His Magnificence The Honorable Rector and President of the Senate Academician Univ.-Prof. Dr. phil. habil. Dr. phil. h.c. mult. Viktor Andrushchenko National Pedagogical Dragomanov University President of the Association of Rectors of Pedagogical Universities in Europe Corresponding Member of the National Academy of Sciences of Ukraine Honored Scientist and Technician of Ukraine Grand Officer of the Royal Portuguese Order of Saint Michael of the Wing Pyrogova Str. 9 01601 Kyiv, Ukraine
Lisbon, Portugal, 9. March 2022
Your Magnificence,
Dear President and Rector Professor Dr. Andrushchenko and Vice-Rector Ihor Vetov
As an Honorary Professor of your Faculty of History, and on behalf of the Royal House of Portugal, I would like to convey that I deeply regret the current situation in the Ukraine.
It is with profound sorrow that I convey my deepest condolences to all for the loss of lives in your country and for the sufferings endured by the people.
I also express my concern for our great National Pedagogical Dragomanov University.
In union of prayers,
D. Duarte de Bragança
(TRADUÇÃO)
Sua Magnificência O Excelentíssimo Reitor e Presidente do Senado Académico Univ.-Prof. Dr. fil. habilidoso Dr. phil. h.c. multa Viktor Andrushchenko Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov Presidente da Associação de Reitores de Universidades Pedagógicas da Europa Membro Correspondente da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia Honrado Cientista e Técnico da Ucrânia Grande Oficial da Real Ordem Portuguesa de São Miguel da Ala Pyrogova Str. 9 01601 Kiev, Ucrânia
Lisboa, Portugal, 9 de Março de 2022
Sua Magnificência, Caro Presidente e Reitor Professor Dr. Andrushchenko e Vice-Reitor Ihor Vetov
Como Professor Honorário da sua Faculdade de História, e em nome da Casa Real de Portugal, gostaria de transmitir que lamento profundamente a situação atual na Ucrânia.
É com profundo pesar que apresento a todos as minhas mais sentidas condolências pela perda de vidas no vosso país e pelos sofrimentos endurecidos pelo povo.
Também expresso minha preocupação por nossa grande Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov.
Poucos conhecem a história do Monsenhor Thaddeus F. Malanowski, mais conhecido por “Padre Ted” ou “Tio Ted”.
Era devoto de Nossa Senhora de Fátima, Capelão do Exército Azul e Capelão Honorário da Fundação Oureana. Mas era também conhecido na altas esferas do Exército Americano por ter sido Brigadeiro-General Vice-Chefe dos Capelães do Exército dos Estados Unidos, o primeiro Americano de ascendência Polaca, a ocupar essa posição e a pessoa que ensinou Elvis Presley a rezar o terço, tendo feito dele um crente nas Aparições de Nossa Senhora em Fátima…
O eterno “Padre Ted”
O Monsenhor Malanowski nasceu em 30 de Novembro de 1922, um dos 14 filhos de Thomas e Sophie (Goscienski) Malanowski, uma casal de Polacos que emigraram para os Estados Unidos. “Tadeu” foi assim baptizado em homenagem ao famoso General Polaco e patriota Americano Thaddeus Kosciuszko, fundador do prestigiado Colégio Militar de West Point. É irónico que “Ted” como era conhecido pelos amigos, se iria tornar também num General, e o primeiro General Americano de ascendência Polaca.
Nativo da Paróquia do Santo Nome de Jesus de Stamford Conneticut, o Padre Ted foi ordenado Sacerdote Católico Diocesano da Arquidiocese de Hartford a 15 de Maio de 1947, tendo-se consagrado dois dias antes a Nossa Senhora de Fátima. Ficou incardinado na Diocese de Norwich quando essa foi criada em 1953 e serviu em sua Paróquia natal na Igreja do Santo Nome de Jesus em Stamford, antes de se tornar Capelão do Exército e após sua aposentadoria do ministério ativo.
Como Capelão serviu o Exército dos Estados Unidos por mais de vinte e cinco anos tendo sido comissionado como Oficial do Exército em 1949.
Durante a Guerra Fria, entre 1951 a 1954, serviu na NATO como membro da 43ª Divisão de Infantaria e foi destacado para várias bases dos Americanos durante duas décadas tendo passado também pelos Açores e parado em Lisboa para visitar o Santuário de Nossa Senhora de Fátima.
No seu cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército Americano conheceu muitas celebridades Católicas que actuavam para os militares nos teatros de guerra tais como Bob Hope e Bing Crosby. Conheceu também muitas personagens Católicas conhecidas como Apóstolos de Fátima que promoviam o uso do Rosário e Escapulário entre os Militares; o Arcebispo Fulton J. Sheen, o Padre Patrick Peyton, a Madre Teresa de Calcutá e os fundadores do Exército Azul; o Monsenhor Harold Colgan e John Mathias Haffert.
Em plena Guerra Fria, foi nomeado para o Quartel-General do Exército dos Estados Unidos na Europa situado na Alemanha Ocidental sendo depois nomeado Vice-Chefe dos Capelães com o posto de Brigadeiro-General, cargo que ocupou até sua aposentadoria em 1978.
O Director Espiritual de Elvis
O “Padre Ted” começou a servir como Capelão Assistente de Posto em Fort Benning, Geórgia e, em 1956, foi designado para a 3ª Divisão Blindada em Fort Knox, onde ainda jovem padre conheceu um jovem recruta de nome Elvis Presley que já havia começado a ganhar fama internacional como cantor de Rock n’ Roll.
Não tardou que a divisão “C” do Comando de Combate fosse enviada para a Europa, permitindo assim que o Padre Ted e Elvis se conhecessem melhor e se tornassem amigos.
Nas suas memórias o Tio Ted como era conhecido pelos Militares não Católicos, escreveu; “Um dia Elvis Presley entrou no meu escritório na Capela da base na Alemanha. Perguntou-me se eu conhecia o Padre em Memphis, Tennessee, que visitava sua mãe todos os dias no Hospital antes de sua morte. A familia de Elvis era Batista e os Capelães Protestantes estavam atrás dele para cantar no coral. Mas acho que ele procurou- me para falar sobre a sua mãe.”
Durante a reunião Elvis abriu a sua carteira e mostrou ao Capelão uma foto do túmulo de sua mãe em Memphis e sob a qual havia colocado uma enorme estátua do Sagrado Coração de Jesus.
“Isso levou-me a crer que sua mãe poderia ter morrido Católica, tendo sido batizada no Hospital pelo Capelão. Elvis não frequentava a igreja, mas acredito que ele queria se conectar com sua mãe dessa maneira e aprender mais sobre o que uma vez foi a Fé dela.”
Para confortar Elvis no seu luto, o Capelão Malanowski começou por dar ao cantor alguns panfletos do Exército Azul que recomendavam o uso do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelos militares e a recitação do Terço do Rosário. Elvis apreendeu mesmo a rezar o terço e por vezes juntava-se aos outros Militares Católicos em momentos de oração. Mas apreendeu também, segundo John Haffert, a história das Aparições de Fátima sendo crente na sua veracidade, afirmando “É maravilhosos como Deus faz destes Milagres.”
O “Tio Ted”e as Devoções predilectas de Elvis
Elvis, que estava já no topo da fama internacional, era segundo o “Uncle Ted”; um jovem bonito, caloroso, de coração aberto e amado pelas tropas.” Elvis era devoto mas levava a sério a sua missão como soldado e trabalhou duro durante o tempo que esteve no exército.”
