Com data de 25 de Março de 2023, aniversário da entrada da Vidente de Fátima no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, foi celebrado entre a Fundação Histórico-Cultural Oureana e o Carmelo de Coimbra / Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, o Protocolo Irmã Lúcia de apoio ao Arquivo que irá divulgar e estudar a vida e obra, e preservar o espólio e escritos, da última testemunha das Aparições de Nossa Senhora do Rosário em Fátima.
Protocolo Patrocina Compra de Equipamentos e Mobiliário para o Arquivo Irmã Lúcia
No documento assinado pela Prioresa do Carmelo de Coimbra; Irmã Ana Sofia Maria e da Trindade OCD em representação da Comunidade Carmelita de Coimbra; por Carlos Evaristo, Co-Fundador e Presidente Vitalício da Direcção da Fundação Histórico Cultural Oureana (A Fundação para a Pesquisa Religiosa) e testemunhado por Carlos Miguel Leal Mendes Cardoso, membro do Grupo de Trabalho do Arquivo Irmã Lúcia e pela Técnica de Conservação de Relíquias Responsável e Co-Fundadora da Regalis Lipsanotheca e Apostolado de Relíquias I.C.H.R. (International Crusade for Holy Relics), Margarida Evaristo; ambas as partes comprometem-se a cooperar para a prossecução de projectos, que visem a salvaguarda e a difusão da missão, obra e legado da Irmã Lúcia, recorrendo a Fundação criada pelo grande Apóstolo de Fátima, John Mathias Haffert, aos Benfeitores Subsidiários e Parceiros Protocolares da O.C.I.C. (Ourém Castle Information Centre Protocol Partners) para a angariação de fundos para realizar estes projectos.
Constitui objecto deste Protocolo de Cooperação a realização de um conjunto de acções que visam apoiar o Carmelo de Coimbra na conservação do espólio, mormente com a aquisição de mobiliário especializado e equipamentos electrónicos e informáticos.
Através do Protocolo Irmã Lúcia, a Fundação irá ainda colaborar na conservação do património, na realização de exposições permanentes, temporárias, temáticas ou aniversárias, e ainda, na edição de publicações e material de divulgação e que inclui desde já, a tradução para língua inglesa da Memoriae, publicação periódica do Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, assim como demais publicações necessárias ao funcionamento e divulgação do Memorial e Arquivo Irmã Lúcia.
Conservação de Património e Cedência de Relíquias das Aparições e dos Pastorinhos para Exposições
A Fundação Oureana também cederá da vasta colecção de relíquias da Regalis Lipsanotheca, relíquias genuinas das Aparições de 1917 e dos Videntes de Fátima, entre outros objectos; históricos e manuscritos da Vidente, a título de empréstimo para figurarem em Exposições permanentes, temporárias e aniversárias no Memorial e Arquivo da Irmã Lúcia ou para uso em publicações de estudo.
Exposições, palestras, conferências e edições de outros trabalhos esporádicos promocionais estão a ser projectados de acordo com o Protocolo Irmã Lúcia com o objectivo de dar a conhecer a vida e obra da Vidente de Fátima e Carmelita e para a promoção de turismo religioso com o incentivo de atrair peregrinos e estudiosos de Fátima ao Memorial Irmã Lúcia para apoio do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra e sua Comunidade.
“Justificação é a longa Historia de Colaboração na Divulgação da Mensagem de Fátima”
Na justificação apresentada por Carlos Evaristo em Assembleia Geral da Fundação Oureana, a 6 de Janeiro de 2023 e aprovada a 19 de Março, o Presidente da Direcção considerou que “a Irmã Lúcia, foi amiga e colaboradora de John Mathias Haffert, Fundador da Fundação Oureana, sendo por isso considerada Co-Fundadora do Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima, Fundado em 1947 por John Mathias Haffert e pelo Monsenhor Harold Colgan e hoje conhecido por Apostolado Mundial de Fátima, e que tal como a Madre Teresa de Calcutá, a Vidente de Fátima era devota das Sagradas Relíquias. Foi, não só Benfeitora do Exército Azul, mas também Madrinha e Benfeitora do Apostolado de Relíquias Sagradas I.C.H.R. Por isso a maior justificação para este Protocolo é a longa história de colaboração na Divulgação da Mensagem de Fátima. “
O Apostolado Internacional de Relíquias fundado em 1988 está sedeado desde 2000, na Regalis Lipsanotheca (Capela / Museu de Relíquias) da Fundação Oureana no Castelo de Ourém, onde existe a Colecção Irmã Lúcia composta por Relíquias, artefactos e documentos históricos relacionados com a Vidente de Fátima, os Pastorinhos e as Aparições.
Recorda-se que o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, serviu de intérprete e tradutor para a Irmã Lúcia, durante a visita ao Carmelo de Coimbra, de vários Cardeais e outras entidades da Igreja Católica e a editora da Fundação Oureana, a Regina Mundi Press, já publicou, a título gratuito, e com o patrocínio da Fundação D. Manuel II, várias obras da autoria da Irmã Lúcia, incluindo a versão, em língua inglesa, da Biografia; A Pathway under the gaze of Mary, da autoria do Carmelo de Coimbra e uma edição do Exército Azul Americano (Apostolado Mundial de Fátima).
Em 2001, o Co-Fundador da Fundação Oureana, a Fundação para a Pesquisa Religiosa, Phillip James Kronzer, havia patrocinado obras de restauro do muro exterior e da fachada do Convento de Santa Teresa e seguidamente, a Fundação promoveu, no Carmelo, uma palestra sobre o Santo Sudário com o título; A Paixão de Cristo e Barbet Revisto, apresentada pelo Presidente do Centro para a Pesquisa Religiosa da Fundação, o Prof. Dr. Frederick T. Zugibe, entretanto falecido.
D. Duarte de Bragança, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação e amigo de longa data de John Haffert e da Irmã Lúcia, considerou que “a Fundação como tem por objecto, de acordo com os seus Estatutos; a prossecução de acções de ordem social e religioso e foi criada para que se possa demonstrar os dois mil anos de história e Cultura de Portugal, com especial realce para o Castelo de Ourém e acontecimentos religiosos de Fátima, que tornaram Fátima na Capital Mundial Mariana, pode por isso, desenvolver actividades em lugares com laços religiosos e históricos. Assim sendo, justifica-se o Protocolo com o Carmelo de Coimbra que herdou o espólio pessoal, arquivo documental e relíquias da falecida Vidente de Fátima Irmã Lúcia, a mesma que foi nossa amiga, amiga e colaboradora de John Haffert e Madrinha da Fundação.”
Para Carlos Evaristo “foi muito o que a comunidade Carmelita já conseguiu fazer praticamente sozinha, tendo construído de raiz um espaço museológico denominado Memorial Irmã Lúcia, as instalações do Arquivo Irmã Lúcia e a edição da biografia oficial da Vidente “Um Caminho sob o olhar de Maria” e ainda, a publicação “Memoriae”. Agora assumimos a responsabilidade de ajudar as Irmãs a concretizar estes e outros projectos futuros para divulgar a vida e obra da Irmã Lúcia e salvaguardar, conservar e estudar o seu espólio, para perpetuar o seu legado pela Paz do Mundo e Salvação das Almas na continuação do grande apostolado que iniciou e manteve durante décadas no silêncio e anonimato do Carmelo. Humildemente assumimos a nossa obrigação de apoiar esta obra com uma profunda gratidão à Irmã Lúcia por todo o que ela fez e deixou como legado.”
Prémio Irmã Lúcia
Já em 1995, a Fundação Oureana, na pessoa do seu Fundador, John Haffert, institui o Prémio Irmã Lúcia para reconhecer o trabalho de pessoas, ou instituições, no Apostolado de Fátima, prémio esse que é entregue com um busto da Vidente. O primeiro exemplar do busto, da autoria do artista Fatimense Abílio Oliveira, foi oferecido à Irmã Lúcia por Haffert e Evaristo, num encontro que teve lugar no Carmelo, em Coimbra, pelo 50º aniversário da entrada da Vidente de Fátima para o Carmelo. Através do Protocolo Irmã Lúcia as atribuições futuras do Prémio serão entregues conjuntamente pela Fundação e o Carmelo de Coimbra.
Concluído o Patrocínio das Estantes Compactas para o Arquivo
Na primeira fase do Protocolo, já concluída, a tradução para a língua inglesa da primeira edição da publicação Memoriae que vai agora ser impressa e distribuída exclusivamente pelo Exército Azul (E.U.A.) em acordo já assumido por David Carollo, Presidente do referido apostolado e membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana.
A Fundação também já conseguiu angariar o patrocínio total para as 20 estantes compactas para Arquivo e Reserva Museológica já instaladas no novo edifício do Arquivo Irmã Lúcia. “
É importante explicar”, segundo Carlos Evaristo, “que todos os fundos angariados vieram directamente da conta dos parceiros protocolares norte americanos para a conta do Carmelo de Coimbra.”
Numa reunião com a Madre Prioresa do Carmelo, Carlos e Margarida Evaristo apresentaram o Tenente Coronel Stephen Michael Cortes-Besinaiz, o Parceiro Protocolar Coordenador do Projecto nos Estados Unidos, juntamente com o recém-falecido Vice-Coordenador, Coronel John Thoma e o Secretário e Contabilista Hung Quoc Nguyen.
Concluída a Tradução para língua Inglêsa da revista “Memoriae”
Para além dos Benfeitores e Voluntários já referidos, são Parceiros Protocolares do Projecto os Mecenas; Theodore Howard Jacobsen, Christopher, Andrew Campbell Martins St. Victor-de Pinho, Michael David Witter, Scott Wallace Stucky, Will Roseman e Darryl Blatzer.
Patrocínio de Relicários para Conservação de Relíquias Insignes
Durante as visitas ao Carmelo de Coimbra de Delegações dos Executivos do Exército Azul, da Fundação Oureana e dos Representantes dos Parceiros Protocolares O.C.I.C. dos E.U.A., foi oferecido às Irmãs Carmelitas de Coimbra um conjunto de Relicários preparados por Carlos e Margarida Evaristo para conservação e veneração das Relíquias Insignes da Irmã Lúcia de Primeira Classe da Comunidade, tendo na ocasião, António Ponces de Carvalho, da Escola Superior de Educação João de Deus, se comprometido com o apoio técnico escpecializado para os vários projectos e Pedro Renato Ferreira, assumido o patrocínio da segurança dos edifícios e a digitalização de alguns dos fundos do arquivo da Vidente de Fátima, trabalhos que serão efectuados por fases, por uma equipa especializada dirigida pelo Grupo de Trabalho do Arquivo Irmã Lúcia, criado pelo Carmelo de Coimbra para esse efeito, com o acompanhamento de José João Loureiro, Membro do referido Grupo.
