D. Duarte de Bragança financia investigação genética que tenta provar que Cristóvão Colombo era Português

Documentos da época desfazem quaisquer dúvidas: Cristóvão Colombo nasceu em 1451, em Génova, filho de Domenico Colombo e de Susanna Fontanarossa

O pretendente ao trono acredita numa teoria segundo a qual o navegador nasceu no Alentejo, como filho bastardo do duque de Beja. Mas a historiografia mais documentada e credível desmente a tese – por completo

D. Duarte de Bragança simpatiza com a teoria de Cristóvão Colombo ser português”, diz à VISÃO Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas e iconografia sacra medieval, e presidente da Fundação Oureana. O arqueólogo acrescenta que o pretendente ao trono português, através da Fundação D. Manuel II, a que preside, financia os custos da componente nacional do Projeto Colombo

Mediante testes de ADN, aquele projeto tenta provar que o navegador era português ou “ibérico”. O epicentro está na universidade de Granada e no professor José Lorente Acosta, que chefia a equipa de investigação que reúne entidades de vários países.

No caso de Portugal, as contribuições são asseguradas pela Fundação Oureana que Carlos Evaristo dirige e, sobretudo, pelo seu Museu de Relíquias, instalado no castelo de Ourém. Recentemente, três cabelos da rainha Santa Isabel, com mais de sete séculos, foram cuidadosamente removidos por José Lorente e Carlos Evaristo de um relicário com uma sua madeixa, “selado em lacre com o sinete do bispo conde de Coimbra D. Frei Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré”, diz o arqueólogo. “Este cabelo foi recolhido por esse prelado, na presença do rei D. Miguel I, como o comprova documentação arquivada na ocasião da abertura do túmulo da rainha Santa, para verificação do estado de conservação do seu corpo incorrupto”, acrescenta.

Carlos Evaristo forneceu também a José Lorente outras duas amostras de relíquias, com sangue e ossos de “dois santos portugueses mais contemporâneos de Colombo e que eram membros da Família Real de Avis e de Bragança”. Mas o arqueólogo prefere não identificar publicamente aqueles “dois santos”, porque as relíquias em causa “perderam os selos de autenticidade ao longo dos séculos”, embora acredite que são “genuínas”.

Através da Fundação D. Manuel II, a que preside, D. Duarte de Bragança financia os custos da componente nacional do “Projeto Colombo”

Seja como for, o objetivo mantém-se: descobrir um elo que conduza à confirmação de que Cristóvão Colombo “era, pelo menos, ibérico, se não mesmo português”, através da comparação de marcadores genéticos, com suporte na matéria óssea do navegador (que morreu em Valladolid, a 20 de maio de 1506, aos 55 anos), de um filho e de um irmão, encontrada há anos em Sevilha e cientificamente comprovada.

Carlos Evaristo defende a teoria do investigador Augusto de Mascarenhas Barreto, já falecido, segundo a qual Colombo nasceu em Cuba, no Alentejo, fruto de uma relação extraconjugal do duque de Beja, D. Fernando (segundo filho do rei D. Duarte I), com Isabel Zarco, filha de Gonçalves Zarco, fidalgo da Casa do Infante D. Henrique. Em adulto, diz o arqueólogo, “Colombo serviu como capitão de guerra, uma espécie de agente secreto no que respeita a desviar as atenções do Papa espanhol, Alexandre VI, e dos reis católicos, Isabel de Castela e Fernando II de Aragão, do verdadeiro caminho marítimo para a Índia e da existência do Brasil”.

Problema Bicudo

Por aquela tese, temos um corajoso patriota português. Carlos Evaristo, porém, sofreria uma forte desilusão quando descobriu que o túmulo de D. Fernando, em Beja, estava vazio. O suposto pai de Colombo seria um instrumento genético infalível, na comprovação, ou não, de que o navegador era português. A culpa é do governo de Joaquim Augusto de Aguiar, que em 1834 decretou o fim dos sepultamentos nas igrejas e criou os cemitérios públicos, o que levou à chamada “revolta da Maria da Fonte”. Os restos mortais de D. Fernando, concluiu o arqueólogo, “hão de ter ido parar, por ignorância, a uma vala comum”.

Mas existe um problema bem mais bicudo com a teoria de Augusto de Mascarenhas Barreto: choca de frente com a historiografia adquirida e documentada. Os académicos mais credíveis afirmam que Cristóvão Colombo nasceu em 1451, em Génova, filho de Domenico Colombo e de Susanna Fontanarossa. E que, apesar da forma atribulada como chegou a Portugal, em 1476, salvando-se a nado durante uma das numerosas batalhas do cabo de S. Vicente, por cá se instalou como agente das principais casas comerciais de Génova.

Relicário do século XIX com cabelos da rainha Santa Isabel, de onde foram removidas amostras para comparação genética no “Projeto Colombo”

Com esse estatuto, deslocou-se à Madeira para entrar no negócio do açúcar, então muito rentável. Em 1479, casou-se com Filipa Moniz, filha do segundo matrimónio de Bartolomeu Perestrelo, capitão-donatário de Porto Santo. E, entre Lisboa, o Funchal e Porto Santo, locais onde se sabe que residiu, Colombo adquiriu um conhecimento substancial sobre as navegações portuguesas na costa ocidental africana.

Começou então a conceber o seu plano de navegar em direção ao ocidente, para atingir a Ásia. Em meados da década de 1480, apresentou o seu projeto ao rei D. João II, que o rejeitou. O monarca considerava economicamente mais viável o paulatino avanço português pela costa africana.

Resumindo para encurtar razões, seria ao serviço dos reis católicos de Espanha que, a partir de 1492, Colombo estaria por quatro vezes nas Américas, julgando encontrar-se na Ásia. Ignorava ter descoberto um novo mundo. E, depois, destacou-se por um governo despótico dessas terras e pela escravização dos nativos. Nada que orgulhe ninguém.

Mas Carlos Evaristo, com o apoio de D. Duarte de Bragança, mantém-se na sua: se as amostras que entregou a José Lorente para testes de ADN resultarem inconclusivas, tem outras em reserva para fazer chegar ao especialista em Genética da universidade de Granada. Apetece lembrar um clichê – a esperança é mesmo a última coisa a morrer.

FONTE: https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2021-06-27-d-duarte-de-braganca-financia-investigacao-genetica-que-tenta-provar-que-cristovao-colombo-era-portugues/?fbclid=IwAR3FdK3IilLKIexXORkPsG4nudqih3bv0__NTZRT_JSxDsyTzYL0pOe-xiQ

Visão

27 de Junho de 2021

ESCLARECIMENTO

Tendo sido publicado um artigo na revista “Visão” online que dá a entender que D. Duarte, Duque de Bragança tem vindo a apoiar os estudos genéticos sobre o Cristóvão Colombo, vimos por este meio esclarecer o seguinte:

1. Há largas décadas que o Chefe da Casa Real Portuguesa, tem vindo a acompanhar com interesse os estudos sobre este assunto e particularmente as teorias que apresentam que o Navegador possa ter origem Portuguesa.

2. A verdade é que o senhor Dom Duarte nutre uma certa simpatia para com a tese desenvolvida pelo falecido pesquisador Augusto de Mascarenhas Barreto, e particularmente, no que diz respeito ao Colombo ter sido um Agente Secreto de D. João II.

3. Tal interesse, meramente científico, não prossupõe todavia qualquer envolvimento financeiro da parte do Duque de Bragança, sendo que a Fundação D. Manuel II em protocolo com a Câmara Municipal de Cuba e outras entidades: académicas, municipais e eclesiásticas, já prestou homenagem a todos os pesquisadores Portugueses das diversas teorias sobre a origem do Navegador.

4. A Fundação D, Manuel II patrocinou em parte a renovação do Centro de Interpretação Cristóvão Colon em Cuba dedicada à memória de Augusto de Mascarenhas Barreto, a  publicação das Actas do Congresso da Associação Cristóvão Colon de Cuba, o estudo e documentário norte americano “Secrets and Mysteries of Christopher Columbus” e o fornecimento de material genético (relíquias de Santos da Casa Real) para realização do estudo de ADN pelo laboratório da Universidade de Granada.

5.  Este interesse cientifico e cultural pela verdade histórica é apoiado pelo Duque de Bragança através da Fundação D. Manuel II e do Real Instituto Cristovão Colom fundado por e em memória de Augusto de Mascarenhas Barreto. Este apoio foi reconhecido recentemente pela Faculdade de História da Universidade Nacional Pedagógica Dragomanov de Kiev, Ucrânia que nomeou D. Duarte de Bragança, Patrono e Professor Honorário da mesma faculdade

6. Quem tem acompanhado os resultados obtidos pelo referido laboratório da Universidade de Granada sabe que os estudos já demoliram em parte a tese principal da origem Genovesa através do estudo do ADN de todas as famílias Italianas com apelidos derivados de Colon. É alias graças a estas provas que os estudos actualmente em curso movimentam o interesse e acompanhamento da Comunidade Cientifica Espanhola e da TVE que já descartaram a tese Genovesa. É de lamentar e parece que as Universidades Portuguesas estão alheadas deste processo que poderá vir a revolucionar a história sobre este personagem.

7. Já foi comprovado, por diversos estudos publicados, que a documentação dita “contemporânea” à qual refere o Jornalista, conhecida por “Recollata Colombina” a mesma que tem vindo a ser utilizada, desde o Século XIX, para comprovar que Colombo era Genovês, é falsa! Ficou comprovado que muitos dos documentos recolhidos por uma comissão entre 1892 e 1905 foram adulterados maliciosamente e outros viram a ocultação de datas que tinham e eram posteriores ao Colombo, e por isso não aparecem nos fac-similes reproduzidos como prova dessa tese nos 20 volumes publicados.

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Já abriu o Centro de Apoio Social de Angolares patrocinado pela Fundação D. Manuel II

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O novo Centro de Apoio Escolar e Social também oferece refeições a estudantes

O Centro de Apoio Social de Angolares já está em funcionamento a prestar apoio escolar e social apos membros dessa comunidade São Tomense. O edifício que foi comprado por S.A.R. o Duque de Bragança Dom Duarte Pio, através da Fundação D. Manuel II, foi completamente remodelado e equipado pela Diocese de São Tomé e Príncipe com ajuda de donativos, parte dos quais angariados pela Fundação Oureana através das acções sociais directas da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e da Real Confraria do Santo Condestável.