Um fim de semana, Elvis convidou o “Tio Ted” para conhecer seu pai Vernon Presley e seu tio Walter que juntamente com alguns membros da sua banda vieram para o visitar na Alemanha. Elvis alugou o último andar de um hotel local, onde ele e os membros de sua banda tocaram alguns números em privado para o amigo Capelão.
O Padre Malanowski ficou na unidade de Elvis até 1960, quando retornou aos Estados Unidos para participar em Cursos de Formação da Companhia para Capelães em Fort Slocum, Nova York, mas nunca deixou de manter contacto com o Rei do Rock n’ Roll dando-lhe conselhos nos problemas da vida e direcção espiritual até à morte do cantor em 1977.
É de recordar que outro assunto Católico que fascinou Elvis Presley desde esses tempos com o “Tio Ted” na Alemanha, era a Santa Síndone ou o Santo Sudário de Turim. Este é o alegado lençol que e amortalhou o corpo de Cristo do Túmulo e no qual ficou miraculosamente impresso, a imagem do Crucificado.
Quando Elvis morreu de enfarte na casa de banho da sua casa, vítima de um enfarte provado por excesso de medicação, foi descoberto que pouco antes de falecer havia estado a ler um livro sobre essa Sagrada Relíquia da Cristandade, e ao que se diz, oferecido por um Capelão Católico seu amigo, muito provavelmente o “Tio Ted”.
Em 2002 pelo 25º Aniversário da morte de Elvis Presley, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, contactou o Monsenhor Ted Malanowski a fim de ver a sua disponibilidade para vir a Fátima celebrar uma Missa durante a qual seria apresentado ao público o tema “The Miracle of the Rosary” de Nossa Senhora de Fátima que Elvis havia gravado em 1971. O Monsenhor Malanowski não podia comparecer por motivos de agenda mas em conversa com o Capelão da Fundação Oureana, John Guilbert Mariani manifestou o seu apoio à iniciativa de se celebrar uma Missa na Igreja Paroquial de Fátima pelos artistas do mundo inteiro. Em defesa da iniciativa que veio a ser criticada por alguns grupos Católicos, o Padre Ted relembrou que em Memphis, terra natal de Elvis, todos os anos pelo aniversário da sua morte, são celebradas Missas Memorias em várias Igrejas tal como a Igreja Católica de São Paulo. Malanowski explicou que as Missas em vez de serem por alma do falecido que não era Católico, são celebradas em acção de graças a Deus pela vida e dotes musicais do artista que partilhou os mesmos com todos nós.
Promoções e Distinções
O Padre Ted estudou no U.S. Army War College e depois formou-se no Command and General Staff College, em Fort Leavenworth, Kansas. Seu treino avançado levou a muitas missões e promoções no exterior até 1973, quando regressou ao USAREUR e ao Quartel-General do Sétimo Exército como Vice-Capelão e Capelão Delegado do Chefe da Arquidiocese para os Serviços Militares, o Cardeal Terence Cooke.
No mesmo ano o Padre Ted foi nomeado Prelado de Sua Santidade o Papa Paulo VI com o título de Monsenhor.
A 22 de Janeiro de 1974, foi nomeado pelo Presidente Richard Nixon para ser o cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército com o posto de Brigadeiro-General. A cerimônia de promoção teve lugar em Heidelberg, na Alemanha, e foi presidida pelo General Michael S. Davison, Comandante-em-Chefe do Exército dos EUA na Europa e do Sétimo Exército.
Entre as muitas distinções que recebeu conta-se a Legião do Mérito, a Medalha de Serviços Distintos do Exército, a Medalha de Serviços Meritórios e a Medalha de Comenda do Exército com dois conjuntos de folhas de carvalho.
No Ano Santo 2000, o Monsenhor Ted foi proposto por John Haffert, ao abrigo do Protocolo Regina Mundi 2000, para membro e Capelão Honorário da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, uma das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa. Nessa altura foi também nomeado Capelão Honorário da Fundação Oureana.
Trabalho Apostólico e Missionário
O Padre Ted também era conhecido por ser um apóstolo de Nossa Senhora de Fátima e pelo seu zelo Missionário. Fez grandes contribuições para o Hattian Health Foundation, tendo feito parte do Conselho de Administração da Haitian Health Foundation desde 1985 até seu falecimento.
Construiu com o seu dinheiro uma Capela e várias residências para os pobres no Haiti e ajudou muitas outras organizações de assistência social a operarem nas missões.
Devoto de Nossa Senhora e da Divina Misericórdia, o Monsenhor foi nomeado Capelão do movimento Cavaleiros de Colombo para o Conselho de Santo Agostinho nº 41 da Shippan Avenue em Stamford Connecticut, onde serviu fielmente seus camaradas por mais de uma década.
Sendo Polaco de ascendência o Monsenhor Ted Malanowski tinha uma especial devoção para com a Virgem Santa Maria, a Mensagem de Fátima, a Divina Misericórdia e pelo Papa Polaco São João Paulo II que conheceu pessoalmente e com quem correspondia e aconselhava em assuntos de ordem militar e particularmente durante a revolução do movimento “Solidariedade” liderado pelo Lech Walesa.
Defensor de causas humanitárias, e opositor do aborto e da eutanásia, apoiou através de Eduardo James Moran e Mary Mc Carthy, o movimento pela vida Português chefiado por Carlos Evaristo durante a campanha do primeiro referendo em 1998. Juntou-se assim à Santa Madre Teresa, à Vidente de Fátima Irmã Lúcia e a John Haffert.
Neste campo liderou vários movimentos pela vida incluindo aquele que defendia que a jovem Terri Schindler Schiavo que ficou em estado vegetativo após uma paragem cardíaca, devia de ser mantida viva contra a decição do marido de desligar as maquinas que a mantinha viva.
Durante a longa batalha legal travada entre o marido e os pais de Terri, o Monsenhor Ted Malanowski foi nomeado Capelão da paciente pelo Tribunal tendo dedicado uma boa parte da sua biografia “Sacrifice for God and Country” ao tema do verdadeiro valor da vida humana. Terri acabou por falecer de complicações respiratórias em 2005.
A autobiografia do Monsenhor Malanowski, publicada em 2007, fala de um Padre e Capelão Militar que ascendeu ao posto de Brigadeiro-General do Exército dos EUA, reflectindo sobre suas experiências como Sacerdote e Soldado Cristão. Fala também dos seus deveres Sacerdotais para além do Serviço Militar que inclui relatos do trabalho e apoio Missionário.
O Monsenhor Ted Malanowski conheceu vários Presidentes dos EUA, líderes espirituais como Martin Luther King e Malcom X e altas figuras da Igreja Católica como São João Paulo II, a Santa dos Pobres Madre Teresa de Calcutá, o Papa Pio XII, o Cardeal Cooke, o Cardeal Spellman e até a Mística Alemã Venerável Teresa Neumann. Ficará porém conhecido mais conhecido nos Estados Unidos da América por ter sido Capelão de Elivis Presley durante o tempo em que o cantor cumpriu o serviço militar nos Estados Unidos e na Alemanha.
O Padre Ted como foi sempre tratado pelos amigos celebrou o 70º aniversário de sua ordenação sacerdotal, a 28 de Maio de 2017 na Igreja do Santo Nome de Jesus.
Monsenhor Thaddeus F. Malanowski viveu seus últimos anos desde 2009 na Catherine Dennis Keefe Queen of the Clergy Residence, uma Lar para Sacerdotes em Stamford.
Faleceu Santamente a 23 de Janeiro de 2020 rodeado por sua família. Tinha 97 anos.