É com triste pesar que se divulga a notícia do falecimento esta manhã de Patrícia Margaret Haffert, co-fundadora da Fundação Histórico – Cultural Oureana.
A viúva de John Mathias Haffert faleceu, de morte natural, aos 91 anos de idade, na sua casa em Washington, New Jersey, localizada no Santuário de Fátima, sede do Apostolado “Exército Azul” que seu marido havia fundado em 1947.
Patrícia que nasceu na Inglaterra em 1931, era devota de Nossa Senhora de Fátima e militante da mensagem de Fátima desde há mais de 60 anos quando se havia tornado Secretária de John Haffert e mais tarde colaboradora e co-autora de vários livros.
Tornou-se segunda esposa de John Haffert já na década de 1970 após o fundador do Exército Azul se ter tornado viúvo. Apoiou desde então todas as suas iniciativas incluindo o programa do Restaurante Medieval e a criação da Fundação Oureana e manteve-se ao lado do marido como força inspiradora até ao seu falecimento a 31 de Outubro de 2001.
Conheceu e conviveu com muitas figuras da Igreja Católica desde Papas, à vidente de Fátima Irmã Lúcia e a Madre Teresa de Calcutá. Recebeu várias homenagens e era membros das Ordens dinásticas da Casa Real Portuguesa; da Rainha Santa Isabel, de São Miguel da Ala e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Nos últimos anos e depois de ter deixado a vice-presidência do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, Patrícia Haffert retirou-se para uma pequena casa que havia construído no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Nova Jersey.
Em 2016 havia consignado a imagem milagrosa da Virgem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao Exército Azul e desde então Nos últimos anos e depois de ter deixado a vice-presidência do Conselho de Curadores da Fundação Oureana, Patrícia Haffert retirou-se para uma pequena casa que havia construído no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Nova Jersey, passando a ser figura frequente durante as Missas e a recitação do terço do rosário.
Encontrando-se debilitada e acamada em casa após o regresso de uma breve estadia no Hospital e depois de ter sobrevivido à Covid 19, Patrícia Haffert veio a faleceu esta noite de morte natural e após as exéquias fúnebres que terão lugar no Santuário em data ainda por anunciar, será sepultada junto ao marido no cemitério privado do mesmo Santuário.
Em Ourém haverá uma Missa de Funeral Indulgenciada na Sexta-Feira, dia 10 de Junho de 2022, Festa do Anjo de Portugal,pelas 17:30 horas.
Relíquias de Patrícia Haffert serão posteriormente colocadas no Cenotáfio Memorial da Família localizado na Regalis Lipsanotheca.
Requiem aeternam dona eis, Domine. Et lux perpetua luceat eis. Fidelium animae, per misericordiam Dei, requiescant in pace. Amen
NOTICIA – Dom Duarte Pio de Bragança está nos Estados Unidos da América a convite da Arquidiocese para Serviços Militares para presidir como Grã-Mestre Nato, às celebrações do Ano Jubilar dos 850 anos da Ordem de São Miguel da Ala e 20 anos da R.I.S.M.A.; a Real Irmandade da mesma Soberana invocação.
O Ano Jubilar proclamado pelo Papa Francisco por Decreto de 25 de Março de 2021, abriu a 8 de Maio do ano passado em Alcobaça e estende-se até 29 de Setembro de 2022.
O Jubileu está a ser celebrado nas oito Dioceses onde a Real Irmandade está Canonicamente Erecta como Ordem e Associação de Fieis.
Depois das Reais Irmandades da Ordem de São Miguel da Ala das Dioceses da Ucrânia, Casale Monferrato, Itália e de São Tomé e Príncipe terem celebrado o Jubileu e da Arquidiocese de Santiago de Compostela ter festejado o tradicional Dia da Fundação da Ordem, a 8 de Maio, foi a vez dos membros militares da Ordem e Real Irmandade nos Estados Unidos celebrarem o Jubileu na Sede da Arquidiocese para Serviços Militares em Washington.
O Jubileu também já foi celebrado com a Comunidade Religiosa Cisterciense de Santa Maria de Oseira com Indulgências conferidas especialmente pelo Santo Padre aos religiosos professos da Ordem. Das antigas Ordens Militares e Monásticas Medievais ainda existentes só mesmo a Ordem de São Miguel da Ala, é que mantém uma continuidade com as duas finalidades originais, sendo hoje reconhecida pela Santa Sé, não só como uma entidade religiosa, mas ao mesmo tempo, uma organização militar, comunidade religiosa contemplativa e condecoração dinástica da Casa Real.
Hoje nenhuma outra Ordem Dinástica de Casa Real tem semelhante estatuto na Igreja Católica para assim poder organizar Investiduras durante as Missas. Somente as Ordens da Santa Sé e a Ordem Teutónica de Santa Maria que é hoje uma Ordem Religiosa com irmãos leigos familiares, podem ser consideradas de Ordem Religiosa no verdadeiro sentido da palavra.
Nos Estados Unidos a Insígnia da Ordem e Real Irmandade é uma condecoração oficial da Arquidiocese para Serviços Militares por vontade expressa do Arcebispo Timothy Broglio, Prelado Castrense das Forças Armadas.
Por isso todas a receitas provenientes das actividades da Real Irmandade na Arquidiocese, assim como os “royalties” do licenciamento das marcas para produção de capas e insígnias, vão inteiramente para apoio das obras sociais e litúrgicas da Pastoral das Forças Armadas e também apoiam os veteranos.
Os eventos deste ano da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese Militar tiveram lugar em Princeton e Washington, Nova Jersey nas seculares instalações militares e sede do Exército Azul.
Jantar de Boas Vindas em Princeton
O Jantar de Recepção e Boas Vindas ao Duque de Bragança teve lugar na sexta-feira, dia 3 de Junho de 2022, em Palmer House, e reuniu os principais Benfeitores da R.I.S.M.A. da Arquidiocese para os Serviços Militares.
Foi a oportunidade para o Senhor Dom Duarte, a pedido da Mesa da Real Irmandade, condecorar vários benfeitores da Arquidiocese com a Ordem de Mérito da Casa Real Portuguesa.
Assembleia Geral R.I.S.M.A.
No dia seguinte, teve lugar a Assembleia Geral da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese para Serviços Militares, presidida pelo Juiz Coronel Stephen Michael Besinaiz que informou todos presentes das actividades em curso e da contabilidade da Associação Arquidiocesana.
Missa e Investiduras
A Missa de Investiduras de novos membros teve lugar na Igreja de São Paulo e foi presidida pelo Arcebispo Auxiliar das Forças Armadas e meia dúzia de Capelães Militares membros da Real Irmandade.
Por vontade expressa do Arcebispo Castrense foram investidos novos membros da Ordem e Real Irmandade e promovidos cerca de uma dúzia de elementos da Chefia da Real Irmandade por serviços extraordinários prestados à Arquidiocese e pelo trabalho em recrutarem novos membros.
Entre os 35 agraciados foram promovidos a Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade o Juiz da Real Irmandade Coronel Stephen Michael Besinaiz e o Delegado Extraordinário da Federação R.I.S.M.A., o Coronel Juiz John Michael Thoma.
A entrega dos diplomas realizou-se depois da Missa no Salão Paroquial e de seguida teve lugar o cocktail e Jantar de Gala no Nassau Club em Princeton.
Discurso de D. Duarte de Bragança durante a Gala da R.I.S.M.A.
Excelentíssimo e Reverendíssimo Arcebispo Broglio, Prezados Capelães, Damas e Cavaleiros, Senhoras e Senhores,
É um grande prazer para mim estar de volta aqui em Washington para as Investiduras Capitulares da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese para Serviços Militares.
Durante este ano do Jubileu do 850º Aniversário da Ordem de São Miguel da Ala, decretado pelo Papa Francisco para 2021 e 2022 com indulgências, recordamos todos os membros da Ordem, vivos e mortos, e de forma especial o meu saudoso irmão D. Henrique, Duque de Coimbra, que tal como o meu irmão D. Miguel, foi um Grão-Chanceler muito estimado por todos.
A Ordem foi fundada pelo primeiro Rei de Portugal em 1147 e aprovada pelo Papa Alexandre III em 1171 como Ordem Militar e Monástica de Cavalaria, carisma que ainda hoje carrega através das Reais Irmandades da mesma invocação, fundadas há vinte anos, em 2001.
Hoje, com 2,500 membros, estamos sediados em 8 Dioceses e Arquidioceses, duas das quais são militares e com 17 Delegações aprovadas NIHIL OBSTAT em vários países em todo o mundo. E de acordo com o nosso carisma medieval, ainda temos comunidades monásticas cistercienses e beneditinas com membros da Ordem em Oseira, Espanha e no Brasil, país que este ano comemora 200 anos como nação independente sendo meu Primo o Príncipe D. Luiz Philippe o Patrono Real da Real Irmandade, no Brasil da nova Delegação AMS na Florida.
Os tempos que vivemos hoje fazem com que seja necessário invocar o Arcanjo São Miguel, como Anjo da Paz. Ele que não é só o Anjo de Portugal mas também dos Estados Unidos, da Ucrânia e da Rússia.
Embora todos as receitas das joias de direito de passagem e quotas vão directamente para as Dioceses a que pertencem as Reais Irmandades, e neste caso estes membros pertencem à Real Irmandade da Arquidiocese para os Serviços Militares, o facto é que os membros estão sempre dispostos a apoiarem individualmente outras Dioceses da Federação RISMA com necessidades especiais, tais como a Diocese de São Tomé e Príncipe e agora as Dioceses da Ucrânia que visitei recentemente e que precisam desesperadamente de ajuda para reconstruir.
Para esse fim, posso dizer que com a ajuda de muitos de vocês aqui, a R.I.S.M.A da Ucrânia já arrecadou 100.000 Euros!
Agora uma palavra de agradecimento ao Arcebispo Timothy Broglio e ao Juiz Steven Besinaiz por seus muitos anos de dedicação à Ordem expressa através da concessão do novo grau de Grã-Cruz com Colar da Real Irmandade
Os meus agradecimentos à Mesa da RISMA e à comissão organizadora pela organização deste maravilhoso evento e uma saudação especial também aos Cavaleiros e Damas da Casa Real Portuguesa que não são membros da Ordem de São Miguel da Ala. Agradecemos também o vosso apoio e esperamos que possam continuar a ajudar as causas sociais através da brevemente criada 501 C3 – Associação de Damas e Cavaleiros da Casa Real Portuguesa – que será presidida pelo Juiz John Thoma a quem concedemos o grau de Grã-Cruz com Colar por vinte anos de serviços prestados à Real Irmandade.
Espero que aproveitem as muitas indulgências concedidas pelo Papa e pela nossa própria Cúria para este Ano e espero que possam estar conosco de 23 a 25 de Setembro em Fátima e Alcobaça, Portugal, para o encerramento do ano jubilar.
