
Etiqueta: Fundação Histórico Cultural Oureana
Faleceu Patrícia Margaret Haffert, co-fundadora da Fundação Histórico – Cultural Oureana

É com triste pesar que se divulga a notícia do falecimento esta manhã de Patrícia Margaret Haffert, co-fundadora da Fundação Histórico – Cultural Oureana.
A viúva de John Mathias Haffert faleceu, de morte natural, aos 91 anos de idade, na sua casa em Washington, New Jersey, localizada no Santuário de Fátima, sede do Apostolado “Exército Azul” que seu marido havia fundado em 1947.
Patrícia que nasceu na Inglaterra em 1931, era devota de Nossa Senhora de Fátima e militante da mensagem de Fátima desde há mais de 60 anos quando se havia tornado Secretária de John Haffert e mais tarde colaboradora e co-autora de vários livros.
Tornou-se segunda esposa de John Haffert já na década de 1970 após o fundador do Exército Azul se ter tornado viúvo. Apoiou desde então todas as suas iniciativas incluindo o programa do Restaurante Medieval e a criação da Fundação Oureana e manteve-se ao lado do marido como força inspiradora até ao seu falecimento a 31 de Outubro de 2001.

Conheceu e conviveu com muitas figuras da Igreja Católica desde Papas, à vidente de Fátima Irmã Lúcia e a Madre Teresa de Calcutá. Recebeu várias homenagens e era membros das Ordens dinásticas da Casa Real Portuguesa; da Rainha Santa Isabel, de São Miguel da Ala e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

Nos últimos anos e depois de ter deixado a vice-presidência do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, Patrícia Haffert retirou-se para uma pequena casa que havia construído no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Nova Jersey.

Em 2016 havia consignado a imagem milagrosa da Virgem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao Exército Azul e desde então Nos últimos anos e depois de ter deixado a vice-presidência do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, Patrícia Haffert retirou-se para uma pequena casa que havia construído no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Nova Jersey, passando a ser figura frequente durante as Missas e a recitação do terço do rosário.

Encontrando-se debilitada e acamada em casa após o regresso de uma breve estadia no Hospital e depois de ter sobrevivido à Covid 19, Patrícia Haffert veio a faleceu esta noite de morte natural e após as exéquias fúnebres que terão lugar no Santuário em data ainda por anunciar, será sepultada junto ao marido no cemitério privado do mesmo Santuário.
Em Ourém haverá uma Missa de Funeral Indulgenciada na Sexta-Feira, dia 10 de Junho de 2022, Festa do Anjo de Portugal,pelas 17:30 horas.
Relíquias de Patrícia Haffert serão posteriormente colocadas no Cenotáfio Memorial da Família localizado na Regalis Lipsanotheca.




Requiem aeternam dona eis, Domine. Et lux perpetua luceat eis. Fidelium animae, per misericordiam Dei, requiescant in pace. Amen
9 de Junho de 2022
Castelo de Ourém encanta visitantes com a nova iluminação

AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA PARA NOVA ILUMINAÇÃO EXTERIOR NO CASTELO EM TERRENO DA FUNDAÇÃO
O Castelo de Ourém está de novo iluminado todas as noites graças à instalação de novos holofotes exteriores e ao Acordo de Parceria e Colaboração celebrado entre o Município e a Fundação Oureana.
A Fundação Histórico – Cultural Oureana, atendendo à necessidade de haver iluminação exterior no Castelo de Ourém e isto após as importantes obras de requalificação, veio em resposta a um pedido da Câmara Municipal de Ourém para se realizar trabalhos de infraestruturas para instalação da referida iluminação adjudicados à ACA; Engenharia Construcção, autorizou por despacho Nº A-211/2021 da Direcção, de 26 de Outubro de 2021, a instalação de novos holofotes exteriores e a realização de trabalhos no terreno junto ao Torreão Poente, propriedade da Fundação e inscrito na Matriz da Conservatória do Registo Predial desde 1970, sob o artigo nº 10051.
É facto que os terrenos que circundam os torreões do Castelo de ambos os lados e que do lado do Torreão Poente vão desde a Casa Alta até “ao fosso do Castelo”, também referido em documentos como “a pingadeira do telhado dos torreões”, são propriedade da Fundação desde 1995.
“Anteriormente este terreno pertenceu ao Fundador da Fundação, John Mathias Haffert”, explicou o Presidente da Direcção Carlos, Evaristo, “que o adquiriu, na década de 1960, do Século XX, para preservar o Castelo da descaracterização, pois à época, construções novas eram autorizadas junto ao Castelo e havia até um projecto de instalar um solar junto ao torreão poente encomendado por um anterior proprietário sueco, dono da fábrica das caixas registadoras “Sveda”. Quando John Haffert soube disso enviou um logo advogado ter com o proprietário e comprou a Casa Alta e o referido terreno.” Mais tarde, Haffert adquiriu os terrenos ao lado do outro torreão onde está situada hoje a Casa de Velório da Fundação, colocada gratuitamente ao uso da Paróquia através de um Protocolo com a Junta de Freguesia, celebrado há 9 anos e com encargos patrocinados pela Fundação.
A presente autorização para a instalação da nova iluminação do Castelo foi concedida dentro dos termos do Acordo de Parceria e Colaboração celebrado entre a Fundação Histórico – Cultural Oureana e a Câmara Municipal de Ourém, a 26 de Setembro de 2020, e desta forma, substitui uma outra “Autorização para Instalação de Holofotes de Iluminação”, (holofotes que foram removidos recentemente com as obras) que vigorava há já várias décadas, tendo sido emitida pelo então Procurador Joseph Howard Braun, em representação de John Mathias Haffert, Fundador da Fundação Histórico – Cultural Oureana.
(Fotos: Luís Albuquerque – Presidente da Câmara Municipal de Ourém)
30 de Abril de 2022

Gregory Keller; o Padre que inventou a maquina de fazer “bengalas doces de Natal” foi também quem lançou a carreira artística de Elvis Presley

Poucos conhecem a história de Gregory Harding Keller, um Padre e inventor do Arkansas, que não só ajudou a criar a maquina que industrializou o fabrico das populares bengalas ou bastões doces de Natal, mas que também ajudou a lançar a carreira de Elvis Presley, tendo mais tarde expulsado o Rei do Rock n’ Roll da sua Paróquia por causa das freiras considerarem o seu comportamento indecente.
As Origens do popular Doce de Natal
A história da bengala ou bastão doce de Natal é um pouco obscura. Reza a lenda, que o doce começou a ser confecionado no ano de 1600 sob a forma de um simples palito de açúcar branco.
Há quem afirme que a bengala doce ganhou seu gancho para tornar mais fácil pendurar nas árvores de Natal outros dizem que foi quando um mestre de coral do Século XVII na Catedral de Colônia, na Alemanha, convenceu um fabricante de doces local a dobrar os palitos ou varas de açúcar na forma de um cajado de pastor, para assim divertir crianças inquietas durante a Missa de Natal.
Mas para o Pesquisador de assuntos Religiosos da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, “o formato de bengala ou bastão foi criado para relembrar o báculo episcopal de São Nicolau dado que os doces eram originalmente oferecidos às crianças alemãs anualmente a 6 de Dezembro, pela Festa desse Santo.”
“No Século XVI, os Europeus decoravam as árvores com velas, fruta, nozes, biscoitos, correntes de papel e velas para relembrar o antigo costume pagão do deus do Inverno “Ermansul” ou “Widikin” que era uma abeto.”
A industria da cana-de-doce transformou-se quando surgiu a ideia de adicionar hortelã-pimenta com açúcar para fazer as chamadas “balas de hortelã-pimenta” sendo que as icônicas listras vermelhas e brancas surgiram mais tarde.
Nos Estados Unidos, bastões doces brancos, confecionados à mão foram registrados como marca patente pela primeira vez em 1847. Em 1919, Bob McCormack iniciou a McCormack’s Famous Candy Co. em Albany, Geórgia, e começou também a fabricar e vender bastões doces. A empresa, mais tarde conhecida como Bob’s Candy Co. e depois Bob’s Candies, ficou conhecida como sendo ao maior fabricante de doces listrados do mundo. Bob’s Starlight Mints, Peppermint Candy Balls e Sweet Stripes ainda são produzidos hoje.