Foi sepultado no cemitério de São João de Darien. Em Ourém a Fundação Oureana vai dedicar um Cenotáfio Memorial em sua honra recordando a sua devoção a Nossa Senhora de Fátima a sua dedicação ao próximo, o seu espirito de apostolado e de Missão e a sua acção em prol dos valores da vida.
Sua Alteza Real o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio concedeu, a título póstumo, o grau de Cavaleiro Grã-Cruz com Colar ao Monsenhor Thaddeus F. Malanowski com o título Capela-mor Honorário da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese Militar das Forças Armados dos EUA.
Está de parabéns o Dr. José Alberto Ribeiro, Director do Palácio Nacional da Ajuda por ter conseguido adquirir para a DGPC um importante conjunto de peças históricas que farão parte da Colecção do Tesouro Real do Palácio Nacional da Ajuda.
Para José Alberto Ribeiro: “o conjunto adquirido pela DGPC é constituído por quatro peças que pertenceram ao Rei D. Miguel I, considerando a proveniência deste relevante conjunto de obras, o seu contexto histórico e inquestionável qualidade artística, entende-se que esta aquisição contribui para a valorização das colecções do Património Nacional e, em particular, do acervo do PNA.”
Para José Alberto Ribeiro: “Ressalta deste lote a Espada de ouro de D. Miguel I, uma obra de inquestionável singularidade, qualidade estética e artística, que em muito enriquecerá o Tesouro Real e a sua futura exposição na ala poente do Palácio da Ajuda.”
O Perito Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana, Pareceria Protocolar do Palácio Nacional da Ajuda, ao examinar a peça disse: “verifica-se que esta espada foi a que foi feita em Toledo em 1824 e que está referida pela Infanta D. Filipa de Bragança, tia de D. Duarte Pio, em correspondência pessoal existente.”
A mesma arma fez parte do lote de peças do espólio de D. Miguel I, depositado no Banco de Portugal em 1834 e posteriormente reclamado pelos seus herdeiros num processo que se arrastou por cerca de cem anos. Só em 1943 viria a ser realizado um leilão privado entre os dois ramos herdeiros visando os bens depositados.
Sua Alteza Real D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, em representação de seu pai, D. Duarte Pio, Duque de Bragança, também teve a oportunidade de examinar a referida espada histórica a convite do Director do Palácio Nacional da Ajuda e na presença do Presidente da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, do Director de Relações Públicas, Bruno de Castro e demais elementos das Fundações Oureana e D. Manuel II.
O Presidente da Direção da Fundação Histórico-Cultural Oureana, Carlos Evaristo, tornou-se no primeiro Súbdito de Sua Majestade de nacionalidade Luso-Canadiana a quem foi concedida uma Carta de Armas pelo Lord Lyon Rei de Armas da Escócia em nome da Rainha Isabel II, e com direito ao uso de uma Bandeira em Flâmula (Pennon)[1].
Estas honras pertencem ao conceito tradicional de “Gentry” (Gente de boa posição social que especificamente formam a classe social de Nobres que fica logo abaixo da Nobreza Titulada do Reino em posição de nascimento) estatuto de Nobreza concedido pela Soberana do Reino Unido e dos Reinos do Canadá, Austrália, Nova Zelândia etc. através do Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia e Chefe Cerimonial de Estado do Reino da Escócia, actualmente o Revº. Dr. Joseph John Morrow.
O Mandato (Warrant) que ordena aos Heraldistas e Artistas Heráldicos da Corte do Lord Lyon (o Tribunal Heráldico da Escócia) a elaboração de Carta Patente, foi por ele assinado na sessão do Tribunal do dia 15 de Dezembro de 2020. A Carta Patente em si tem a forma de um Pergaminho de Concessão Real completo com iluminuras pintadas à mão e Selo Real pendente em prata com as Armas do Reino, afixado explicitamente e legalmente em nome de Sua Majestade a Rainha Isabel II.
Embora a partir do momento em que o Mandato é assinado, o agraciado possa legalmente fazer uso das Armas e Bandeira em Flâmula a que tem direito, sem impedimentos legais, o processo de elaboração do “Grant” (Concessão) da Carta de Armas em pergaminho é moroso pois segue uma tradição milenar. Neste caso concreto o processo que demora cera de um ano atrasou-se ainda mais devido ao fecho de todos os departamentos do Tribunal por causa do confinamento obrigatório dos funcionários decretado pelo Governo da Escócia durante a presente Pandemia Covid 19.
[1] Uma Bandeira em Flâmula constitui um tipo de bandeira, em que a dimensão do lado da tralha é superior à do lado do batente. A sua forma do galhardete pode ser triangular simples, triangular farpada (cauda de andorinha) ou trapezoidal e era, tradicionalmente, usada pelo cavaleiro na sua lança.
O Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia
O Meritíssimo Lord Lyon King of Arms (Rei de Armas), é o Chefe da denominada Corte do Lord Lyon, um verdadeiro Tribunal sedeado na Escócia com a responsabilidade de regular toda a heráldica naquele país, em nome da Rainha Isabel II. Cabendo-lhe o registo das [É ele quem regista as] Armas de Família tradicionais, a emissão de novas Concessões de Armas (Grants) e a regulação do uso de títulos de Nobreza servindo ainda como Juiz do Tribunal Heráldico, o mais antigo do mundo e que ainda funciona diariamente.
O Lord Lyon é igualmente responsável por supervisionar todo o Cerimonial de Estado na Escócia e quem guarda as chaves dos Castelos na Escócia entregando-as à Rainha quando chega ao Reino da Escócia. É também quem em nome da Monarca reconhece os Chefes de Clãs após a devida diligência, concedendo e registando os padrões novos para os Tartãs de Clã. É também quem em nome da Monarca processa a Concessão de novas Armas a pessoas ou organizações tidas como “dignas” sendo a autoridade que confirma Pedigrees comprovados e reivindicações de Armas existentes. O Registro Público de Todas as Armas e Rolamentos da Escócia é onde o Lord Lyon regista todos as Concessões de Armas da Escócia, registo que foi iniciado em 1672 e que em 2022 comemora 350 anos de existência.
O Lord Lyon sendo o responsável pelas cerimónias do Estado Escocês, é comparável ao Earl Marshall na Inglaterra, sendo dos poucos indivíduos na Escócia oficialmente autorizado a usar o Lion Rampant, a Bandeira Real da Escócia. Usa também um Bastão de Marechal, Colar de Estado, uma corrente com 40 elos de ouro com o direito a usar uma Coroa[1].
[1] Em 2003, foi feita uma nova Coroa para Lord Lyon, inspirada na Coroa Real Escocesa, porém tem arcos removíveis que serão removidos nas Coroações dos Monarcas para evitar qualquer indício do crime de lesa-majestade.
A Corte ou Tribunal do Lord Lyon
O Tribunal é um órgão público e as taxas para a Concessão de Armas são pagas ao Tesouro de Sua Majestade. Chefiado pelo Lord Lyon, o Tribunal possui jurisdição criminal em questões heráldicas, e encontra-se totalmente integrado no sistema judiciário da Escócia (embora não sujeito à disciplina do Lord Presidente do Tribunal de Sessão), incluindo um procurador dedicado, conhecido na Escócia como Procurador Fiscal.
Os outros oficiais do Tribunal são o Escrivão e Guardião dos Registos (Lyon Clerk and Keeper of the Records) e o Procurador Fiscal. Nele se incluí o Lyon Macer (Portador do Maço) que é um mensageiro de armas sénior. O Lyon Macer aparece quando o Tribunal está reunido em público e quando as proclamações são feitas pelo Lorde Lyon.