Que São Miguel proteja a todos!
Peregrinação Indulgenciada ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima do Exército Azul
A Celebrações Jubilares da Ordem e Real Irmandade de São Miguel da Ala nos Estados Unidos da América terminaram na Festa de Pentecostes, dia 5 de Junho, com uma Missa de Acção de Graças Indulgenciada, que teve lugar no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Washington New Jersey.
Este Santuário foi fundado por John Matias Haffert, fundador do Exército Azul e da Fundação Oureana e é o local onde o grande benemérito da Igreja se encontra sepultado.
Depois de um breve encontro com a viúva de John Haffert, Patrícia Margaret Haffert, que se encontra adoentada, teve lugar um almoço de convívio com o Presidente do Exército Azul Americano Dave Carollo, Membro do Conselho de Curadores da Fundação Oureana e Delegado Extraordinário da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Diocese de são Tomé e Príncipe.
Nota: Durante as Missas da R.I.S.M.A., S.A.R. o Duque de Bragança usou a Capa de Juiz Honorário da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e não o tradicional Manto da Ordem para assim homenagear a Arquidiocese para os Serviços Militares que lhe conferiu esta dignidade há vários anos.
O Capelão Geral da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala, o Bispo Dom Manuel António Mendes dos Santos, reuniu esta segunda-feira em Fátima com o Secretario Geral da Mesa da Federação R.I.S.M.A. para aprovar resoluções do Capítulo Geral que teve lugar em Santiago de Compostela no passado dia 8 de Maio.
Quis também o Bispo de São Tomé e Príncipe discutir a Reforma da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala e os vários projectos em curso para este Ano Jubilar proclamado pelo Papa Francisco que incluem a criação de novas Associações complementares.
Desde 2001 que a Real Ordem de São Miguel da Ala está Canonicamente Erecta na Igreja Católica como Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala. A mesma era desde 1848 uma Ordem Dinástica ou Condecoração da Casa Real Portuguesa conferida pelos descendentes de D. Miguel I na Chefia da Casa desde o fim das Ordens Monásticas Militares. A Ordem está aprovada hoje por duas Arquidioceses e cinco Dioceses que mantêm Delegações Oficiais NIHIL OBSTAT em 17 países do Mundo incluindo Portugal. Duas Arquidioceses Castrenses e três Comunidades Monásticas da Ordem mantêm a mesma reconhecida pela Santa Sé como sendo Militar e Monástica.
Em Portugal as Associações Diocesanas têm reconhecimento ao abrigo da Concordata mesmo que não tenham actividade económica no país, o que é caso da R.I.S.M.A. cujos fundos provenientes de quotas, joias e donativos são inteiramente recolhidos na conta da Diocese de São Tomé e Príncipe. Estas Associações são representadas internacionalmente pelos Capelães e pelos Juízes que são os responsáveis da Mesa da Federação R.I.S.M.A., espiritualmente sedeada em Alcobaça, a sede histórica da Ordem fundada por D. Afonso Henriques e aprovada em 1171 pelo Papa Alexandre III.
Fátima foi o local escolhido para esta reunião de trabalho, não só por ser terra de Nossa Senhora e de sua mensagem de Paz para a humanidade, mas também por ser a terra sagrada das aparições da Rainha de Portugal e de São Miguel como Anjo de Portugal e da Paz, em 1916 e 1917. Por isso, segundo o Secretário Episcopal, Carlos Evaristo, “É sempre um local predilecto para reunir, invocar e pedir a ajuda da Mãe do Céu e do Príncipe das Milícias celestes para mediar os vários assuntos importantes que há por resolver.”
Reforma da Ordem Dinástica, Real Irmandade; Denominação e Símbolos
Um dos mais importantes assuntos em mão é a Reforma da Ordem e Real Irmandade de São Miguel da Ala anunciada o ano passado. Esta Reforma tem como principal objectivo rever os Estatutos e implementar o uso estandardizado de uma denominação social, nova e mais actual, sem com isso querer renunciar às denominações antigas e históricas.
Assim sendo a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala na sociedade passaria a ser conhecida por “Real Irmandade da Ordem da Asa de São Miguel” no Português corrente e quando traduzido para outras línguas.
Para além da mudança no nome haverá também uma homologação dos símbolos e um regulamento que determina quem os pode usar dentro da Federação R.I.S.M.A., os Cargos Representativos para além de alterações aos hábitos, diplomas, Insígnias e a criação de um novo grau; o de Grã-Cruz com o Colar da Real Irmandade conferido em várias categorias.
O novo colar, assim como o novo símbolo já estão registados como marcas patentes e em uso desde Setembro de 2021.
Registo e uso de Marcas e Criação de novas Associações de Direito Civil
A Reforma é de facto algo que já está a ser preparada há mais de uma década e levou à criação de novas associações de direito civil em vários países para assim complementarem as Delegações das associações religiosas como instituições sem fins lucrativos locais que podem servir de intermediárias para recolha de donativos para as Dioceses com Delegações, fornecendo assim recibos legais aos doadores que são deduzíveis no IRS.
É o caso da recém criada associação Americana; “Association of Knights and Dames of the Portuguese Royal House” que vai ajudar a Delegação da R.I.S.M.A. da Diocese de São Tomé e Príncipe dos Estados Unidos a fornecer recibos aos seus membros dado que não beneficiam da Associação 501 3C “Real Ordem de São Miguel da Ala” que complementa exclusivamente a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala Castrense da Arquidiocese para os Serviços Militares dos E.U.A..
Indulgências a lucrar e o Encerramento do Ano Jubilar
A R.I.S.M.A. que está a celebrar o Ano Jubilar Indulgenciado dos 850 anos da Ordem de São Miguel da Ala proclamado em 2021 pelo Papa Francisco através de dois Decretos emitidos pela Santa Sé a 25 de Março, tem celebrações agendadas em todas as Dioceses de Erecção Canónica e locais onde se encontram Delegações R.I.S.M.A..
O Encerramento Oficial do Jubileu terá lugar com uma Missa Solene Capitular Internacional em Alcobaça, a 29 de Setembro de 2022, depois das cerimónias já realizadas em Estocolmo, Suécia; Braga, Coimbra, Fátima e Santarém, Portugal; Oseira e Santiago de Compostela, Espanha; e Washington e New Jersey, E.U.A..
JUBILEU
850º ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA REAL ORDEM DE SÃO MIGUEL DA ALA
20º ANIVERSÁRIO DA REAL IRMANDADE DA ORDEM DE SÃO MIGUEL DA ALA
ANO JUBILAR
(8 DE MAIO DE 2021 – 29 DE SETEMBRO DE 2022)
DECRETO
(Tradução)
Prot. 446/21/I
A Penitenciaria Apostólica, em virtude das faculdades especificamente outorgadas pelo Santíssimo Padre em Cristo Nosso Senhor, pela Divina Providência Papa Francisco;
Aos Eminentíssimos e Reverendíssimos Cardeais, aos Beatíssimos e Reverendíssimos Patriarcas, aos Excelentíssimos e Reverendíssimos Arcebispos e Bispos Protectores ou Capelães, aos Membros das Ordens Dinásticas da Casa Real de Portugal;
Gentilmente Concede que nos dias 8 de Maio, 10 de Junho e 24 a 29 de Setembro de 2021, pelos Oitocentos e Cinquenta anos desde que o Rei D. Afonso Henriques fundou a Real Ordem Monástica Dinástica e Militar de São Miguel da Ala, Canonicamente Aprovada pela Bula do Papa Alexandre III no ano MCLXXVII (1177), e no Vigésimo Aniversário da Erecção Canónica da Real Irmandade de São Miguel da Ala, que após a Celebração do Santo Sacrifício, seja Dada a Bênção Papal, com Indulgência Plenária anexa, nas condições usuais (Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração pelas intenções do Sumo Pontífice);
A Sua Alteza Real D. Duarte Pio, Duque de Bragança, Conde de Ourém, Afilhado Baptismal do Servo de Deus Papa Pio XII e da Rainha D. Amelia d’Orléans e Bragança, a todos e individualmente Membros da Casa Real de Portugal; aos Capelães, ao Conselho, aos Chanceleres e Juizes da Real Irmandade, aos Confrades Professos e Honorários (Membros), e também a todos os Bispos, Cónegos e Presbíteros, Diáconos, Religiosos e Religiosas, aos associados de todas as Irmandades e a todos os fiéis presentes que participem nas Cerimónias Sagradas com espírito penitente e animados pela caridade;
Os fiéis que com devoção receberem a Bênção Papal, embora impedidos por circunstâncias razoáveis, não podendo assistir fisicamente aos Ritos Sagrados, desde que assistam com piedosa intenção durante os mesmos Ritos por meio da Televisão e da Rádio, poderão igualmente ganhar Indulgência Plenária, de acordo com as regras da lei.
Este Decreto é válido para o Ano do Jubileu, sem prejuízo de qualquer disposição em contrário.
Dado em Roma, no Palácio da Penitenciaria Apostólica,
Aos 25 dias de Março, do Ano da Encarnação do Senhor MMXXI (2021)
(Assinaturas)
Cardeal Mauro Piacenza – Penitenciario Mor Christophorus Nykiel – Regente
(No 375º Aniversário da Aclamação e Coroação da Virgem Santa MariaNossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal)
BEATISSIMO PADRE
(Tradução)
Prot. 447/21/I
D. Manuel Antonio Mendes dos Santos, C.F.M. Bispo de São Tomé e Príncipe, Capelão Geral da Casa Real Portuguesa, juntamente com Sua Alteza Real Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, Conde de Ourém, Grão-Mestre das Ordens Dinásticas da Casa Real de Portugal, os Membros da mesma Casa Real, com os Eminentissimos Cardeais, os Beatíssimos Patriarcas, os Excelentíssimos Arcebispos e Bispos Protectores, os Capelães e os Membros das mesmas Ordens Dinásticas;
Com grande alegria chamam à atenção de Vossa Santidade, que em 8 de Maio, 10 de Junho, 24 a 29 de Setembro de 2021, e nos demais feriados até 29 de Setembro de 2022, celebraremos os Oitocentos e Cinquenta anos da Real Ordem Monástica Dinástica e Militar de São Miguel da Ala, fundada pelo Rei Dom Afonso Henriques e aprovada em 1177 por Bula do Papa Alexandre III, sendo o Vigésimo Aniversário da Erecção da Real Irmandade de São Miguel da Ala.
Que, para que este duplo acontecimento seja dignamente acolhido, através de uma adequada Catequese e dos meios de santificação, principalmente o Sacramento da Santíssima Eucaristia juntamente com o da Penitência, nos fazem esperar uma vida mais perfeita, formada pelos frutos da Fé, Esperança e Caridade, segundo o espírito evangélico.