De Inventor a Padre
O processo de modelagem de bengalas doces era trabalhoso porque era feito à mão, mas isto até que o cunhado de Robert McCormack, um inventor chamado Gregory Harding Keller, interveio para tornar o processo mais rápido e eficiente.
Foi em 1919, em Albany, Geórgia, que Robert McCormack começou a fazer bastões doce para as crianças locais consumirem pelo Natal. Sua empresa, originalmente chamada de Famous Candy Company e depois Mills-McCormack Candy Company e mais tarde Bob’s Candies, tornou-se na principal produtora mundial desses doces natalícios.
A fabricação das bengalas doces inicialmente exigia mão de obra significativa que limitava as quantidades de produção; as bengalas tinham que ser dobradas manualmente à medida que saíam da linha de montagem para criar sua forma curva e antes de arrefecerem. A quebra geralmente ultrapassava 20%, um desperdício significativo que tornava-o um rebuçado caro de produzir.
O cunhado de McCormack, Gregory Harding Keller, era na altura um Seminarista em Roma que passava os verões a trabalhar na fábrica de doces da família. Sendo inventor, desenhou e construiu uma máquina para torcer o doce em espirais de várias cores e cortar o mesmo em tiras do mesmo tamanho e peso.
Keller estudava para o Sacerdócio no Pontifício Colégio Norte-Americano em Roma e foi ordenado pelo Cardeal Basilio Pompilj na Basílica de São João de Latrão em Roma, a 17 de Março de 1919.
Em 1952, o Padre Keller regressou à fabrica da família e patenteou a maquina que inventou. Depois, em 1957, inventou uma outra maquina, para cortar directamente o doce em forma de cajado ou bastão. Sua invenção que se popularizou em todo o mundo ficou conhecida como a Keller Machine ou Máquina Keller.

Bee McCormack, filha de Bob McCormack e sobrinha do Padre Keller, afirmou que: “Não existia tal coisa na indústria de doces. Era feito por lojinhas que faziam doces artesanais e os vendiam em potes. Não havia indústria de doces de Natal até à chegada da Keller Machine.”
O Padre Keller aposentou-se em 1960 mas nunca deixou de criar máquinas. Era o seu hobby preferido. Tinha patentes registadas para máquinas de decorar doces, empacotar amendoins salgados e fazer sanduíches de biscoito de manteiga de amendoim. Em 1970, o Padre Keller registou outra patente, esta para uma máquina de sortimento de palitos para ajudar a preencher uma caixa ou pote sortido de vários sabores ou cores de doces em palito.
The Keller Machine foi um sucesso tão grande que o Padre Keller em 1974 foi convidado a ser participante no popular programa de Televisão “What’s My Line?”
Quando faleceu a família descobriu que todo o dinheiro dos royalties que o Padre Keller devia de receber das suas invenções, ele doou para instituições de caridade.
Professor e Pároco
Como Sacerdote o Padre Keller ficou incardinado na Diocese de Little Rock que ficava ao lado da Diocese de Memphis e foi lá que se tornou Professor e passou a ensinar durante quatro anos no Seminário de Saint John e no Liceu do Sagrado Coração de Jesus.
O Padre Keller foi também Pároco Associado e mais tarde Pároco da Igreja de Saint Mary’s. Helena era um pequeno e próspero centro de comércio do Delta com um Liceu e Salão Paroquial na Igreja de Saint Mary, o melhor lugar na cidade para se realizar os bailes dos jovens de liceu.
O Clube Católico, como era conhecido na década de 1950, era o baile regular do Salão Paroquial da Igreja de Saint Mary’s. O mesmo espaço também servia de Ginásio para o Liceu do Sagrado Coração de Jesus, uma antiga Academia de ensino secundário dirigida pelas Irmãs de Caridade de Nazaré e que se manteve activo até 1962.
O Clube Católico estava aberto a todos os jovens, de todas as religiões, pois o salão também servia de Centro
Comunitário para a Cidade de Helena por ser o maior edifício do gênero à época. Organizações cívicas, escolas e outros grupos locais também frequentemente alugavam o clube à Paróquia para organizar os seus banquetes, reuniões, concertos e danças.
E foi ao Clube Católico de Helena, a cerca de 100 Quilômetros Sudoeste de Memphis, que um jovem chamado Elvis Aaron Presley veio em 1954 procurar um lugar para se apresentar ao público pela primeira vez como cantor…

O Padre que lançou a Carreira de Elvis mas que o expulsou da Paróquia
O Padre Keller não só ficou famoso por ter lançado o Rei do Rock n’ Roll mas também infame por ter expulso Elvis Presley do Salão Paroquial de Saint Mary, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, depois do jovem cantor após um show para o Catholic Club em 1955 ter autografado a coxa de uma jovem fã com um marcador.
Foi um amigo de Elvis Presley, de nome Sonny Payne, que o convidou para actuar no Salão Paroquial do Clube Católico de Helena para assim o jovem cantor se apresentar ao público em 1954. Payne era Paroquiano de Saint Mary’s e o responsável por apresentar os espectáculos do Clube Católico. Elvis Presley foi ter com o responsável por agendar os eventos do Clube e depois foi pedir autorização para actuar ao Pároco, o Padre Gregory Keller.

Durante um ensaio, o Padre Keller escutou Elvis Presley e contente com o que ouviu autorizou que Payne o contractasse para cantar a sua música de estilo Gospel no “Catholic Club”.
Elvis estreou-se no Salão em 1954 e depois disso ganhou tanta popularidade que voltou a actuar no mesmo local por mais três vezes até que o Pároco lhe dizer para nunca mais voltar!
No total Elvis Presley actuou quatro vezes no Clube Católico do Salão Paroquial de Helena entre 1954 e 1955 quando o seu estilo de música começou a tornar-se “Rock”, algo imoral para as Irmãs da Academia do Sagrado Coração de Jesus que proibiram os alunos de assistirem aos concertos do jovem de Memphis por acharem o seu girar de ancas algo sedutor e imoral.
Muito antes de suas aparições na televisão nacional em 1956, as primeiras actuações de Elvis Presley, não ficaram oficialmente documentadas mas de acordo com um artigo de 23 de Janeiro de 2005 no Arkansas Democrat-Gazette, bem como no site http://www.elvisconcerts.com e no livro “Elvis: Day by Day”, Presley actuou no Catholic Club entre 1954 e 1955; a 2 de Dezembro de 1954; 13 de Janeiro de 1955; 8 de Março de 1955; e 14 de Dezembro de 1955.

Tanto o Padre Keller como o jovem apresentador Sonny Payne afirmaram que a primeira impressão que tiveram de Elvis Presley, não foi boa.
“Ele estava com uma camisa velha e rota. Tinha um charuto na boca e usava calças de ganga gastas.” Foi Payne que disse a Elvis para fazer um teste para o Agente de Talento Coronel Tom Parker, que achou que: “‘Ele não é assim tão mau.”
Elvis foi contractado a 15 Dólares por três horas de atuação, o que era muito dinheiro na época mas foram Payne e Parker que lhe emprestaram 7,50 Dólares de adiantamento para ele poder pagar a taxa de actuação ao Estado porque não tinha dinheiro. Elvis prometeu pagar de volta a Payne e ao Coronel após o concerto, o que ele fez.