Dele fazem parte, ainda, os Arautos e Passavantes, conhecidos colectivamente como Oficiais de Armas de Sua Majestade, no entanto não são oficiais da Corte do Lord Lyon possuindo, todavia direitos de audiência perante o Lord Lyon. Desempenham muitas funções cerimoniais na Escócia, como em ocasiões oficiais e reais e as relacionadas com a vida pública Escocesa como, por exemplo, presidir à eleição de um Chefe de Clã. Actuam como consultores profissionais nos domínios da heráldica e genealogia, como advogados ou agentes legais para o público e podem comparecer representando os seus clientes no Tribunal do Lord Lyon (ou mesmo no Tribunal Inglês de Cavalaria) peticionando a concessão de novas Armas. Actualmente, existem três Arautos de Armas e três Passavantes de Armas efectivos. Pontualmente outras pessoas podem ser nomeadas temporariamente ou em reconhecimento do seu trabalho, sendo denominados Arautos (2) ou Passavantes (3) de Armas Extraordinários.
Os processos para concessão de Brasões de Armas são apresentados ao Tribunal do Lord Lyon, sendo ele o único Juiz. Os recursos do Tribunal do Lord Lyon podem ser feitos ao Tribunal da Sessão em Edimburgo, mas não há apelo possível se o Lord Lyon se recusar conceder um Brasão de Armas, visto que esta não é uma função meramente judicial, mas um exercício de sua função Ministerial que provém dos poderes de representação da Monarca. Mas um recurso por meio de revisão judicial poderá ser aceite se for demonstrado que o Lord Lyon agiu de forma incorrecta.
Concessão de Padrão de Tartã
Na Escócia o uso do Kilt é uma tradição milenar e o Tartã é o padrão quadriculado de estampas, composto de linhas diferentes e cores variadas que identificam os Clãs, famílias e indivíduos que podem usar um kilt (em gaélico Escocês: fèileadh). O kilt é uma peça do tipo saia, sem bifurcação, pela altura do joelho, com pregas e que tem origem no traje tradicional de homens e crianças gaélicas das Terras Altas da Escócia. Os Tartãs foram registrados pela primeira vez no Século XVI e fazem hoje parte dos Direitos Legais Hereditários dos Chefes registados pela Corte do Lord Lyon. O uso indevido de Tartãs e Brasões de Armas são um crime punível em todo o Reino Unido e tratado como uma infração de evasão fiscal. É de referir que no Reino da Escócia o Duque de Bragança, D. Duarte Pio, também tem um Tartã de família, igual em padrão e cores ao que havia sido atribuído e usava Sua Majestade El Rei D. Manuel II.
A concessão de um Tartã foi de facto o primeiro Privilégio Escocês concedido a Carlos Evaristo, a 4 de Outubro de 2018 e pedido à Scottish Tartans Authority (Autoridade Escocesa dos Tartãs) por membros amigos e admiradores do Priorado da Escócia da Venerável Ordem de São João. O desenho do Tartã de Carlos Evaristo, concebido a 26 de Setembro de 2018, é da autoria do conhecido desenhador Escocês Brian Wilton que se inspirou nas cores do Brasão de Armas que estava então em estudo.
Nomeação de Baron Baillie de Plean
A 8 de Janeiro de 2019, Carlos Evaristo havia sido nomeado “Baron Baillie” (Barão Bailio) de Plean, um Cargo e Título Vitalício antigo, de origem Feudal, hoje puramente Cerimonial mas ainda Representativo do Baronato situado no Condado de Stirling, na Escócia, cujo Barão é Sua Excelência, o Muito Honrado, George Alexander Way, Barão de Plean, Passavante Carrick e Xerife de Sua Majestade em Dundee.
O Barão Bailio era na Idade Média um Oficial Cívico do Governo local da Escócia e um Magistrado Menor do Tribunal a quem os Nobres de um Condado ou Baronato, na sua ausência, confiavam a defesa dos Senhorios, Castelos e bens, e ainda, a Representação Legal e os Poderes do Nobre.
É um Título e Cargo Vitalício desde o tempo do Rei Robert I, the Bruce (1274 – 1329) e neste caso implica a Representação Oficial do Barão e Xerife de Sua Majestade em Dundee e incluí o Privilégio de presidir à Corte do Barão na sua ausência.
Na Escócia, o titular de um Baronato Feudal tem implicitamente, uma Corte Baronial e o Presidente da Corte do Barão é o Barão Bailio que é assistido na sua função por um Oficial Chefe chamado de Barão Sargento (ou Barão Oficial).
O cargo é semelhante ao de Vice-Presidente de Câmara em Representação Oficial e em Exercício de Funções de Presidente. Até há pouco, eram os Barões Bailios que nomeavam os Condestáveis em Edimburgo, Leith e Perth.
A Insígnia de um Barão Bailio é um Capuz de Justiça, cercado por dois guardas de trança e geralmente nas cores do Baronato em questão. Usam também em Cerimónias Oficiais, Robe vermelho de Juiz com colarinho de pele branca decorado com arminho e outros distintivos e pingentes relevantes para o Baronato que serve. O Brasão Heráldico de um Barão Bailio é encimado por esse Capuz de Justiça ou por um “Boné de Manutenção” achatado preto ou da Cor de Libre do Baronato dobrado de Argento enfiado da cor do mesmo, e cercado de duas guardas de trança do Metal de Libre do Baronato.
Embora o Sistema Feudal da Escócia tenha sido abolido por Decreto de 28 de Novembro de 2004, o Executivo Escocês na Seção 63(1) da Lei, Artigo Nº 4, visa “preservar a dignidade do Barão e os direitos heráldicos dos Barões” e, assim sendo, a abolição do Sistema Feudal, não teve nenhum efeito adverso sobre os títulos de Baronato em si, ou dos seus Barões Bailios, mas os títulos são agora uma herança feudal incorpórea – então Baronatos Escoceses que eram Baronatos Escoceses prescritivos por posse, não estão mais ligados às terras – no entanto, permanecendo o único grau genuíno de Título de Nobreza do Reino Unido que pode ser doado, comprado e vendido. Hoje ainda existem também Bailios nos Concelhos locais Escoceses, sendo a posição mais um Título de Cortesia para os nomeados.
O Cargo de Barão Bailio de Plean encontrava-se vago desde o falecimento do último Barão Bailio, o Artista Heráldico Romilly Squire of Rubislaw.
Porém a nomeação de Carlos Evaristo para o cargo só foi possível pelo facto do mesmo ser um Súbdito de Sua Majestade a Rainha Isabel II, Soberana do Reino Unido e do Canadá e do mesmo ser conhecedor profundo da Heráldica e Nobreza do Reino Unido. O seu conhecimento profundo da história do Canadá já havia sido reconhecido pela I.O.D.E. (Imperial Order of the Daughters of the Empire) ao atribuirem a sua Condecoração máxima a Carlos Evaristo, a 24 de Maio de 1983, pelas notas mais altas em História quando ainda frequentava o 8º Ano de escolaridade. Carlos Evaristo é também Oficial do 78º Regimento Escocês Fraser Highlanders do Canadá, uma Associação de Recriação Histórica Militar ligada ao Departamento de História do Exército Canadiano e com Delegações (Garrisons) nas Fortalezas históricos em todo o Canadá. É Coronel Honorário do mesmo Regimento 78ª, S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança.
