátima, levaria Dali a  destruir as primeiras versões da obra para mergulhar numa busca mais profunda pela redenção, caminho que tomou entre 1959 e 1962 e durante o qual pintou imagens de Nossa Senhora sem rosto, emergindo depois a retratar sua conversão na cena infernal em que pela primeira vez dá o  rosto de sua mãe, à Mãe de Deus…

Casa-se Catolicamente e dedica os últimos 40 anos da sua vida a atos de piedade, triplicando a sua arte cristã, mas mantendo porém a fachada pública de marca; do génio excêntrico e irreverente

Morre em 1984 aos 89 anos, na Festa do Casamento da Virgem e São José.

Carlos Evaristo – Perito em Iconografia Sacra

Outro contributo da Fundação está patente na Sala junto à Capela do Espaço Museológico Atkinson (antiga Quinta) que conta a história do reencontro de Dali com a sua Fé Cristã, algo que ocorreu após John Haffert ter encomendado a obra sobre a parte do Segredo de Fátima então conhecida.

Carlos Evaristo e a Comissária da Exposição Adriana Esteves

O Catalogo da Exposição

Carlos Evaristo na abertura da Exposição falou da espiritualidade de Salvador Dali e da sua conversão

Um Cocktail de inauguração da Exposição oferecido pela WOW teve lugar antes da visita guiada ao Museu e das intervenções de Nicolas Descharnes, Carlos Evaristo e Adrian Bridge.

Adrian Bridge dá as boas vindas aos convidados e agradece a parceria com Descharnes & Descharnes e Fundação Oureana
Rui de Almeida Sousa Magalhães
Bernardo Marquez

A inauguração daquela que já é considerada a melhor exposição de Salvador Dali jamais realizada em Portugal, terminou com a assinatura do Protocolo entre a Fundação Oureana e o Museu Atkinson, ama parceria cultural que já tem outras exposições, publicações e eventos em estudo.

A foto oficial com Nicolas Descharnes, Adrian Bridge e Carlos Evaristo após a assinatura do Protocolo.

18 de Junho de 2024

Fonte: Museu Atkinson

https://www.wow.pt/en/agenda/everyday-events/dali-universe

Fotos: Museu Atkinson / Fundação Oureana

https://www.facebook.com/wowporto/videos/483453687473430/

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Fundação Oureana celebra Protocolo com Arquivo “Descharnes & Decharnes” para identificação, estudo e divulgação das Obras de Salvador Dalí vistas através da lente fotográfica de Robert Descharnes

A Descharnes & Descharnes SARL, Arquivo Documental e Fotográfico sobre Salvador Dali, fundado por Robert e Nicolas Descharnes, acaba de assinar um Protocolo com a Fundação Oureana para estudar e divulgar o espólio do fotografo amigo de Salvador Dali.

O Legado da relação de Robert Descharnes e Salvador Dali

Secretário, fotógrafo e amigo de maior confiança do pintor surealista durante quarenta anos, Robert Descharnes, investiu desde 1950 na documentação e preparação de obras pintadas e escritos que publicou juntamente com Salvador Dalí, acumulando um arquivo de manuscritos, fotográfias, trabalhos cinematográficos e sonoros, de valor insubstituível, sobre o artista e sua obra.

Nascido a 1 de Janeiro de 1926, em Nevers, França, Robert Descharnes, trabalhou com a Polícia Judiciária Francesa, a Intepol e os sistemas judiciais de muitos países na luta contra os falsificadores de arte, tornando-se consultor sobre a autenticidade das obras de Salvador Dalí adquiridas por colecionadores, profissionais da arte e casas de leilões como Sotheby’s, Christie’s, Philipps, Butterfield & Butterfield.

Grandes Exposições de Salvador Dalí organizadas por Robert Descharnes e pela Descharnes & Descharnes nos principais Museus do mundo

Desde 1964 e até à sua morte a 15 de Fevereiro de 2014, Robert Descharnes foi comissário  e conselheiro de muitas exposições de arte tendo sido nomeado membro vitálício do conselho da Fundação criada por testamento de Salvador Dali.

Suas obras fotográficas figuraram em expsoções em Tóquio, 1964; em Nova York, 1965; no Roterdão, 1970; em Baden-Baden, 1971; no Museu Nacional de Arte Moderna em Paris, 1979; e na Tate Gallery em Londres, 1980.

Organizou também 400 obras de 1914 a 1983 da autoria de Salvador Dali para a exposição no Museu de Arte Contemporânea de Madrid e o Palácio Real de Pedralbes em Barcelona 1983; em Aalborg, 1984; no Palazzo dei Diamanti em Ferrara, 1984; na Europalia, 1985; a Exposição “Salvador Dalí 1904-1989” em Stattsgalerie em Stuttgart; em Kunsthaus no Zürich; na Louisiana Museum em Copenhagen e na Montreal Museum of Fine Arts, 1989-1990; no Museu de Arte Mitsukoshi, Tóquio, Japão, 1991-92; a expopsição “Dalí, The Early Years”, na Hayward Gallery, em Londres; e na Metropolitan Museum, em Nova York, no Museu Reina Sofia, em Madrid, 1994; a Exposição “Dalí Monumental”, no Rio de Janeiro e em São Paulo, 1998; “O outro Dalí”, uma exposição multimídia, na Sony Building, em Tóquio e em Osaka, 1998; e no Museu de Arte Mitsukoshi, em Tóquio e no Japão, 1999; e em Colônia, 2006.

Livros publicados por Robert Descharnes com Salvador Dali e pela Descharnes & Descharnes

Foram muitos os livros publicado por Robert Descharnes com e sobre Salvador Dali e também livros sobre outros artistas tais como Antonio Gaudi, Auguste Rodin, Honoré Daumier, Florença, Versalhes, Grécia, Os Castelos do Loire, Escultura Grega. Trabalha sobre a Índia e particularmente sobre a escultura indiana da Idade Média.

Suas principais obras Dalianas são:

Dalí de Gala (1962)

Metamorfoses Eróticas (1969)

Dez receitas para a imortalidade (1973)

Cinquenta Segredos Mágicos (1974)

Dalí, o trabalho e o homem (1984)

Dalí, a obra pintada (com G. Neret, reproduções de 1648, Benedikt Taschen Verlag, Colônia, 1993)

Dalí (com Nicolas Descharnes, 435 reproduções, 1993)

Dalí, o legado infernal (com Jean-François Marchi, Ramsay-La Marge 2002)

Dalí, o duro e o macio, esculturas e objetos (com Nicolas Descharnes, 683 reproduções, Eccart 2004)

Filmes produzidos por Robefrt Descharnes e Salvador Dali

A Batalha de Bouvine com Georges Mathieu e Lyric Abstraction, 1954

Os Capetianos em todos os lugares com Georges Mathieu e Lyric Abstraction, 1956

Quatro longas-metragens sobre Salvador Dalí:

A prodigiosa aventura da rendeira e do rinoceronte (1954-1962)

Auto-retrato suave de Salvador Dalí (1966-1972), com Jean-Christophe Averty e Orson Wells

As mil e uma visões de Dalí (1976-1977)

Dalí de Gala (1994) com Yutaka Shigenobu e Jeanne Moreau.