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O Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos

BISPO FALA DA SITUAÇÃO ACTUAL DA DIOCESE
Falando francamente, o Bispo de São Tomé e Príncipe revelou que a situação econômica da Diocese está no limite.

O Bispo da Diocese num comunicado às Paróquias informou;

“No momento, a Diocese tem à disposição, no BISTP, 13.289,00 Duplos e apenas 475,00 . Em caixa, tem cerca de 3.000,00 , 4.000,00 Dólares Americanos e 90.000,00 Dobras. Em Lisboa, tem 83.800,00 € (graças a uma herança deixada por um Padre Madeirense). Em Roma, tem 18.973,28 Dólares Americaos e 19.097,14 e um pequeno fundo de investimento. Desse dinheiro, 13.494,00 são para intenções de missa; 23.700,00 são ofertas para o Novo Lar de Idosos no Príncipe; 15.000,00 para obras urgentes na Freguesia do Príncipe; 18.000,00 para o Centro Pastoral do Pantufo; 8.000,00 para obras na Casa do Campo de Milho; 16.000,00 são da APARF e para idosos em Santana e Sé, 15.000,00 para finalização do Jardim de Infância de Ubabudo Praia. (Refiro-me ao dinheiro que foi dado à Diocese para estes projectos específicos, projectos que estão a ser realizados ou ainda não se concretizaram). Ou seja, o dinheiro disponível não é suficiente para os projetos que temos em mãos. É preciso dizer também que só o Seminário nos rende cerca de 40.000,00 por ano. Em termos de receitas, tivemos o apoio da Santa Sé, cerca de US 25.000,00 Dólares Americanos por ano, mas eles alertam que, devido às dificuldades vividas pela Pandemia do Covid 19 que enfrentamos, talvez tenham que cortar este subsídio. Além disso, tivemos alguns pequenos apoios, mas geralmente dirigidos a projetos específicos e não para a vida da Diocese. Não existe apoio para alimentar o povo da Casa Episcopal, para as viagens que o Bispo tem de fazer, para o Seminário, para os párocos ou para as congregações religiosas… Essa é a foto e o que fazer? Se alguém tiver uma solução milagrosa, agradeço. No entanto, temos que apostar:

• em tornar nossas paróquias comunidades autossustentáveis,
• procurar otimizar nossos recursos,
• evitar despesas desnecessárias tanto quanto possível (podemos ter que reduzir o uso do carro),
• procurar ser pobres com os pobres,
• compartilhar as contas das paróquias e nossas obras sem medo,
• ser mais solidários …

S.A.R. DOM DUARTE DUQUE DE BRAGANÇA EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE. | Ricardo  Farinha
D. Duarte com as crianças da Casa dos Pequeninos em São Tomé e Príncipe

Uma das campanhas levadas a cabo pelos Parceiros Protocolares da Fundação para ajudar a Diocese e em particular a Casa dos Pequeninos que é a instituição mais vulnerável é o Projecto de apadrinhamento da alimentação de uma criança durante um ano e que já conta com meia dúzia de benfeitores que contribuem com o valor de 120,00 €.

Conto com o apoio de todos para enfrentar esta situação e encontrar formas de resolvê-la. Neste ano de São José, que o Santo Patriarca venha em nosso auxílio.” – D. Manuel António Mendes dos Santos

27 de Julho de 2021

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Devoção de Amália Rodrigues por Nossa Senhora do Carmo foi recordada durante Missa na Capelinha das Aparições em Fátima

O centenário do nascimento de Amália Rodrigues foi oficialmente encerrado com uma Missa celebrada na Capelinha das Aparições em Fátima. Organizada pela Fundação Amália Rodrigues, com o apoio dos seus parceiros Protocolares. Recordou-se durante homilia a grande devoção que a Fadista tinha por Nossa Senhora do Carmo.

A Fundação Amália Rodrigues e os seus parceiros protocolares convidaram, através das redes sociais, todos os fiéis, amigos e admiradores da Fadista a acompanharem a celebração pública da Missa, quer presencialmente na Capelinha das Aparições, ou através da internet pela transmissão no site do Santuário de Fátima.

A Missa que teve lugar em Fátima, na Sexta-feira, 23 de Julho, dia oficial do aniversário da Rainha do Fado, foi o culminar de outras cerimónias que tiveram lugar na manhã, em Lisboa; primeiro na Casa / Museu Amália Rodrigueis e depois no Panteão Nacional, onde houve a deposição de uma coroa de flores no túmulo da Fadista.

Nestes actos memoriais estiveram presentes vários membros da Administração e do Conselho Geral da Fundação Amália Rodrigues e membros da família de Amália. O Presidente da Fundação Amália Rodrigues; Vicente Rodrigues e o sobrinho / afilhado da Fadista, José Manuel Rodrigues; Conselheiro da Fundação, depositaram uma coroa de flores junto ao tumulo.

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Vicente Rodrigues e José Manuel Rodrigues colocam uma Coroa de Flores no túmulo de Amália Rodrigues no Panteão Nacional

Já em Fátima, pelas 17:00 horas da tarde, foi celebrada a Missa de encerramento do Centenário do nascimento da Fadista na Capelinha das Aparições, celebrada pelo eterno repouso da alma de Amália. Por ser a oitava da Festa de Nossa Senhora do Monte Carmelo, a Missa Votiva escolhida foi a de Nossa Senhora do Carmo, título da Virgem Santa Maria do qual Amália era muito devota.

Frei Silvino deu as boas vindas a todos antes da Missa na Capelinha das Aparições

Presidida por Frei Silvino Teixeira Filipe, Carmelita Descalço do Convento do Carmo de Viana do Castelo, a Missa contou também com a ajuda do Diácono Permanente António Machado, da Paróquia de São Tiago de Vagos, na Diocese de Aveiro, que era amigo pessoal da Fadista.

Vicente Rodrigues fez a primeira leitura

A Primeira Leitura foi feita por Vicente Rodrigues, Presidente da Fundação Amália Rodrigues e as Oração dos Fieis lida pela Joana Machado, Investigadora do acervo da Casa Museu, Amália Rodrigues.

Os cânticos da Missa foram interpretados, à capela, pela voz do Capelão do Santuário, Padre João Paulo Quelhas.

Joana Machado durante a leitura da Oração dos Fieis
O Salmo Responsorial cantado pelo Capelão João Paulo Quelhas
David Alves Pereira, Inês Rodrigues e José Manuel, Rodrigues

Presentes na Cerimónia para além do Presidente da Fundação Amália Rodrigues, Vicente Rodrigues, estiveram também outros membros da Fundação; nomeadamente Alexandrina Quaresma e Rui Órfão do Conselho da Administração e a Produtora Musical Maria de Lourdes Carvalho (Blu), amiga pessoal de Amália Rodrigues e Membro do Conselho Geral. O sobrinho / afilhado José Manuel Rodrigues, Conselheiro da Fundação Amália Rodrigues com sua esposa Inês representaram a Família da Fadista e também o Instituto Amália Rodrigues, Rainha do Fado, um Departamento da Fundação Oureana criado pela própria Fadista em 1995 .

Ao fundo na primeira fila, Alexandrina Quaresma e Rui Órfão
Frei Silvino Teixeira Filipe durante a Homília

Na Homília, Frei Silvino Teixeira Filipe relembrou a devoção de Amália por Nossa Senhora do Carmo e a invocação ou oração que recitava sempre antes de subir ao palco. Falou do uso continuado do escapulário pela Fadista e da promessa feita pela Virgem no Monte Carmelo a São Simão Stock.

Frei Silvino Teixeira Filipe na Consagração

Frei Silvino falou também de semelhanças na espiritualidade Carmelita Mariana vividas por São João da Cruz e Amália Rodrigues e como ela, tal como o grande Santo Carmelita, dava graças a Deus pela sua voz. Voz essa que Deus, por Sua vez, usava para sua maior glória.

Disse também o Presidente da Celebração, que Amália era tão devota de Nossa Senhora do Carmo que deve de estar agora a cantar as glórias do Senhor, tal como São João da Cruz.

Os fieis a assistirem à Missa dentro e fora da Capelinha das Aparições

A cerimónia juntou cerca de uma centena de pessoas dentro da Capelinha das Aparições, um número limitado devido às regras de distanciamento da Pandemia da Covid 19 e por esse facto a cerimónia foi transmitida também pelo Santuário na sua página de internet.

Frei Silvino Teixeira Filipe distribui a Sagrada Comunhão
Leonilde Henriques acompanhada de seu irmão

Entre os muitos amigos e fãs da Fadista presentes, esteve também Leonilde Henriques (Lí Lí) que foi Secretária de Amália durante várias décadas.

Ao fundo na segunda fila, Maria de Lourdes Carvalho, acompanhada de sua irmã

A representar a Fundação Histórico – Cultural Oureana estiveram Carlos Evaristo, também ele amigo pessoal de Amália e David Alves Pereira.

José Manuel Rodrigues, António Machado, Frei Silvino e Carlos Evaristo antes da Missa

A todos os presentes foi distribuído uma pagela com uma fotografia da Fadista tirada aquando de uma das suas últimas peregrinações a Fátima, tendo dentro da mesma a oração que Amália recitava antes de subir ao palco. Ainda sobre esta oração popular, Frei Silvino referiu que quando os fados não lhe saiam muito bem, Amália costumava dizer que foi Nossa Senhora que não cantou tão bem. Criou assim uma simbiose de ternura mística com a Mãe do Céu.

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José Manuel Rodrigues, Vicente Rodrigues e Carlos Evaristo

As pagelas que também contêm uma fotografia de Amália com um quadro pintado de Nossa Senhora do Carmo, foram editadas pela Fundação D. Manuel II e o Instituto Amália Rodrigues, Rainha do Fado e o texto elaborado por Carlos Evaristo e António Machado.

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José Manuel Rodrigues, Carlos Evaristo e Vicente Rodrigues
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Memorial a Amália Rodrigues na Sede da Fundação Oureana / Instituto em Ourém

Depois da Missa ainda teve lugar uma reunião de trabalho em Fátima entre o Presidente da Fundação Amália Rodrigues, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana; Carlos Evaristo, e os Directores do Instituto Amália Rodrigues, Rainha do Fado, ( Departamento da Fundação Oureana); José Manuel Rodrigues e Inês Rodrigues, para se discutir alguns projectos em curso e que vão ser realizados em conjunto pelas instituições em Protocolo.