No entanto, a segunda vez que Elvis actuiu no Catholic Club, Payne e Parker voltaram a adietar o dinheiro para a taxa mas não receberam o dinheiro de volta. E foi a última vez que a dupla marcou um concerto em Helena para a futura super estrela
Payne disse que Presley perguntou se ele poderia pagá-los de volta mais tarde, mas que ele nunca o fez. “Antes de ele ir para o Exército, eu liguei e ele disse: ‘Oh pá, eu vou-te entregar o dinheiro quando regressar, mas depois de duas ou três tentativas eu disse: ‘Bem, esqueça mas é isso’.”
A Câmara de Comércio de Helena que soube da dívida entrou em contacto com a empresa que hoje gere o património de Elvis Presley e Graceland apresentou Payne com um cheque de 15 Dólares no banquete anual da Câmara em Fevereiro de 2005. Foi uma vergonha para o amigo de Elvis já com 80 anos receber o dinheiro mas Payne finalmente conseguiu o seu empréstimo de volta ao fim de 60 anos. Já se o Coronel Tom Parker recebeu ou não a sua parte do empréstimo é mistério, mas o facto é que tornou-se Manager de Elvis e manteve esse cargo até à sua morte.
Sobre o incidente que levou o Padre Gregory Keller a expulsar Elvis Presley do Clube Católico, algumas testemunhas contemporâneas ainda vivas afirmam que o problema não foi o cantor autografar a coxa da jovem estudante mas o facto que quando ela levantou a saia viu-se que não tinha calcinhas.

O Padre Keller terá diro a Presley: “Você é uma vergonha para a masculinidade e não volte mais”.
Billie Jo Moore, uma ex-estudante residente de Helena, recordou a sua experiência com Elvis Presley numa entrevista que deu em 2005. Moore lembrava-se de ter visto Presley actuar no Clube Católico umas duas vezes. A primeira vez foi com amigas e elas tiveram que se sentar nas arquibancadas porque todas as cadeiras do chão estavam cheias. “As jovens de todas as escolas do condado foram lá“; afirmou.
Jesuítas lançaram avisos sobre Elvis
Elvis Presley também chamou a atenção dos Jesuítas, que na edição da sua revista Americana de 23 de Junho de 1956; avisavam: “Cuidado com Elvis Presley”. O Editor da revista Jesuíta citava vários jornais de todo o país que achavam que Presley era “problemático”. Um jornal descrevia a sua actuação em Wisconsin como um “strip-tease de roupa vestida, não apenas sugestivo, mas absolutamente obsceno.”

Embora a maior parte do mundo nunca tenha ouvido falar de Elvis Presley até 1956, quando ele se apresentou pela primeira vez na televisão nacional, muitas cidades do sul, como Helena, já conheciam a sua música e o seu estilo.

De acordo com http://www.Elvisconcerts.com, Elvis realizou mais de 250 espectáculos entre Julho de 1954 e Dezembro de 1955, e principalmente no Tennessee, Texas, Mississippi, Louisiana e Arkansas. Mas Presley actuou também em lugares distantes como Novo México, Flórida, Ohio e Vermont.
Para além do Catholic Club em Helena, onde se estreou Presley tocou em muitos locais no Arkansas, incluindo Bono, Camden, El Dorado, Forrest City, Hope, Leachville, Little Rock, Pine Bluff, Newport e Texarkana. Em alguns casos, como no Catholic Club, Presley actuou duas vezes ou mais.

A história da passagem de Elvis Presley pela Paróquia Católica de Santa Maria em Helena e do seu lançamento no Salão de Nossa Senhora de Fátima pelo Padre Gregory Keller foi algo confirmado pela falecida Armantine Keller, viúva de um primo do Sacerdote, em entrevista gravada por Carlos Evaristo em 1998.
Mais tarde, a história foi também recordada por outra testemunha contemporânea, o antigo Pároco Coadjutor da Igreja de Santa Maria e Diretor do Liceu com salão dedicado a Nossa Senhora de Fátima onde Elvis Presley se estreou como cantor, a 2 de Dezembro de 1954.
De visita a Fátima, o Sacerdote jantou com um grupo de Peregrinos da Paróquia de Saint Mary’s no Restaurante Medieval no Castelo de Ourém, a 21 de Setembro de 2002, altura em que deu uma entrevista gravada a Carlos Evaristo e recebeu um exemplar do CD comemorativo do Elvisfest 2002 com a Canção “The Miracle of the Rosary” interpretada por Elvis Presley e Lee Denson.
Presley e Denson tocaram juntos no palco, pela primeira vez, no Baile de Finalistas do Catholic Club, a 2 de Dezembro de 1954, no Salão Paroquial que havia sido dedicado a Nossa Senhora de Fátima e tinha uma imagem na Igreja de Santa Maria ao lado.

Elvis Presley nunca mais se esqueceu dessa primeira oportunidade que o Pároco da Igreja ofereceu ao artista pois foi essa actuação que o lançou na sua carreira artística. Todos os anos até falecer, o Rei do Rock n’ Roll enviava uma donativo anónimo de 10, 000 Dólares à Diocese por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Fátima.
Durante a entrevista ao Pároco da Igreja que lançou a carreira de Elvis Presley, o Padre confirmou, o que o Capelão do Cantor no Exército já havia revelado numa outra entrevista gravada em 1998, nomeadamente que o Rei do Rock n’ Roll nunca se esqueceu do facto do Padre Gregory Kelly e a Paróquia o terem lançado na sua carreira. Todos os anos até falecer enviava um donativo de 10,000 Dólares à Diocese em agradecimento. A princípio, era menos dinheiro e seguia como um donativo anónimo mas certo ano quando a quantia ultrapassou 10, 000 Dólares, o Bispo foi investigar e descobriu de que era Elvis Presley o generoso benfeitor anónimo da Diocese. A Diocese agradeceu a Elvis a sua generosidade numa carta oficial e a partir de então, Elvis passou a enviar o donativo em forma de cheque pessoal que chegava pelo Natal acompanhado de um cartão de Boas Festas assinado por ele e pelo seu Manager, o Coronel Tom Parker.
O Padre Gregory Keller aposentou-se em 1960, aos 65 anos de idade e viveu na Casa Paroquial até falecer a 1 de Setembro de 1979.
Com oito diplomas de doutoramentos, o “Dr. Keller” que queria ficar conhecido pelas suas invenções, ficou para a história como o Padre que lançou a carreira do Rei do Rock n’ Roll e que o expulsou da sua Paróquia.
8 de Janeiro de 2022
FONTES:
A Priest Put the Hook in Candy Canes
Fundação recorda Capelão que ensinou Elvis Presley a rezar o terço e fez dele um crente nas Aparições de Nossa Senhora de Fátima

Poucos conhecem a história do Monsenhor Thaddeus F. Malanowski, mais conhecido por “Padre Ted” ou “Tio Ted”.
Era devoto de Nossa Senhora de Fátima, Capelão do Exército Azul e Capelão Honorário da Fundação Oureana. Mas era também conhecido na altas esferas do Exército Americano por ter sido Brigadeiro-General Vice-Chefe dos Capelães do Exército dos Estados Unidos, o primeiro Americano de ascendência Polaca, a ocupar essa posição e a pessoa que ensinou Elvis Presley a rezar o terço, tendo feito dele um crente nas Aparições de Nossa Senhora em Fátima…

O eterno “Padre Ted”
O Monsenhor Malanowski nasceu em 30 de Novembro de 1922, um dos 14 filhos de Thomas e Sophie (Goscienski) Malanowski, uma casal de Polacos que emigraram para os Estados Unidos. “Tadeu” foi assim baptizado em homenagem ao famoso General Polaco e patriota Americano Thaddeus Kosciuszko, fundador do prestigiado Colégio Militar de West Point. É irónico que “Ted” como era conhecido pelos amigos, se iria tornar também num General, e o primeiro General Americano de ascendência Polaca.
Nativo da Paróquia do Santo Nome de Jesus de Stamford Conneticut, o Padre Ted foi ordenado Sacerdote Católico Diocesano da Arquidiocese de Hartford a 15 de Maio de 1947, tendo-se consagrado dois dias antes a Nossa Senhora de Fátima. Ficou incardinado na Diocese de Norwich quando essa foi criada em 1953 e serviu em sua Paróquia natal na Igreja do Santo Nome de Jesus em Stamford, antes de se tornar Capelão do Exército e após sua aposentadoria do ministério ativo.

