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Carlos Evaristo em entrevista ao Diário de Notícias: “Festa das Santas Relíquias de Belver é uma celebração única no país!”
“A vila protegida de Deus onde a história salva o futuro das jovens gerações”
FESTAS Agosto é tempo de regresso às raízes, em vilas e aldeias de bisavs e avós onde a história é feita de lendas e verdades. Nesta localidade alentejana, ficção e realidade uniram-se há muito tempo para proteger a continuidade desta terra e das suas gentes. Este domingo honram-se as Santas Relíquias de Belver, esperando-se uma afluência recorde.
Do alto de um monte, com vista sobre o rio Tejo, Belver é Terra de Guidintesta, envolta num ar de magia e fé em honra das Santas Relíquias. Hoje, é dia de festa e a gente regressa à terra para um reencontro anual. Jovens e anciãos, paróquia e Clube Recreativo e Desportivo Belverense, unem-se para criar “uma celebração única no país”, diz Carlos Evaristo, arqueólogo especialista em relíquias sagradas. O culto secular coloca o poder de Deus nas ruas de Belver. Resta saber se é possível desvendar o que são as Santas Relíquias da vila. Mil anos antes, talvez também em dia de festa, uma princesa clamou, na colina do castelo junto a uma oliveira que ainda lá está, “mas que belo ver”, batizando assim este ponto das Terras de Guidintesta. Pelo menos é assim que diz a lenda, que em Belver é inseparável da História, num Alto Alentejo fronteiriço à Beira Baixa, lugar de fusão de costumes e tradições.
Afirmando que “existe uma parte de factos históricos e outra de lenda associada às relíquias”, o historiador belverense CarlosGrácio mantém um profundo “respeito pela originalidade e longevidade que as Santas Relíquias têm no imaginário e memória de Belver, de tal forma que ligam o religioso e profano numa celebração única”. O que são as Santas Relíquias “é o mistério”. Carlos Grácio ouviu a sua mãe contar que “nos anos de 1950 o relicário foi aberto e lá dentro estava uma caixa com várias divisórias onde as relíquias estavam dispostas em saquinhos, entre elas um anel de prata do bispo S. Braz, em honra de quem foi erguida a Ermida de S. Braz, dentro dos muros do Castelo de Belver e onde, originalmente, estavam depositadas as relíquias”. O que estaria nos saquinhos? E se as Santas Relíquias de Belver forem pedaços do poder de Deus na Terra? Lenda dourada ou fé inabalável?
Carlos Evaristo está na senda das relíquias portuguesas há décadas. Arqueólogo e historiador, integra um projeto da Fundação Histórico Cultural Oureana para catalogação destes artefactos em Portugal. Das Santas Relíquias de Belver conhece a “Lenda Dourada”, como é denominado o folclore criado em torno de devoções.
Citação completa de Carlos Evaristo: “O regresso das Santas Relíquias a Belver, depois de roubadas ou removidas, navegando sozinhas Tejo acima é um conto que se repete em outras terras da Península Ibérica, omo em Oviedo”, explica. “O mais provável é que as Relíquias foram pilhadas pelos Franceszes ou retiradas dos bustos relicários da Lipsanotheca do Castelo de Belver aquando da desacralização em 1834 mas isso são teorias minhas que preciso de investigar. O certo é que a devolução à Paróquia das relíquias, pilhadas no século XIX pelas tropas de Napoleão ou retiradas e colocadas numa Arca são algumas hipoteses viaveis. Outra é que tenam sido pedidas outras mais tarde ao Vaticano que, depois, as fez chegar novamente a Belver. Numa das hipoteses é certo que as mesmas foram transportadas provavelmente de barco pelo Tejo acima e daí a origem da lenda”.
A primeira referência identificada por Carlos Evaristo sobre este misterioso conjunto de objetos é de 1555, data em que foram trazidas para Belver, pela primeira vez, por D. Luís, filho do rei D. Manuel I e, à época, Prior do Crato, sendo a este priorado que pertencia a Ordem dos Hospitalários” detentora das Terras de Guidintesta. O que eram as Santas Relíquias no século XVI “não se consegue verdades. Nesta localidade alentejana, ficção e realidade uniram-se há muito tempo para proteger a continuidade desta terra e das suas gentes. Este domingo honram-se as Santas Relíquias de Belver, esperando-se uma afluência recorde.”