O dia dedicado a Amália Rodrigues terminou para a Fundação Oureana junto ao Memorial à Patrona situado no Largo Memorial Amália Rodrigues da Regalis Lipsanotheca junto ao Castelo de Ourém, onde o Capelão Mór da Fundação e alguns membros da Direcção rezaram pelo Eterno Descanso da Rainha do Fado e acenderam uma vela em sua memória.

23 de Julho de 2021

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Nesta ocasião dramática que estamos a viver, do ponto de vista da saúde e crise económica generalizada, é importante que se invoque esta protecção da nossa Rainha

ENTREVISTA/LIDERANÇAS/SÉRGIO CARVALHO 

POSTED ON 18 DE JULHO, 20211

Fotografia do Mestre António Homem Cardoso

No dia 25 de março, comemoraram-se os 375 anos da proclamação e coroação de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Padroeira e Rainha de Portugal. A este propósito fomos entrevistar, Dom Duarte Pio, duque de Bragança, pretendente ao trono de Portugal e chefe da Casa Real Portuguesa, a propósito desta efeméride.

Completaram-se no passado mês de março, dia 25, festa da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora, o 375.º aniversário da proclamação e coroação de Nossa Senhora da Conceição, pelo rei Dom João IV, como padroeira e rainha de Portugal. Como é que o descendente e herdeiro da coroa portuguesa vê tal acontecimento?

Dom Duarte de Bragança (DB) – Em muitas das antigas cidades e vilas portuguesas ainda hoje se encontra afixada a placa da entrada da localidade anunciando esta consagração. Em 1646 a iniciativa foi unanimemente aprovada por todos os deputados às Cortes Gerais, que por sua vez transmitiram as instruções recebidas pelas suas Câmaras Municipais, eleitas pela população. Também votaram os Professores Universitários, os Bispos e Abades. Constituiu-se assim uma legítima representação de todos os Portugueses. Esta iniciativa, tomada no momento em que corríamos o grave risco de ser reconquistados pelo Reino de Espanha, teve um resultado muito feliz, e até hoje nunca mais perdemos a nossa independência.

De cada vez que nós, Portugueses, nos mostramos desleais para com a nossa Rainha, as coisas correm mal. Receio bem que perante algumas das leis recentemente impostas aos Portugueses, a nossa Rainha celeste não consiga impedir estes desastres naturais. Aliás, já uma das Pastorinhas de Fátima nos tinha prevenido que isto iria acontecer se, como nação, não corrigíssemos o nosso comportamento.

Considero que a consagração de Portugal a Nossa Senhora foi uma iniciativa muito oportuna e inteligente dos Portugueses da época, mas implica uma gravíssima responsabilidade da parte da geração actual.

Pensa que foi dado o destaque que merecia ao 375.º aniversário da coroação de Nossa Senhora da Conceição como Rainha de Portugal? Ou acha que a data foi esquecida? Qual o motivo e o que ainda se poderá fazer?

DB – Creio que o destaque dado foi muito tímido e envergonhado, talvez por termos consciência de que os compromissos assumidos nessa altura não estão a ser cumpridos.

Por parte da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa foi tomada em 2019 a iniciativa de pedir a Sua Santidade, o Papa, a concessão de alguma regalia espiritual por ocasião da bicentenário da fundação da Ordem da Imaculada Conceição de Vila Viçosa por Dom João VI, Rei de Portugal, a qual foi concedida por um Decreto com efeitos desde o dia 25 de Março de 2019 até ao fecho solene do Ano Jubilar.

O Papa Francisco teve ainda este ano outro gesto que nos deixou cheios de alegria, ao conceder uma Bula Papal com Indulgência Plenária pelos 850 anos da Instituição da Ordem de S. Miguel da Ala, referindo que o seu Grão-Mestre é o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, afilhado do bem-aventurado Papa Pio XII. Como andam por aí outros sujeitos a afirmar ser “Duque de Bragança” e “Grão-Mestre das Ordens Reais Portuguesas” e como, que eu saiba, nenhum deles é também afilhado do Papa Pio XII, isto esclarece definitivamente algumas pessoas que pudessem estar confundidas.

Este Decreto Pontifício é válido até ao dia 29 de Setembro de 2022. O texto do Decreto Pontifício foi lido pelo Pároco de Alcobaça, em cujo Mosteiro se situava a Chancelaria da Ordem até o Governo Português, autodenominado liberal, em 1835, ter confiscado todos os bens de todos dos conventos e mosteiros para os vender em hasta pública. Desse modo, o Estado liberal destruiu o inestimável trabalho de educação, saúde e assistência social que era desempenhado pelas Ordens Religiosas no território continental e nas Províncias Ultramarinas portuguesas.

Na arquidiocese de Évora houve celebrações no santuário de Vila Viçosa, participou nessas celebrações?

DB – Sim, participei.

O que significou e significa ainda hoje o facto de a coroa de Portugal pertencer a Nossa Senhora?

DB – Significa uma enorme responsabilidade para a Nação Portuguesa! Em muitas ocasiões o pedido de auxílio da Imaculada Conceição foi atendido positivamente. Nesta ocasião dramática que estamos a viver, do ponto de vista da saúde e crise económica generalizada, é importante que se invoque esta protecção da nossa Rainha; que, de resto, o continua a ser, visto não ter havido até hoje nenhuma revogação da consagração de 1646 destituindo a Virgem Maria do seu cargo!

É por essa razão, que nos quadros e retratos oficiais dos reis portugueses, da dinastia de Bragança, eles nunca aparecem coroados?

DB – Sim, é.

Portugal ainda é, verdadeiramente, a Terra de Santa Maria?

DB – Para a maioria dos Portugueses, é. Basta ver que, em condições normais, cerca de quatro milhões de pessoas peregrinam a Fátima todos os anos. Claro que há muitas pessoas que, apesar de peregrinarem, se esquecem dos pedidos feitos por Nossa Senhora em Fátima e das instruções básicas que Jesus Cristo nos deixou… Isso confirma, em meu entender a falta de lógica no comportamento dos Portugueses, mas dá-nos uma esperança de que o nosso Povo continua no fundo fiel à nossa Rainha.

Se a Monarquia Portuguesa for restaurada, Dom Duarte manteria essa designação de Nossa Senhora como rainha de Portugal?

DB – Obviamente que sim.

A Casa Real marca sempre presença em Vila Viçosa, em Fátima, em Braga, aquando de importantes peregrinações e celebrações religiosas de cariz mariano. Que lugar ocupa a devoção mariana no dia-a-dia da Família Real Portuguesa?

DB – Nós esforçamo-nos por cumprir os pedidos feitos pela Virgem Maria, nomeadamente o de rezar o terço em família. Infelizmente nem sempre tem sido possível. Creio que todas as famílias católicas deveríamos organizar a nossa vida de modo a que tal aconteça, mesmo que seja através da internet.

No ano passado, pela primeira vez, em 100 anos, a peregrinação a Fátima de 13 de maio foi celebrada sem a presença de fiéis? Este ano, acha que vai ser diferente ou em que moldes?

DB – Com a experiência que o Santuário de Fátima tem adquirido nesta situação tão difícil e com o facto de já muita gente estar vacinada, creio que será possível no próximo 13 de Maio voltar a peregrinar a Fátima, ainda que com algumas precauções. Tem ficado provado que os fiéis, em todas as Missas, têm dado o melhor exemplo do cumprimento das normas de prevenção do contágio.

Que mensagem deixa aos nossos leitores?

DB – Numa época em que o espírito racionalista e científico pretende por vezes desvalorizar o contributo da fé e da espiritualidade no progresso da Humanidade, cada vez mais, cientistas de todas as religiões aceitam a importância dos valores espirituais. Tenho amigos Muçulmanos que peregrinam a Fátima em oração à Virgem Maria, que o Islão considera a mulher mais santa que está no Paraíso. Também acompanhei o Dalai Lama na sua peregrinação a Fátima, onde foi a meu convite e onde homenageou a Virgem Maria.

Passemos aos nossos amigos a mensagem de que a devoção a Nossa Senhora é da maior importância, mas implica da nossa parte uma atitude de procurar seguir aquilo que Ela nos indicou.

*

Dados biográficos do senhor Dom Duarte:

Fotografia de Homem Cardoso

Dom Duarte Pio de Bragança nasceu em Berna, na Suiça, durante o exílio político da sua Família. Mas nasceu na Embaixada de Portugal, a fim de nascer em território nacional.

Quando a Família Real foi autorizada pela Assembleia Nacional (Parlamento) a regressar a Portugal, começou por viver em Coimbrões, Gaia. Estudou no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, no Colégio Nun´Alvares, da Companhia de Jesus, nas Caldinhas, em Santo Tirso, no Colégio Militar e no Instituto Superior de Agronomia.

Em 1968 concorreu e foi admitido na Força Aérea como Piloto aviador, tendo prestado serviço em Angola. Em 1972 ajudou na organização de uma lista independente, de candidatos angolanos, para esta concorrer à representação Angolana nas eleições à Assembleia Nacional Portuguesa. Em consequência desta iniciativa foi expulso de Angola e de S. Tomé e Príncipe pelo Governo de Marcelo Caetano em 1972.

Em 1974 visitou pela primeira vez o território português de Timor, na que foi a primeira de muitas visitas. Em 2014 o Parlamento Nacional Timorense votou por unanimidade a atribuição da nacionalidade timorense, “pelos altos serviços prestados à Nação” e porque “desde que em 1515 Timor abriu a Portugal, os Reis de Portugal passaram a ser Reis de Timor e, por consequência, a Família Real Portuguesa passou a ser timorense”. (Curiosamente, ao Povo Timorense não foi perguntado se queria deixar de ser Português aquando da Independência. A pergunta feita pelas Nações Unidas era apenas se queriam ou não ser indonésios. Há alguns anos houve uma enorme manifestação em Díli em protesto por não estarem a ser renovados os seus documentos de nacionalidade Portuguesa!)

Em 1995 casou em Lisboa com a Senhora Dona Isabel de Herédia com quem tem três filhos: D. Afonso, D. Maria Francisca e D. Dinis.

De acordo com o testamento da Rainha D. Augusta Victoria, viúva de D. Manuel II, assumiu a presidência da Fundação D. Manuel II, com a qual vem desenvolvendo também muitas actividades nos Países da CPLP.