Robert Descharnes; O Mestre Fotógrafo

Como Fotógrafio, Robert Descharnes trabalhou não só com Salvador Dali mas também com outris grandes artistas contemporâneos, tais como: Arman Bernard Buffet, Calder, César, Chagall, Marcel Duchamp, Giacometti, Man Ray, Miro, Tinguely, Zadkine, Foujita, Willem de Kooning, Stanley William Hayter, Jean Helion, Félix Labisse, Etienne Martin, Georges Mathieu, Francis Picabia, Pierre -Yves Trémois, Fautrier, Jackson Pollock, Germaine Richier, Jean Paul Riopelle, Niky de Saint Phalle, Marc Tobey.

Em 1948 colaborou na exposição “Véhémence Confrontée” que apresentou a escola nova-iorquina a Paris e à Europa.

Nicolas Descharnes, o maior perito em obras de Salvador Dali

Após a morte de Robert Descharnes, o arquivo Descharnes & Descharnes passou a ser dirigido pelos filhos; Nicolas e  Oliver Descharnes.

Nicolas que desde 1980, ajudava seu pai Robert Descharnes na classificação dos arquivos acumulados sobre seu falecido amigo Salvador Dalí, tornou-se sócio do mesmo, tendo participado na criação das obras e exposições mais abrangentes sobre o artista.

Nicolas Descharnes tornou-se ao longo dos anos no maior perito especialista reconhecido mundialmente no mercado de arte em obras de Salvador Dali.

A sua experiência, é demonstrada pelas obras publicadas com seu pai que testemunha o legado de Robert e das suas vivências com o artista durante 40 anos, o que lhe permitiu desenvolver o seu conhecimento das obras através do artista, que se tornou seu grande amigo.

O conhecimento da obra de Salvador Dalí, um artista singular, exige muito mais do que uma simples análise das suas criações e por isso Nicolas Descharne mergulhou em Port Lligat, Cadaqués, Figueras, Pubol, Paris e Nova Iorque e assim imbuiu-se de conhecimentos autênticos ao longo dos anos.

Agora, consegue detectar uma falsificação, colocando em prática o alerta dado pelo próprio Dalí a seua pai: “Descharnes, quando estiver muito bem feito, cuidado”.

Antes de falecer Robert disse sobre seu filho: “Na noite de uma longa viagem de Dalí, estou satisfeito por poder contar com Nicolas para garantir, hoje e amanhã, aos amantes do verdadeiro Dalí, a segurança do trabalho especializado.”

O Arquivo Deschares & Descharnes é regularmente consultado por profissionais do mercado de arte e pelas autoridades policiais para determinar a autenticidade de peças e sua proveniência.

“Certificamos e documentamos obras de Salvador Dali mas também Já identificamos e arquivamos diferentes estilos de falsificações, algumas das quais são notórias (Itália, Espanha e E.U.A)”, afirma Nicolas; “Todos os anos aparecem novas mãos mais ou menos ágeis. A tentação do lucro fácil para um falsificador sempre existir e infelizmente, os falsificadores têm sido desenfreados desde o início dos tempos, aproveitando a maravilha natural que temos para as obras-primas da arte. Dali não é a criança amaldiçoada, pois até obras da antiguidade foram falsificadas, sem falar no Renascimento. Nenhuma transação séria no mercado de arte é feita sem a certeza da autenticidade da obra: Sotheby’s e Christie’s, casas de leilões internacionais, consulte-nos para cada peça que lhes é oferecida. A venda de uma falsificação é punível com processo criminal. Comprar uma obra que não foi avaliada significa arriscar comprar uma falsificação. Para além da desilusão, significa arriscar perdas financeiras e envolver-se em procedimentos legais complicados e dispendiosos. Aconselhamos os amadores a terem cautela, mesmo quando o contexto de uma transação parece tranquilizador.”

Fototeca D & D e Eccart S.A.S.U.

Nicolas Descharnes é também fundador e administrador da Fototeca D&D e CEO da empresa Eccart, a empresa de expertise que certifica obras originais de Salvador Dalí.

Da sua experiência na organização de eventos dedicados a Dalí e à sua obra, possui um conhecimento dinâmico ao serviço de uma memória e olhar excepcionais para a sua investigação especializada.

A expertise requer experiência e conhecimento da obra, mas também do próprio artista. Nicolas Descharnes passou anos em Cadaquès e conheceu Salvador Dali frequentemente durante as sessões de trabalho e para ele a imagem fala por si, conta uma história, faz parte da história.

Nicolas que nasceu em 29 de Fevereiro de 1964, em Paris, França, formou-se e estudou arquitetura em Paris e cumpre seu dever de memória na Fototeca Descharnes & Descharnes.

A atividade editorial dentro do Eccart foi criada por Nicolas Descharnes em 2003.

Aproveitando a experiência adquirida em outras obras sobre Savador Dali como autor e fornecedor de ilustrações através da Fototeca DESCHARNES & DESCHARNES, esta nova etapa marcou o desejo de criar e distribuir obras especializadas sobre o mestre com total independência das editoras muitas vezes forçadas pelo mercado. leis para recusar produtos que sejam demasiado específicos.

Desta forma, é possível oferecer obras públicas dedicadas a Dali que não teriam lugar nas prateleiras das redes de distribuição geridas por editoras monopolistas. Para o Perito Nicolas e seu irmão pesquisador; é um processo de liberdade e também um dever de memória.

Os Livros publicados pela Eccart são muoitos e entre eles; Dalí (com Robert Descharnes, 435 reproduções, 1993); Dalí, o duro e o macio, esculturas e objetos (com Robert Descharnes, 683 reproduções, Eccart 2004)

Nicolas foi Editor Assistente das seguintes obras: Dalí, o trabalho e o homem (1984); Dalí, a obra pintada (Robert Descharnes e G. Neret, reproduções de 1648, Benedikt Taschen Verlag, Colônia, 1993)

Protocolo com a Fundação Oureana

O Protocolo entre o Arquivo Descharnes & Descharnes e a Fundação Oureana nasce de uma longa amizade entre Nicolas Descharnes e Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação.

Evaristo conheceu pessoalmente os Descharnes em 2010 quando colaborou na produção do documentário premiado e no livro “O Segredo de Fátima de Salvador Dali” do realizador e autor norte-americano Paul Perry. Esta obra conta a história inédita do quadro “A Visão do Inferno em Fátima” da autoria de Salvador Dali e que foi encomendada por John Haffert em 1959, tendo sido concluída e entregue ao Exército Azul em 1962.

Desde Outubro de 2012 que Carlos Evaristo colabora na qualidade de perito em iconografia sacra com a Descharnes & Descharnes sendo um consultor e colaborador permanente do Arquivo. Evaristo tem ajudado a família Descharnes na identificação positiva de muitas obras inéditas de Salvador Dali e também ajuda na denúncia de falsificações.