(…)
Sobre o que estará guardado hoje no relicário, Carlos Evaristo apurou em arquivos oficiais que Citação completa de Carlos Evaristo: “guarda várias relíquias provávelmente,. sem estarem e, relicários ou tecas pois foram retiradas dos bustos relícários existentes na Capela do Castelo que estão vazios assim sendo estão certamente dentro de envulcros de papel ou de pano com equiquetas ou escritos a identificar as mesmas e daí elas estarem numa espécie de arca que é venetrada. Mas consta também que existem outras em relicários de prata tal como uma relíquia de São Sebastião, outra de São Braz, Patrono da Ermida e ainda algumas referencias a ceras”.
As ceras em relicários são, habitualmente, Agnus Dei, Citação completa de Carlos Evaristo: “pedaços de discos ovais imbuídos de benções contra os males benzidas pelo Papa e seus Cardeais a cada 7 anos do Pontificado e assim emanam o poder de Deus canalizado por uma bênção do seu representante na Terra: o Papa”.
Com pedaços do poder de Deus a percorrer todos os anos as ruas de Belver, não é de espantar
que a vila se mantenha a salvo de todos os males. “Facto é que em tempo de aflição as pessoas recorrem às Santas Relíquias e são atendidas”, conta Martina de Jesus, presidente da Junta de Freguesia.
(…)
A autarca não tem dúvidas de que “a história, folclore e etnografia de Belver representam o passado e são o futuro da terra”, que encontrou grande desenvolvimento no turismo de natureza e turismo cultural. O Castelo de Belver. “ (…)
TEXTO ANA MARTINS VENTURA
Diário de Notícias, 19 de Agosto de 2022
(Página 18 – Local)
Entrevista com Carlos Evaristo na Revista SÁBADO: “As relíquias mais macabras em Portugal”
Além do coração de D. Pedro IV, que será trasladado para o Brasil, há outros restos mortais de santos e criminosos, preservados em Portugal.
Durante mais de cinco horas, peritos do Instituto de Medicina Legal avaliaram o estado de um coração com 187 anos. O órgão, preservado em formol, não foi retirado do vaso de vidro que o preserva intacto. Antes foi removida e avaliada uma pequena amostra. Os cuidados com um coração que há muito deixou de bater têm razão de ser: é o coração de um Rei. Mais precisamente de D. Pedro IV, o monarca que declarou a independência do Brasil e que Brasília quer ver presente nas celebrações do bicentenário, no próximo mês de setembro.
Não foi a primeira vez que a relíquia foi avaliada. Desde 1835, quando o coração foi entregue à cidade do Porto, fizeram-se “várias verificações e análises ao estado de conservação do coração, sempre por peritos de Farmácia e de Medicina das Escolas de Medicina do Porto e mais recentemente pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar”, explica Francisco Ribeiro da Silva, mesário da Venerável Irmandade da Lapa, onde está guardada a relíquia.
O coração foi entregue ao então presidente da câmara do Porto, Vicente Ferreira de Novais, cinco meses após a morte do Rei, dentro de um pequeno cofre de prata dourada. Só ao fim de um mês é que os médicos da então Real Escola Cirúrgica do Porto decidiram colocá-lo num vaso de vidro.
Ao longo dos anos, foi necessário fazer alterações. “Segundo a documentação, em 1872 os líquidos foram substituídos. E em 1908 o álcool foi substituído por líquido indefinidamente conservador de Kaiserling”, diz à SÁBADO Francisco Ribeiro da Silva. “Acredito que isso sucedeu mais vezes, não muitas, não obstante as dificuldades de lidar com o vidro sem o partir.”
A viagem transatlântica foi autorizada e o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, acompanhará a relíquia até Brasília, a 8 de setembro. Será a primeira vez que o órgão deixa as quatro paredes que habita. “Para fora do espaço da Igreja jamais o coração saiu.”