Entrevista conduzida por Sérgio Carvalho

a Dom Duarte de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa

FONTE: https://religiolook.pt/liderancas/nesta-ocasiao-dramatica-que-estamos-a-viver-do-ponto-de-vista-da-saude-e-crise-economica-generalizada-e-importante-que-se-invoque-esta-proteccao-da-nossa-rainha/

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Real Confraria do Santo Condestável ajuda na angariação de bens e fundos para Cabo Delgado e São Tomé e Príncipe

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O Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos na Casa dos Pequeninos.

A Real Confraria do Santo Condestável, Departamento Sócio-Caritativo das Fundações Oureana e D. Manuel II, que é também um Apostolado Canonicamente Erecto, acaba de concluir mais um conjunto de acções de beneficência social para ajuda às populações de Cabo Delgado/Moçambique e São Tomé e Príncipe.

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Drª Carmo Jardim que lidera a campanha “Todos por Cabo Delgado” da ONG “SIM”

Um das acções tem como objectivo principal a recolha de roupa, calçado e brinquedos para Cabo Delgado e São Tomé e Príncipe onde actualmente existem situações muito difíceis.

Uma tonelada de roupa nova e semi-usada foi enviada para Cabo Delgado. e São Tomé.

A ideia de ajudar Cabo Delgado com a recolha, carregamento e transporte destes bens veio de S.A.R. o Duque de Bragança que quis apoiar a campanha “Todos por Cabo Delgado” da Senhora Drª Carmo Jardim, fundadora e presidente da SIM – Solidariedade Internacional a Moçambique e que tem levado a cabo um o trabalho excecional na angariação de bens para esta acção humanitária.

A recolha de bens foi efetuada ao longo de vários meses em regime de voluntariado, por Confrades Coordenadores da Acção Social da Real Confraria do Santo Condestável; nomeadamente, por várias equipas lideradas pelo Jorge Gonçalves, David Alves Pereira e António e José Manuel Gonçalves.

Carregamento de bens recolhidos por Marília Oliveira e enviados para Cabo Delgado.

Para além dos bens já referidos, houve também recolha de bens móveis para São Tomé e Príncipe, nomeadamente mobílias de quarto, colchões, roupas de cama, utensílios de cozinha e especialmente fraldas descartáveis para as crianças da Casa do Pequeninos e para os idosos acamados dos lares diocesanos.

A recolha de roupas novas e semi-usadas e fraldas junto de lojas e grandes superfícies foi fruto da actividade continuada de há 30 anos da voluntária de acção social Marília Oliveira e seus filhos no Vimieiro, Viseu, que têm vindo a ajudar com campanhas deste género os mais necessitados em todo país e para além-fronteiras.

Os Voluntários Marília Oliveira e Rui Melo na preparação dos bens para Cabo Delgado.

Os colchões, roupas de cama, utensílios de cozinha e móveis foram por sua vez doados pelos Coordenadores Regionais da Real Confraria Dr. Rui Salazar de Lucena e Melo de Santa Comba Dão e o Comendador João Ribeirinhos Leal de Portalegre e Cabeço de Vide.

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Voluntários da SIM – Solidariedade Internacional a Moçambique a distribuíram bens recolhidos pela ONGD na Província de Cabo Delgado.

CAMPANHA “TODOS POR CABO DELGADO”

Já os vários transportes de bens para os armazéns do SIM e para o porto de embarque de contentores em Lisboa, foram patrocinados pela Drª Carmo Jardim , pela Fundação D. Manuel II e a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala.

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Dom Duarte de Bragança agradeceu por via skype aos Voluntários da Real Confraria.

O transporte marítimo para Cabo Delgado também ficou a cargo da SIM enquanto o carregamento para São Tomé a cargo da Fundação D. Manuel II.

Durante uma reunião do Conselho da Real Confraria do Santo Condestável, que teve lugar na sede da mesma no Castelo de Ourém, no passado dia 1 de Abril, aniversário do falecimento de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, o Condestável-Mor Dom Duarte, Duque de Bragança, por reunião “Skype”, reconheceu a agradeceu os esforços de todos os voluntários e particularmente dos generosos doadores Marília Oliveira e família, Rui Melo e Ribeirinho Leal que têm vindo há largos meses a trabalhar de forma dedicada nesta campanha.

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Casa dos Pequeninos da Diocese de São Tomé e Príncipe.

APELO URGENTE POR AJUDA DA DIOCESE DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Tendo celebrado recentemente as festas dos santos padroeiros; Apóstolo Tomé e a Rainha Isabel de Portugal, o Bispo D. Manuel António Mendes dos Santos, os Missionários e Cuidadores Voluntários da Diocese de São Tomé e Príncipe, recordaram nas suas orações, todos os benfeitores, vivos e falecidos, que ajudaram e continuam a ajudar a manter em funcionamento as numerosas obras sociais, educacionais e de caridade da Diocese.

“Somos especialmente gratos aos membros de nossas Ordens Canonicamente Erigidas na Diocese, cuja generosidade e esforço em prol dos pobres tem sido incomparável.”

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Crianças da Casa dos Pequeninos em São Tomé.

Segundo D. Manuel Antonio, “a recente pandemia de Covid 19 não só mudou a vida de muitas de nossas famílias, entes queridos, amigos e membros de nossas Ordens, mas também afetou vários aspectos da sociedade em geral, causando inúmeras mortes, condições médicas graves prolongadas, desemprego e ansiedade “. A pressão sobre o orçamento diocesano também foi afectada especialmente com os projetos de caridade, incluindo o orfanato (Casa dos Pequeninos), as casas para idosos , o centro de saúde e o banco de alimentos, todos agora passando por dificuldades pela primeira vez.

“Dado que este ano as doações, subsídios e até mesmo o apoio anual fixo que recebemos e contamos das instituições da Igreja foram muito reduzidos como resultado de uma queda nas doações devido ao cancelamento de eventos conjuntos de angariação de fundos nos EUA, é agora evidente que em breve estaremos lutando para alimentar e sustentar as crianças e idosos sob nossos cuidados.

“Só o orfanato tem uma despesa fixa de 3.000 € por mês e também uma necessidade diária de fraldas descartáveis ​​para crianças!”

Carlos Evaristo com lote de fraldas para crianças e idosos acamados em São Tomé.

Para Carlos Evaristo, Coordenador-Mor da Acção Social da Real Confraria e Director da Fundação Oureana; “Estas acções sociais só são possíveis graças à generosidade de tantos e ao espírito de voluntariado. Estas iniciativas estão a ser organizadas no âmbito do 850º Aniversário da Real Ordem de São Miguel da Ala e dos 20 anos da Real Irmandade da mesma soberana invocação e são só alguns dos projectos em curso de acção directa para beneficiar vítimas da pobreza, do Covid 19 e de conflitos sociais.”

Perante esta grave situação, a Real Confraria do Santo Condestável vem dirigir um apelo especial a todos para que ajudem a apadrinhar uma criança ou um idoso durante um ano ao custo de 10,00 € mensais.

Como de costume, todos os fundos devem de ser enviados diretamente para a Conta Diocesana a cargo da Província Portuguesa da Congregação dos Missionários do Imaculado Coração de Maria, no entanto, os doadores nos Estados Unidos da América, desejando um recibo dedutível de impostos, podem transferir fundos para a conta de ONG Sem Fins Lucrativos R.IS.M.A. 501 3C entrando em contato com a Federação das Reais Irmandades da Ordem de São Miguel da Ala: rismaquisutdeus@gmail.com

NOME DA CONTA: Província Portuguesa da Congregação dos Missionários do Imaculado Coração de Maria Maria – Diocese de São Tomé e Príncipe
BANCO: Novo Banco
FILIAL: Campo Grande, Lisboa, Portugal
BAN: PT50 0007 0000 0037 9803 8892 3
Swift: BESCPTPL

1 de Abril de 2021

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https://ongsim.org/index.php/contactos/
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Duque de Bragança recebido com Honras na Universidade Nacional em Kiev, Ucrânia

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D. Duarte de Bragança e o Reitor Viktor Petrovych Andrushchenko.
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O Patrono da Universidade Preside à Sessão na Aula Magna da Reitoria.
O Prof. Moritz Hunzinger, D. Duarte de Bragança e o Reitor Viktor Petrovych Andrushchenko

Sua Alteza Real o Duque de Bragança e Conde de Ourém, Presidente da Fundação D. Manuel II e Membro Fundador do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, foi recebido hoje com honras na Aula Magna da Reitoria da Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov de Kiev, Ucrânia.

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Dom Duarte Pio de Bragança que é desde 19 de Novembro de 2020, Patrono e Professor de Honra da Faculdade de História da Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov, foi recebido com honras pelos membros da Reitoria, muitos dos quais ostentaram as insígnias da Ordem de São Miguel da Ala da Casa Real Portuguesa à qual pertencem.

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Alex Tichenko e o Vice-Reitor Prof. Ihor Vetrov saudam o Duque de Bragança à sua chegada.
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Sessão Solene na Aula Magna da Reitoria.

O Grão-Mestre das Ordens Dinásticas que está de visita à Ucrânia para inaugurar a Delegação da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala, canonicamente reconhecida pela Conferência Episcopal daquele país, aproveitou para visitar a Universidade da qual foi nomeado Patrono,
discursando sobre a historia das relações Luso-Ucranianas na Aula Magna da Reitoria, local onde foi solenemente recebido pelo Magnifico Reitor Andrushchenko Viktor Petrovych, o Vice-Reitor Prof. Ihor Vetrov e vários Ministros da Academia Nacional das Ciências Educacionais da Ucrânia (NAES).

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Edifício histórico da Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov.


Foi o Presidente da Academia Nacional NAES, Prof. Dr. Vasyl Kremen deu as boas vindas ao Magnífico Patrono da Universidade, D. Duarte de Bragança em nome de toda a comunidade académica.

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O Presidente da Academia Nacional NAES, Prof. Dr. Vasyl Kremen.
Actuação do Coro da Universidade na Aula Magna da Reitoria.

Para o Duque de Bragança foi preparada uma recepção especial que contou com a atuação do Coro Veryovka, considerado um dos melhores da Ucrânia e que interpretou algumas músicas tradicionais ucranianas e depois alguns temas Portugueses e Brasileiros bem conhecidos e isto em homenagem à ascendência Luso-Brasileira do Senhor Dom Duarte.

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Durante o canto do Hino Nacional.
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O Duque de Bragança na revisão do seu discurso com o Prof. Moritz Hunzinger.
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O Reitor Viktor Petrovych Andrushchenko oferece uma colecção de livros ao ilustre Patrono.