Para Carlos Evaristo; “O Protocolo agora assinado tem como objectivo não só reforçar essa parceria e amizade Descharnes, Perry e Evaristo mas também o trabalho que realizamos em conjunto para identificação, estudo e divulgação das obras de Salvador Dalí e particularmente aquelas vistas através da lente fotográfica de Robert Descharnes.”

Segundo Nicolas Descharnes, “O Protocolo visa também a realização de estudos e exposições de organização conjunta mantendo assim bem vivo o espírito de colaboração cristão e fraterno que existiu entre John Haffert, Robert Descharnes e Salvador Dali.  

1 de Janeiro de 2024

Fotos: Direitos Reservados à Descharnes & Descharnes / Fototeca D & D / Eccart S.A.S.U / Fundação Oureana

FONTE: www.daliphoto.com

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Fundação Oureana recordou em Gibraltar nos 80 anos da morte do General Władysław Sikorski, Primeiro-Ministro da Polônia

Tenente-General Władysław Sikorski Primeiro-Ministro da Polónia
1881 – 1943

O dia 4 de Julho de 2023 assinalou os 80 anos desde a trágica morte, por acidente de aviação em Gibraltar, do Tenente-General Władysław Sikorski, Primeiro-Ministro da Polónia.

O Co-autor da vitória sobre o Exército Vermelho, em 1920, e Primeiro-Ministro da Segunda República Polaca, morreu quando o avião em que viajava, caiu no mar, perto do Rochedo de Gibraltar.

Sikorski era também Comandante Supremo das Forças Armadas Polacas durante a Segunda Guerra Mundial e Chefe do Governo Polaco no Exílio.

As comemorações do 80º Aniversário da morte do General Sikorski deslocou a Gibraltar, uma Delegação Polaca liderada pelo Presidente do Instituto da Memória Nacional, Dr. Karol Nawrocki e que reuniu membros do Gabinete para Veteranos e Vítimas da Opressão.

Em Maio de 1943, o General Sikorski partiu para inspecionar as tropas Polacas no Médio Oriente e na viagem de regresso, a 4 de Julho, pouco depois de descolar do aeroporto de Gibraltar, o avião em que viajava caiu no mar. Todos a bordo, excepto o piloto checo, morreram, incluíndo a filha do General, Zofia Leśniowska.

Uma Santa Missa por alma das vítimas dessa tragédia, teve lugar pela manhã do dia 4 de Julho, na Catedral Católica de Santa Maria Coroada de Gibraltar tendo sido celebrada por Padres Polacos, Caplães do Exército e concelebrada por membros do clero local.

A Missa contou com a presença do Bispo Diocesano D. Carmelo Zammit e das entidades governamentais locais e representativas de Sua Majestade o Rei Carlos III.

Após a Missa, houve no Farol de Europa Point um Serviço Memorial de homenagem ao General Sikoprski e aos que o acompanharam na trágica viagem.

O Serviço Memorial teve lugar junto ao Monumento em memória das vítimas dessa tragédia em Gibraltar.

Presidentes de várias organizações de Veteranos, assim como as autoridades de Gibraltar e Representantes do Consulado Polaco no Reino Unido, colocaram flores no Monumento e seguidamente discursaram.

Durante a Cerimónia, o Chefe do Gabinete para Veteranos de Guerra e Vítimas da Opressão, Jan Józef Kasprzyk, leu uma carta do Presidente da República da Polónia, Andrzej Duda.

“A história da última missão do General Władysław Sikorski é o culminar do dramático destino da Polónia e dos Polacos durante a Segunda Guerra Mundial. A nossa nação, embora sofrendo, travou uma luta desigual contra os poderosos agressores por todos os meios – militares e diplomáticos – até ao fim. Em ambas as arenas, o General Sikorski desempenhou um papel único. Foi um notável comandante e diplomata que, renunciando ao seu próprio conforto e assumindo riscos pessoais, serviu com firmeza a Pátria e sacrificou a sua vida por ela. E por isso a República da Polónia irá sempre honrá-lo como um herói nacional”, escreveu o Presidente da Polónia na carta que foi lida.

“Independentemente das emoções políticas da primeira metade do Século XX, hoje, de uma perspectiva histórica, todos sabemos que estamos a prestar homenagem a uma das figuras-chave da história polaca do século XX“; disse o Dr. Karol Nawrocki, durante a sua intervenção.

“A nação Polaca sempre defende aqueles que serviram a Polónia e quer enterrá-los com dignidade. Prova também que para nós a história não é apenas um registo do passado, mas é uma questão de vida social, mesmo 80 anos após a morte do General Władysław Sikorski”; acrescentou o Presidente do IPN.

As circunstâncias da morte do General Władysław Sikorski ainda são controversas. A aeronave – Liberator II AL523, na qual o General voltava de uma inspeção do Exército Polonês no Leste, caiu no mar às 23h07. A filha do General e os seus colegas, incluindo o Chefe do Estado-Maior do Comandante-em-Chefe Tadeusz Klimecki, também morreram na catástrofe.

O Relatório do Comitê Britânico que investigou o acidente em 1943 concluiu; “A causa do desastre foi o travamento dos controles do elevador.”

O corpo do General Sikorski foi transportado para Inglaterra a bordo do destróier ORP “Orkan”.

Cerimónias Fúnebres foram realizadas no dia 15 de Julho de 1943, na Catedral de Westminster com a participação de representantes das autoridades Polacas e Britânicas, incluindo o Primeiro-Ministro Winston Churchill.

O General Sikorski foi condecorado postumamente com a Ordem da Águia Branca da Polónia e após o funeral oficial em Londres, o corpo foi enterrado no Cemitério dos Aviadores Polacos em Newark, perto de Nottingham.

O Conselho de Ministros da República da Polónia decidiu que o seu corpo seria sepultado posteriormente no Castelo Real de Wawel, em Cracóvia, e assim sendo, a 17 de Setembro de 1993, seus restos mortais foram exumados e trasladados para a Cripta da Catedral de São Leonardo de Wawel, Cracóvia, Polónia.

Tem havido muita especulação de que a morte do General Sikorski possa ter sido o resultado de uma Conspiração Soviética, Britânica, Nazi ou até Polaca. Alguns defensores de teorias de conspiração alegam que o desastre foi consequência de um assassinato e pediram uma investigação.

Em Novembro de 2008, como parte da investigação do IPN, o corpo do General Sikorski foi de novo exumado e os seus restos mortais examinados por peritos forenses Polacos que concluíram que Sikorski morreu devido a lesões em muitos órgãos, típicas de vítimas de desastres de aviação.

Como parte das cerimónias memoriais, no dia 4 de Julho de 2023, pelas 23h07, hora da tragédia occorida em Gibraltar em 1943, quando o avião afundou no mar, rosas foram atridas ao mar por todos presentes e, no dia seguinte, a Delegação do IPN, depositou flores nos túmulos dos mortos na queda do Liberator II AL523, no Cemitério da Frente Norte.