Para este fim, muito pode contribuir o dom das Indulgências, que com esta petição imploramos com confiança a Vossa Santidade, visível, princípio e fundamento da Comunhão e unidade de Católicos em Deus, etc.
Dia 25 de Março de 2021
A Penitenciaria Apostólica, por Mandato do Santíssimo Nosso Senhor Papa Francisco, Concede de bom grado um Ano Jubilar, com uma Indulgência Plenária anexada nas condições habituais (Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração pelas intenções do Sumo Pontífice) a lucrarem todos e Membros individuais da Casa Real Portuguesa, os Eminentes e Excelentes Prelados (Bispos) Capelães, todos os Membros Professos e Honorários das Ordens já referidas e todos os fiéis piedosos, verdadeiramente penitentes e movidos pela caridade, que também pode ser aplicado, a título de sufrágio, às almas dos fiéis do Purgatório, se o Santuário, determinado na súplica, (nomeadamente o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça – Sede Espiritual da Ordem desde 1171 -, no Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém, nas Igrejas Paroquias de Fátima e de Ourém, na Regalis Lipsanotheca no Castelo de Ourém em Portugal – Sede do Secretariado da Real Irmandade de São Miguel da Ala -, no Santuário de Santiago de Compostela, no Mosteiro de Santa Maria de Osera em Espanha, no Santuário de São Miguel no Monte Gargano, Itália e em todos os outros Santuários dedicados a São Miguel Arcanjo) que forem visitados em peregrinação, e se lá estiverem presentes em celebrações sagradas, ou pelo menos por um tempo apropriado, pela fidelidade à vocação Cristã, devem derramar humildes orações, concluindo com o Pai Nosso, o Símbolo da Fé (o Credo), com invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria e a São Miguel Arcanjo.
Os piedosos Membros que estão doentes, impedidos por idade, ou por outro motivo grave, podem obter uma Indulgência Plenária, detestando todo pecado, com o desejo de cumprir, quando lhes for possível, as três condições habituais, participarão espiritualmente nas celebrações Jubilares, oferecendo orações e sofrimentos a Deus, que é Misericordioso, por intercessão da Virgem Santa Maria.
Para que este acesso à obtenção da Graça Divina por meio das Chaves da Igreja seja mais facilmente realizado por meio da Caridade Pastoral, esta Penitenciaria exorta os Capelães das citadas Ordens a oferecerem-se com espírito voluntário e generoso à Celebração do Sacramento da Penitência e a administrar o Sacramento com frequência da Sagrada Comunhão aos enfermos.
O presente será válido por todo o Ano Jubilar.
Não obstante qualquer disposição em contrário.
(Assinaturas)
Cardeal Mauro Piacenza – Penitenciario Mor Christophorus Nykiel – Regente
Acções judiciais prejudiciais à R.I.S.M.A. e alerta para a possibilidade de Interdições Canónicas
Como a Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Diocese de São Tomé e Príncipe é a única Associação que tem Delegação em Portugal a operar com o “Nihil Obstat”, é ela que tem pago todas as despesas judiciais de acções movidas por um grupo de pessoas que se dizem representar uma associação civil também denominada de Ordem de São Miguel da Ala.
Os membros deste grupo, segundo D. Manuel António, têm vindo a atacar, não só a Real Irmandade, como o Duque de Bragança e várias pessoas e organizações que são completamente inocentes.
Uma vez que somente as obras sociais da Diocese como o orfanato “Casa dos Pequeninos” é que beneficiam em 100 por cento das receitas da actividade da Real Irmandade (como também dos acordos de licenciamento das marcas cedidas pelo Duque de Bragança a produtores que fornecem insígnia, capas e bordados aos membros), são os pobres, que acabam por pagar a factura desta guerra à semelhança das outras.
Que é a Diocese de São Tomé e Príncipe e nenhuma outra pessoa ou organização que recebe receitas das actividades R.I.S.M.A. em Portugal, foi um facto comprovado em sede de Justiça num dos muitos processos que acabaram por ver os símbolos antigos registados a favor de D. Duarte Pio, como Grão-Mestre Nato da Ordem Dinástica reconhecido pela Santa Sé no Decreto Apostólico que Proclamou o Ano Jubilar dos 850 anos da Ordem e os 20 anos da Real Irmandade.
Segundo o Capelão-Geral; “Há mais de 15 anos que dinheiro angariado pela R.I.S.M.A. para as obras sociais da Diocese de São Tomé e Príncipe, tem sido usado nestes processos judiciais para se pagar custas processuais e honorários dos advogados que defendem o Duque de Bragança e outras pessoas e associações atacadas, prejudicando os pobres.”
O ano passado a Cúria da R.I.S.M.A. para complementar as Indulgências dadas pelo Santo Padre, decretou um Perdão Geral a todos os que têm vindo a atacar as actividades da R.I.S.M.A. e a perseguir os inocentes.
O chamado “Perdão de São Miguel” procura assim, não só perdoar mas integrar na Real Irmandade, todos aqueles que verdadeiramente arrependidos, querem ser acolhidos de baixo da Asa protectora do Arcanjo e assim fazer parte desta Milícia que propaga devoção ao Anjo de Portugal e da Paz.
Para D. Manuel António, “as únicas pessoas prejudicadas com estas acções judiciais contínuas são os pobres”. E como tirar o pão aos pobres é um pecado que brada ao Céu, a Cúria da R.I.S.M.A. (os Bispos e Capelães) relembraram recentemente que acções que maquinam contra a Igreja com prejuízo para com os pobres poderão levar à aplicação de interdições canónicas graves previstas nos Cânones 1368, 1369, 1373 (3), e 1374 do Código de Direito Canónico contra todos os responsáveis, os membros, representantes e clero que apoia ou faça parte de um grupo.
Mas para D. Manuel António a Igreja é sinónimo de Misericórdia e seria melhor chegar-se a um acordo de paz do que lançar interdições canónicas e excomunhões.
Com a finalidade de se chegar a um acordo que ponha fim a estas batalhas legais vai ter início de 10 a 19 de Junho, uma novena de oração a São Miguel, Anjo de Portugal e da Paz e pede-se a todos os membros da R.I.S.M.A. e aos devotos de São Miguel que participem com as suas orações.
NOTÍCIA – Fundos angariados para ajuda às vítimas do conflicto foram enviados directamente por Membros da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala: R.I.S.M.A. dos Estados Unidos e de Inglaterra, como também pelas instituições parceiras, para as Dioceses na Ucrânia com Delegações R.I.S.M.A.. Estas ficaram encarregues da distribuição dos bens e o uso dos fundos na reconstrução e reparação de edifícios destruídos nas Dioceses.
Uma boa parte do dinheiro irá mesmo ser empregue em obras urgentes de reconstrução nas instalações monásticas da R.I.S.M.A. na zona de Bucha, perto de Kiev, instalações que o Duque de Bragança havia inaugurado com as autoridades diocesanas pouco antes do início do conflicto. Os edifícios que foram agora danificados, serviram de refúgio a muitos civis durante os bombardeamentos em Março e neles morreram cinco Confrades da Real Irmandade e uma mãe com uma criança que estavam entre os refugiados.
Salvos por milagre de São Miguel, na opinião do Dr. Oleg Jarouz foi o próprio Delegado da R.I.S.M.A na Ucrânia, assim como seu afilhado e a esposa do mesmo, todos residentes na zona de Bucha. Os três Confrades acabaram de entrar na cozinha para jantar e estavam a rezar ao Arcanjo quando uma bomba caiu destruindo totalmente as restantes divisões da casa. Seguidamente os sobreviventes deslocaram-se para Kiev onde alugaram um apartamento e assim escaparam ao massacre que teve lugar na região alguns dias depois.
Em Portugal, esta campanha de angariação contou com o apoio das Fundações D. Manuel II e Oureana, assim como da Real Confraria do Santo Condestável e Real Guarda de Honra que forneceram principalmente bens de primeira necessidade, comprados ou recebidos de doação para o efeito, por benfeitores e empresas. Entre os bens distribuídos, contam-se medicamentos, vestuário e agasalhos e bens de primeira necessidade, leite e brinquedos.
São até agora doze benfeitores que já contribuíram monetariamente com donativos que totalizam 100, 000 Euros. Entre eles estão o Col. Stephen Besinaiz, o Col. John Thoma, o Capitão Justin Carpentier, a Dama Catherine Stevenson, o Prof. Moritz Hunzinger, o Oficial Peter Hunng Mguyen, a Dama Vi Thi Hupngke, o Col. William Boswell, o Col. do Kentucky Stephen Breu, o Prof. Michael Hesemann, Martin Braybrooks e Simon Wintle.
Para o Duque de Bragança, “o apoio às vítimas de guerra é muito importante e urgente, não só para o povo que sofre no local de conficto, como para os refugiados”.
D. Duarte de Bragança referiu ainda que se vai manter esta linha de apoio aberta por forma a continuar a apoiar as vítimas e que já há mais confrades comprometidos a ajudarem. As famílias de Raul e Maria Sepúlveda e José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho por exemplo, já se comprometeram com um contributo de apoio no total de 15, 000 €, pessoalmente, e através da Fundação Spes et Gaudis e da Associação da Família Cunha Coutinho.
A Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala está hoje sob a protecção de oito Dioceses Católicas com Delegações em 17 países, nomeadamente na Alemanha, na Austrália, no Brasil, no Canadá, na Croácia, na Espanha, nos Estados Unidos da América, na França, na Itália, no Líbano, em Malta, na Rússia, na Ucrânia, na Hungria, em São Tomé e Príncipe, na Suíça e na Suécia.
Para o Secretário Geral da Federação R.I.S.M.A. Carlos Evaristo, “A Real Irmandade tem actualmente cerca de 2,500 membros, duas unidades de membros Militares nas Arquidioceses para serviços militares na América do Norte e na Europa, e três Comunidades Monásticas com irmãos religiosos professos da Ordem; no Brasil, em Espanha e na Ucrânia.“
O Secretário Episcopal e Chanceler em Exercício referiu ainda que “Vários foram os Confrades Ucranianos refugiados em Portugal e na Alemanha que foram assistidos monetariamente e acolhidos por outros membros. Destaca-se entres os membros da Real Irmandade que se prontificaram logo para a ajudarem a recolher e a alimentar refugiados; Maria Filomena de Castro no Porto, Michael Hesemann na Baviera e David Alves Pereira em Ourém .”
São Miguel da Ala, é a Ordem Dinástica da Casa Real Portuguesa mais antiga que celebra este ano 850 anos da sua fundação e os 20 anos da Erecção Canónica como Real Irmandade tendo recebido do Papa Francisco uma Bula de Indulgências conferida por Decreto e ainda outro Decreto que proclama um Ano Jubilar.