A Carta Patente de nomeação de Carlos Evaristo como Barão Bailio de Plean foi assinada perante Notário por Sua Excelência George Alexander Way, Barão de Plean, Passavante Carrick e Xerife de Sua Majestade em Dundee e os documentos legais que validam o Cargo perante o Tribunal do Lord Lyon, Certificados e Apostilados pelo Secretário Principal de Estado de Negócios Estrangeiros e de Assuntos do Commonwealth de Sua Majestade na Escócia, Michael Gaffey e a Concessão Registada nos Livros de Conselho e Sessão de Estado, a 20 de Junho de 2019.
Concessão de Brasão de Armas e Pennon (Bandeira em Flâmula)
Os súbditos da Monarca Isabel II, dos seus outros Reinos com domicílio na Inglaterra, País de Gales ou Irlanda do Norte que pretendam uma Concessão de Armas terão que apresentar o seu pedido ao College of Arms em Londres, os domiciliados na República da Irlanda devem procurar o Chief Herald of Ireland, em Dublin. Os cidadãos da Commonwealth, em particular aqueles de ascendência Escocesa, podem solicitar a mesma honra ao Lord Lyon, com excepção dos súbditos da África do Sul, Canadá e Malta, países do Commonwealth que também possuem as suas próprias Autoridades Heráldicas por também terem a Rainha Isabel II como Chefe de Estado.
Evidentemente, os cidadãos de países estrangeiros, não Súbditos da Rainha Isabel II, não possuem o direito de solicitar a Concessão de Brasão de Armas. A Concessão de Armas, não é como uma Condecoração de uma Ordem do Reino Unido ou Investidura na mesma, eventualmente conferindo o uso do Título de Sir (Senhor = Dom), honras pessoais conferidas pela Monarca, vitalícias e não transmissíveis aos descendentes. A Concessão de Armas no Reino Unido assim como nos outros 15 Reinos e 54 Domínios onde a Rainha Isabel II é Soberana, é considerada uma Honra de Nobreza Menor Hereditária da “Gentry” (Gente de boa posição social que especificamente formam a classe social de Nobres que fica logo abaixo da Nobreza Titulada do Reino em posição de nascimento) sendo que estas honras, uma vez concedidas pela Coroa a um Súbdito, tornam-se legalmente e perpetuamente num bem de Família.
Uma Petição para o Lord Lyon conceder uma Carta de Brasão de Armas em nome da Monarca, processa-se nos termos da Lei do Rei de Armas de 1672 e obriga a que a pessoa contemplada seja um Súbdito do(s) Reino(s) da Soberana e reconhecida pela Monarca como sendo uma “pessoa virtuosa e merecedora”.
Nem todas as pessoas podem pedir ou ser propostas para tal concessão, pois esta honra, tal como os Títulos de Nobreza do Reino Unido é também um reconhecimento de carreira, de mérito, acções e feitos extraordinários que requer que a pessoa tenha ascendência Escocesa, domicílio fiscal na Escócia, exerça um Cargo ou tenha Honras concedidas e registadas na Corte do Lord Lyon na Escócia ou então possua propriedade e bens no Reino da Escócia.
Armas do Lord Lyon:
A Justificação Legal para a Concessão de Armas e Bandeira em Flâmula a um Luso-Canadiano, e neste caso Carlos Evaristo, foi um Processo Judicial que deu entrada no Tribunal de Edimburgo, no dia 17 de Novembro de 2020, mas só depois do Heraldista Chefe de Sua Majestade no Canadá, Claire Boudreau ter transferido a Jurisdição de Concessão neste caso ao Lord Lyon. Por triste coincidência a Heraldista Chefe do Canadá que havia transferido a jurisdição deste caso ao Lord Lyon em 2019, veio a falecer de cancro no mesmo dia em que a petição deu entrada no Tribunal Escocês.
Aprovada a concessão na Sessão de Tribunal presidida pelo Lord Lyon, a 15 de Dezembro de 2020, o mesmo deliberou “o Reconhecimento do Mérito de Carlos Evaristo e o Elevado Contributo do Agraciado para a Sociedade”, algo que já havia sido previamente Confirmado pela Heraldista Chefe do Canadá, Ordenando o Lyon Clerk a proceder ao Registo Oficial da Concessão publicada em Diário do Governo e à preparação do Pergaminho Oficial com iluminura e Selo Real de prata pendente.
O Despacho do Tribunal reconhece “o Trabalho Meritório de Carlos Evaristo como Perito, Pesquisador, Arqueólogo, Director de Museus, Autor, Músico e Compositor, Membro Fundador do Instituto de Arqueologia Sacra da Igreja Católica Romana, Presidente e Co-Fundador da Fundação Oureana e do Centro para a Pesquisa Religiosa no Castelo de Ourém, em Portugal e Director do Santuário de Relíquias Regalis Lipsanotheca, Membro do Corpo Diplomático Credenciado junto do Ministério da Administração Interna da República Portuguesa, Conselheiro Diplomático e Cônsul Honorário nomeado pelo Governo da República Federativa do Brasil, sendo Cavaleiro Grã-Cruz de Ordens da Casa Real Portuguesa e de outras.”
Justificou assim o Lord Lyon “O Merecimento das Honras pedidas pelo facto de Carlos Evaristo,ser um Súbdito Leal e Dedicado de Sua Majestade a Rainha Isabel II como Cidadão do Canadá” e “Tendo a Heraldista Chefe do Canadá por certas Causas Boas e Importantes cedido a Jurisdição na questão da Concessão de Insígnias Arsenais, a Sua Senhoria o Lord Lyon e isto por verificar que já havia sido Concedido ao mesmo (Carlos Evaristo), em 2018, um Tartã e que o mesmo, é, desde 2019, Barão Baillie de Plean no Condado de Stirlingshire por Comissão concedida pelo Exmo. George Alexander Way, Barão de Plean, de Sua Majestade Britânica Xerife de Dundee”. É de referir também que Carlos Evaristo hoje faz parte de um Clã Escocês.
Carlos Evaristo conhecido por este nome profissional e legal, possui outros apelidos legais e de família alternativos, devido à dupla nacionalidade e duplos registos de nascimento, Canadiano e Português. A Concessão “Reconhece e Confirma” ainda que tendo o mesmo nascido em London, Ontário, no Canadá, e Casado Catolicamente em 1988, com Maria Margarida Martins Justino Evaristo, e sendo eles pais de três filhos, a Concessão é Hereditária e Familiar podendo cada um dos membros descendentes da família apresentar as variações habituais das mesmas Armas para Registo no Tribunal do Lord Lyon.
A Concessão de Armas e Bandeira em Flâmula a um Súbdito Luso-Canadiano por parte do Lord Lyon em nome da Rainha Isabel II, é algo inédito nos Reinos da qual é Soberana, embora outros países do Commonwealth que são Repúblicas com Heraldistas Chefes de Estado reconhecidos pelos países membros, como é o caso de Malta, tenham já conferido posteriormente Armas a dois Portugueses. Mas igualmente inédito é a nomeação de uma Luso-Canadiano como Barão Bailio da Escócia assim como a transferência de Jurisdição por parte da Heraldista Chefe do Canadá.
No Canadá ainda vigora a Nickle Resolution que é uma Resolução de Lei que foi passada pelo Parlamento em 1917 e que se mantém em vigor até aos nossos dias, proibindo aos Súbditos desse Domínio de receberem Títulos de Nobreza ou de serem Investidos Cavaleiros com título de “Sir” pelo Soberano do Reino Unido e Canadá.