A Fundação Histórico – Cultural Oureana fez-se respresentar nos Serviços Memoriais por Carlos e Margarida Evaristo que assitiram à Missa em que foi relembrado o General e Heroí Polaco da II Guerra Mundial.

O papel de Sikorski contra o Nazismo e a sua devoção a Nossa Senhora de Częstochowa, a chamada “Mãe Negra da Polónia”, foi tema de uma Palestra dada pelo Historiador, Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana, que, junto ao Memorial ao General na Catedral de Gibraltar que inclui uma pintura da Rainha e Padroeira da Polónia, também falou da devoção à Virgem Negra do Papa São João Paulo II, dos Fundadores da Fundação Oureana; John e Patrícia Haffert e do Padre Edwin Anthony Carmel Gordon, Capelão da Regalis Lipsanotheca, que era natural de Gibraltar e que faleceu e está sepultado em Fátima.

Em Gibraltar existem várias comunidades lusófonas; Portugueses, Brasileiros, e também Portugueses de Goa, muitos dos quais assistiram à Palestra.

Há 10 anos que a Fundação Oureana leva a cabo um Projecto de Pesquisa em Gibraltar; o chamado “Gibraltar Research Protocol”, que, segundo Carlos Evaristo, estuda não só achados arquelológicos, como também a história do rochedo, do Culto de Nossa Senhora da Europa, as ligaçóes históricas de Comércio e Correspondência com Portugal e o papel que Gibraltar teve na história da partida para o Exílio do Rei D. Manuel II e o contributo importante para a devoção Mariana na Peninsula Ibérica.

4 de Julho de 2023

Fontes: https://www.surinenglish.com/gibraltar/gibraltar-commemorates-80th-anniversary-the-death-general-20230707173835-nt.html

Fotos: Sur English / Fundação Oureana / Gibraltar Chronicle

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Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval de Ourém na Produção de Filme e Série sobre a História do Vinho na Península Ibérica

O Realizador Cinematográfico e Produtor de Vinhos, Edwin Brochin, brinda com à sua equipa no fim das filmagens em Espanha, tendo seguido depois para Portugal, onde resgitaram a história dos melhores Vinhos nacionais.

Terminaram, hoje, no Castelo de Ourém, as últimas filmagens para “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), um novo Filme Documentário e Série Televisiva sobre a história da produção do Vinho na Peninsula Ibérica.

No emblemático Restaurante Medieval no Castelo de Ourém que já recebeu mais de 4 milhões de visitantes desde 1970, Carlos Evaristo explicou ao Realizador, Edwin Brochin, a tradição do Vinho na Medicina Popular e nos Rituais Litúrgicos Medievais com Relíquias

O filme é produzido pela Brochin Films, Produtora Norte Americana premiada que faz parte do Grupo Renegade Network, uma cadeia de plataformas digitais de televisão por cabo que transmitem, 24 horas por dia, programas culturais, de vida selvagem, de caça, pesca e agricultura.

A Produtora foi premiada este mês no Festival de Cinema de Madrid, pelo seu Documentário; Spirit of the Bull (Espírito do Touro), tendo desenvolvido durante a rodagem, a ideia para o actual projecto após o nome do filme ter sido dado a um vinho Espanhol de reserva V.Q.P.R.D., também ele premiado.

Edwin Brochin assina o Livro de Ouro dos Confrades da Cúria Baquia da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval – Instituto D. Afonso, IV Conde d’ Ourém, após ter sido admitido como Confrade.

O Documentário tem na Produção Executiva o mesmo Edwin Brochin que é também o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável. A Co-Protutora é sua mulher, Julie Brochin e o trabalho conta com a Colaboração na Produção de outro Realizador igualmente premiado, Paul Perry da Paul Perry Productions e Sakkara Productions.

O projecto conta desde o início com o apoio da Fundação Histórico – Cultural Oureana e da Fundação D. Manuel II. Em Protugal a Equipa de Produção e Edição é da Produtora Crown Pictures, fundada em 2004 por Carlos Evaristo, e que chamou para a equipa deste projecto; o conhecido Realizador e Editor premiado; Carlos Casimiro e o igualmente célebre Cinematógrafo Júlio Torres.

Edwin Brochin e Júlio Torres
Insignia do Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável desenhadas por Mathieu Chaine, Desenhador Heráldico do Conselho Heráldico da Fundação Oureana

O Apresentador de Televisão, Carlos Evaristo, Presidente da Direcção da Fundação Oureana, é o Consultor Histórico do Projecto e também um dos Guionistas do Projecto que conta com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, na pessoa de S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.

No Bar do Mestre Bernardino sito no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana, Carlos Evaristo, deu a provar a Edwin Brochin o Elixir Medieval, também conhecido por Elixír da Longa Vida, uma bebida tradicional de brinde de Boas Vindas ao Castelo e cujo segredo de confecção foi confiado a John Haffert pelo Historiador Augusto de Cassiano Barreto, em 1969.

No Salão D. João I do Restaurante Medieval, provou-se Vinho Templário, produzido hoje exclusivamente para a Fundação Oureana numa quinta no Valle do Loire, na França, utilizando o mesmo processo de fabrico que vem descrito num livro manuscrito da Idade Média.

Segundo Carlos Evaristo; “Duas equipas de filmagens passaram um mês a recolher imagens nas mais conhecidas Vinículas do Norte, Cento e Sul da Península Ibérica. Este trabalho será o mais completo registo sobre a História do Vinho na Peninsula Ibérica e relata a sua produção desde os registos deixados pelos mais primitivos povos, passando pelos Fenícios, Gregos, Romanos até ao célebre IV Conde de Ourém.”

O Realizador e Editor Carlos Casimiro brinda com Vinho Xerez em Jerez.

“Foi o Primógénito da Casa de Bragança quem introduziu o primeiro Vinho Tinto em Portugal num processo que é hoje conservado na produção do Vinho Classificado de Vinho Medieval de Ourém. Foram longas semanas de filmagens para o Filme e depois uma Série de vários episódios.”

Em Portugal, a Equipa filmou em muitos locais de produção dos mais conhecidos Vinhos Portuguêses, incluíndo Caves de Vinho do Porto. Na Cidade Invicta a Equipa foi acompanhada pela Assistente de Produção Maria Castro.

A história do Vinho Ibérico também incluiu um capítulo sobre as campanhas de promoção que levaram a que certos vinhos com pouca fama local ou nacional à época, se tornassem marcas mundialmente conhecidas e representativas de Portugal e Espanha.

O Historiador e Arqueólogo Carlos Evaristo, explicou na Série que; “São os casos dos Vinhos Xerez de Jerez de la Frontera das marcas Osbourne e Tio Pepe e também do Vinho do Porto Sandeman e do Mateus Rosé. A campanha de publicidade da Osbourne de 1954 colocou cartazes com a silhueta de um touro, nos montes Espanhóis, símbolo do Vinho que hoje, após o fim da campanha continuam expostos por se ter tornando símbolo de Espanha. É o caso também do Vinho Mateus Rosé que deve muito da sua fama nos Estados Unidos da América, à tournée musical de Amália Rodrigues que patrocinou na década de1950 com uma garrafa em forma de Guitarra Portuguesa.”