A Ordem medieval que era Militar e Monástica, foi fundada por D. Afonso Henriques e aprovada pelo Papa Alexandre III em 1177. É hoje uma instituição dinástica que através da Real Irmandade apoia maioritariamente obras caritativas na Diocese de São Tomé e Príncipe para além de outras causas humanitárias e culturais das dioceses da Federação R.I.S.M.A.
His Magnificence The Honorable Rector and President of the Senate Academician Univ.-Prof. Dr. phil. habil. Dr. phil. h.c. mult. Viktor Andrushchenko National Pedagogical Dragomanov University President of the Association of Rectors of Pedagogical Universities in Europe Corresponding Member of the National Academy of Sciences of Ukraine Honored Scientist and Technician of Ukraine Grand Officer of the Royal Portuguese Order of Saint Michael of the Wing Pyrogova Str. 9 01601 Kyiv, Ukraine
Lisbon, Portugal, 9. March 2022
Your Magnificence,
Dear President and Rector Professor Dr. Andrushchenko and Vice-Rector Ihor Vetov
As an Honorary Professor of your Faculty of History, and on behalf of the Royal House of Portugal, I would like to convey that I deeply regret the current situation in the Ukraine.
It is with profound sorrow that I convey my deepest condolences to all for the loss of lives in your country and for the sufferings endured by the people.
I also express my concern for our great National Pedagogical Dragomanov University.
In union of prayers,
D. Duarte de Bragança
(TRADUÇÃO)
Sua Magnificência O Excelentíssimo Reitor e Presidente do Senado Académico Univ.-Prof. Dr. fil. habilidoso Dr. phil. h.c. multa Viktor Andrushchenko Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov Presidente da Associação de Reitores de Universidades Pedagógicas da Europa Membro Correspondente da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia Honrado Cientista e Técnico da Ucrânia Grande Oficial da Real Ordem Portuguesa de São Miguel da Ala Pyrogova Str. 9 01601 Kiev, Ucrânia
Lisboa, Portugal, 9 de Março de 2022
Sua Magnificência, Caro Presidente e Reitor Professor Dr. Andrushchenko e Vice-Reitor Ihor Vetov
Como Professor Honorário da sua Faculdade de História, e em nome da Casa Real de Portugal, gostaria de transmitir que lamento profundamente a situação atual na Ucrânia.
É com profundo pesar que apresento a todos as minhas mais sentidas condolências pela perda de vidas no vosso país e pelos sofrimentos endurecidos pelo povo.
Também expresso minha preocupação por nossa grande Universidade Pedagógica Nacional Dragomanov.
Poucos conhecem a história do Monsenhor Thaddeus F. Malanowski, mais conhecido por “Padre Ted” ou “Tio Ted”.
Era devoto de Nossa Senhora de Fátima, Capelão do Exército Azul e Capelão Honorário da Fundação Oureana. Mas era também conhecido na altas esferas do Exército Americano por ter sido Brigadeiro-General Vice-Chefe dos Capelães do Exército dos Estados Unidos, o primeiro Americano de ascendência Polaca, a ocupar essa posição e a pessoa que ensinou Elvis Presley a rezar o terço, tendo feito dele um crente nas Aparições de Nossa Senhora em Fátima…
O eterno “Padre Ted”
O Monsenhor Malanowski nasceu em 30 de Novembro de 1922, um dos 14 filhos de Thomas e Sophie (Goscienski) Malanowski, uma casal de Polacos que emigraram para os Estados Unidos. “Tadeu” foi assim baptizado em homenagem ao famoso General Polaco e patriota Americano Thaddeus Kosciuszko, fundador do prestigiado Colégio Militar de West Point. É irónico que “Ted” como era conhecido pelos amigos, se iria tornar também num General, e o primeiro General Americano de ascendência Polaca.
Nativo da Paróquia do Santo Nome de Jesus de Stamford Conneticut, o Padre Ted foi ordenado Sacerdote Católico Diocesano da Arquidiocese de Hartford a 15 de Maio de 1947, tendo-se consagrado dois dias antes a Nossa Senhora de Fátima. Ficou incardinado na Diocese de Norwich quando essa foi criada em 1953 e serviu em sua Paróquia natal na Igreja do Santo Nome de Jesus em Stamford, antes de se tornar Capelão do Exército e após sua aposentadoria do ministério ativo.
Como Capelão serviu o Exército dos Estados Unidos por mais de vinte e cinco anos tendo sido comissionado como Oficial do Exército em 1949.
Durante a Guerra Fria, entre 1951 a 1954, serviu na NATO como membro da 43ª Divisão de Infantaria e foi destacado para várias bases dos Americanos durante duas décadas tendo passado também pelos Açores e parado em Lisboa para visitar o Santuário de Nossa Senhora de Fátima.
No seu cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército Americano conheceu muitas celebridades Católicas que actuavam para os militares nos teatros de guerra tais como Bob Hope e Bing Crosby. Conheceu também muitas personagens Católicas conhecidas como Apóstolos de Fátima que promoviam o uso do Rosário e Escapulário entre os Militares; o Arcebispo Fulton J. Sheen, o Padre Patrick Peyton, a Madre Teresa de Calcutá e os fundadores do Exército Azul; o Monsenhor Harold Colgan e John Mathias Haffert.
Em plena Guerra Fria, foi nomeado para o Quartel-General do Exército dos Estados Unidos na Europa situado na Alemanha Ocidental sendo depois nomeado Vice-Chefe dos Capelães com o posto de Brigadeiro-General, cargo que ocupou até sua aposentadoria em 1978.
O Director Espiritual de Elvis
O “Padre Ted” começou a servir como Capelão Assistente de Posto em Fort Benning, Geórgia e, em 1956, foi designado para a 3ª Divisão Blindada em Fort Knox, onde ainda jovem padre conheceu um jovem recruta de nome Elvis Presley que já havia começado a ganhar fama internacional como cantor de Rock n’ Roll.
Não tardou que a divisão “C” do Comando de Combate fosse enviada para a Europa, permitindo assim que o Padre Ted e Elvis se conhecessem melhor e se tornassem amigos.
Nas suas memórias o Tio Ted como era conhecido pelos Militares não Católicos, escreveu; “Um dia Elvis Presley entrou no meu escritório na Capela da base na Alemanha. Perguntou-me se eu conhecia o Padre em Memphis, Tennessee, que visitava sua mãe todos os dias no Hospital antes de sua morte. A familia de Elvis era Batista e os Capelães Protestantes estavam atrás dele para cantar no coral. Mas acho que ele procurou- me para falar sobre a sua mãe.”
Durante a reunião Elvis abriu a sua carteira e mostrou ao Capelão uma foto do túmulo de sua mãe em Memphis e sob a qual havia colocado uma enorme estátua do Sagrado Coração de Jesus.
“Isso levou-me a crer que sua mãe poderia ter morrido Católica, tendo sido batizada no Hospital pelo Capelão. Elvis não frequentava a igreja, mas acredito que ele queria se conectar com sua mãe dessa maneira e aprender mais sobre o que uma vez foi a Fé dela.”
Para confortar Elvis no seu luto, o Capelão Malanowski começou por dar ao cantor alguns panfletos do Exército Azul que recomendavam o uso do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelos militares e a recitação do Terço do Rosário. Elvis apreendeu mesmo a rezar o terço e por vezes juntava-se aos outros Militares Católicos em momentos de oração. Mas apreendeu também, segundo John Haffert, a história das Aparições de Fátima sendo crente na sua veracidade, afirmando “É maravilhosos como Deus faz destes Milagres.”
O “Tio Ted”e as Devoções predilectas de Elvis
Elvis, que estava já no topo da fama internacional, era segundo o “Uncle Ted”; um jovem bonito, caloroso, de coração aberto e amado pelas tropas.” Elvis era devoto mas levava a sério a sua missão como soldado e trabalhou duro durante o tempo que esteve no exército.”
Um fim de semana, Elvis convidou o “Tio Ted” para conhecer seu pai Vernon Presley e seu tio Walter que juntamente com alguns membros da sua banda vieram para o visitar na Alemanha. Elvis alugou o último andar de um hotel local, onde ele e os membros de sua banda tocaram alguns números em privado para o amigo Capelão.
O Padre Malanowski ficou na unidade de Elvis até 1960, quando retornou aos Estados Unidos para participar em Cursos de Formação da Companhia para Capelães em Fort Slocum, Nova York, mas nunca deixou de manter contacto com o Rei do Rock n’ Roll dando-lhe conselhos nos problemas da vida e direcção espiritual até à morte do cantor em 1977.
É de recordar que outro assunto Católico que fascinou Elvis Presley desde esses tempos com o “Tio Ted” na Alemanha, era a Santa Síndone ou o Santo Sudário de Turim. Este é o alegado lençol que e amortalhou o corpo de Cristo do Túmulo e no qual ficou miraculosamente impresso, a imagem do Crucificado.
Quando Elvis morreu de enfarte na casa de banho da sua casa, vítima de um enfarte provado por excesso de medicação, foi descoberto que pouco antes de falecer havia estado a ler um livro sobre essa Sagrada Relíquia da Cristandade, e ao que se diz, oferecido por um Capelão Católico seu amigo, muito provavelmente o “Tio Ted”.
Em 2002 pelo 25º Aniversário da morte de Elvis Presley, o Presidente da Direcção da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, contactou o Monsenhor Ted Malanowski a fim de ver a sua disponibilidade para vir a Fátima celebrar uma Missa durante a qual seria apresentado ao público o tema “The Miracle of the Rosary” de Nossa Senhora de Fátima que Elvis havia gravado em 1971. O Monsenhor Malanowski não podia comparecer por motivos de agenda mas em conversa com o Capelão da Fundação Oureana, John Guilbert Mariani manifestou o seu apoio à iniciativa de se celebrar uma Missa na Igreja Paroquial de Fátima pelos artistas do mundo inteiro. Em defesa da iniciativa que veio a ser criticada por alguns grupos Católicos, o Padre Ted relembrou que em Memphis, terra natal de Elvis, todos os anos pelo aniversário da sua morte, são celebradas Missas Memorias em várias Igrejas tal como a Igreja Católica de São Paulo. Malanowski explicou que as Missas em vez de serem por alma do falecido que não era Católico, são celebradas em acção de graças a Deus pela vida e dotes musicais do artista que partilhou os mesmos com todos nós.
Promoções e Distinções
O Padre Ted estudou no U.S. Army War College e depois formou-se no Command and General Staff College, em Fort Leavenworth, Kansas. Seu treino avançado levou a muitas missões e promoções no exterior até 1973, quando regressou ao USAREUR e ao Quartel-General do Sétimo Exército como Vice-Capelão e Capelão Delegado do Chefe da Arquidiocese para os Serviços Militares, o Cardeal Terence Cooke.