Hoje, uma Concessão de um Brasão de Armas pela Chief Heraldic Officer de Canadá, em nome da Soberana, é a única distinção social de Nobreza Menor conferida actualmente na Monarquia Canadiana aos Súbditos, sendo que a Ordem do Canadá, também criada para especificamente distinguir Canadianos, não é conferida nos tradicionais graus de Cavalaria pelo facto de apesar do Canadá ser uma Monarquia, é um Domínio em vez de um Reino.
No texto da Carta Patente pode-se ler; “Nós, Joseph John Morrow, Comendador da Excelentíssima Ordem do Império Britânico, um dos Conselheiros de Sua Majestade, Erudito na Lei, Doutor em Leis, Lord Lyon, Rei d’ Armas, envia saudação: Considerando que Nós temos Projectado e Cumprido por Estes Presentes Atribuímos, Ratificamos e Confirmamos ao Requerente e seus Descendentes com as devidas e congruentes diferenças que possam ser matriculadas separadamente para eles, os seguintes elementos heráldicos; “Partido em pala púrpura e verde cinco flores de lis, dois, um e dois, ouro. Encimando o escudo um elmo condizente com o seu grau com um virol e paquife à destra púrpura forrado de ouro e à sinistra verde forrado de ouro em Timbre um Wyvern (Dragão alado de duas patas também conhecido por Serpe) sentado resguardante de asas adossadas verde, lampassada e armada de vermelho, coleirado com uma coroa de ouro (Crest Coronet” ou Coronel de Armas Nobres), segurando na sua garra dextra uma asa de anjo (São Miguel) presa por uma corrente terminada por uma folha de ácer (do Canadá) tudo de ouro, sobreposto ao timbre, num listel de prata, forrado de púrpura ondulado, em letras de negro, maiúsculas, “SPEM RENOVAT SANGUINE SUO”. (A esperança é renovada pelo seu Sangue). Uma Bandeira em Flâmula de 120 centímetros reproduz as Armas e o respectivo lema, o uso da flâmula sendo limitada ao Requerente e seus Herdeiros e Sucessores. A Carta de Concessão de Brasão de Armas é também a primeira passada pelo Lord Lyon a fazer referência a Isabel II como Rainha do Canadá. No texto pode-se ler “Em Testemunho do que subscrevemos estes presentes e o Selo do nosso ofício está afixado aqui em Edimburgo, Reinando Nossa Senhora Soberana Elizabeth II, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, do Canadá e de Seus outros Reinos e Territórios, Rainha, Chefe da Commonwealth, Defensora da Fé e no Ano de Nosso Senhor Dois mil e vinte.”
O Lord Lyon e o Barão de Plean visitaram Portugal em Setembro de 2019, altura em que se encontraram no Castelo de Ourém com Sua Alteza Real o Duque de Bragança, e juntamente, descerraram uma placa comemorativa da visita.
OBarão de Plean e Xerife de Dundee, o Meritíssimo Revº Dr. Joseph Morrow, Lord Lyon da Escócia e o Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte, Duque de Bragança, depois de ter sido descerrada a Placa Comemorativa da visita ao Castelo de Ourém.
O Armígerado Escocês
Ser Armígerado Escocês hoje é sinónimo do título de Cavaleiro dentro da ordem de precedência na Escócia, e é uma Dignidade Social no Reino Unido e nos outros Reinos e territórios do Commonwealth onde a Monarca é a Rainha Isabel II e com grau de equivalência reconhecido em todos os Reinos e organismos oficiais de Nobreza.
As Cartas Patentes dos Armígerados Escoceses nunca incluirão o título de Cavaleiro porque evidenciam que o indivíduo é um “Escudeiro” ou “Cavaleiro” no sentido mais estrito da definição. Um Armígerado Escocês é, de facto, um Cavaleiro ou uma Dama, a menos que possua um posto superior, de Comendador, Grande Oficial, Grã-Cruz, etc.
Sem Armas legalmente concedidas e registadas no Reino Unido, é praticamente impossível provar a Condição Nobiliárquica de alguém e por isso tecnicamente, uma Concessão de Brasão de Armas, conferida pelo Lord Lyon ou por outro Heraldista Chefe de um Reino, em nome da Monarca, é uma verdadeira Carta Patente de Nobreza Hereditária própria dos Nobres que não possuem um Titulo Ancestral do Reino, também referida como um “Diploma de Nobreza”.
Por meio da Concessão ou Matrícula de Armas Concedida pela Coroa, a Soberana, através do Tribunal do Lord Lyon, Rei de Armas e do Warrant (Mandato), Ordena a sua inscrição no Registo Público de Todas as Armas do Reino. Deste modo o nome do agraciado é inscrito no Livro de todos os Nobres da Nobreza da Escócia e do Reino Unido que é mantido pela Corte do Lord Lyon há 350 anos, sendo o Registo de Nobreza mais antigo e continuo do Mundo!
Carlos Evaristo é assim um Armígerado Escocês com Direito Hereditário Legal e Famíliar a usar Armas, o que é a principal indicação de Nobreza, um Estatuto reconhecido aos Armígerados Escoceses como membros da Nobreza desse Reino.
Por Humberto Nuno de Oliveira(Presidente da Academia Falarística de Portugal)
Heraldista – Chefe do Colégio Heráldico da Fundação Oureana
15 de Dezembro de 2020
Em 2022 a Corte do Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia comemora 350 anos de existência.
O Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, esteve presente, conjuntamente com o Presidente da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura, na XII Festa de Reis da Fundação Oureana, evento que decorreu este domingo, dia 5 de janeiro, no Restaurante Medieval da Vila Medieval de Ourém.
Esta iniciativa, que para além do tradicional almoço, teve ainda a Missa da Solenidade da Epifania e a Benção dos Reis, contou com a presença de Dom Duarte de Bragança, Duque de Bragança e Conde de Ourém.
A Fundação Oureana é uma instituição criada por John Haffert (Fundador do Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima e grande amigo da Irmã Lúcia), que nos anos 40 se fixou em Ourém e tem procurado promover o seu património histórico.
A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.
O Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte Pio de Bragança, visitou a exposição temporária “D. Maria II. De Princesa Brasileira a Rainha de Portugal (1819 – 1853)”, acompanhado de sua mulher D. Isabel, dos filhos e dos primos.
A visita guiada à exposição patente na Galeria de Pintura Rei D. Luís I do Palácio da Ajuda, foi conduzida pelo Dr. José Alberto Ribeiro, Director do Monumento, que explicou aos Duques de Bragança e seus filhos D. Afonso, Príncipe da Beira e D. Maria Francisca, Duquesa de Coimbra, a história das peças expostas que incluem a Coroa Real, o Ceptro e o Trono mandados fazer para a Coroação da Rainha D. Maria II.
É de recordar que as Fundações D. Manuel II e Oureana mantêm Protocolos com o Palácio Nacional da Ajuda para conservação, consulta e divulgação de património.
A Real Confraria do Santo Condestável juntamente com a Real Guarda de Honra, voltaram a celebrar a Festa do seu patrono na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com investiduras de novos Confrades, Missa Solene com Veneração de Relíquia Insigne e um Jantar de Convívio / Capítulo Geral.
A Festa litúrgica de São Nuno de Santa Maria celebrada pela Real Confraria do Santo Condestável e a Real Guarda de Honra, teve lugar na Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa, com início às 18:30 Horas, altura em que se realizaram as Investiduras de novos Confrades na Cripta da Igreja junto ao túmulo de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.
A cerimónia este ano foi presidida por Sua Alteza Real Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, Condestável-Mor Honorário e Patrono em representação de seu pai, Sua Alteza Real Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, que não pode estar presente por se encontrar, à mesma hora, a assistir à Missa de Exéquias Fúnebres de Sua Exª Rev.ma D. Basílio do Nascimento, Bispo de Baucau, Timor Leste que teve lugar no Mosteiro dos Jerónimos.