Como Capelão serviu o Exército dos Estados Unidos por mais de vinte e cinco anos tendo sido comissionado como Oficial do Exército em 1949.
Durante a Guerra Fria, entre 1951 a 1954, serviu na NATO como membro da 43ª Divisão de Infantaria e foi destacado para várias bases dos Americanos durante duas décadas tendo passado também pelos Açores e parado em Lisboa para visitar o Santuário de Nossa Senhora de Fátima.
No seu cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército Americano conheceu muitas celebridades Católicas que actuavam para os militares nos teatros de guerra tais como Bob Hope e Bing Crosby. Conheceu também muitas personagens Católicas conhecidas como Apóstolos de Fátima que promoviam o uso do Rosário e Escapulário entre os Militares; o Arcebispo Fulton J. Sheen, o Padre Patrick Peyton, a Madre Teresa de Calcutá e os fundadores do Exército Azul; o Monsenhor Harold Colgan e John Mathias Haffert.
Em plena Guerra Fria, foi nomeado para o Quartel-General do Exército dos Estados Unidos na Europa situado na Alemanha Ocidental sendo depois nomeado Vice-Chefe dos Capelães com o posto de Brigadeiro-General, cargo que ocupou até sua aposentadoria em 1978.

O Director Espiritual de Elvis
O “Padre Ted” começou a servir como Capelão Assistente de Posto em Fort Benning, Geórgia e, em 1956, foi designado para a 3ª Divisão Blindada em Fort Knox, onde ainda jovem padre conheceu um jovem recruta de nome Elvis Presley que já havia começado a ganhar fama internacional como cantor de Rock n’ Roll.
Não tardou que a divisão “C” do Comando de Combate fosse enviada para a Europa, permitindo assim que o Padre Ted e Elvis se conhecessem melhor e se tornassem amigos.
Nas suas memórias o Tio Ted como era conhecido pelos Militares não Católicos, escreveu; “Um dia Elvis Presley entrou no meu escritório na Capela da base na Alemanha. Perguntou-me se eu conhecia o Padre em Memphis, Tennessee, que visitava sua mãe todos os dias no Hospital antes de sua morte. A familia de Elvis era Batista e os Capelães Protestantes estavam atrás dele para cantar no coral. Mas acho que ele procurou- me para falar sobre a sua mãe.”
Durante a reunião Elvis abriu a sua carteira e mostrou ao Capelão uma foto do túmulo de sua mãe em Memphis e sob a qual havia colocado uma enorme estátua do Sagrado Coração de Jesus.
“Isso levou-me a crer que sua mãe poderia ter morrido Católica, tendo sido batizada no Hospital pelo Capelão. Elvis não frequentava a igreja, mas acredito que ele queria se conectar com sua mãe dessa maneira e aprender mais sobre o que uma vez foi a Fé dela.”
Para confortar Elvis no seu luto, o Capelão Malanowski começou por dar ao cantor alguns panfletos do Exército Azul que recomendavam o uso do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelos militares e a recitação do Terço do Rosário. Elvis apreendeu mesmo a rezar o terço e por vezes juntava-se aos outros Militares Católicos em momentos de oração. Mas apreendeu também, segundo John Haffert, a história das Aparições de Fátima sendo crente na sua veracidade, afirmando “É maravilhosos como Deus faz destes Milagres.”
O “Tio Ted”e as Devoções predilectas de Elvis
Elvis, que estava já no topo da fama internacional, era segundo o “Uncle Ted”; um jovem bonito, caloroso, de coração aberto e amado pelas tropas.” Elvis era devoto mas levava a sério a sua missão como soldado e trabalhou duro durante o tempo que esteve no exército.”
Um fim de semana, Elvis convidou o “Tio Ted” para conhecer seu pai Vernon Presley e seu tio Walter que juntamente com alguns membros da sua banda vieram para o visitar na Alemanha. Elvis alugou o último andar de um hotel local, onde ele e os membros de sua banda tocaram alguns números em privado para o amigo Capelão.
O Padre Malanowski ficou na unidade de Elvis até 1960, quando retornou aos Estados Unidos para participar em Cursos de Formação da Companhia para Capelães em Fort Slocum, Nova York, mas nunca deixou de manter contacto com o Rei do Rock n’ Roll dando-lhe conselhos nos problemas da vida e direcção espiritual até à morte do cantor em 1977.
É de recordar que outro assunto Católico que fascinou Elvis Presley desde esses tempos com o “Tio Ted” na Alemanha, era a Santa Síndone ou o Santo Sudário de Turim. Este é o alegado lençol que e amortalhou o corpo de Cristo do Túmulo e no qual ficou miraculosamente impresso, a imagem do Crucificado.
Quando Elvis morreu de enfarte na casa de banho da sua casa, vítima de um enfarte provado por excesso de medicação, foi descoberto que pouco antes de falecer havia estado a ler um livro sobre essa Sagrada Relíquia da Cristandade, e ao que se diz, oferecido por um Capelão Católico seu amigo, muito provavelmente o “Tio Ted”.
Em 2002 pelo 25º Aniversário da morte de Elvis Presley, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, contactou o Monsenhor Ted Malanowski a fim de ver a sua disponibilidade para vir a Fátima celebrar uma Missa durante a qual seria apresentado ao público o tema “The Miracle of the Rosary” de Nossa Senhora de Fátima que Elvis havia gravado em 1971. O Monsenhor Malanowski não podia comparecer por motivos de agenda mas em conversa com o Capelão da Fundação Oureana, John Guilbert Mariani manifestou o seu apoio à iniciativa de se celebrar uma Missa na Igreja Paroquial de Fátima pelos artistas do mundo inteiro. Em defesa da iniciativa que veio a ser criticada por alguns grupos Católicos, o Padre Ted relembrou que em Memphis, terra natal de Elvis, todos os anos pelo aniversário da sua morte, são celebradas Missas Memorias em várias Igrejas tal como a Igreja Católica de São Paulo. Malanowski explicou que as Missas em vez de serem por alma do falecido que não era Católico, são celebradas em acção de graças a Deus pela vida e dotes musicais do artista que partilhou os mesmos com todos nós.