No mesmo ano o Padre Ted foi nomeado Prelado de Sua Santidade o Papa Paulo VI com o título de Monsenhor.
A 22 de Janeiro de 1974, foi nomeado pelo Presidente Richard Nixon para ser o cargo de Vice-Chefe dos Capelães do Exército com o posto de Brigadeiro-General. A cerimônia de promoção teve lugar em Heidelberg, na Alemanha, e foi presidida pelo General Michael S. Davison, Comandante-em-Chefe do Exército dos EUA na Europa e do Sétimo Exército.
Entre as muitas distinções que recebeu conta-se a Legião do Mérito, a Medalha de Serviços Distintos do Exército, a Medalha de Serviços Meritórios e a Medalha de Comenda do Exército com dois conjuntos de folhas de carvalho.
No Ano Santo 2000, o Monsenhor Ted foi proposto por John Haffert, ao abrigo do Protocolo Regina Mundi 2000, para membro e Capelão Honorário da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, uma das Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa. Nessa altura foi também nomeado Capelão Honorário da Fundação Oureana.
Trabalho Apostólico e Missionário
O Padre Ted também era conhecido por ser um apóstolo de Nossa Senhora de Fátima e pelo seu zelo Missionário. Fez grandes contribuições para o Hattian Health Foundation, tendo feito parte do Conselho de Administração da Haitian Health Foundation desde 1985 até seu falecimento.
Construiu com o seu dinheiro uma Capela e várias residências para os pobres no Haiti e ajudou muitas outras organizações de assistência social a operarem nas missões.
Devoto de Nossa Senhora e da Divina Misericórdia, o Monsenhor foi nomeado Capelão do movimento Cavaleiros de Colombo para o Conselho de Santo Agostinho nº 41 da Shippan Avenue em Stamford Connecticut, onde serviu fielmente seus camaradas por mais de uma década.
Sendo Polaco de ascendência o Monsenhor Ted Malanowski tinha uma especial devoção para com a Virgem Santa Maria, a Mensagem de Fátima, a Divina Misericórdia e pelo Papa Polaco São João Paulo II que conheceu pessoalmente e com quem correspondia e aconselhava em assuntos de ordem militar e particularmente durante a revolução do movimento “Solidariedade” liderado pelo Lech Walesa.
Defensor de causas humanitárias, e opositor do aborto e da eutanásia, apoiou através de Eduardo James Moran e Mary Mc Carthy, o movimento pela vida Português chefiado por Carlos Evaristo durante a campanha do primeiro referendo em 1998. Juntou-se assim à Santa Madre Teresa, à Vidente de Fátima Irmã Lúcia e a John Haffert.
Neste campo liderou vários movimentos pela vida incluindo aquele que defendia que a jovem Terri Schindler Schiavo que ficou em estado vegetativo após uma paragem cardíaca, devia de ser mantida viva contra a decição do marido de desligar as maquinas que a mantinha viva.
Durante a longa batalha legal travada entre o marido e os pais de Terri, o Monsenhor Ted Malanowski foi nomeado Capelão da paciente pelo Tribunal tendo dedicado uma boa parte da sua biografia “Sacrifice for God and Country” ao tema do verdadeiro valor da vida humana. Terri acabou por falecer de complicações respiratórias em 2005.
A autobiografia do Monsenhor Malanowski, publicada em 2007, fala de um Padre e Capelão Militar que ascendeu ao posto de Brigadeiro-General do Exército dos EUA, reflectindo sobre suas experiências como Sacerdote e Soldado Cristão. Fala também dos seus deveres Sacerdotais para além do Serviço Militar que inclui relatos do trabalho e apoio Missionário.
O Monsenhor Ted Malanowski conheceu vários Presidentes dos EUA, líderes espirituais como Martin Luther King e Malcom X e altas figuras da Igreja Católica como São João Paulo II, a Santa dos Pobres Madre Teresa de Calcutá, o Papa Pio XII, o Cardeal Cooke, o Cardeal Spellman e até a Mística Alemã Venerável Teresa Neumann. Ficará porém conhecido mais conhecido nos Estados Unidos da América por ter sido Capelão de Elivis Presley durante o tempo em que o cantor cumpriu o serviço militar nos Estados Unidos e na Alemanha.
O Padre Ted como foi sempre tratado pelos amigos celebrou o 70º aniversário de sua ordenação sacerdotal, a 28 de Maio de 2017 na Igreja do Santo Nome de Jesus.
Monsenhor Thaddeus F. Malanowski viveu seus últimos anos desde 2009 na Catherine Dennis Keefe Queen of the Clergy Residence, uma Lar para Sacerdotes em Stamford.
Faleceu Santamente a 23 de Janeiro de 2020 rodeado por sua família. Tinha 97 anos.
Foi sepultado no cemitério de São João de Darien. Em Ourém a Fundação Oureana vai dedicar um Cenotáfio Memorial em sua honra recordando a sua devoção a Nossa Senhora de Fátima a sua dedicação ao próximo, o seu espirito de apostolado e de Missão e a sua acção em prol dos valores da vida.
Sua Alteza Real o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio concedeu, a título póstumo, o grau de Cavaleiro Grã-Cruz com Colar ao Monsenhor Thaddeus F. Malanowski com o título Capela-mor Honorário da Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala da Arquidiocese Militar das Forças Armados dos EUA.
Está de parabéns o Dr. José Alberto Ribeiro, Director do Palácio Nacional da Ajuda por ter conseguido adquirir para a DGPC um importante conjunto de peças históricas que farão parte da Colecção do Tesouro Real do Palácio Nacional da Ajuda.
Para José Alberto Ribeiro: “o conjunto adquirido pela DGPC é constituído por quatro peças que pertenceram ao Rei D. Miguel I, considerando a proveniência deste relevante conjunto de obras, o seu contexto histórico e inquestionável qualidade artística, entende-se que esta aquisição contribui para a valorização das colecções do Património Nacional e, em particular, do acervo do PNA.”
Para José Alberto Ribeiro: “Ressalta deste lote a Espada de ouro de D. Miguel I, uma obra de inquestionável singularidade, qualidade estética e artística, que em muito enriquecerá o Tesouro Real e a sua futura exposição na ala poente do Palácio da Ajuda.”
O Perito Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana, Pareceria Protocolar do Palácio Nacional da Ajuda, ao examinar a peça disse: “verifica-se que esta espada foi a que foi feita em Toledo em 1824 e que está referida pela Infanta D. Filipa de Bragança, tia de D. Duarte Pio, em correspondência pessoal existente.”
A mesma arma fez parte do lote de peças do espólio de D. Miguel I, depositado no Banco de Portugal em 1834 e posteriormente reclamado pelos seus herdeiros num processo que se arrastou por cerca de cem anos. Só em 1943 viria a ser realizado um leilão privado entre os dois ramos herdeiros visando os bens depositados.
Sua Alteza Real D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, em representação de seu pai, D. Duarte Pio, Duque de Bragança, também teve a oportunidade de examinar a referida espada histórica a convite do Director do Palácio Nacional da Ajuda e na presença do Presidente da Fundação Oureana, Carlos Evaristo, do Director de Relações Públicas, Bruno de Castro e demais elementos das Fundações Oureana e D. Manuel II.
O Presidente da Direção da Fundação Histórico-Cultural Oureana, Carlos Evaristo, tornou-se no primeiro Súbdito de Sua Majestade de nacionalidade Luso-Canadiana a quem foi concedida uma Carta de Armas pelo Lord Lyon Rei de Armas da Escócia em nome da Rainha Isabel II, e com direito ao uso de uma Bandeira em Flâmula (Pennon)[1].
Estas honras pertencem ao conceito tradicional de “Gentry” (Gente de boa posição social que especificamente formam a classe social de Nobres que fica logo abaixo da Nobreza Titulada do Reino em posição de nascimento) estatuto de Nobreza concedido pela Soberana do Reino Unido e dos Reinos do Canadá, Austrália, Nova Zelândia etc. através do Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia e Chefe Cerimonial de Estado do Reino da Escócia, actualmente o Revº. Dr. Joseph John Morrow.
O Mandato (Warrant) que ordena aos Heraldistas e Artistas Heráldicos da Corte do Lord Lyon (o Tribunal Heráldico da Escócia) a elaboração de Carta Patente, foi por ele assinado na sessão do Tribunal do dia 15 de Dezembro de 2020. A Carta Patente em si tem a forma de um Pergaminho de Concessão Real completo com iluminuras pintadas à mão e Selo Real pendente em prata com as Armas do Reino, afixado explicitamente e legalmente em nome de Sua Majestade a Rainha Isabel II.
Embora a partir do momento em que o Mandato é assinado, o agraciado possa legalmente fazer uso das Armas e Bandeira em Flâmula a que tem direito, sem impedimentos legais, o processo de elaboração do “Grant” (Concessão) da Carta de Armas em pergaminho é moroso pois segue uma tradição milenar. Neste caso concreto o processo que demora cera de um ano atrasou-se ainda mais devido ao fecho de todos os departamentos do Tribunal por causa do confinamento obrigatório dos funcionários decretado pelo Governo da Escócia durante a presente Pandemia Covid 19.
[1] Uma Bandeira em Flâmula constitui um tipo de bandeira, em que a dimensão do lado da tralha é superior à do lado do batente. A sua forma do galhardete pode ser triangular simples, triangular farpada (cauda de andorinha) ou trapezoidal e era, tradicionalmente, usada pelo cavaleiro na sua lança.
O Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia
O Meritíssimo Lord Lyon King of Arms (Rei de Armas), é o Chefe da denominada Corte do Lord Lyon, um verdadeiro Tribunal sedeado na Escócia com a responsabilidade de regular toda a heráldica naquele país, em nome da Rainha Isabel II. Cabendo-lhe o registo das [É ele quem regista as] Armas de Família tradicionais, a emissão de novas Concessões de Armas (Grants) e a regulação do uso de títulos de Nobreza servindo ainda como Juiz do Tribunal Heráldico, o mais antigo do mundo e que ainda funciona diariamente.
O Lord Lyon é igualmente responsável por supervisionar todo o Cerimonial de Estado na Escócia e quem guarda as chaves dos Castelos na Escócia entregando-as à Rainha quando chega ao Reino da Escócia. É também quem em nome da Monarca reconhece os Chefes de Clãs após a devida diligência, concedendo e registando os padrões novos para os Tartãs de Clã. É também quem em nome da Monarca processa a Concessão de novas Armas a pessoas ou organizações tidas como “dignas” sendo a autoridade que confirma Pedigrees comprovados e reivindicações de Armas existentes. O Registro Público de Todas as Armas e Rolamentos da Escócia é onde o Lord Lyon regista todos as Concessões de Armas da Escócia, registo que foi iniciado em 1672 e que em 2022 comemora 350 anos de existência.