Presentes este ano nas cerimónias estiveram os Condestáveis Fundadores José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho juntamente Maria Margarida Evaristo, o Condestável-Mor para Lisboa, Humberto Nuno de Oliveira, e o Alcaide para Ourém e Coordenador da Acção Social “Peacemakers” David Alves Pereira. No total participaram 35 Confrades e uma Delegação de 6 elementos da Real Guarda de Honra, comandados nesta ocasião pela Comandante em Exercício, Dama Guarda de Honra Maria Filomena de Castro.
Investiduras de Novos Confrades e Promoções
Os Confrades investidos nesta ocasião foram Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, José Tomé Chasqueira Boavida, Nuno Ricardo Gonçalves Pereira Candeias e D. António Albuquerque de Sousa Lara admitido no grau de Alcaide.
Os Confrades estrangeiros honorários admitidos nesta ocasião foram dois espanhóis: o Alferes de Navio José Luis Barceló e sua mulher Maria del Pilar Vicente, Cavaleiro e Dama Honorários da Casa Real Portuguesa e ainda um Irlandês; William Smyth.
Foi promovido a Alcaide o Confrade Mário Neves, que tem sido incansável na promoção do Culto de São Nuno e igualmente promovido a Alcaide e Adjunto do Condestável-Mor para Lisboa, o Confrade João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira, que tal como sua irmã, Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, foi baptizado naquela igreja onde se encontra o túmulo oficial de São Nuno.
Todos os novos Confrades foram dispensados da imposição do escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelo facto de já terem sido investidos há vários anos com o mesmo por um Sacerdote.
No uso da palavra o Condestável-Mór Fundador Carlos Evaristo informou que este ano o Revº. Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. Capelão Mór Fundador da Real Confraria e Vice-Postulador Emérito, não pode estar presente pelo facto de ter sido recentemente internado no hospital devido a uma intoxicação alimentar. Carlos Evaristo recordou que foram também investidos este ano como Confrades Professos; Leonardo Pereira Rodrigues, Hernani Luis de Carvalho e Rui Salazar de Lucena e Mello e como Confrades estrangeiros, Professos e Honorários; Simon Andrew Robert Appleby-Wintle, Thomas Joseph Serafin, André Ladislau Olegario Jaross, Eugénio Emiliano Arciuszkiewicz, Anton Tkachuk, Eugenio Magnarin, Franco Vassallo de Ferrari di Brignano e Fernando Diago de la Presentación.
Missa Solene presidida pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa
Durante a homilia D. Manuel Clemente relembrou como o Santo Condestável antes das batalhas se preocupava se o inimigo teria comida suficiente e enviava mantimentos caso não tivessem, algo que mostrava a humanidade e generosidade de São Nuno como Comandante.
Depois da Comunhão foi colocada uma Coroa de Flores junto ao túmulo de São Nuno localizado debaixo do altar-mor e recitada uma oração, composta pelo Infante D. Pedro, pelo Cardeal Patriarca de Lisboa.
Depois do Coro ter cantado o Hino do Santo Condestável, terminada a Missa, foi dada a bênção final por D. Manuel Clemente e depois, ficou exposta no altar para veneração, a Relíquia Insigne do fémur de São Nuno, oferecida à Paróquia há 70 anos pelo então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
Jantar de Convívio
Após a solene celebração litúrgica em honra de São Nuno de Santa Maria, seguiu-se um jantar de confraternização e o Capítulo Geral dos Confrades da Real Confraria do Santo Condestável e dos Membros da Real Guarda de Honra. Presidiu à Sessão o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança, Condestável-Mor acompanhado de seu filho, o Príncipe da Beira o Senhor Dom Afonso de Bragança.
Presentes este ano em representação da Delegação Norte Americana da Real Confraria, estiveram os Confrades James e Jean Dudek que há mais de 20 anos promovem a devoção a São Nuno nos Estados Unidos da América no contexto da Mensagem de Fátima.
Agradecimentos Especiais
Antes de terminar o Capítulo Geral o Chefe da Casa Real Portuguesa deu as boas vindas aos novos confrades e agradeceu a presença de todos e particularmente os que vieram de longe. Agradeceu também à organização na pessoa do Alcaide João Pedro Teixeira, que organizou o protocolo da Missa e o jantar, e ao Confrade Armando Mendes que há mais de 30 anos colabora com o Apostolado de São Nuno e das Sagradas Relíquias.
No uso da palavra, Carlos Evaristo agradeceu a presença de todos os Confrades e relembrou os que não podiam estar presente e ainda os que faleceram recentemente. Agradeceu também a Filomena Maria Castro e aos membros da Real Guarda de Honra que deram brilho à homenagem a São Nuno e à Igreja do Santo Condestável no dia do seu 70º Aniversário.
Carlos Evaristo anunciou o encerramento do Centro de São Nuno da Real Confraria em Fátima, que durante muitos anos foi mantido pelos Confrades Brenda e Martin Cleary. O Centro não só acolhia peregrinos devotos em Fátima como também ajudava a angariar fundos para as obras sociais da Diocese de São Tomé e Príncipe. Carlos Evaristo agradeceu também a presença de Mário Pontes, José Manuel e Inês Rodrigues, sobrinhos da saudosa fadista Amália Rodrigues, que foi grande devota do Santo Condestável e à Delegação de Évora da Real Confraria e Real Guarda de Honra chefiada por Ricardo Maria Louro. Presente também esteve Roman von Ruppe, o Confrade responsável em Portugal pela obra social, Mary’s Meals.
Seguidamente o Senhor D. Afonso de Bragança investiu o Revº Padre Mário Cabral de Timor Leste como Capelão Honorário da Real Confraria do Santo Condestável e nomeou o Confrade William Smyth como Organista da Real Confraria e da Real Lipsanotheca.
A Festa de São Nuno terminou com a entrega de um donativo extraordinário de 100.00€ para a Obra do Caldeirão pela Confradessa Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes e a oferta do livro “O Exército e Nuno Álvares Pereira” pelo Alcaide Mário Neves, destinado à Biblioteca Condestabriana.
O Alferes José Barceló também entregou uma Relíquia Insigne de um lenço ensanguentado de Sua Majestade a Rainha Maria de las Mercedes de Orleans y Borbón, adquirida pela Fundação Oureana para a Real Lipsanotheca em Ourém. A Relíquia que chegou acompanhada de Madrid pelos Alferes e sua mulher era da Rainha de Espanha parente do Senhor D. Duarte de Bragança que morreu com fama de Santidade em Madrid, a 26 de Junho de 1878.
A Real Confraria do Santo Condestável, um Apostolado Canonicamente erecto no espírito do laicado Carmelitano tem vindo, desde 1996, a servir de Departamento Socio-Caritativo das Fundações Oureana e D. Manuel II. A mesma organização acaba de realizar mais uma série de acções socias em antecipação da Festa do seu Patrono, São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.
Teve início no mês de Outubro, Mês dedicado a Nossa Senhora do Rosário, mais uma série de campanhas para angariação e entrega de bens aos mais carenciados, tanto em Portugal como em África. Os bens resultam de um esforço nacional levado a cabo por parte da Coordenação Norte da Real Confraria e da Associação Mãos Unidas com Maria em Fátima para a recolha de roupas e outros bens de primeira necessidade para os pobres.