Promoções e Distinções
O Padre Ted estudou no U.S. Army War College e depois formou-se no Command and General Staff College, em Fort Leavenworth, Kansas. Seu treino avançado levou a muitas missões e promoções no exterior até 1973, quando regressou ao USAREUR e ao Quartel-General do Sétimo Exército como Vice-Capelão e Capelão Delegado do Chefe da Arquidiocese para os Serviços Militares, o Cardeal Terence Cooke.
No mesmo ano o Padre Ted foi nomeado Prelado de Sua Santidade o Papa Paulo VI com o título de Monsenhor.
A 22 de Janeiro de 1974, foi nomeado pelo Presidente Richard Nixon para ser o cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército com o posto de Brigadeiro-General. A cerimônia de promoção teve lugar em Heidelberg, na Alemanha, e foi presidida pelo General Michael S. Davison, Comandante-em-Chefe do Exército dos EUA na Europa e do Sétimo Exército.
Entre as muitas distinções que recebeu conta-se a Legião do Mérito, a Medalha de Serviços Distintos do Exército, a Medalha de Serviços Meritórios e a Medalha de Comenda do Exército com dois conjuntos de folhas de carvalho.
No Ano Santo 2000, o Monsenhor Ted foi proposto por John Haffert, ao abrigo do Protocolo Regina Mundi 2000, para membro e Capelão Honorário da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, uma das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa. Nessa altura foi também nomeado Capelão Honorário da Fundação Oureana.

Trabalho Apostólico e Missionário
O Padre Ted também era conhecido por ser um apóstolo de Nossa Senhora de Fátima e pelo seu zelo Missionário. Fez grandes contribuições para o Hattian Health Foundation, tendo feito parte do Conselho de Administração da Haitian Health Foundation desde 1985 até seu falecimento.

Construiu com o seu dinheiro uma Capela e várias residências para os pobres no Haiti e ajudou muitas outras organizações de assistência social a operarem nas missões.
Devoto de Nossa Senhora e da Divina Misericórdia, o Monsenhor foi nomeado Capelão do movimento Cavaleiros de Colombo para o Conselho de Santo Agostinho nº 41 da Shippan Avenue em Stamford Connecticut, onde serviu fielmente seus camaradas por mais de uma década.


Sendo Polaco de ascendência o Monsenhor Ted Malanowski tinha uma especial devoção para com a Virgem Santa Maria, a Mensagem de Fátima, a Divina Misericórdia e pelo Papa Polaco São João Paulo II que conheceu pessoalmente e com quem correspondia e aconselhava em assuntos de ordem militar e particularmente durante a revolução do movimento “Solidariedade” liderado pelo Lech Walesa.
Defensor de causas humanitárias, e opositor do aborto e da eutanásia, apoiou através de Eduardo James Moran e Mary Mc Carthy, o movimento pela vida Português chefiado por Carlos Evaristo durante a campanha do primeiro referendo em 1998. Juntou-se assim à Santa Madre Teresa, à Vidente de Fátima Irmã Lúcia e a John Haffert.
Neste campo liderou vários movimentos pela vida incluindo aquele que defendia que a jovem Terri Schindler Schiavo que ficou em estado vegetativo após uma paragem cardíaca, devia de ser mantida viva contra a decição do marido de desligar as maquinas que a mantinha viva.

Durante a longa batalha legal travada entre o marido e os pais de Terri, o Monsenhor Ted Malanowski foi nomeado Capelão da paciente pelo Tribunal tendo dedicado uma boa parte da sua biografia “Sacrifice for God and Country” ao tema do verdadeiro valor da vida humana. Terri acabou por falecer de complicações respiratórias em 2005.

A autobiografia do Monsenhor Malanowski, publicada em 2007, fala de um Padre e Capelão Militar que ascendeu ao posto de Brigadeiro-General do Exército dos EUA, reflectindo sobre suas experiências como Sacerdote e Soldado Cristão. Fala também dos seus deveres Sacerdotais para além do Serviço Militar que inclui relatos do trabalho e apoio Missionário.
O Monsenhor Ted Malanowski conheceu vários Presidentes dos EUA, líderes espirituais como Martin Luther King e Malcom X e altas figuras da Igreja Católica como São João Paulo II, a Santa dos Pobres Madre Teresa de Calcutá, o Papa Pio XII, o Cardeal Cooke, o Cardeal Spellman e até a Mística Alemã Venerável Teresa Neumann. Ficará porém conhecido mais conhecido nos Estados Unidos da América por ter sido Capelão de Elivis Presley durante o tempo em que o cantor cumpriu o serviço militar nos Estados Unidos e na Alemanha.
O Padre Ted como foi sempre tratado pelos amigos celebrou o 70º aniversário de sua ordenação sacerdotal, a 28 de Maio de 2017 na Igreja do Santo Nome de Jesus.

Monsenhor Thaddeus F. Malanowski viveu seus últimos anos desde 2009 na Catherine Dennis Keefe Queen of the Clergy Residence, uma Lar para Sacerdotes em Stamford.
Faleceu Santamente a 23 de Janeiro de 2020 rodeado por sua família. Tinha 97 anos.
Foi sepultado no cemitério de São João de Darien. Em Ourém a Fundação Oureana vai dedicar um
Cenotáfio Memorial em sua honra recordando a sua devoção a Nossa Senhora de Fátima a sua dedicação ao próximo, o seu espirito de apostolado e de Missão e a sua acção em prol dos valores da vida.
Sua Alteza Real o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio concedeu, a título póstumo, o grau de Cavaleiro Grã-Cruz com Colar ao Monsenhor Thaddeus F. Malanowski com o título Capela-mor Honorário da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese Militar das Forças Armados dos EUA.
23 de Janeiro de 2020
DGPC adquiriu peças do Rei D. Miguel I para o Tesouro Real do Palácio Nacional da Ajuda

Está de parabéns o Dr. José Alberto Ribeiro, Director do Palácio Nacional da Ajuda por ter conseguido adquirir para a DGPC um importante conjunto de peças históricas que farão parte da Colecção do Tesouro Real do Palácio Nacional da Ajuda.

Para José Alberto Ribeiro: “o conjunto adquirido pela DGPC é constituído por quatro peças que pertenceram ao Rei D. Miguel I, considerando a proveniência deste relevante conjunto de obras, o seu contexto histórico e inquestionável qualidade artística, entende-se que esta aquisição contribui para a valorização das colecções do Património Nacional e, em particular, do acervo do PNA.”

Para José Alberto Ribeiro: “Ressalta deste lote a Espada de ouro de D. Miguel I, uma obra de inquestionável singularidade, qualidade estética e artística, que em muito enriquecerá o Tesouro Real e a sua futura exposição na ala poente do Palácio da Ajuda.”

O Perito Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana, Pareceria Protocolar do Palácio Nacional da Ajuda, ao examinar a peça disse: “verifica-se que esta espada foi a que foi feita em Toledo em 1824 e que está referida pela Infanta D. Filipa de Bragança, tia de D. Duarte Pio, em correspondência pessoal existente.”

A mesma arma fez parte do lote de peças do espólio de D. Miguel I, depositado no Banco de Portugal em 1834 e posteriormente reclamado pelos seus herdeiros num processo que se arrastou por cerca de cem anos. Só em 1943 viria a ser realizado um leilão privado entre os dois ramos herdeiros visando os bens depositados.

Sua Alteza Real D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, em representação de seu pai, D. Duarte Pio, Duque de Bragança, também teve a oportunidade de examinar a referida espada histórica a convite do Director do Palácio Nacional da Ajuda e na presença do Presidente da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, do Director de Relações Públicas, Bruno de Castro e demais elementos das Fundações Oureana e D. Manuel II.