Mas a prática não é inédita. “Há corações de santos que fizeram peregrinações pelos Estados Unidos. Desde que esteja mergulhado em formol é duvidoso que mude de natureza”, garante Carlos Evaristo, especialista em relíquias sagradas.
Não é o único coração real preservado há centenas de anos. No Mosteiro de São Vicente de Fora, onde se encontra o Panteão dos Reis da Dinastia de Bragança, estão os corações e as vísceras de quatro monarcas e um príncipe. “Estão guardadas em potes de porcelana chinesa, depositados debaixo do chão da Capela dos Meninos de Palhavã [referente aos filhos bastardos de D. João V], por baixo de pedras recortadas em forma de diamante”, explica Miguel Pires, guia do mosteiro. O coração e as vísceras eram retirados para permitir o processo de embalsamamento. “Encontram-se no mosteiro os corações de D. João V, D. José I, D. João VI, D. Pedro III e do príncipe Augusto [herdeiro do trono do Brasil].”
A sua presença foi confirmada pelo arqueólogo Fernando Rodrigues Ferreira que, no ano 2000, exumou o caixão de madeira que continha o pote de porcelana das entranhas de D. João VI. O objetivo era confirmar a tese de que o monarca, marido de D. Carlota Joaquina e pai de D. Pedro IV, que fugira das tropas napoleónicas para o Brasil, em 1807, tinha sido envenenado. Análises aos pedaços de intestino e de fígado lá encontrados determinaram a causa de morte: envenenamento por arsénio.
Relíquia científica
A única cabeça embalsamada de um criminoso com os olhos abertos em Portugal. “Ele está a olhar para nós”, diz à SÁBADO António Gonçalves Ferreira, diretor do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina de Lisboa, que há 180 anos guarda a alegada cabeça do homicida em série Diogo Alves. Porquê? Não se sabe. “Não costumava ser assim. Os corpos eram e são embalsamados como morrem, de olhos fechados.”
Foi assim para reis, rainhas e bispos. “Os corpos eram preservados como forma de homenagem, tal como se prestavam aos faraós do Egito”, explica Carlos Evaristo, especialista em relíquias sagradas e fundador da Regalis Lipsanotheca, um repositório de relíquias.
Não foi o caso de Diogo Alves. O galego que serviu em casas de nobres no século XIX, foi preso e condenado à morte na forca, pela morte de cerca de 70 pessoas. Muitas delas, lavadeiras e agricultores que atravessavam o Aqueduto das Águas Livres para chegar a Lisboa e fazer negócio. O homem, e o seu gangue, roubava-os e, de seguida, atirava-os do aqueduto abaixo. A tática resultou: durante meses as autoridades não investigaram os crimes, convencidos de que se tratava antes de suicídios.
Quando foi enforcado, a 19 de fevereiro de 1841, no Cais do Tojo, a sua cabeça foi decepada e entregue à Escola Médico-Cirúrgica com a intenção de a estudar. “No fim do século XIX, procurava-se correlacionar alterações de comportamento com disformias da cabeça”, explica o diretor do Instituto de Anatomia, mas nada foi feito. “Não foram feitos exames, porque a cabeça está intacta”, explica António Gonçalves Ferreira. “E não há qualquer registo de um estudo na Faculdade de Medicina.”
Mais: não é certo que a cabeça, cabelos, bigode e pera louros sejam do galego. “Descobriu-se uma série de documentos antigos sobre crânios identificados como sendo do grupo de Diogo Alves. Levanta dúvidas se a cabeça será mesmo de- le ou de um dos capangas.” Um mistério que não terá resolução. “Até agora, nenhum descendente reclamou a cabeça.”