O Lord Lyon sendo o responsável pelas cerimónias do Estado Escocês, é comparável ao Earl Marshall na Inglaterra, sendo dos poucos indivíduos na Escócia oficialmente autorizado a usar o Lion Rampant, a Bandeira Real da Escócia. Usa também um Bastão de Marechal, Colar de Estado, uma corrente com 40 elos de ouro com o direito a usar uma Coroa[1].
[1] Em 2003, foi feita uma nova Coroa para Lord Lyon, inspirada na Coroa Real Escocesa, porém tem arcos removíveis que serão removidos nas Coroações dos Monarcas para evitar qualquer indício do crime de lesa-majestade.
A Corte ou Tribunal do Lord Lyon
O Tribunal é um órgão público e as taxas para a Concessão de Armas são pagas ao Tesouro de Sua Majestade. Chefiado pelo Lord Lyon, o Tribunal possui jurisdição criminal em questões heráldicas, e encontra-se totalmente integrado no sistema judiciário da Escócia (embora não sujeito à disciplina do Lord Presidente do Tribunal de Sessão), incluindo um procurador dedicado, conhecido na Escócia como Procurador Fiscal.
Os outros oficiais do Tribunal são o Escrivão e Guardião dos Registos (Lyon Clerk and Keeper of the Records) e o Procurador Fiscal. Nele se incluí o Lyon Macer (Portador do Maço) que é um mensageiro de armas sénior. O Lyon Macer aparece quando o Tribunal está reunido em público e quando as proclamações são feitas pelo Lorde Lyon.
Dele fazem parte, ainda, os Arautos e Passavantes, conhecidos colectivamente como Oficiais de Armas de Sua Majestade, no entanto não são oficiais da Corte do Lord Lyon possuindo, todavia direitos de audiência perante o Lord Lyon. Desempenham muitas funções cerimoniais na Escócia, como em ocasiões oficiais e reais e as relacionadas com a vida pública Escocesa como, por exemplo, presidir à eleição de um Chefe de Clã. Actuam como consultores profissionais nos domínios da heráldica e genealogia, como advogados ou agentes legais para o público e podem comparecer representando os seus clientes no Tribunal do Lord Lyon (ou mesmo no Tribunal Inglês de Cavalaria) peticionando a concessão de novas Armas. Actualmente, existem três Arautos de Armas e três Passavantes de Armas efectivos. Pontualmente outras pessoas podem ser nomeadas temporariamente ou em reconhecimento do seu trabalho, sendo denominados Arautos (2) ou Passavantes (3) de Armas Extraordinários.
Os processos para concessão de Brasões de Armas são apresentados ao Tribunal do Lord Lyon, sendo ele o único Juiz. Os recursos do Tribunal do Lord Lyon podem ser feitos ao Tribunal da Sessão em Edimburgo, mas não há apelo possível se o Lord Lyon se recusar conceder um Brasão de Armas, visto que esta não é uma função meramente judicial, mas um exercício de sua função Ministerial que provém dos poderes de representação da Monarca. Mas um recurso por meio de revisão judicial poderá ser aceite se for demonstrado que o Lord Lyon agiu de forma incorrecta.
Concessão de Padrão de Tartã
Na Escócia o uso do Kilt é uma tradição milenar e o Tartã é o padrão quadriculado de estampas, composto de linhas diferentes e cores variadas que identificam os Clãs, famílias e indivíduos que podem usar um kilt (em gaélico Escocês: fèileadh). O kilt é uma peça do tipo saia, sem bifurcação, pela altura do joelho, com pregas e que tem origem no traje tradicional de homens e crianças gaélicas das Terras Altas da Escócia. Os Tartãs foram registrados pela primeira vez no Século XVI e fazem hoje parte dos Direitos Legais Hereditários dos Chefes registados pela Corte do Lord Lyon. O uso indevido de Tartãs e Brasões de Armas são um crime punível em todo o Reino Unido e tratado como uma infração de evasão fiscal. É de referir que no Reino da Escócia o Duque de Bragança, D. Duarte Pio, também tem um Tartã de família, igual em padrão e cores ao que havia sido atribuído e usava Sua Majestade El Rei D. Manuel II.
A concessão de um Tartã foi de facto o primeiro Privilégio Escocês concedido a Carlos Evaristo, a 4 de Outubro de 2018 e pedido à Scottish Tartans Authority (Autoridade Escocesa dos Tartãs) por membros amigos e admiradores do Priorado da Escócia da Venerável Ordem de São João. O desenho do Tartã de Carlos Evaristo, concebido a 26 de Setembro de 2018, é da autoria do conhecido desenhador Escocês Brian Wilton que se inspirou nas cores do Brasão de Armas que estava então em estudo.
Nomeação de Baron Baillie de Plean
A 8 de Janeiro de 2019, Carlos Evaristo havia sido nomeado “Baron Baillie” (Barão Bailio) de Plean, um Cargo e Título Vitalício antigo, de origem Feudal, hoje puramente Cerimonial mas ainda Representativo do Baronato situado no Condado de Stirling, na Escócia, cujo Barão é Sua Excelência, o Muito Honrado, George Alexander Way, Barão de Plean, Passavante Carrick e Xerife de Sua Majestade em Dundee.
O Barão Bailio era na Idade Média um Oficial Cívico do Governo local da Escócia e um Magistrado Menor do Tribunal a quem os Nobres de um Condado ou Baronato, na sua ausência, confiavam a defesa dos Senhorios, Castelos e bens, e ainda, a Representação Legal e os Poderes do Nobre.
É um Título e Cargo Vitalício desde o tempo do Rei Robert I, the Bruce (1274 – 1329) e neste caso implica a Representação Oficial do Barão e Xerife de Sua Majestade em Dundee e incluí o Privilégio de presidir à Corte do Barão na sua ausência.
Na Escócia, o titular de um Baronato Feudal tem implicitamente, uma Corte Baronial e o Presidente da Corte do Barão é o Barão Bailio que é assistido na sua função por um Oficial Chefe chamado de Barão Sargento (ou Barão Oficial).
O cargo é semelhante ao de Vice-Presidente de Câmara em Representação Oficial e em Exercício de Funções de Presidente. Até há pouco, eram os Barões Bailios que nomeavam os Condestáveis em Edimburgo, Leith e Perth.
A Insígnia de um Barão Bailio é um Capuz de Justiça, cercado por dois guardas de trança e geralmente nas cores do Baronato em questão. Usam também em Cerimónias Oficiais, Robe vermelho de Juiz com colarinho de pele branca decorado com arminho e outros distintivos e pingentes relevantes para o Baronato que serve. O Brasão Heráldico de um Barão Bailio é encimado por esse Capuz de Justiça ou por um “Boné de Manutenção” achatado preto ou da Cor de Libre do Baronato dobrado de Argento enfiado da cor do mesmo, e cercado de duas guardas de trança do Metal de Libre do Baronato.
Embora o Sistema Feudal da Escócia tenha sido abolido por Decreto de 28 de Novembro de 2004, o Executivo Escocês na Seção 63(1) da Lei, Artigo Nº 4, visa “preservar a dignidade do Barão e os direitos heráldicos dos Barões” e, assim sendo, a abolição do Sistema Feudal, não teve nenhum efeito adverso sobre os títulos de Baronato em si, ou dos seus Barões Bailios, mas os títulos são agora uma herança feudal incorpórea – então Baronatos Escoceses que eram Baronatos Escoceses prescritivos por posse, não estão mais ligados às terras – no entanto, permanecendo o único grau genuíno de Título de Nobreza do Reino Unido que pode ser doado, comprado e vendido. Hoje ainda existem também Bailios nos Concelhos locais Escoceses, sendo a posição mais um Título de Cortesia para os nomeados.
O Cargo de Barão Bailio de Plean encontrava-se vago desde o falecimento do último Barão Bailio, o Artista Heráldico Romilly Squire of Rubislaw.
Porém a nomeação de Carlos Evaristo para o cargo só foi possível pelo facto do mesmo ser um Súbdito de Sua Majestade a Rainha Isabel II, Soberana do Reino Unido e do Canadá e do mesmo ser conhecedor profundo da Heráldica e Nobreza do Reino Unido. O seu conhecimento profundo da história do Canadá já havia sido reconhecido pela I.O.D.E. (Imperial Order of the Daughters of the Empire) ao atribuirem a sua Condecoração máxima a Carlos Evaristo, a 24 de Maio de 1983, pelas notas mais altas em História quando ainda frequentava o 8º Ano de escolaridade. Carlos Evaristo é também Oficial do 78º Regimento Escocês Fraser Highlanders do Canadá, uma Associação de Recriação Histórica Militar ligada ao Departamento de História do Exército Canadiano e com Delegações (Garrisons) nas Fortalezas históricos em todo o Canadá. É Coronel Honorário do mesmo Regimento 78ª, S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança.
A Carta Patente de nomeação de Carlos Evaristo como Barão Bailio de Plean foi assinada perante Notário por Sua Excelência George Alexander Way, Barão de Plean, Passavante Carrick e Xerife de Sua Majestade em Dundee e os documentos legais que validam o Cargo perante o Tribunal do Lord Lyon, Certificados e Apostilados pelo Secretário Principal de Estado de Negócios Estrangeiros e de Assuntos do Commonwealth de Sua Majestade na Escócia, Michael Gaffey e a Concessão Registada nos Livros de Conselho e Sessão de Estado, a 20 de Junho de 2019.
Concessão de Brasão de Armas e Pennon (Bandeira em Flâmula)
Os súbditos da Monarca Isabel II, dos seus outros Reinos com domicílio na Inglaterra, País de Gales ou Irlanda do Norte que pretendam uma Concessão de Armas terão que apresentar o seu pedido ao College of Arms em Londres, os domiciliados na República da Irlanda devem procurar o Chief Herald of Ireland, em Dublin. Os cidadãos da Commonwealth, em particular aqueles de ascendência Escocesa, podem solicitar a mesma honra ao Lord Lyon, com excepção dos súbditos da África do Sul, Canadá e Malta, países do Commonwealth que também possuem as suas próprias Autoridades Heráldicas por também terem a Rainha Isabel II como Chefe de Estado.
Evidentemente, os cidadãos de países estrangeiros, não Súbditos da Rainha Isabel II, não possuem o direito de solicitar a Concessão de Brasão de Armas. A Concessão de Armas, não é como uma Condecoração de uma Ordem do Reino Unido ou Investidura na mesma, eventualmente conferindo o uso do Título de Sir (Senhor = Dom), honras pessoais conferidas pela Monarca, vitalícias e não transmissíveis aos descendentes. A Concessão de Armas no Reino Unido assim como nos outros 15 Reinos e 54 Domínios onde a Rainha Isabel II é Soberana, é considerada uma Honra de Nobreza Menor Hereditária da “Gentry” (Gente de boa posição social que especificamente formam a classe social de Nobres que fica logo abaixo da Nobreza Titulada do Reino em posição de nascimento) sendo que estas honras, uma vez concedidas pela Coroa a um Súbdito, tornam-se legalmente e perpetuamente num bem de Família.