Ainda no Capítulo sobre os Vinhos Ourienses, foram dados a provar, os Vinhos Terras de Oureana da Fernando Rodrigues Lda. e o Vinho da Moura Encantada. O primeiro, a marca que era servida no Restaurante Medieval Oureana desde 1970 e até 1995 e o segundo um Vinho Medieval exclusivamente produzido e engarrafado para a Fundação Oureana desde que a Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval foi criada em 2003 e passou em 2006 a ser o Departamento que gére o espaço emblemático.

Os Vinhos “Cosher” de produção Judaica, cuja origem está também muito ligada ao terceiro e ao quarto Condes de Ourém, são outro tema apresentado por Carlos Evaristo com recurso a artefactos e manuscritos históricos apresentados no Documentário de Edwin Brochin.

Carlos Evaristo e Julie Brochin preparam cenários para as filmagens no Restaurante Medieval Oureana

No Documentário, assim como na Série haverá mostra de novas tecnologias de filmagens digitais; drones, recurso a CGI e também recriações históricas.

No Castelo de Ourém, realizou-se ainda provas de vinhos antigos da Adega de John Haffert, como um Porto de 1808, outro de 1832 e provas de Vinhos Cosher Sefarditas produzidos Sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, uns nos Estados Unidos da América, e outros, em Belmonte, no Alentejo, e que fazem parte dos Vinhos tradicionais servidos no Restaurante Medieval desde a sua criação por John Haffert em 1970.

Foi também dado a provar ao Falcoeiro Edwin Brochin, o chamado Vinho Nobre. O primeiro dessa classificação é o Rei Arduino produzido pela Vinícola Marchese Di Ivrea. Servido num corno de touro este primeiro Vinho Nobre a ser produzido do Estado de São Paulo, no Brasil, é da Safra 2019.

A Vinícola Marchese di Ivrea, localizada em Ituverava (SP), lançou o primeiro Vinho Nobre com graduação alcoólica de 15⁰ quando a Instrução Normativa nº 14, de 8 de Fevereiro de 2018, criou a figura do “Vinho Nobre”, fermentado de uva Vitis vinífera com teor alcoólico entre 14,1⁰ e 16⁰ em volume.

Edwin Brochin, o Falcoeiro da Real Confraria do Santo Condestável, já realizou um Documentário sobre este Desporto de Reis. Em 2014, a Fundação Oureana reconheceu o seu trabalho de há várias décadas como Falcoeiro, e preparou um Brasão de Armas em processo de Concessão. Foram criadas pelo Desenhador Heráldico Mathieu Chaine do Colégio Heráldico da Fundação Oureana.

A Mesa dos Cavaleiros no Salão D. João I do Restaurante Medieval Oureana

Arduino 2019, o Primeiro Vinho Nobre Produzido pela Vinícola Marchese di Ivrea em Ituverava, São Paulo

No Documentário pode-se ver que o nome de Edwin Brochin a ser conferido a um vinho Fondillón de 1944, tendo o próprio, a honra de assinar o casco número 23 C22 na Adega.

Dave Horner, Arqueólogo Sub-Aquático, fundador da R.A.H.A. (Real Associação História e Arqueologica) Departamento de Pesquisa Arqueológica da Fundação Oureana, também teve a honra de ver seu nome dado a um Vinho Xerez.

Dave Horner na Adega “Tio Pepe” em Jerez de la Frontera.

Em Setembro de 1971, por ocasião do 24º Festival Anual do Xerez em Jerez de la Frontera, Espanha, Dave e Jayne Horner passaram uma semana na Vinócola do Marquês de Bonanza tendo sido convidado de honra desse evento anual. Naquele ano específico dedicado aos EUA, Horner foi homenageado após ter descoberta de uma caixa de garrafas de xerez no navio submerso ELLA, que teve a infelicidade de encalhar contra uma maré forte e vazante do Rio Cape Fear, que teve que ser negociado para chegar ao último porto aberto ao os Estados do Sul em dificuldades durante os dias finais da Guerra Civil Americana.

Dave Horner na companhia do actual Marquês de Bonanza examina artefactos que descobriu em 1971

Este corredor de bloqueio confederado carregava uma variedade de munições de guerra e suprimentos de alimentos destinados ao General Robert E. Lee e seu exército inicial nas trincheiras frias e lamacentas ao redor de Petersburgo e Richmond. Infelizmente para o Exército do General Lee, vários navios de guerra adversários perceberam a dificuldade do ELLA e se moveram prestes a matar, destruindo o navio com sua artilharia pesada. Isso foi de manhã de 5 de dezembro de 1864.

ELLA ficou esquecida por um século, até que Dave Horner a descobriu em 1964. O achado está descrito no seu livro; THE BLOCKADE RUNNERS, publicado em 1968.
Parte da carga da ELLA era uma arca com garrafas de Xerez de Jerez, provavelmente o estoque particular do Capitão. Produzido pela Viníciola Gonzalez Byass, conforme a forma exclusíva das suas garrafas comprovo, algumas ainda com suas rolhas intactas, depois de mais de um século no fundo do mar.

Paul Perry, Dave Horner, o Marquês de Bonanza e Carlos Evaristo na Adega da Vinícola González – Byass em Jerez

Horner ofereceu algumas destas garrafas a D. Manuel Maria Gonzalez Gordon, Marquês
de Bonanza então Presidente-Executivo da empresa. A nótícia da descoberta atraiu a atenção mundial para Jerez de la Frontera, e fez as delícias de aficionados de xerez em todos os lugares. As garrafas descobertas por Horner estão hoje expostas com uma placa descritiva na sala do Museu da Vinícula Gonzaléz – Byass ainda dirigida pela família dos Marquêses de Bonanza, produtores do conhecido vinho; Tio Pepe.

Loja com o Vinho Xerez “Tio Pepe”

As filmagens para o Documentário e para a Série concluíram no Castelo de Ourém, com um capítulo dedicado a ilustrar a história de D. Afonso, IV Conde de Ourém e da sua ligação à produção do vinho, hoje denominando e calssificado como; “Vinho Medieval de Ourém”.

As cenas filmadas em Ourém incluem um Banquete Real no Restaurante Medieval Oureana filmado por José Alves da Soutaria TV e uma Prova de Vinhos Medievais filmada na Casa do Castelo por Júlio Torres.

Entronização de Edwin Brochin por D. Duarte de Bragança na Cripta do Conde.

S.A.R. D. Duarte de Bragança com Edwin Brochin junto ao Túmulo de D. Afonso, IV Conde de Ourém

Na Cripta da Sé – Colegiada de Santa Maria da Misericórdia de Ourém, réplica da Sinagóga de Tomar onde está sepultado o IV Conde de Ourém, D. Duarte, Duque de Bragança, actual Conde de Ourém e Grão Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguêsa, falou do legado de D. Afonso, que também foi o 1º Marquês de Valença, tendo entronizado Edwin Brochin como Confrade da Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval, a primeira Confraria de Vinho Medieval a ser criada no Mundo, em reconhecimento pelo seu trabalho em prol da história do vinho e a promoção do Vinho Ibérico.