FONTE: #patrimoniocultural#DGPC#PNA
FOTOS: Arquivo da Fundação Oureana – Direitos Reservados
19 de Julho de 2019
IMPRENSA – Dom Duarte de Bragança na Festa de Reis da Fundação Oureana


O Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, esteve presente, conjuntamente com o Presidente da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura, na XII Festa de Reis da Fundação Oureana, evento que decorreu este domingo, dia 5 de janeiro, no Restaurante Medieval da Vila Medieval de Ourém.
Esta iniciativa, que para além do tradicional almoço, teve ainda a Missa da Solenidade da Epifania e a Benção dos Reis, contou com a presença de Dom Duarte de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.
A Fundação Oureana é uma instituição criada por John Haffert (Fundador do Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima e grande amigo da Irmã Lúcia), que nos anos 40 se fixou em Ourém e tem procurado promover o seu património histórico.

Mário Rui Fonseca
A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.
Fonte: https://www.mediotejo.net/ourem-dom-duarte-de-braganca-na-festa-de-reis-da-fundacao-oureana/?fbclid=IwAR2IfVnz3nPnWqOCRXc3aToESxD399ggfYY5X_6uJ7uryFoUDdxZlmF7veU
5 de Janeiro de 2020
ADN dos Santos está a ser estudado


A 1ª edição do projeto “ADN da Fé”, capitaneado pelo Dr. Carlos Evaristo, pretende resgatar as raízes da Fé na Península Ibérica a partir da suposta viagem missionária de São Tiago aos “confins da terra”.
A Europa se fez a caminho de Compostela. Essa observação atribuída ao célebre autor alemão Johann Wolfgang von Goethe já foi repetida à exaustão. E raros são os que desconhecem sua origem lendária. Ela teria começado com uma chuva de estrelas no bosque Libredón, no século IX. Surpreendido pelo espetáculo sobrenatural, o ermitão Pelágio alertaria o bispo de Iria Flávia, Dom Teodomiro. O que o religioso teria encontrado naquele bosque mudaria os rumos da civilização ocidental. Em um imponente sepulcro, jaziam os restos mortais de um dos apóstolos mais próximos de Cristo, São Tiago Zebedeu. Dois séculos após a suposta descoberta milagrosa, a história começou a ganhar repercussão por meio do documento Concordia de Antealtares.
A 1ª edição do projeto “ADN da Fé”, capitaneado pelo Dr. Carlos Evaristo, pretende resgatar as raízes da Fé na Península Ibérica a partir da suposta viagem missionária de São Tiago aos “confins da terra”. A equipe multidisciplinar conta com peritos nas mais diversas áreas: antropologia, arqueologia sacra, pesquisa documental, análise de DNA e datação por carbono-14. O terreno da investigação, porém, não é a antiga Iria Flávia, rebatizada de Santiago de Compostela e promovida a santuário apostólico, mas sua rival na Idade Média. Uma tradição largamente difundida na época afirmava que o apóstolo havia evangelizado a Península Ibérica, porém, seu centro principal de atuação era Bracara Augusta, posteriormente rebatizada de Braga, e seus arredores. Na antiga capital do Reino de Galiza, São Tiago teria fundado a primeira igreja cristã da Hispania, considerada a primaz até os dias de hoje, e nomeado, como bispo, o amigo e discípulo Pedro de Rates. No claustro da catedral de Braga, há um significativo vestígio dessa tradição: uma arca em pedra lavrada com a identificação dos restos mortais de São Pedro de Rates. Todas as suas relíquias, entretanto, foram trasladadas – boa parte para uma arca de madeira atualmente custodiada na Sé.
A publicidade sobre a descoberta milagrosa do túmulo de São Tiago causou uma corrida ao seu alegado túmulo. Pessoas de todos os rincões do mundo peregrinavam até a casa do Apóstolo. E o enorme fluxo de peregrinos acabou forjando a Europa. Lembra-se da citação atribuída a Goethe? Antes desse fenômeno, porém, Iria Flávia estava sob a jurisdição da Sé de Braga, onde havia um importante santuário com relíquias insignes. Em busca de curas milagrosas, multidões acorriam até lá. A suposta descoberta de Teodomiro mudou o rumo da história. Alçada a arquidiocese e santuário apostólico, Santiago de Compostela começou a disputar com Braga a atenção dos peregrinos, uma disputa repleta de tramas ardilosas e furtos fantásticos, conhecidos como furta sacra ou pio latrocínio. Um personagem-chave foi o bispo Dom Diego Gelmírez. No século XI, o religioso se aliou à Dona Urraca, rainha de Castela e Leão, para esvaziar Braga e suas paróquias de seus mais importantes tesouros, incluindo relíquias de papas e antigos mártires da Igreja. O objetivo era trasladar essas joias medievais ao novo santuário compostelano. Eram relíquias verdadeiras? O simples fato de um bispo ter reunido um exército para invadir Portugal em busca delas é, por si só, um atestado de autenticidade. Se pairasse qualquer dúvida a respeito disso, o bispo poderia ter inventado relíquias, prática bem comum na época. Em 1992, parte dessas relíquias furtadas foi devolvida a Braga por ordem do atual arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio Barrio.
Pela primeira vez na história, esse patrimônio religioso e histórico está sendo minuciosamente analisado pela equipe liderada por Carlos Evaristo, perito em relíquias, arqueologia sacra e iconografia sacra medieval. A primeira fase do projeto “ADN da Fé”, batizada de “Relíquias Insignes da Sé de Braga e do Caminho de Santiago de Compostela”, consistiu na identificação de todas as relíquias de Braga custodiadas na Sé e em outras paróquias da arquidiocese. Muitas estavam em condições precárias de armazenamento, misturadas a elementos inusitados. O primeiro passo foi examinar as relíquias insignes e colocá-las em invólucros de linho puro, benzidos pelo pároco da Sé, o cônego Manuel Joaquim Costa, e selados com fita e lacre, conforme preza a tradição da Igreja. Na investigação dessas relíquias antigas, uma pergunta fundamental deve ser respondida. Elas realmente pertencem aos alegados santos, aos eleitos de Cristo, ou foram “inventadas” (descobertas, na acepção medieval do termo)?
Na Idade Média era comum produzir relíquias místicas, ou seja, réplicas em escala com pequenos fragmentos de relíquias reais. Havia também ossos que não passavam de relíquias de contato. Quando uma relíquia insigne era destruída ou roubada de um importante local de culto, havia uma relíquia representativa de substituição. Ela poderia ser de outro santo ou simplesmente uma escultura em madeira ou papel machê, incrustrada com uma relíquia menor. Algumas vezes, elaborava-se ainda uma pasta de ossos e terra do sepulcro. Réplicas místicas ou de substituição foram uma prática corrente. Um exemplo tradicional são as várias cabeças de São João Batista. Elas não passam de fragmentos do crânio em relicários no formato de cabeça ou caveira.
O estudo preliminar das relíquias de Braga já revelou o recurso a essas práticas medievais e romanas de substituição e reconstrução de relíquias insignes com uso de ouro, prata, cerâmica, madeira, gesso, cera e papel machê. A utilização dessas técnicas indica claramente que as relíquias de Braga haviam sido roubadas, destruídas ou parcialmente danificadas. O fato de muitas estarem carbonizadas e com partes reconstruídas – em madeira, gesso e papel machê pintado na cor de osso – comprova que sobreviveram ao fogo, resultante de acidente ou de alguma intervenção bélica de Dom Diego Gelmírez no processo de pilhagem. Há outra explicação plausível para o uso dessa técnica: as relíquias podem ter estado primeiramente em relicários de madeira destruídos por insetos. Em uma espécie de dedetização medieval, eles foram chamuscados pelo fogo, danificando também as relíquias. Vestígios de cola antiga e fragmentos de pergaminho com nomes de santos em ossos ajudam a corroborar essa hipótese.