O Chefe da Casa Real Portuguesa chegou na companhia do Professor Moritz Hunzinger e com ele visitou vários departamentos da maior Universidade da Europa tendo depois inaugurado a renovada Galeria dos Professores, Doutores e distintos ex-alunos.

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D. Duarte de Bragança e o Prof. Moritz Hunzinger na Galeria dos Professores e Doutores.
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Antes de partir da Universidade o Senhor D. Duarte recebeu
do Magnifico Reitor da Universidade, uma distinção especial
ao “Mérito Académico”.
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D. Duarte recebeu uma distinção especial ao “Mérito Académico”.

Antes de partir da Universidade o Senhor D. Duarte recebeu do Magnifico Reitor da Universidade, uma distinção especial ao “Mérito Académico”.

A visita de D. Duarte de Bragança a Kiev tem vindo a ser notícia de destaque nos noticiários de televisão e na imprensa nacional.

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30 de Maio de 2021

FONTE: https://npu.edu.ua/novyny/podii/npu-imeni-mp-drahomanova-vidvidav-yoho-korolivska-vysokist-duarte-piu-de-brahansa

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RELÍQUIAS DE SANTOS PORTUGUÊSES PODEM DESVENDAR MISTÉRIO DA IDENTIDADE DE COLOMBO

O Presidente da Fundação Oureana Carlos Evaristo, entregou várias amostras de osso, sangue e cabelo de Santos Portugueses para estudo na Universidade de Granada.

Para chegar à identidade de Cristóvão Colombo a equipa do Professor José Lorente Acosta do Laboratório de ADN do Departamento de Medicina Legal, Toxicologia y Antropologia Física da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada, realizou analises entre 2002 e 2004 que comprovaram que os poucos ossos que estão na Catedral de Sevilha são mesmo do Navegador pois comprovou-se que eram do pai de Hernan Colon, também sepultado na Catedral, e de um irmão de Diego Colon que estava sepultado na Cartuxa da mesma cidade.

O Prof. José António Lorente com as caixas contendo três amostras da família Colón.

Uma vez obtido o perfil genético de Colombo procedeu-se à comparação do seu ADN com várias famílias Italianas com as mais diversas variações do apelido, mas foi algo que segundo Lorente “não foi conclusivo dado que não se verificaram ligações com nenhumas das famílias italianas.”

A falta de matéria óssea aliada à pouca que então foi disponibilizada para o projeto cedo se revelou um impedimento pelo facto da tecnologia à época não poder ir mais além, estando-se igualmente a destruir o pouco de matéria óssea que havia. Tal determinou a suspensão do projeto que só agora foi retomado, 16 anos mais tarde, precisamente no dia 20 de Maio, por ocasião do 515º aniversário do falecimento do navegador em 1506.

Para testar as várias teorias procuraram-se ossadas de supostos parentes de Colombo que serão analisadas e comparadas com os marcadores do ADN do navegador, do seu irmão e filho, para se tentar estabelecer uma ligação próxima de parentesco. Porém duas amostras para suporte de duas das teorias portuguesas não foram submetidas para análise pelo laboratório a cargo de Lorente porque segundo os defensores das duas teses, as análises de ADN serão feitas em Portugal e os resultados depois enviados para Granada para comparação.

No entanto, três amostras que podem ser determinantes neste projeto, foram oficialmente entregues no laboratório na passada quarta-feira por Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas e iconografia sacra medieval que colabora no projeto Colombo há já vários anos. As relíquias transportadas da Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana no Castelo de Ourém num cofre de metal selado com selos de lacre episcopais, foi aberto no laboratório sendo o conteúdo entregue mediante a assinatura de um auto.

No âmbito da retoma do projecto de estudo do ADN de Cristóvão Colombo, anunciado na passada quarta-feira pela Universidade de Granada, foi organizada pela mesma Universidade, uma Conferência Internacional onde peritos nas várias teorias que existem acerca da nacionalidade do navegador, apresentaram as provas para sustentarem as suas teses.

Na ausência de outras amostras de restos mortais contemporâneos que pudessem sustentar a teoria genovesa, os cientistas voltaram a atenção para as outras teorias, descartando algumas mais distantes e considerando agora aquelas que defendem que Colombo era ibérico como as mais plausíveis.

A Magnifica Reitora, Lorente e o Produtor da Série Documentária para a TVE.

Só os defensores da teoria hoje mais comummente aceite, mas também a mais questionada, a de Colombo ter sido Genovês, é que não se fizeram representar. No entanto houve apresentações por peritos das teorias de Colombo Catalão, Valenciano, Aragonês, Galego, Castelhano, e de três teorias distintas, mas que defendem a sua origem Portuguesa: a de ter sido um corsário, de ascendência nobre, apresentada por Fernando Branco; a de que seria um filho bastardo de uma Infanta D. Isabel, de José Matos e Silva e a de que era filho de um Infante da Casa Real de Avis, do falecido Mascarenhas Barreto apresentada por Carlos Evaristo.

O Professor Lorente dirigindo-se a Carlos Evaristo durante a Conferência de Imprensa.

Evaristo foi convidado especial da Universidade de Granada e da TVE no encontro tendo participado na Conferência de Imprensa Internacional e na Conferência do Projecto Cólon ADN. Durante os três dias em Granada o Presidente da Fundação Oureana apresentou um dossier de provas documentais que sustentam a hipótese do Colombo ser Português mas disse considerar todas as teorias apresentadas na conferência “muito bem fundamentadas embora simpatize mais com a teoria de que Colombo era um membro bastardo da Casa Real Portuguesa”.

O Presidente da Fundação Oureana e Autor que compilou um estudo juntamente com o explorador subaquático Dave Horner sobre os Segredos e Mistérios de Colombo e co-produziram também um documentário com o premiado realizador americano Paul Perry sob o mesmo tema.

No encontro Evaristo apresentou provas e defendeu a teoria do seu falecido amigo e mentor, o pesquisador Augusto de Mascarenhas Barreto, que defendia que Colombo seria filho bastardo de D. Fernando, Duque de Beja e de Isabel Zarco, filha do Navegador João Gonçalves Zarco, nascido na Cuba do Alentejo, tendo como verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco ou Salvador Gonçalves Zarco. Mas considera, “o mais importante é comprovar que o Colombo era ibérico, e não Genovês, algo que o Papa Alexandre VI já havia afirmado ao referir-se ao Almirante como um filho amado das Hispanias na Bula Inter cætera.”

Esta Bula, de 4 de Maio de 1493, estabelecia um meridiano situado a 100 léguas a oeste do arquipélago do Cabo Verde, relativamente ao qual o que estivesse a oeste do meridiano seria Espanhol, e o que estivesse a leste, Português, antecedendo a divisão do Novo Mundo que viria em 1494 a ser acordada em Tordesillhas e que veio a favorecer Portugal na corrida para encontrar o caminho marítimo para a Índia.

Na balança histórica pesa mais o prato das provas de que era português; independentemente das teorias o facto é que todas elas o colocam como ligado à Casa Real, sendo então fundamental, tentar estabelecer a eventual ligação genética obtendo marcadores iguais com Santos da Casa Real.

De qualquer das formas evaristo acredita que Colombo serviu como Capitão de Guerra, uma espécie de Agente Secreto naquilo que diz respeito a desviar as atenções do Papa Borja Espanhol e dos Reis Católicos do verdadeiro caminho marítimo para a Índia e da existência de terras no Brasil e no Canadá, descobertas anteriormente à chegada do Colombo às Américas em 1492 e que seriam perdidas para Castela, tal como haviam sido as Ilhas Canárias, ao abrigo do tratado das Alcáçovas. Por isso estas descobertas só foram reveladas oficialmente depois de D. João II ter garantido mais 370 léguas com o Tratado de Tordesilhas que as abrangeram. É por isso que segundo Evaristo, com as revelações da existência destas terras em 1498 e 1500 Colombo cai na desgraça, foi preso e embora liberto, morreu em relativa obscuridade e com todos os direitos revogados.

Com a finalidade de encontrar provas genéticas que comprovem estas teorias, o perito em relíquias, Carlos Evaristo passou 10 dos 30 anos que já dedica ao estudo de Colombo, à procura de material genético contemporâneo ou anterior ao mesmo, mas sem êxito. Segundo o arqueólogo fundador do Real Instituto de Arqueologia Sacra; “não existem restos mortais na maioria dos túmulos e sepulturas dos supostos pais ou irmãos de Colombo em Portugal, para comparação. Alguns de Reis como D. Manuel I, D. João II e a Princesa Santa Joana são difíceis de abrir sem causar danos ou se gastar muito dinheiro. Os restos mortais em falta, por não haver registos de traslados, crê-se terem sido simplesmente removidos e transferidos para as valas comuns dos cemitérios públicos quando da ordem de despejo de todas as campas nas igrejas depois de 1834, uma ação que levou à chamada revolta da Maria da Fonte.”

Lorente e Evaristo conferem as amostras de osso, sangue e cabelo no Laboratório.

Foi então que o autor pensou em se testarem relíquias de Santos da Casa Real Portuguesa para possível comparação do ADN com os três Colombos; o navegador, o filho e o irmão. A escolha recaiu nas relíquias que Evaristo juntou e guarda na Regalis Lipsanotheca no Castelo de Ourém, local onde está sedeado o Apostolado de Relíquias canonicamente ereto, fundado por ele e pela mulher Margarida, técnica assistente de conservação de relíquias há 33 anos.

“O problema”, segundo Evaristo, “era que há 16 anos, por exemplo, não era possível extrair ADN de cabelo e hoje já é e por isso o Professor Lorente como não queria gastar mais matéria óssea por haver pouca, decidiu sabiamente suspender o estudo até que a tecnologia evoluísse. Agora que já é possível, pediu para que nós submetêssemos as amostras.”

Assim, três cabelos da Rainha Santa Isabel com mas de sete séculos foram cuidadosamente removidos por Lorente e Evaristo de um relicário com uma sua madeixa, selado em lacre com o sinete do Bispo Conde de Coimbra D. Frei Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré. Este cabelo havia sido recolhido pelo mesmo prelado na presença do Rei D. Miguel I conforme documentação existente em arquivos quando da abertura do túmulo da Rainha Santa para verificação do estado de conservação do seu corpo incorrupto.