O traje dos Confrades desenhado pelo falecido Padre John Guilbert Mariani reproduz as vestes que o IV Conde de Ourém apresenta na imagem jacente no seu túmulo e com as cores das vestes da sua efigie nos Painéis de São Vicente.

https://agc.sg.mai.gov.pt/details?id=257104&ht=

Edwin Brochin, Júlio Torres e Carlos Evaristo

Tanto o Filme Documentário “Blood of the Ancient Vine” (Sangue da Vinha antiga), como a Série com o mesmo nome, irão passar na Net Flix, Amazon Prime, Hulu, Tubi TV, Filmzie, Cinedigm, Little Dot, Xumo, para além de e outros canais de streaming com as quais as produtoras envolvidas já trabalham. O trabalho estará universalmente distribuído e os conteúdos acessiveis na Roku, Amazon Fire TV, Apple TV, Android TV, Google Play, IOS e Android Phones.

Tradução: “Wine on the Vine”

Fotos: Direitos de Autor Reservados

15 de Setembro de 2023

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Concluídos trabalhos de reparação e conservação na estátua em bronze do Monumento ao Papa Pio XII na Regalis Lipsanotheca.

O dia do Conde de Ourém, 29 de Agosto, aniversário da morte de D. Afonso, IV Conde de Ourém, foi assinalado este ano com a conclusão de trabalhos de reparação, restauro e conservação na estátua em bronze do Monumento ao Papa Pio XII na Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana.

A inauguração do Monumento decorreu a 13 de Maio de 2021, dia em que se assinalava o 75º Aniversário da Coroação de Nossa Senhora de Fátima como “Rainha do Mundo” pelo Papa Pio XII, o chamado “Papa de Fátima”.

Os trabalhos efectuados incluíram limpeza e reparação de fendas no metal, o tratamento do bronze e pintura com uma película protectora.

A estátua em bronze do Monumento é obra do Mestre Escultor Espanhol Félix Burriel e foi oferecida à Fundação Oureana pelo Prof. Moritz Hunzinger.

O Monumento desenhado por Carlos Evaristo e Nicolas Descharnes foi construído com o apoio de vários admiradores e defensores do Papa internacionais, incluindo um grupo de historiadores Judeus da “Pave the Way Foundation”, numa iniciativa da Fundação Histórico-Cultural Oureana.

Imagens do antes e depois

Todos os trabalhos de conservação e manutenção em curso no Património da Fundação são realizados por uma equipa especializada chefiada pelo Conservador e Arqueólogo Carlos Evaristo. O Departamento de Conservação e Restauro está a cargo do Técnico de Restauro e Parceiro Protocolar da O.S.I.C. Jorge Gonçalves.

31 de Agosto de 2023

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FALECEU ANTÓNIO RODRIGUES VIEIRA (BRAGANÇA)

É com triste pesar que se tomou conhcimento da notícia da morte do Sr. António Rodrigues Vieira (Bragança), grande benemérito Ouriense e amigo da Fundação Oureana e do seu fundador John Mathias Haffert.

Recordamos que o Sr. Vieira foi Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias e Solicitador, tendo sido o responsável principal pela 2ª restauração da Sociedade Filarmónica Ouriense, a criação da Associação Recreativa e de Propaganda de Ourém, a construcção da Escola Primária.

Foi o Sr. Vieira quem elaborou os primeiros Estatutos da Fundação Oureana apresentados à Notária de Ourém, a 11 de Agosto de 1995, tendo sido Membro do Conselho Fiscal desta instituição, de 1995 a 1997, e depois, nomeado Conselheiro da Direcção.

Defensor da história e cultura Ouriense, foi também defensor do restauro do Castelo de Ourém, dinamizador turístico e apoiante desde o início do Restaurante e Programa Medieval, tendo contribuído também para a realização de vários eventos e para a criação do Instituto Amália Rodrigues, Rainha do Fado. Patrocinou  a edição de CD’s e a publicação de vários livros sobre a história da sua amada Sociedade Filarmónica Ouriense, quer da sua autoria ou co-autoria.

Foi o Solicitador Ouriense António Rodrigues Vieira (Bragança) quem elaborou os primeiros Estatutos da Fundação Oureana apresentados à Notária de Ourém, a 11 de Agosto de 1995. 

Recebeu muitas merecidas homenagens municipais e estrangeiras e entre elas, a Medalha do Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral. Recebeu o grau de Cavaleiro Honorário na Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e de Comendador Honorário na Ordem de São Miguel da Ala, honras conferidas por D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém por reconhecidos serviços à cultura, ao velho burgo Ouriense e à Casa Real.

Católico devoto e praticante, era amigo e colaborador do Pároco Padre Carlos Querido da Silva, participando sempre activamente nas celebrações religiosas da Paróquia tendo estado em Ourém ainda no passado fim de semana para assitir à Procissão da Festa de Corpo de Deus.  

O Sr. Vieira, mais conhecido pela alcunha “Bragança” pelo facto de também ter trabalhado na Fundação da Casa de Bragança, faleceu na sua casa em Lisboa, a 16 de Junho de 2023, aos 97 anos.

Com reconcida gratidão pelo seu contributo para a preservação do património Ouriense, físico e imemorial, o Executivo da Fundação Oureana, em nome do seu Presidente do Conselho de Curadores, D. Duarte de Bragança e Presidente da Direcção, Carlos Evaristo e demais membros dos órgãos, envia as mais sentidas condolências e união de orações, aos filhos, netos, familiares e amigos do falecido.

O funeral do Sr. António Rodrigues Vieira terá lugar, em Ourém (Castelo) no dia 17 de Junho de 2023, com velório e Missa na Igreja Paróquia (Antiga Sé Colegiada) a partir das 17 horas.

16 de Junho de 2023

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Fundação Oureana celebra Protocolo com o Carmelo de Coimbra para apoio ao Arquivo Irmã Lúcia

Com data de 25 de Março de 2023, aniversário da entrada da Vidente de Fátima no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, foi celebrado entre a Fundação Histórico-Cultural Oureana e o Carmelo de Coimbra / Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, o Protocolo Irmã Lúcia de apoio ao Arquivo que irá divulgar e estudar a vida e obra, e preservar o espólio e escritos, da última testemunha das Aparições de Nossa Senhora do Rosário em Fátima.

Protocolo Patrocina Compra de Equipamentos e Mobiliário para o Arquivo Irmã Lúcia

No documento assinado pela Prioresa do Carmelo de Coimbra; Irmã Ana Sofia Maria e da Trindade OCD em representação da Comunidade Carmelita de Coimbra; por Carlos Evaristo, Co-Fundador e Presidente Vitalício da Direcção da Fundação Histórico Cultural Oureana (A Fundação para a Pesquisa Religiosa) e testemunhado por Carlos Miguel Leal Mendes Cardoso, membro do Grupo de Trabalho do Arquivo Irmã Lúcia e pela Técnica de Conservação de Relíquias Responsável e Co-Fundadora da Regalis Lipsanotheca e Apostolado de Relíquias I.C.H.R. (International Crusade for Holy Relics), Margarida Evaristo; ambas as partes comprometem-se a cooperar para a prossecução de projectos, que visem a salvaguarda e a difusão da missão, obra e legado da Irmã Lúcia, recorrendo a Fundação criada pelo grande Apóstolo de Fátima, John Mathias Haffert, aos Benfeitores Subsidiários e Parceiros Protocolares da O.C.I.C. (Ourém Castle Information Centre Protocol Partners) para a angariação de fundos para realizar estes projectos.