A investigação inicial, porém, é incapaz de dar uma resposta definitiva sobre essas importantes relíquias. Para ajudar a desvendar o mistério, é preciso recorrer a métodos científicos confiáveis, como a investigação do DNA dos restos mortais e a datação por carbono-14. Nisso consiste a segunda etapa do projeto “DNA da Fé”. Foram retiradas amostras de cerca de duas dúzias de ossadas de santos, todas encaminhadas ao Dr. José António Lorente Acosta, professor de genética, médico-legista forense e presidente da comissão médica desse projeto. Em seu laboratório GENYO, na Universidade de Granada, o Dr. Lorente Acosta foi o responsável pela identificação dos restos mortais de célebres personagens históricas como Cervantes e Cristóvão Colombo. Segundo Lorente Acosta: “O material escolhido para a análise de relíquias deve ser constituído por dentes e fragmentos dos esqueletos, fragmentos com uma maior densidade óssea. Se não tiver cáries, os dentes são a parte do corpo que melhor guardam o DNA. O mesmo se passa com os ossos densos, pois o núcleo fica pouco exposto, e, portanto, menos propício à contaminação”. Pela primeira vez na história, uma tecnologia revolucionária no estudo do DNA será colocada a serviço da Igreja católica. Trata-se da NGS (New Generation Sequencer). É apenas o início de um projeto mais amplo para a criação de um Banco Internacional do DNA de santos, com o objetivo de auxiliar a Igreja na investigação da vida dos eleitos de Deus, bem como na reautenticação de relíquias. Essa base de dados já conta com amostras genéticas de diversos santos e beatos portugueses. É a gênese de novas edições do projeto “ADN da Fé”.
A investigação das relíquias dos santos bracarenses entra agora em sua quarta fase. O cônego José Paulo Leite Abreu, deão da Sé de Braga, perito em arte sacra e conservação e autoridade eclesiástica responsável pelo projeto desde o início, enfatiza a importância ímpar desse trabalho para a Igreja. Segundo o vigário-geral: “Precisamos saber a verdade acerca de alguns santos e suas relíquias insignes ligadas à história da fundação das dioceses de Braga e Santiago de Compostela e ao início da peregrinação jacobeia. Temos de confirmar se algumas figuras são históricas ou lendárias? Um exemplo significativo: São Pedro de Rates existiu? Ele foi realmente o primeiro bispo de Braga? Talvez seja finalmente possível encontrar a resposta por meio da investigação dessas relíquias que custodiamos na Sé desde a Idade Média”.
Enquanto as análises são processadas pela equipe, o grande enigma da peregrinação jacobeia paira no horizonte dessa investigação. Para desvendá-lo, devemos lançar um novo olhar para a Idade Média. Embora Dom Diego Gelmírez alardeasse que as relíquias de São Tiago Maior estivessem no santuário compostelano, Dom Maurício Burdino afirmou que elas haviam sido custodiadas primeiramente em Braga. Quando Dom Gelmírez começou a distribuir relíquias da mandíbula e dos dentes de São Tiago Maior, Burdino alegou que a maior parte do corpo do apóstolo ainda permanecia em Braga. Segundo alguns historiadores, o arcebispo de Braga havia adquirido o crânio de São Tiago Menor – e promovido o mal-entendido de que poderia ser o de Zebedeu. E também havia colocado para veneração pública os ossos de outro São Tiago, o Interciso, sem revelar plenamente sua identidade. Fazia parte do seu jogo na disputa de poder com Dom Gelmírez e na batalha para conquistar mais peregrinos. Todas as relíquias dos santos homônimos acabariam em Santiago de Compostela pelas mãos de Dom Gelmírez, incluindo o crânio de São Tiago Menor. Outra importante questão deve ser respondida pela equipe de investigação: Essas relíquias pertencem a santos homônimos ou constituem partes dispersas da ossada de um único santo, com fragmentos insignes ainda em Jerusalém, Braga e Pistoia?
Atualmente, a maior parte das alegadas relíquias de São Tiago Maior estão encerradas na arca-relicário de prata na cripta abaixo do altar-mor da catedral de Santiago de Compostela. E há uma interdição papal que impede sua abertura. No acervo da Regalis Lipsanotheca, no castelo de Ourém, e na coleção de relíquias de um arcebispo medieval de Braga, porém, existem peças fundamentais desse quebra-cabeça. Tratam-se de alegadas relíquias insignes de São Tiago Maior doadas por arcebispos de Santiago de Compostela a figuras históricas portuguesas dos séculos XV e XVI. São as mais antigas relíquias documentadas antes da maior parte dos ossos ter sido ocultada – e perdida – na época das invasões do corsário inglês sir Francis Drake. Ela seria redescoberta e reautenticada apenas no século XIX sob o papado de Leão XIII.
Juntamente com amostras de relíquias de São Tiago Alfeu e São Tiago Interciso, essas históricas e alegadas relíquias de São Tiago Maior, custodiadas em Portugal, já foram encaminhadas ao Dr. Lorente Acosta. Em breve, o laboratório GENYO, na Universidade de Granada, poderá oferecer respostas a esses enigmas milenares. E provar se o DNA da Fé da Península Ibérica está realmente enraizado nas relíquias de um dos apóstolos mais próximos de Cristo. Independentemente das respostas, uma coisa é certa: Braga e Santiago de Compostela tornaram-se autênticas herdeiras de São Tiago Maior e nunca deixaram de zelar pela Boa-Nova que o Apóstolo teria carregado até aqueles “confins da terra”.

25 de Janeiro de 2022
Carlos Evaristo é arqueólogo, historiador e curador de várias comissões diocesanas para a reautenticação relíquias. Com sua mulher Margarida Evaristo, é fundador do Apostolado pelas Relíquias Sagradas e da Cruzada Internacional pelas Sagradas Relíquias. Curador da Regalis Lipsanotheca, colabora há várias décadas com a Sagrada Congregação para a Causa dos Santos e Gabinetes de Postuladores, sendo Presidente do Gabinete dos Patronos dos Museus do Vaticano para paises lusófonos e diretor do projeto “ADN da Fé”.
Fábio Tucci Farah é jornalista e perito em relíquias da Arquidiocese de São Paulo. Curador adjunto da Regalis Lipsanotheca, ele desenvolve diversas pesquisas com Carlos Evaristo e é membro da equipe de arqueologia sacra do projeto “ADN da Fé” e chefe da equipe editorial e de pesquisa.
FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2022-01/o-dna-da-fe-da-peninsula-iberica.html?fbclid=IwAR0Cxk_hysKFjMnVRzH4RxNVS7gtZrKn-hj1ol1SL4cCBxCSgwc9IIp47YA
Real Confraria e Real Guarda de Honra celebram Festa do seu Patrono na Igreja do Santo Condestável em Lisboa

A Real Confraria do Santo Condestável juntamente com a Real Guarda de Honra, voltaram a celebrar a Festa do seu patrono na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com investiduras de novos Confrades, Missa Solene com Veneração de Relíquia Insigne e um Jantar de Convívio / Capítulo Geral.

A Festa litúrgica de São Nuno de Santa Maria celebrada pela Real Confraria do Santo Condestável e a Real Guarda de Honra, teve lugar na Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa, com início às 18:30 Horas, altura em que se realizaram as Investiduras de novos Confrades na Cripta da Igreja junto ao túmulo de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.
A cerimónia este ano foi presidida por Sua Alteza Real Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, Condestável-Mor Honorário e Patrono em representação de seu pai, Sua Alteza Real Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, que não pode estar presente por se encontrar, à mesma hora, a assistir à Missa de Exéquias Fúnebres de Sua Exª Rev.ma D. Basílio do Nascimento, Bispo de Baucau, Timor Leste que teve lugar no Mosteiro dos Jerónimos.
Presentes este ano nas cerimónias estiveram os Condestáveis Fundadores José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho juntamente Maria Margarida Evaristo, o Condestável-Mor para Lisboa, Humberto Nuno de Oliveira, e o Alcaide para Ourém e Coordenador da Acção Social “Peacemakers” David Alves Pereira. No total participaram 35 Confrades e uma Delegação de 6 elementos da Real Guarda de Honra, comandados nesta ocasião pela Comandante em Exercício, Dama Guarda de Honra Maria Filomena de Castro.