As outras duas amostras de relíquias de Santos fornecidas por Evaristo são mais difíceis de re-autenticar por terem perdido os selos de autenticidade ao longo dos séculos e terem sido removidas de relicários originais antes de terem sido vendidos por particulares. São supostamente sangue e ossos de dois Santos Portugueses que já tinham um grande culto contemporâneo a Colombo e que eram membros da Família Real de Avis e de Bragança. Embora Evaristo acredite que sejam genuínas, caso não se verifique o parentesco entre elas, o mesmo está preparado para pedir outras amostras destes santos e de outros que ainda estão na posse das entidades originais desde o falecimento dos mesmos.

Evaristo entregou também várias amostras de ossos que pensa serem de membros da alta nobreza Portuguesa de comprovada antiguidade contemporânea ao Colombo para comparação.

“Sendo os Santos da Casa Real antepassados comuns ou parentes directos das várias pessoas apresentadas nas diversas teorias Ibéricas como sendo possíveis pais de Colombo, a descobrir-se um elo de ligação poderá esse servir para confirmar que ele era pelo menos ibérico, se não mesmo Português. Uma vez que tudo o que roda em torno da sua vida, desde os escritos às ligações e afirmações feitas por outros à época vão nesse sentido. Até a sentença do Supremo Tribunal Espanhol de 1515 que ratificou uma decisão do Tribunal de Santo Domingo a respeito dos direitos à herança familiar, declarou que o Navegador se chamava Xproval Colomo em 1484 quando chegou de Portugal e que era provavelmente de origem Portuguesa. O mesmo escreveu Paolo Toscanelli em correspondência contemporânea e é o que referem recibos de pagamento da Rainha D. Isabel entre outros escritos existentes. O facto de ser um estrangeiro e ter casado com uma nobre portuguesa, de ter uma Carta de D João II que é um Salvo Conduto entre outros privilégios que só um parente da Família Real teria, tais como se sentar na presença do Rei, de assistir à Missa com ele e de estar a sós com a Rainha e o Príncipe D. Manuel durante vários dias, são todos factos documentados que levaram pessoas a questionar a sua verdadeira identidade e verdadeira missão à época.”

Para já fica de parte a proposta que Carlos Evaristo apresentou a Lorente há já vários anos como sendo a mais concreta para estabelecer uma ligação à Casa Real Portuguesa: a abertura da urna em chumbo do Príncipe D. Miguel da Paz, que Evaristo identificou há vários anos na Capilla Real de Granada. Príncipe que foi primogénito de D. Manuel I e da filha dos Reis Católicos e por isso, segundo a tese de Mascarenhas Barreto, um sobrinho de Colombo.

O Cabido da Sé de Granada porém tem até agora recusado permitir a abertura da urna e mesmo com um método não demasiado invasivo proposto por Evaristo de introduzir uma c
câmara endoscópica com pinça. Afirmaram em carta ser “um momento inoportuno”.

Restos óseos exhumados de la tumba de Cristóbal Colón en la Catedral de Sevilla en el año 2003.
Fragmentos de la urna y los huesos de los restos de Cristóbal Colón recuperados, en la Catedral de Sevilla. Horizontal.

O facto de haver poucos ossos de Colombo em Sevilha, um mero punhado de uma matéria óssea que mais se parece com uma mão cheia de pedras, deve-se, segundo um estudo Carlos Evaristo “à prática religiosa universal em vigor até ao século XIX de deixar uma terça parte do esqueleto no local de sepultamento original quando havia um traslado. Isto para que no caso de se perderem os ossos no transporte ou posteriormente, por outra razão, haver sempre algo para que os anjos no dia do julgamento final pudessem recriar o corpo para o unir à alma e assim o reanimar na ressurreição dos mortos.

Dado que os restos de Colombo estiveram insepultos em Valladolid tendo sido o corpo desmembrado e descarnado segundo o processo Teutónico (a prática de desmembrar e descarnar os corpos para posterior transporte), e depois os mesmos transferidos para o Mosteiro da Cartuxa em Sevilha e daí para Santo Domingo, depois para a ilha de Cuba e de regresso a Sevilha, não é de admirar que a República Dominicana afirme guardar uma boa parte do esqueleto do navegador no chamado farol de Colón em Santo Domingo e de a maior parte ter desaparecido. Pode ser também que os restos que estão lá sejam os de Diogo Colombo ou uma mistura dos dois. Em Valladolid o município procede com escavações no local do antigo Convento de São Francisco, local onde morreu Colombo. Foi já identificado o local preciso do seu primeiro sepultamento ou repouso da caixa com os seus ossos e onde teria sido enterrada, segundo Evaristo, a primeira terça parte dos mesmos.

O historiador Marciel Castro que foi quem teve a ideia em 2002 de se iniciarem estudos genéticos aos restos mortais de Colombo, foi também a pessoa instrumental na localização dos restos mortais do irmão do navegador, de nome Diego, e esteve na origem da ideia para a abertura do túmulo do filho do Navegador; Hernan. Castro foi também quem localizou a capela da primeira sepultura sobrepondo um mapa antigo a um mapa actual.

Maciel Castro, Carlos Evaristo e José António Lorente.

Carlos Evaristo descobriu também que o facto de não se conhecer o verdadeiro nome de Colombo e a sua verdadeira nacionalidade foi o impedimento maior que a Sagrada Congregação dos Ritos teve no século XIX para abrir o processo para a Canonização do navegador, tal como havia sido proposto pelo fundador dos Cavaleiros de Colombo, Padre Michael Mc Givney através do Episcopado Norte Americano.

Para Carlos Evaristo “a identidade de Colombo é uma página da história universal que falta escrever e se não for o Professor Lorente e sua equipa finalmente a escrever esse capítulo final, nunca se poderá pôr fim a um mistério com mais de 500 anos. E mesmo que ele não seja Genovês, ou Espanhol ou Português, o que interessa é a verdade. Isso em nada tira o valor da missão dele ou daqueles dedicados investigadores que perante este mistério forense seguiram pistas válidas baseadas em factos contemporâneos para apresentarem várias teorias. Não é afinal o que fazem sempre todos os investigadores quando há um crime por resolver?”

“Mas é o ADN”, garante o Professor José Lorente Acosta, chefe da equipa de investigação do Projeto ADN Colón da Universidade de Granada, “que será a chave para desvendar o mistério”. Um mistério que Colombo nunca quis revelar em vida, nem mesmo aos filhos.

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TEORIAS APRESENTADAS DURANTE A CONFERÊNCIA

Teoria Valenciana: Colombo tinha uma dupla identidade: “Genovês de nação” e cidadão Valenciano”.

Palestrante: Francesc Albardaner i Llorens, Membro da Sociedade Catalã de Estudos Históricos do I.E.C., Sócio da Instituição Catalã de Genealogia e Heráldica.

Resumo: A pesquisa de Francesc Albardaner situa Cristóbal Colom em Valencia no seio de uma família de judeus convertidos, cujo comércio era tecelões de seda, à qual pertencia sua mãe. Seu pai era um emigrante da Ligúria que chegou a Valência com o clã Gavoto de Savona, que criou empresas de tecelagem de seda e brocado e fábricas de papel em Valência, a partir do ano de 1445 ou pouco antes. O casamento pode ser considerado intra-união, uma ocorrência frequente naquela época. Por ser filho de casal misto, podia apresentar-se tanto como “genovês da nação”, por ser filho de pai genovês, ou como súdito natural da Coroa de Aragão, por ser cidadão de o Reino de Valência. Cristóbal Colom também teve uma formação dual: cristã na esfera pública e judia no claustro familiar. Na verdade, ele foi um criptojudeu que não se interessou em dar a conhecer as suas origens hebraicas nos momentos difíceis da imposição da inquisição castelhana em todos os territórios da Coroa de Aragão. Sua origem judaica sefardita foi um dos principais motivos que o obrigaram a não divulgar sua origem.

Teoria Portuguesa I: Colombo era na verdade um corsário português

Palestrante: Fernando Branco, Professor da Universidade de Lisboa (IST, Instituto de Engenharia) e Membro Honorário da Academia Portuguesa de História

Resumo: A hipótese portuguesa afirma que Cristóvão Colombo se chamava realmente Pedro Ataíde e era um corsário português. O Professor Fernando Branco recolhe no seu livro “Cristóvão Colombo, nobre português” as numerosas coincidências entre a vida do almirante e a de Ataíde, ambas inclusive participaram na guerra de Aragão e na batalha naval do Cabo de S. Vicente. O que se sabe de Pedro Ataíde justifica, como aconteceu com Colombo, sua fuga para Castela em 1485, suas ligações com a nobreza portuguesa em Sevilha e o texto da carta que D. Juan II lhe enviou. Justificaria também, ao regressar da primeira viagem, o seu reconhecimento por João da Castanheira na ilha de Santa Maria e a visita da Rainha de Portugal ao convento da Castanheira. Em 2017, o grupo de investigadores da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Técnico de Lisboa exumou os restos mortais do primo paterno de Pedro Ataíde. Os ossos de António de Athayde, primeiro Conde de Castanheira e primo do corsário português, foram exumados da igreja onde foi sepultado, perto de Lisboa, para extracção do ADN nuclear.

Teoria portuguesa II: Colombo, filho bastardo de Infanta Portuguêsa

Palestrantes: José Mattos e Silva (António Mattos e Silva)

Resumo: Cristóvão Colombo era filho bastardo da Princesa Leonor de Aviz e D. João Menezes da Silva, justamente em período de negociações para o futuro casamento da princesa com o Imperador Frederico III, portanto não poderia ser considerado filho da princesa e foi adotada por um de seus servos. Ambos os pesquisadores fornecem amostras genéticas do suposto ramo paterno e materno.

Teoria de Navarra: Colombo transferiu o topônimo de Ainza para a América

Palestrante: Jose Mari Ercilla, Pesquisador e médico aposentado.

Resumo: Segundo a tese de José Mari Ercilla, Cristóbal Colón nasceu na Baixa Navarra e era portador do antígeno HLA-B27, característico de escapamentos. Todos os personagens importantes da vida de Colombo têm um forte vínculo com Navarra e grande parte do seu vocabulário coincide com o da área dos ultra-portos. O topônimo Ainza era o nome da cidade da Baixa Navarra onde nasceu Cristóvão Colombo (atualmente Ainhice Mongelos). Este nome não existia em outra parte do mundo além da América e após a descoberta deste por Colombo. Um nome que só quem nasceu ali poderia saber porque os Colom, segundo o censo real navarro, habitavam esta localidade com apenas cinco casas.