Constitui objecto deste Protocolo de Cooperação a realização de um conjunto de acções que visam apoiar o Carmelo de Coimbra na conservação do espólio, mormente com a aquisição de mobiliário especializado e equipamentos electrónicos e informáticos.

Através do Protocolo Irmã Lúcia, a Fundação irá ainda colaborar na conservação do património, na realização de exposições permanentes, temporárias, temáticas ou aniversárias, e ainda, na edição de publicações e material de divulgação e que inclui desde já, a tradução para língua inglesa da Memoriae, publicação periódica do Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, assim como demais publicações necessárias ao funcionamento e divulgação do Memorial e Arquivo Irmã Lúcia.

Conservação de Património e Cedência de Relíquias das Aparições e dos Pastorinhos para Exposições

Carlos Miguel L.M. Cardoso

A Fundação Oureana também cederá da vasta colecção de relíquias da Regalis Lipsanotheca, relíquias genuinas das Aparições de 1917 e dos Videntes de Fátima, entre outros objectos; históricos e manuscritos da Vidente, a título de empréstimo para figurarem em Exposições permanentes, temporárias e aniversárias no Memorial e Arquivo da Irmã Lúcia ou para uso em publicações de estudo.

Exposições, palestras, conferências e edições de outros trabalhos esporádicos promocionais estão a ser projectados de acordo com o Protocolo Irmã Lúcia com o objectivo de dar a conhecer a vida e obra da Vidente de Fátima e Carmelita e para a promoção de turismo religioso com o incentivo de atrair peregrinos e estudiosos de Fátima ao Memorial Irmã Lúcia para apoio do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra e sua Comunidade.

“Justificação é a longa Historia de Colaboração na Divulgação da Mensagem de Fátima”

Na justificação apresentada por Carlos Evaristo em Assembleia Geral da Fundação Oureana, a 6 de Janeiro de 2023 e aprovada a 19 de Março, o Presidente da Direcção considerou que “a Irmã Lúcia, foi amiga e colaboradora de John Mathias Haffert, Fundador da Fundação Oureana, sendo por isso considerada Co-Fundadora do Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima, Fundado em 1947 por John Mathias Haffert e pelo Monsenhor Harold Colgan e hoje conhecido por Apostolado Mundial de Fátima, e que tal como a Madre Teresa de Calcutá, a Vidente de Fátima era devota das Sagradas Relíquias. Foi, não só Benfeitora do Exército Azul, mas também Madrinha e Benfeitora do Apostolado de Relíquias Sagradas I.C.H.R. Por isso a maior justificação para este Protocolo é a longa história de colaboração na Divulgação da Mensagem de Fátima. “

Carlos Evaristo, a Prioresa Irmã Ana Sofia Maria e da Trindade OCD e Margarida Evaristo

O Apostolado Internacional de Relíquias fundado em 1988 está sedeado desde 2000, na Regalis Lipsanotheca (Capela / Museu de Relíquias) da Fundação Oureana no Castelo de Ourém, onde existe a Colecção Irmã Lúcia composta por Relíquias, artefactos e documentos históricos relacionados com a Vidente de Fátima, os Pastorinhos e as Aparições.

Recorda-se que o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, serviu de intérprete e tradutor para a Irmã Lúcia, durante a visita ao Carmelo de Coimbra, de vários Cardeais e outras entidades da Igreja Católica e a editora da Fundação Oureana, a Regina Mundi Press, já publicou, a título gratuito, e com o patrocínio da Fundação D. Manuel II, várias obras da autoria da Irmã Lúcia, incluindo a versão, em língua inglesa, da Biografia; A Pathway under the gaze of Mary, da autoria do Carmelo de Coimbra e uma edição do Exército Azul Americano (Apostolado Mundial de Fátima).

Em 2001, o Co-Fundador da Fundação Oureana, a Fundação para a Pesquisa Religiosa, Phillip James Kronzer, havia patrocinado obras de restauro do muro exterior e da fachada do Convento de Santa Teresa e seguidamente, a Fundação promoveu, no Carmelo, uma palestra sobre o Santo Sudário com o título; A Paixão de Cristo e Barbet Revisto, apresentada pelo Presidente do Centro para a Pesquisa Religiosa da Fundação, o Prof. Dr. Frederick T. Zugibe, entretanto falecido.

D. Duarte de Bragança, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação e amigo de longa data de John Haffert e da Irmã Lúcia, considerou que “a Fundação como tem por objecto, de acordo com os seus Estatutos; a prossecução de acções de ordem social e religioso e foi criada para que se possa demonstrar os dois mil anos de história e Cultura de Portugal, com especial realce para o Castelo de Ourém e acontecimentos religiosos de Fátima, que tornaram Fátima na Capital Mundial Mariana, pode por isso, desenvolver actividades em lugares com laços religiosos e históricos. Assim sendo, justifica-se o Protocolo com o Carmelo de Coimbra que herdou o espólio pessoal, arquivo documental e relíquias da falecida Vidente de Fátima Irmã Lúcia, a mesma que foi nossa amiga, amiga e colaboradora de John Haffert e Madrinha da Fundação.”

Exposição no Memorial Irmã Lúcia

Para Carlos Evaristo “foi muito o que a comunidade Carmelita já conseguiu fazer praticamente sozinha, tendo construído de raiz um espaço museológico denominado Memorial Irmã Lúcia, as instalações do Arquivo Irmã Lúcia e a edição da biografia oficial da Vidente “Um Caminho sob o olhar de Maria” e ainda, a publicação “Memoriae”. Agora assumimos a responsabilidade de ajudar as Irmãs a concretizar estes e outros projectos futuros para divulgar a vida e obra da Irmã Lúcia e salvaguardar, conservar e estudar o seu espólio, para perpetuar o seu legado pela Paz do Mundo e Salvação das Almas na continuação do grande apostolado que iniciou e manteve durante décadas no silêncio e anonimato do Carmelo. Humildemente assumimos a nossa obrigação de apoiar esta obra com uma profunda gratidão à Irmã Lúcia por todo o que ela fez e deixou como legado.”