Investiduras de Novos Confrades e Promoções
Os Confrades investidos nesta ocasião foram Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, José Tomé Chasqueira Boavida, Nuno Ricardo Gonçalves Pereira Candeias e D. António Albuquerque de Sousa Lara admitido no grau de Alcaide.
Os Confrades estrangeiros honorários admitidos nesta ocasião foram dois espanhóis: o Alferes de Navio José Luis Barceló e sua mulher Maria del Pilar Vicente, Cavaleiro e Dama Honorários da Casa Real Portuguesa e ainda um Irlandês; William Smyth.
Foi promovido a Alcaide o Confrade Mário Neves, que tem sido incansável na promoção do Culto de São Nuno e igualmente promovido a Alcaide e Adjunto do Condestável-Mor para Lisboa, o Confrade João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira, que tal como sua irmã, Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, foi baptizado naquela igreja onde se encontra o túmulo oficial de São Nuno.
Todos os novos Confrades foram dispensados da imposição do escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelo facto de já terem sido investidos há vários anos com o mesmo por um Sacerdote.
No uso da palavra o Condestável-Mór Fundador Carlos Evaristo informou que este ano o Revº. Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. Capelão Mór Fundador da Real Confraria e Vice-Postulador Emérito, não pode estar presente pelo facto de ter sido recentemente internado no hospital devido a uma intoxicação alimentar. Carlos Evaristo recordou que foram também investidos este ano como Confrades Professos; Leonardo Pereira Rodrigues, Hernani Luis de Carvalho e Rui Salazar de Lucena e Mello e como Confrades estrangeiros, Professos e Honorários; Simon Andrew Robert Appleby-Wintle, Thomas Joseph Serafin, André Ladislau Olegario Jaross, Eugénio Emiliano Arciuszkiewicz, Anton Tkachuk, Eugenio Magnarin, Franco Vassallo de Ferrari di Brignano e Fernando Diago de la Presentación.











A Investidura da Confradesa Maria del Pilar Vicente



Missa Solene presidida pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa
Durante a homilia D. Manuel Clemente relembrou como o Santo Condestável antes das batalhas se preocupava se o inimigo teria comida suficiente e enviava mantimentos caso não tivessem, algo que mostrava a humanidade e generosidade de São Nuno como Comandante.
Depois da Comunhão foi colocada uma Coroa de Flores junto ao túmulo de São Nuno localizado debaixo do altar-mor e recitada uma oração, composta pelo Infante D. Pedro, pelo Cardeal Patriarca de Lisboa.
Depois do Coro ter cantado o Hino do Santo Condestável, terminada a Missa, foi dada a bênção final por D. Manuel Clemente e depois, ficou exposta no altar para veneração, a Relíquia Insigne do fémur de São Nuno, oferecida à Paróquia há 70 anos pelo então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.












Jantar de Convívio
Após a solene celebração litúrgica em honra de São Nuno de Santa Maria, seguiu-se um jantar de confraternização e o Capítulo Geral dos Confrades da Real Confraria do Santo Condestável e dos Membros da Real Guarda de Honra. Presidiu à Sessão o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança, Condestável-Mor acompanhado de seu filho, o Príncipe da Beira o Senhor Dom Afonso de Bragança.
Presentes este ano em representação da Delegação Norte Americana da Real Confraria, estiveram os Confrades James e Jean Dudek que há mais de 20 anos promovem a devoção a São Nuno nos Estados Unidos da América no contexto da Mensagem de Fátima.










Agradecimentos Especiais
Antes de terminar o Capítulo Geral o Chefe da Casa Real Portuguesa deu as boas vindas aos novos confrades e agradeceu a presença de todos e particularmente os que vieram de longe. Agradeceu também à organização na pessoa do Alcaide João Pedro Teixeira, que organizou o protocolo da Missa e o jantar, e ao Confrade Armando Mendes que há mais de 30 anos colabora com o Apostolado de São Nuno e das Sagradas Relíquias.
No uso da palavra, Carlos Evaristo agradeceu a presença de todos os Confrades e relembrou os que não podiam estar presente e ainda os que faleceram recentemente. Agradeceu também a Filomena Maria Castro e aos membros da Real Guarda de Honra que deram brilho à homenagem a São Nuno e à Igreja do Santo Condestável no dia do seu 70º Aniversário.
Carlos Evaristo anunciou o encerramento do Centro de São Nuno da Real Confraria em Fátima, que durante muitos anos foi mantido pelos Confrades Brenda e Martin Cleary. O Centro não só acolhia peregrinos devotos em Fátima como também ajudava a angariar fundos para as obras sociais da Diocese de São Tomé e Príncipe. Carlos Evaristo agradeceu também a presença de Mário Pontes, José Manuel e Inês Rodrigues, sobrinhos da saudosa fadista Amália Rodrigues, que foi grande devota do Santo Condestável e à Delegação de Évora da Real Confraria e Real Guarda de Honra chefiada por Ricardo Maria Louro. Presente também esteve Roman von Ruppe, o Confrade responsável em Portugal pela obra social, Mary’s Meals.
Seguidamente o Senhor D. Afonso de Bragança investiu o Revº Padre Mário Cabral de Timor Leste como Capelão Honorário da Real Confraria do Santo Condestável e nomeou o Confrade William Smyth como Organista da Real Confraria e da Real Lipsanotheca.
A Festa de São Nuno terminou com a entrega de um donativo extraordinário de 100.00€ para a Obra do Caldeirão pela Confradessa Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes e a oferta do livro “O Exército e Nuno Álvares Pereira” pelo Alcaide Mário Neves, destinado à Biblioteca Condestabriana.
O Alferes José Barceló também entregou uma Relíquia Insigne de um lenço ensanguentado de Sua Majestade a Rainha Maria de las Mercedes de Orleans y Borbón, adquirida pela Fundação Oureana para a Real Lipsanotheca em Ourém. A Relíquia que chegou acompanhada de Madrid pelos Alferes e sua mulher era da Rainha de Espanha parente do Senhor D. Duarte de Bragança que morreu com fama de Santidade em Madrid, a 26 de Junho de 1878.







6 de Novembro de 2021
Fátima: Monumento ao Papa Pio XII vai ser inaugurado no Castelo de Ourém

Para recordar o 75º aniversário da coroação de Nossa Senhora de Fátima como rainha do mundo vai ser inaugurada, dia 13 deste mês, às 16h00, no Castelo de Ourém, uma estátua em tamanho real do Papa Pio XII.
O monumento vai ser inaugurado pelo Duque de Bragança, D. Duarte Pio, afilhado de Batismo do Servo de Deus, Papa Pio XII, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
A estátua em bronze daquele que foi chamado de “Papa de Fátima” é obra do Mestre escultor Félix Burriel e oferecida por Moritz Hunzinger, “com o apoio de vários admiradores e defensores do Papa internacionais incluindo um grupo de historiadores e Judeus da Pave the Way Foundation”, refere.
LFS
FONTE: https://agencia.ecclesia.pt/portal/evento/fatima-monumento-ao-papa-pio-xii-vai-ser-inaugurado-no-castelo-de-ourem/
12 de Maio de 2021