Teoria de Maiorca: Colombo era o filho secreto do Príncipe de Viana

Palestrante: Gabriel Verd Martorell, Historiador e Presidente da Associação Cultural Cristóbal Colón

Resumo: A teoria da origem maiorquina de Cristóvão Colombo não foi documentada documentalmente até o século passado em que diversos historiadores tentaram mostrar que o descobridor era filho natural de Dom Carlos, Príncipe de Viana (irmão do Rei Fernando el Católico) e o maiorquino Margalida Colom. Ele nasceu em Felanitx, Maiorca, em 1460. Esta teoria foi defendida por historiadores de grande prestígio, como Manuel Lópéz Flores de Sevilha, Irmão Nectário Maria venezuelano e Torcuato Luca de Tena, etc. Colombo durante sua terceira viagem ao Novo Mundo batizou Ilha Margarita na costa da Venezuela em 1498 com o nome da mãe e escreveu-o em maiorquino «Margalida». O grande filólogo espanhol Ramóm Menéndez Pidal mostrou que Colombo “sempre escreveu em latim ou espanhol, nunca em italiano ou genovês, e tampouco os italianismos aparecem em seus escritos”. Em abril de 1492, um importante documento de valor histórico incalculável foi assinado em Santa Fé de Granada, conhecido como “as Capitulações de Santa Fé” e no qual foram estipuladas todas as condições estabelecidas entre o Descobridor e a Coroa, por meio do qual o levaria a cabo o empreendimento da descoberta. No documento citado, Colombo é nomeado almirante, vice-rei e governador geral. Ele também recebe o título de “Don”, que, como nos diz o professor Juan Manzano em uma de suas publicações, “era um título honorário e digno usado por reis e membros de suas famílias”. Os cargos de vice-rei e governador geral aparecem na época do descobrimento na Coroa de Aragão e não na castelhana. São cargos de alta categoria social e até mesmo o de Governador Geral foi reservado para pessoas de sangue real. Outro fato importante a destacar é que Colombo possuía uma cultura extraordinária para sua época. Todos esses dados, junto com outros, defendem a hipótese de que o descobridor não poderia ser o genovês Cristoforo Colombo, tecelão e estalajadeiro.

Teoria Galega: Colombo era de origem Galega

Palestrante: Eduardo Esteban Meruéndano, Presidente da Associação Cristóbal Colón Galego “Celso García de la Riega”

Resumo: A possível origem galega de Cristóbal Colón foi postulada em 1898 como a primeira refutação da origem genovesa, por Celso García de la Riega de Pontevedra. Documentos, toponímia e linguagem foram a base fundamental do suporte de uma teoria conhecida, seguida e difundida por historiadores (Enrique Zas Simó, Constantino de Horta e Pardo), pedagogos (Virgilio Hueso Moreno, Ramón Marcote Miñarzo, Nicolás Espinosa Cordero), acadêmicos (Wenceslao Fernández Flórez, Emilia Pardo Bazán) ou figuras culturais (Ramón María del Valle – Inclán, Torcuato Luca de Tena e Álvarez Ossorio), entre muitos outros. Em 1928, silenciado por pressões políticas devido à iminente celebração da Exposição Ibero-americana de Sevilha.

A recente legitimação dos documentos históricos pelo Instituto do Patrimônio Cultural da Espanha (2013), que contêm os sobrenomes “Colón” e “de Colón”, bem como as Capitulações de Santa Fé, pode colocar a família do navegador em Pontevedra , antes e durante a descoberta.

Teoria Castelhana: Colombo era Castelhano

Palestrante: Alfonso C. Sanz Núñez, Autor do livro “Don Cristóbal Colón. Almirante de Castela “

Resumo: A tese castelhana afirma que Cristóvão Colombo nasceu em Espinosa de Henares (Guadalajara) em 18 de junho de 1435. Ele era neto de Don Diego Hurtado de Mendoza, Almirante de Castela. Sua mãe era Dona Aldonza de Mendoza, Duquesa de Arjona . Ela morreu de parto duplo. No testamento desta Senhora, feito dois dias antes de sua morte, aparece Cristóbal Genovés, a quem ela deixa 13.000 maravedíes. O irmão gêmeo do almirante, Alfón el Doncel, foi assassinado quando tinha cinco anos. Seu tio, o Marquês de Santillana, usurpou sua herança. Os reis concederam-lhe as mesmas prerrogativas que o Almirante de Castela tinha o título de Almirante do Mar Oceano antes do Descobrimento, porque lhe correspondia por linhagem. Os emblemas de seu avô e de sua mãe aparecem no brasão de Colombo.

Teoria portuguesa III: Colombo, um bastardo da Casa Real e Espião ao Serviço do Rei de Portugal.

Palestrante: Carlos Evaristo, Arqueólogo e Historiador, Presidente da Fundação Oureana e do Instituto Cristóvão Colom.

Resumo: A teoria do falecido Autor Professor Augusto Mascarenhas Barreto, defendida por Carlos Evaristo é que Cristóvão Colom não seria Genovês, mas poderia ser filho bastardo de D. Fernando, Duque de Beja e Viseu, e de Isabel Gonçalves Zarco, de ascendência Judia e Genovesa.

O seu nome seria Salvador Fernandes Zarco e seria originário de Cuba, Alentejo. Colom seria um Capitão de Guerra, um Espião como o 007, com licença para matar, ao serviço do Rei João II de Portugal. A missão deste suposto irmão de D. Manuel I era desviar a atenção dos Reis Católicos da verdadeira rota para a Índia, oferecendo-lhes uma rota alternativa. Esse engano permitiu que Portugal negociasse um novo Tratado para ficar com a Índia e com a posse das terras do Brasil e do Canadá já descobertas.

Carlos Evaristo, para além de estudar os túmulos do Duque de Beja e das suas irmãs, todos estranhamente vazios, identificou uma urna de chumbo com os restos mortais do Príncipe Miguel da Paz, filho de D. Manuel I na Cripta da Capela Real de Granada na espera de autorização para abri-lo.

Foram também recolhidas por Evaristo outras relíquias significantes ligadas à Casa Real Portuguesa que serviriam como principais amostras de DNA para finalmente permitirem confirmar, ou não, esta que é a teoria mais antigo do Colombo português.

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Os resultados das análises de ADN serão divulgadas pelo Professor Lorente no dia 12 de Outubro, aniversário da chegada de Colombo às Américas em 1492.

Granada, 19 de Maio de 2021

Real Instituto Cristóvão Colom – Salvador Fernandes Zarco – RAHA

(DEPARTAMENTO DE PESQUISA COLOMBIANA AUGUSTO MASCARENHAS BARRETO DA FUNDAÇÃO OUREANA)

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FUNDAÇÕES OUREANA E D. MANUEL II PROMOVEM CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE AS RELÍQUIAS DOS SANTOS E O DIREITO

A Fundação Histórico – Cultural Oureana através dos Departamentos; Regalis Lipsanotheca (Apostolado de Relíquias) e o Real Instituto para a Arqueologia Sacra, em parceria com a Fundação D. Manuel II, promove em Abril, a primeira Conferência Internacional sobre as Relíquias e o Direito. O encontro inédito é organizado pela Conferência De Saint-Yves, uma Associação de Juristas Católicos do Luxemburgo.

É pretensão dos organizadores da Conferência e seus Patronos e Parceiros, discutir pela primeira vez o Direito Consuetudinário, o Direito Civil e o Direito Canônico no que diz respeito às Relíquias Sagradas.

Para o Perito em Relíquias, Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana e Fundador da Regalis Lipsanotheca “a realização desta Conferência é um marco histórico no Culto das Relíquias Sagradas pois as leis que regulavam a distribuição, conservação e exposição dos restos mortais do Satos e seu pertences eram canónicas mas também civis. Relíquias Insignes eram até usadas nos Tribunais para se fazerem juramentos durante julgamentos, e essa prática foi posteriormente substituída pela Bíblica como Relíquia da Palavra de Deus. Relíquias até estão na origem das primeiras regras de trânsito decretadas pelos Papas nos anos Santos. E uma necessidade divulgar as leis e normas atuais para o Culto das Relíquias que a maioria das pessoas desconhecem mas é importante também se criar leias civis para a proteção das mesmas pois não são somente Património da Igreja mas também da Humanidade. Leias civis e canónicas para combater o trafego, venda e falsificação de Relíquias é outro tema importante a debater. Há muitos anos que combatemos estas três atividades, quer através de denuncias e apoio à Interpol, quer com normas que a Santa Sé adotou depois do nosso apostolado as sugerir. O nosso Co-Fundador e Delegado nos EUA Thomas Serafin também conseguiu implementar normas no ebay que proíbem a venda de restos mortais embora os vendedores sem escrúpulos metem e assim contornam a proibição. Existe também uma proposta do nosso Delegado no Brasil, Fabio Tucci Farah, para legislação que reconheça o direitos à dignidade das Relíquias Sagradas, não só como os tesouros culturais que jamais deveriam ser vendidos, mas também como restos mortais que merecem respeito pelo sentido religioso e a dignidade humana que lhes é devido. É digno de louvor esta iniciativa da Associação de Juristas Católicos de Luxemburgo e do Presidente e organizador Dr. William Lindsay Simpson.” 

A Conferência terá lugar na Terça-feira, 27 de Abril de 2021, com início às 18h30 horas locais, na Igreja Saint-Michel, na Rue Sigefroi, na Cidade do Luxemburgo.

PROGRAMA DE INTGERVENÇÕES

As Relíquias dos Santos, formação costumeira de um DireitoPhilippe George, Curador Honorário do Tesouro da Catedral de Liège

A questão do comércio de Relíquias e as questões jurídicasPatrice Biget, Leiloeiro especializado na venda de Relíquias e Perito Judicial no Tribunal de Recurso de Caen

A Posição da Igreja em relação aos padrões aplicáveis ​​às Relíquias -Matthieu Bottin, Doutor em Direito, Advogado homologado pelo Tribunal eccl. de Marselha

Considerações FinaisCónego Eric de Beukelaer, Vigário Geral da Diocese de Liège

A Conferência tem o apoio da Arquidiocese de Luxemburgo.

INSCRIÇÕES: csy@cathol.lu
UM CERTIFICADO DE PRESENÇA SERÁ EMITIDO A TODOS OS PARTICIPANTES

19 de Fevereiro de 2021

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Ambulância entregue ao Ministério de Saúde de São Tomé e Príncipe

O Senhor Bispo de São Tomé e Príncipe entrega as chaves da ambulância ao Senhor Ministro.