Prémio Irmã Lúcia

Simulacrum da Irmã Lúcia na Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana

Já em 1995, a Fundação Oureana, na pessoa do seu Fundador, John Haffert, institui o Prémio Irmã Lúcia para reconhecer o trabalho de pessoas, ou instituições, no Apostolado de Fátima, prémio esse que é entregue com um busto da Vidente. O primeiro exemplar do busto, da autoria do artista Fatimense Abílio Oliveira, foi oferecido à Irmã Lúcia por Haffert e Evaristo, num encontro que teve lugar no Carmelo, em Coimbra, pelo 50º aniversário da entrada da Vidente de Fátima para o Carmelo. Através do Protocolo Irmã Lúcia as atribuições futuras do Prémio serão entregues conjuntamente pela Fundação e o Carmelo de Coimbra.

Vista Exterior do Edifício do Arquivo Irmã Lúcia
Os dois blocos de 20 Estantes Compactas do Arquivo já instaladas no Arquivo Irmã Lúcia

Concluído o Patrocínio das Estantes Compactas para o Arquivo

Na primeira fase do Protocolo, já concluída, a tradução para a língua inglesa da primeira edição da publicação Memoriae que vai agora ser impressa e distribuída exclusivamente pelo Exército Azul (E.U.A.) em acordo já assumido por David Carollo, Presidente do referido apostolado e membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana.

Dave Carollo com a Prioresa Irmã Ana Sofia, o Bispo Joseph Perry e Carlos Evaristo

A Fundação também já conseguiu angariar o patrocínio total para as 20 estantes compactas para Arquivo e Reserva Museológica já instaladas no novo edifício do Arquivo Irmã Lúcia. “

É importante explicar”, segundo Carlos Evaristo, “que todos os fundos angariados vieram directamente da conta dos parceiros protocolares norte americanos para a conta do Carmelo de Coimbra.”

Numa reunião com a Madre Prioresa do Carmelo, Carlos e Margarida Evaristo apresentaram o Tenente Coronel Stephen Michael Cortes-Besinaiz, o Parceiro Protocolar Coordenador do Projecto nos Estados Unidos, juntamente com o recém-falecido Vice-Coordenador, Coronel John Thoma e o Secretário e Contabilista Hung Quoc Nguyen.

Concluída a Tradução para língua Inglêsa da revista “Memoriae”

Stephen Besinaiz, Pedro Renato Ferreira, António Ponces de Carvalho, a Prioresa Irmã Ana Sofia, Carlos Evaristo, Hung Nguyen e John Thoma

Para além dos Benfeitores e Voluntários já referidos, são Parceiros Protocolares do Projecto os Mecenas; Theodore Howard Jacobsen, Christopher, Andrew Campbell Martins St. Victor-de Pinho, Michael David Witter, Scott Wallace Stucky, Will Roseman e Darryl Blatzer.

Stephen Besinaiz, Hung Nguyen e a Prioresa Irmã Ana Sofia com o Relicário agora exposto contendo Sangue da Irmã Lúcia

Patrocínio de Relicários para Conservação de Relíquias Insignes

Durante as visitas ao Carmelo de Coimbra de Delegações dos Executivos do Exército Azul, da Fundação Oureana e dos Representantes dos Parceiros Protocolares O.C.I.C. dos E.U.A., foi oferecido às Irmãs Carmelitas de Coimbra um conjunto de Relicários preparados por Carlos e Margarida Evaristo para conservação e veneração das Relíquias Insignes da Irmã Lúcia de Primeira Classe da Comunidade, tendo na ocasião, António Ponces de Carvalho, da Escola Superior de Educação João de Deus, se comprometido com o apoio técnico escpecializado para os vários projectos e Pedro Renato Ferreira, assumido o patrocínio da segurança dos edifícios e a digitalização de alguns dos fundos do arquivo da Vidente de Fátima, trabalhos que serão efectuados por fases, por uma equipa especializada dirigida pelo Grupo de Trabalho do Arquivo Irmã Lúcia, criado pelo Carmelo de Coimbra para esse efeito, com o acompanhamento de José João Loureiro, Membro do referido Grupo.

29 de Abril de 2023

Fotos: Arquivo Irmã Lúcia / Arquivo Fundação Oureana

A Prioresa Irmã Ana Sofia com Carlos Evaristo no Memorial da Irmã Lúcia
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Faleceu Patrícia Margaret Haffert, co-fundadora da Fundação Histórico – Cultural Oureana

R.I.P. (1931 – 2022)

É com triste pesar que se divulga a notícia do falecimento esta manhã de Patrícia Margaret Haffert, co-fundadora da Fundação Histórico – Cultural Oureana.

A viúva de John Mathias Haffert faleceu, de morte natural, aos 91 anos de idade, na sua casa em Washington, New Jersey, localizada no Santuário de Fátima, sede do Apostolado “Exército Azul” que seu marido havia fundado em 1947.

Patrícia que nasceu na Inglaterra em 1931, era devota de Nossa Senhora de Fátima e militante da mensagem de Fátima desde há mais de 60 anos quando se havia tornado Secretária de John Haffert e mais tarde colaboradora e co-autora de vários livros.

Tornou-se segunda esposa de John Haffert já na década de 1970 após o fundador do Exército Azul se ter tornado viúvo. Apoiou desde então todas as suas iniciativas incluindo o programa do Restaurante Medieval e a criação da Fundação Oureana e manteve-se ao lado do marido como força inspiradora até ao seu falecimento a 31 de Outubro de 2001.

John e Patrícia Haffert com a Madre Teresa de Calcutá.

Conheceu e conviveu com muitas figuras da Igreja Católica desde Papas, à vidente de Fátima Irmã Lúcia e a Madre Teresa de Calcutá. Recebeu várias homenagens e era membros das Ordens dinásticas da Casa Real Portuguesa; da Rainha Santa Isabel, de São Miguel da Ala e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

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Nos últimos anos e depois de ter deixado a vice-presidência do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, Patrícia Haffert retirou-se para uma pequena casa que havia construído no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Nova Jersey.

Em 2016 havia consignado a imagem milagrosa da Virgem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao Exército Azul e desde então Nos últimos anos e depois de ter deixado a vice-presidência do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, Patrícia Haffert retirou-se para uma pequena casa que havia construído no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Nova Jersey, passando a ser figura frequente durante as Missas e a recitação do terço do rosário.

Encontrando-se debilitada e acamada em casa após o regresso de uma breve estadia no Hospital e depois de ter sobrevivido à Covid 19, Patrícia Haffert veio a faleceu esta noite de morte natural e após as exéquias fúnebres que terão lugar no Santuário em data ainda por anunciar, será sepultada junto ao marido no cemitério privado do mesmo Santuário.

Em Ourém haverá uma Missa de Funeral Indulgenciada na Sexta-Feira, dia 10 de Junho de 2022, Festa do Anjo de Portugal,pelas 17:30 horas.

Relíquias de Patrícia Haffert serão posteriormente colocadas no Cenotáfio Memorial da Família localizado na Regalis Lipsanotheca.

O Casal Haffert com o Bispo Sullivan
D. Duarte de Bragança, D. Manuel António Mendes dos Santos e David Carollo com Patrícia Margaret Haffert.

Requiem aeternam dona eis, Domine. Et lux perpetua luceat eis. Fidelium animae, per misericordiam Dei, requiescant in pace. Amen

9 de Junho de 2022

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