Uma Petição para o Lord Lyon conceder uma Carta de Brasão de Armas em nome da Monarca, processa-se nos termos da Lei do Rei de Armas de 1672 e obriga a que a pessoa contemplada seja um Súbdito do(s) Reino(s) da Soberana e reconhecida pela Monarca como sendo uma “pessoa virtuosa e merecedora”.
Nem todas as pessoas podem pedir ou ser propostas para tal concessão, pois esta honra, tal como os Títulos de Nobreza do Reino Unido é também um reconhecimento de carreira, de mérito, acções e feitos extraordinários que requer que a pessoa tenha ascendência Escocesa, domicílio fiscal na Escócia, exerça um Cargo ou tenha Honras concedidas e registadas na Corte do Lord Lyon na Escócia ou então possua propriedade e bens no Reino da Escócia.
Armas do Lord Lyon:
A Justificação Legal para a Concessão de Armas e Bandeira em Flâmula a um Luso-Canadiano, e neste caso Carlos Evaristo, foi um Processo Judicial que deu entrada no Tribunal de Edimburgo, no dia 17 de Novembro de 2020, mas só depois do Heraldista Chefe de Sua Majestade no Canadá, Claire Boudreau ter transferido a Jurisdição de Concessão neste caso ao Lord Lyon. Por triste coincidência a Heraldista Chefe do Canadá que havia transferido a jurisdição deste caso ao Lord Lyon em 2019, veio a falecer de cancro no mesmo dia em que a petição deu entrada no Tribunal Escocês.
Aprovada a concessão na Sessão de Tribunal presidida pelo Lord Lyon, a 15 de Dezembro de 2020, o mesmo deliberou “o Reconhecimento do Mérito de Carlos Evaristo e o Elevado Contributo do Agraciado para a Sociedade”, algo que já havia sido previamente Confirmado pela Heraldista Chefe do Canadá, Ordenando o Lyon Clerk a proceder ao Registo Oficial da Concessão publicada em Diário do Governo e à preparação do Pergaminho Oficial com iluminura e Selo Real de prata pendente.
O Despacho do Tribunal reconhece “o Trabalho Meritório de Carlos Evaristo como Perito, Pesquisador, Arqueólogo, Director de Museus, Autor, Músico e Compositor, Membro Fundador do Instituto de Arqueologia Sacra da Igreja Católica Romana, Presidente e Co-Fundador da Fundação Oureana e do Centro para a Pesquisa Religiosa no Castelo de Ourém, em Portugal e Director do Santuário de Relíquias Regalis Lipsanotheca, Membro do Corpo Diplomático Credenciado junto do Ministério da Administração Interna da República Portuguesa, Conselheiro Diplomático e Cônsul Honorário nomeado pelo Governo da República Federativa do Brasil, sendo Cavaleiro Grã-Cruz de Ordens da Casa Real Portuguesa e de outras.”
Justificou assim o Lord Lyon “O Merecimento das Honras pedidas pelo facto de Carlos Evaristo,ser um Súbdito Leal e Dedicado de Sua Majestade a Rainha Isabel II como Cidadão do Canadá” e “Tendo a Heraldista Chefe do Canadá por certas Causas Boas e Importantes cedido a Jurisdição na questão da Concessão de Insígnias Arsenais, a Sua Senhoria o Lord Lyon e isto por verificar que já havia sido Concedido ao mesmo (Carlos Evaristo), em 2018, um Tartã e que o mesmo, é, desde 2019, Barão Baillie de Plean no Condado de Stirlingshire por Comissão concedida pelo Exmo. George Alexander Way, Barão de Plean, de Sua Majestade Britânica Xerife de Dundee”. É de referir também que Carlos Evaristo hoje faz parte de um Clã Escocês.
Carlos Evaristo conhecido por este nome profissional e legal, possui outros apelidos legais e de família alternativos, devido à dupla nacionalidade e duplos registos de nascimento, Canadiano e Português. A Concessão “Reconhece e Confirma” ainda que tendo o mesmo nascido em London, Ontário, no Canadá, e Casado Catolicamente em 1988, com Maria Margarida Martins Justino Evaristo, e sendo eles pais de três filhos, a Concessão é Hereditária e Familiar podendo cada um dos membros descendentes da família apresentar as variações habituais das mesmas Armas para Registo no Tribunal do Lord Lyon.
A Concessão de Armas e Bandeira em Flâmula a um Súbdito Luso-Canadiano por parte do Lord Lyon em nome da Rainha Isabel II, é algo inédito nos Reinos da qual é Soberana, embora outros países do Commonwealth que são Repúblicas com Heraldistas Chefes de Estado reconhecidos pelos países membros, como é o caso de Malta, tenham já conferido posteriormente Armas a dois Portugueses. Mas igualmente inédito é a nomeação de uma Luso-Canadiano como Barão Bailio da Escócia assim como a transferência de Jurisdição por parte da Heraldista Chefe do Canadá.
No Canadá ainda vigora a Nickle Resolution que é uma Resolução de Lei que foi passada pelo Parlamento em 1917 e que se mantém em vigor até aos nossos dias, proibindo aos Súbditos desse Domínio de receberem Títulos de Nobreza ou de serem Investidos Cavaleiros com título de “Sir” pelo Soberano do Reino Unido e Canadá.
Hoje, uma Concessão de um Brasão de Armas pela Chief Heraldic Officer de Canadá, em nome da Soberana, é a única distinção social de Nobreza Menor conferida actualmente na Monarquia Canadiana aos Súbditos, sendo que a Ordem do Canadá, também criada para especificamente distinguir Canadianos, não é conferida nos tradicionais graus de Cavalaria pelo facto de apesar do Canadá ser uma Monarquia, é um Domínio em vez de um Reino.
No texto da Carta Patente pode-se ler; “Nós, Joseph John Morrow, Comendador da Excelentíssima Ordem do Império Britânico, um dos Conselheiros de Sua Majestade, Erudito na Lei, Doutor em Leis, Lord Lyon, Rei d’ Armas, envia saudação: Considerando que Nós temos Projectado e Cumprido por Estes Presentes Atribuímos, Ratificamos e Confirmamos ao Requerente e seus Descendentes com as devidas e congruentes diferenças que possam ser matriculadas separadamente para eles, os seguintes elementos heráldicos; “Partido em pala púrpura e verde cinco flores de lis, dois, um e dois, ouro. Encimando o escudo um elmo condizente com o seu grau com um virol e paquife à destra púrpura forrado de ouro e à sinistra verde forrado de ouro em Timbre um Wyvern (Dragão alado de duas patas também conhecido por Serpe) sentado resguardante de asas adossadas verde, lampassada e armada de vermelho, coleirado com uma coroa de ouro (Crest Coronet” ou Coronel de Armas Nobres), segurando na sua garra dextra uma asa de anjo (São Miguel) presa por uma corrente terminada por uma folha de ácer (do Canadá) tudo de ouro, sobreposto ao timbre, num listel de prata, forrado de púrpura ondulado, em letras de negro, maiúsculas, “SPEM RENOVAT SANGUINE SUO”. (A esperança é renovada pelo seu Sangue). Uma Bandeira em Flâmula de 120 centímetros reproduz as Armas e o respectivo lema, o uso da flâmula sendo limitada ao Requerente e seus Herdeiros e Sucessores. A Carta de Concessão de Brasão de Armas é também a primeira passada pelo Lord Lyon a fazer referência a Isabel II como Rainha do Canadá. No texto pode-se ler “Em Testemunho do que subscrevemos estes presentes e o Selo do nosso ofício está afixado aqui em Edimburgo, Reinando Nossa Senhora Soberana Elizabeth II, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, do Canadá e de Seus outros Reinos e Territórios, Rainha, Chefe da Commonwealth, Defensora da Fé e no Ano de Nosso Senhor Dois mil e vinte.”
O Lord Lyon e o Barão de Plean visitaram Portugal em Setembro de 2019, altura em que se encontraram no Castelo de Ourém com Sua Alteza Real o Duque de Bragança, e juntamente, descerraram uma placa comemorativa da visita.
OBarão de Plean e Xerife de Dundee, o Meritíssimo Revº Dr. Joseph Morrow, Lord Lyon da Escócia e o Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte, Duque de Bragança, depois de ter sido descerrada a Placa Comemorativa da visita ao Castelo de Ourém.
O Armígerado Escocês
Ser Armígerado Escocês hoje é sinónimo do título de Cavaleiro dentro da ordem de precedência na Escócia, e é uma Dignidade Social no Reino Unido e nos outros Reinos e territórios do Commonwealth onde a Monarca é a Rainha Isabel II e com grau de equivalência reconhecido em todos os Reinos e organismos oficiais de Nobreza.
As Cartas Patentes dos Armígerados Escoceses nunca incluirão o título de Cavaleiro porque evidenciam que o indivíduo é um “Escudeiro” ou “Cavaleiro” no sentido mais estrito da definição. Um Armígerado Escocês é, de facto, um Cavaleiro ou uma Dama, a menos que possua um posto superior, de Comendador, Grande Oficial, Grã-Cruz, etc.
Sem Armas legalmente concedidas e registadas no Reino Unido, é praticamente impossível provar a Condição Nobiliárquica de alguém e por isso tecnicamente, uma Concessão de Brasão de Armas, conferida pelo Lord Lyon ou por outro Heraldista Chefe de um Reino, em nome da Monarca, é uma verdadeira Carta Patente de Nobreza Hereditária própria dos Nobres que não possuem um Titulo Ancestral do Reino, também referida como um “Diploma de Nobreza”.
Por meio da Concessão ou Matrícula de Armas Concedida pela Coroa, a Soberana, através do Tribunal do Lord Lyon, Rei de Armas e do Warrant (Mandato), Ordena a sua inscrição no Registo Público de Todas as Armas do Reino. Deste modo o nome do agraciado é inscrito no Livro de todos os Nobres da Nobreza da Escócia e do Reino Unido que é mantido pela Corte do Lord Lyon há 350 anos, sendo o Registo de Nobreza mais antigo e continuo do Mundo!
Carlos Evaristo é assim um Armígerado Escocês com Direito Hereditário Legal e Famíliar a usar Armas, o que é a principal indicação de Nobreza, um Estatuto reconhecido aos Armígerados Escoceses como membros da Nobreza desse Reino.
Por Humberto Nuno de Oliveira(Presidente da Academia Falarística de Portugal)
Heraldista – Chefe do Colégio Heráldico da Fundação Oureana
15 de Dezembro de 2020
Em 2022 a Corte do Lord Lyon, Rei de Armas da Escócia comemora 350 anos de existência.