Uma ambulância carregada com equipamento médico e cadeiras de rodas recolhida pela Real Confraria do Santo Condestável e enviada para a Diocese de São Tomé e Príncipe no passado dia 9 de Agosto de 2020, acaba de ser entregue ao Ministério de Saúde de São Tomé e Príncipe.

A entrega formal da viatura que vai agora servir os doentes do hospital nacional, foi feita no dia 12 de Fevereiro de 2021 pelo Senhor Bispo de São Tomé e Príncipe, D. Manuel António Mendes dos Santos, Patrono da Fundação Oureana.

O Ministro da Saúde, Dr. Edgar Neves que recebeu a viatura, agradeceu a todos quanto ajudaram a levar a ambulância de Itália até São Tomé e particularmente à Diocese e as Fundações Oureana e D. Manuel II.

O Ministro da Saúde, Dr. Edgar Neves lê o Auto de Doação da Viatura.

David Pereira, Carlos Evaristo e Jorge Gonçalves, em nome da Real Confraria do Santo Condestável, comunicaram a entrega ao Governo de São Tomé e Príncipe da Ambulância e em nome do Senhor Bispo relembraram também a generosidade da firma Amilcar Reis de Fátima, o trabalho de Fliorinda Marques de Mãos Unidas com Maria e especialmente o esforço do Dr. Angelo Musa da Real Academia Sancti Ambrosii Martyris, Delegado da Real Confraria do Santo Condestável / Real Guarda de Honra Departamentos da Fundação Oureana em adquirir a viatura em Itália.

O Senhor Bispo mostra ao Senhor Ministro os brasões das Fundações Oureana e D. Manuel II.

O Restauro da Ambulância foi patrocinado pela Fundação D. Manuel II e a firma Amilcar Reis de Fátima.

12 de Fevereiro de 2021

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Em Memória de Joel Pina, Amigo e Patrono da Fundação Oureana

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Joel Pina e seu amigo de largas décadas, Carlos Evaristo, durante as filmagens de uma entrevista para uma rubrica “do programa “Praça da Alegria!

É com triste pesar que a Fundação Histórico – Cultural Oureana acaba de tomar conhecimento da morte de um dos seus mais antigos colaboradores e Patronos; João Manuel Pina.

Grande devoto de Nossa Senhora de Fátima, o Mestre Guitarrista e Viola Baixo mais conhecido por Professor Joel Pina, era peregrino frequente do Santuário de Fátima nas décadas de 1980/90, visitando mensalmente todos os lugares sagrados das aparições de Nossa Senhora na companhia da sua mulher e mantendo essa devoção até depois do falecimento da mesma.

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Katia Guerreiro, Carlos Evaristo e Joel Pina
Na Sessão de abertura do 100º do Nascimento de Amália Rodrigues.

Conhecido por ter sido o músico que introduziu a viola baixo no Fado e por ter sido amigo e guitarrista de Amália Rodrigues, Rainha do Fado, o Professor Joel Pina recebeu as últimas homenagens da Casa Real Portuguesa e da Fundação Oureana numa Sessão Solene que teve lugar no Palácio dos Marqueses de Fronteira no passado dia 5 de Dezembro de 2020 e durante a qual recebeu a Grã-Cruz da Real Ordem de São Miguel da Ala e o Prémio de Carreira “Rei da Guitarra e Viola Baixo”.

Joel Pina, recebe do Senhor D. Duarte, o Prémio de Carreira da Fundação.

A uma semana de completar 101 anos, o artista que é figura indissociável da história do fado, faleceu esta noite pelas 21:30 horas, em casa de sua sobrinha e para onde tinha ido viver nos últimos meses, após ter tido alta hospitalar.

O Senhor D. Duarte de Bragança com o Professor Joel Pina e os Sobrinhos.

Sua Sobrinha; Ema da Graça Gonçalves Pina de Castro Navarro e os demais familiares agradecem desde já a atenção que todos os amigos tiveram com o tio durante a sua doença oncológica prolongada e que se agravou bastante nos últimos meses. A todos os amigos que manifestarem votos de pesar e de estima pelo seu querido tio, os sobrinhos agradecem comovidamente, informando que dada a situação pandémica que vivemos não haverá velório e a Missa de Corpo Presente e Funeral terá lugar no Sábado, 13 de Fevereiro, pelas 11:30 horas, no Cemitério de São Domingos de Rana.

O Senhor Dom Duarte condecora Joel Pina com a Grã-Cruz da Ordem de São Miguel da Ala.
Dom Duarte. Joel Pina. Carlos Evaristo e Humberto Nuno de Oliveira.

À Família enlutada e a todos os amigos de Joel Pina, o Senhor Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, Presidente do Conselho de Curadores e o Presidente da Direção Carlos Evaristo enviam as mais sentidas condolências.

R.I.P. Joel Pina

(1920 – 2021)

Nasceu no Rosmaninhal, uma aldeia do concelho de Idanha-a-Nova, a 17 de Fevereiro de 1920. e adoptou o nome artístico de Joel Pina e a interpretação da viola baixo para o seu percurso como músico profissional.

O nome de Joel Pina é indissociável da história do fado, seja pela contribuição fundamental que deu na integração da viola baixo no conjunto de instrumentos de acompanhamento do fado, seja pela qualidade interpretativa que o destaca no universo musical, desde que se profissionalizou em 1949 até hoje.

Através das emissões radiofónicas teve os primeiros contactos com o fado, ainda em criança e, com 8 anos, começou a tocar, quando o pai, numa viagem a Lisboa, lhe comprou um bandolim. Seguiu-se a viola e a guitarra. A sua aprendizagem foi autodidacta e pela observação dos outros, como próprio descreveu a Baptista Bastos: “na minha terra tocava-se muito e, então, via os outros e talvez por uma questão de intuição comecei logo a mexer na viola e a mexer na guitarra também.” (Bastos: 256).

Amália Rodrigues e Joel Pina.

Em 1938 mudou a sua residência para Lisboa e, como apreciador de fado, frequentava assiduamente o Café Luso. Nessa casa conheceu Martinho de Assunção que, em 1949, o convidou para integrar o Quarteto Típico de Guitarras de Martinho de Assunção. Deste conjunto faziam também parte Francisco Carvalhinho e Fernando Couto. É neste conjunto que Joel Pina se começa a dedicar à viola baixo e, nesta altura, que se profissionaliza como músico.

No ano seguinte passa a integrar o elenco da Adega Machado, com Francisco Carvalhinho, na guitarra, e Armando Machado, na viola. Neste ambiente Joel Pina começa a construir a presença da viola baixo no acompanhamento instrumental do fado, que até essa altura não era habitual. Vai manter-se no elenco desta casa durante 10 anos.

Em paralelo Joel Pina trabalhou como funcionário público na Inspecção Económica, iniciou esta actividade em 1961 e que manteve até se reformar.

No decorrer do seu percurso profissional foi um dos fundadores do Conjunto de Guitarras com Raul Nery, Fontes Rocha e Júlio Gomes. Este quarteto granjeou um sucesso extraordinário e foi um marco na interpretação musical do universo do fado. O conjunto surgiu por iniciativa de Eduardo Loureiro, chefe do departamento de música da Emissora Nacional, que convidou Raul Nery a formar um conjunto, com o intuito de apresentar na rádio, quinzenalmente, um programa de guitarradas. Em 1959 iniciaram-se as emissões regulares e o programa prolongou-se por 12 anos.

O Conjunto de Guitarras de Raul Nery “estabeleceu um conjunto instrumental maior para o acompanhamento do fado e para a execução do reportório instrumental ligado a esse género, contribuindo também para a formulação dos papéis musicais da primeira e da segunda guitarra, bem como da viola baixo.” (Castelo-Branco: 127). Para além das emissões radiofónicas e da gravação de inúmeros discos, o conjunto popularizou-se, também no acompanhamento dos mais carismáticos intérpretes de fado, nomeadamente Maria Teresa de Noronha ou Amália Rodrigues, entre muitos outros.

A partir de 1966 Joel Pina começa a acompanhar regularmente Amália Rodrigues, atividade que mantêm por três décadas até ao final da carreira da fadista. Com ela percorrerá os palcos de todo o mundo, em inúmeros espetáculos e digressões que passam, por exemplo, pelo Canadá, Estados Unidos e Brasil (diversas vezes), Chile, Argentina, México, Inglaterra, França, Itália (diversas vezes), Rússia, cinco vezes ao Japão, Austrália, África do Sul, Angola, Moçambique, Macau, Coreia do Sul.

A vasta carreira de Joel Pina torna quase impossível a tarefa de enumerar os fadistas com quem tocou e que continua a acompanhar. Para além das já mencionadas Amália Rodrigues e Maria Teresa de Noronha, marca presença na gravação de discos e espectáculos de fadistas como Carlos do Carmo, Carlos Zel, João Braga, Fernando Farinha, Nuno da Câmara Pereira, João Ferreira-Rosa, Teresa Silva Carvalho, Fernanda Maria, Celeste Rodrigues, Carlos Ramos, Lenita Gentil, Rodrigo e, mais recentemente, Cristina Branco, Joana Amendoeira ou Ricardo Ribeiro.

O seu percurso é reconhecido, Joel Pina foi condecorado com a Medalha de Mérito Cultural em Maio de 1992 pelo Estado português, em 2005, na Gala dos Prémios Amália Rodrigues, recebeu o Prémio para Melhor Viola Baixo no Fado e em 2006, na Grande Noite do Fado, o Prémio Carreira (Instrumentistas). Os elementos do Conjunto de Guitarras de Raul Nery foram homenageados, em 1999, no Museu do Fado, e reconhecidos com a Medalha da Cidade de Lisboa, grau ouro, em 2010.

Ao fim de mais de seis décadas de fado, Joel Pina continuava a “acompanhar, dar “chão”, dar a base a quem estava a cantar” (Joel Pina, 2006) e não restam dúvidas quanto ao significativo papel que desenvolveu para que a viola baixo fosse, como é hoje, parte integrante da base instrumental do universo musical do fado.

Fonte:“Fado” (2012), documentário de Sofia de Portugal Aurélio Vasques; Baptista-Bastos, (1999), “Fado Falado”, Col. “Um Século de Fado”, Lisboa, Ediclube; Castelo-Branco, Salwa El-Shawan (1994), “Vozes e Guitarras na Prática Interpretativa do Fado”, in Fado: Vozes e Sombras, Lisboa: Museu Nacional de Etnologia; Museu do Fado – Entrevista realizada em 21 de Setembro de 2006.

12 de Fevereiro de 2021

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