Foi o Coordenador Social da Real Confraria do Santo Condestável; Jorge Manuel Reis Gonçalves, juntamente com seus irmãos voluntários; os Confrades António e José Gonçalves, que procederam, por quatro vezes, à recolha e transporte em camião TIR, de toda uma série de bens usados recolhidos e também doados pessoalmente pelo Coordenador Regional Norte da Real Confraria; Rui Salazar de Lucena e Mello.
Seguidamente, foi preparado pela prima do Coordenador Rui Mello, a Coordenadora Marília Oliveira, o recheio de outro contentor de bens usados transportados pela ONG -“SIM” da Drª Carmo Jardim.
Um quinto carregamento de bens foi descarregado, há duas semanas, nos portos de contentores de Lisboa e Setúbal, tendo na altura, o Coordenador Geral e Condestável-Mor da Real Confraria, Carlos Evaristo, e sua mulher, a Confradesa Margarida Evaristo, acompanhado o processo em representação das Fundações D. Manuel II e Oureana que patrocinaram a recolha, transporte e logística dos voluntários.
A Associação Mãos Unidas com Maria, cuja Fundadora e Presidente é a dedicadíssima Confradesa Florinda Marques, também recolheu e preparou um outro carregamento de roupas de inverno para homem, mulher e criança, mantas e roupas de cama, assim como outros bens essenciais para crianças e também brinquedos. Estes bens porém, estão destinados aos mais desfavorecidos da Arquidiocese de Évora. Foi graças à pareceria de colaboração social existente com a Real Confraria do Santo Condestável que foi patrocinado e coordenado a entrega de hoje.
O material carregado em Fátima pela Florinda Marques e o Coordenador Social David Alves Pereira, que actuando na qualidade de Alcaide da Real Confraria do Santo Condestável e Comandante Geral Adjunto da Real Guarda de Honra, quis pessoalmente patrocinar todas as despesas de transporte em nome das organizações que representa.
Já em Évora foram Veneráveis Irmãos Voluntários da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde de Évora que receberam o carregamento que seguidamente irão entregar em parte às Casa Religiosas e à Santa Casa da Misericórdia de Évora. Estes bens, em grande parte, roupas, sapatos, mantas e brinquedos, serão distribuídos, por ocasião da Festa do Santo Condestável, pelos pobres e mais desfavorecidos da Arquidiocese incluindo famílias de migrantes.
Durante uma reunião com Coordenadores a semana passada em Sesimbra, o Condestável Mor da Real Confraria e Comandante Geral da Real Guarda de Honra, Carlos Evaristo, disse: “Estes bens enviados para Angola e Moçambique vão complementar um carregamento, já entregue, em Agosto, à ONG – SIM, pois o Sr. D. Duarte de Bragança, através da Real Confraria e das Fundações D. Manuel II e Oureana, quis ajudar as vítimas de Cabo Delegado, os pobres em Angola e São Tomé e Príncipe mas também pretende ajudar os mais necessitados em Cabo Verde e os refugiados da Síria, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal.”
Para Carlos Evaristo; “É muito bom ver a Real Confraria e anteriormente, os Peacemakers, organização que criamos há 25 anos com o falecido John Haffert e posteriormente que desenvolveram actividades no estrangeiro com a ajuda dos falecidos Phillip Kronzer e o Capelão Padre John Mariani e isto sob a orientação do Vice-Postulador da Causa do Beato Nuno, o Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. e do Bispo de São Tomé e Príncipe D. Manuel António Mendes dos Santos. Hoje, são associações de fieis que servem de departamentos de acção social das Fundações e com grandes papeis activos na Igreja no campo da acção social, tanto em Portugal com em África. Importante também são as parcerias estabelecidas com organizações homólogas pois ninguém por si só consegue fazer o que se faz em conjunto. Fazemos isto em nome e em memória de São Nuno que com a sua Confraria e um Caldeirão, iniciou este trabalho social de recolha de alimentos e bens para os pobres de Lisboa a partir do Carmo em Lisboa. É ele o verdadeiro fundador da acção social em Portugal muito antes da Rainha D. Leonor e das Misericórdias que hoje têm um papel tão importante na sociedade. É igualmente importante a coordenação de trabalho de limpeza, desinfecção e preparação dos bens doados pelas pessoas voluntárias dedicadas tais como a equipa da Drª Carmo Jardim, a Florinda Marques, a Marília Oliveira e o Rui Mello. Mas igualmente importante é o trabalho dos voluntários no carregamento e transporte e aqui são as Fundações e as ONG que patrocinam as despesas, incluindo o envio de contentores. Agora esperamos poder ajudar com o envio de outro que queremos ainda patrocinar este mês para Cabo Verde e com bens recolhidos pela Associação Mãos Unidas com Maria que incluem mobiliário e material escolar.” !”
Este ano a Festa de São Nuno de Santa Maria e o Capítulo Geral da Real Confraria do Santos Condestável, tem lugar na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com Investiduras a iniciarem pelas 18:30 Horas, seguido depois de Missa Solene e Jantar de Convívio dos Confrades.
Fatima, July 4th, 2014. The Grand Master of the Constantinian Order HRH The Duke of Castro, accompanied by HRH The Duchess of Castro and the two princesses HRH The Duchess of Palermo and HRH The Duchess of Capri, visited Fatima in Portugal and offered prayers to Our Lady of Fatima at the small Chapel of the Apparitions.
The Grand Master and his family also visited the Royal Lipsanotheca and viewed an exhibition of relics of the Foundation Oureana / D. Manuel II presented by Mr. Carlos Evaristo, a leading expert of relics and Chairman of the chapter of the Patrons of the Vatican Museums. Among the exhibits were the relics of the Seers of Fatima, the Sicilian Saints and the major relic of the Blessed Maria Cristina, Queen of Naples, who was beatified in January 2014 by Pope Francis in a ceremony held at the Basilica of Santa Chiara in Naples attended by members of the Neapolitan and Portuguese Royal Families.
The Grand Master and his family were accompanied in pilgrimage to the Altar of Fatima by HRH The Duke of Braganza, HSH Prince Peter von Hohenberg, grandson of Archduke Franz Ferdinand of Austria-Hungary, HSH Princess Marie-Therese von Hohenberg and her husband HE Mr Anthony Bailey, Delegate of the Sacred Military Constantinian Order of Saint George in Great Britain and Ireland and Magistral Delegate for Inter-Religious Relations, HE Dr. Miguel Horta e Costa, Baron of Santa Comba Dão, Delegate of the Sacred Military Constantinian Order of St. George in Portugal, the Marquis of Rio Maior, D. João Saldanha Vicente; Sir Gavyn Arthur, former Lord Mayor of London; Eng. Domingos Patacho of the Royal Association; Dr. José Carlos Ramalho Royal Association of Ribatejo, Dr. Francisco Ramalho, Dr. Alberto Calafato Janelli, Private Secretary to the Duke of Castro and Dr. Carlos Evaristo, who led the visit to the Shrine.
Para recordar o 75º aniversário da coroação de Nossa Senhora de Fátima como rainha do mundo vai ser inaugurada, dia 13 deste mês, às 16h00, no Castelo de Ourém, uma estátua em tamanho real do Papa Pio XII.
O monumento vai ser inaugurado pelo Duque de Bragança, D. Duarte Pio, afilhado de Batismo do Servo de Deus, Papa Pio XII, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
A estátua em bronze daquele que foi chamado de “Papa de Fátima” é obra do Mestre escultor Félix Burriel e oferecida por Moritz Hunzinger, “com o apoio de vários admiradores e defensores do Papa internacionais incluindo um grupo de historiadores e Judeus da Pave the Way Foundation”, refere.