Uma mão com quase 700 anos
Em Coimbra, a mão de uma rainha declarada santa foi exposta ao público no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em 2016, por ordem do bispo de Coimbra. Celebravam-se, então, os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel, consorte do Rei D. Dinis. A princesa de Aragão morreu em Estremoz em 1336 e foi enterrada, a seu pedido, em Coimbra. Em 1612, quando se abriu pela primeira vez o seu túmulo para o processo de canonização, encontraram o corpo “mui são, inteiro e sem corrupção, de maneira a que a cabeça estava com os cabelos inteiros, louros e sãos, de maneira que pegando por eles estavam fixos. A testa e todo o rosto coberto pela mesma carne, muito alba e bem proporcionada, com nariz, orelhas, olhos e boca, sem corrupção”, lê-se nos autos oficiais. Não foi milagre. “A Rainha Santa Isabel terá sido mumificada, possivelmente com sal nitrato, como as múmias do Egito, porque tem uma aparência escura”, explica Carlos Evaristo. A preservação do corpo terá sido feita para que o cadáver suportasse a viagem de Estremoz, no Alentejo, até Coimbra.
Durante anos a família real portuguesa em visita a Coimbra beijava a mão da rainha Santa e surgiram várias relíquias do seu cabelo. “No tempo de D. Miguel I [aclamado em 1828], o bispo de Coimbra abriu o sarcófago e cortou uma madeixa de cabelo da Rainha, que ofereceu ao Rei e às suas irmãs”, conta Carlos Evaristo. “Nós na Lipsanotheca temos um relicário com o cabelo.”
As relíquias de santos foram durante séculos muito populares. “Não havia igreja que não tivesse a sua pedra d’ara [pedra de mármore colocada no centro do altar com um orifício] onde estava guardada uma relíquia de santo”, explica Carlos Evaristo, coautor do livro Relíquias Sagradas. As relíquias são consideradas pelo Vaticano como sacramentais, por ajudarem à fé cristã, e tiveram o seu auge no século XVIII, depois de o “Papa Pio IX ter mandado exumar cerca de 20 mil cadáveres de mártires das catacumbas de Roma, considerados santos por terem morrido pela fé, e distribuiu as suas relíquias pelo mundo”.
Mas o seu culto tem desaparecido e há relíquias esquecidas em sótãos de igrejas, em reservas de museus e “algumas foram parar ao lixo”, garante Carlos Evaristo. Para travar o seu desaparecimento, o especialista, que ajuda dioceses a preservar e autenticar relíquias, criou um espaço, a Regalis Lipsanotheca (real relicário em latim), em Ourém e Fátima. Aqui, deposita em altares, como manda o Vaticano, uma coleção que só é superada pela Lipsanotheca Pontifícia, situada ao lado da capela privada do Papa no Vaticano e que contém relíquias de todos os santos canonizados pela Igreja.
Canibalismo
O cientista britânico que comeu o coração de Luís XIV
O geólogo inglês William Buckley, deão da Abadia de Westminster, em Londres, ficou conhecido por, em 1848, ter engolido um pedaço do coração do Rei francês Luís XIV, que se encontrava guardado num medalhão de prata da família Harcourt. Não o fez deliberadamente: pensou ser um mineral e quis identificá-lo com a boca.
FONTE: Revista “Sábado”, 2 de Julho de 2022; Páginas
https://www.sabado.pt/vida/detalhe/as-reliquias-mais-macabras-em-portugal
Entrevista com Carlos Evaristo sobre o Traslado do Coração do Imperador D. Pedro I para o Brasil e sobre as Relíquias históricas e religiosas em Portugal na Revista “Notícias Magazine” do Jornal de Notícias
Faleceu Frá Matthew Festing, Príncipe Grão-Mestre Emérito da Soberana Ordem de Malta, Patrono da Real Confraria do Santo Condestável e da Regalis Lipsanotheca
É com triste pesar que a Fundação Histórico – Cultural Oureana recebe a notícia do falecimento de Frá Matthew Festing, Príncipe Grão-Mestre Emérito da Soberana Ordem de Malta.
O falecimento de Frá Matthew de 71 anos de idade, foi comunicado pelo Grande Magistério da Ordem de Malta em Roma, como tendo ocorrido, hoje, Sexta-Feira, 12 de Novembro.
Festing, foi o 79º Grão-Mestre da Soberana Ordem de Malta, e era, desde 22 de Setembro de 2009, Patrono Fundador e Condestável-Mor Honorário da Real Confraria do Santo Condestável. Era também Patrono Honorário do Museu da Fundação; Regalis Lipsanotheca e Botica de São João / ambos os edifícios fazendo parte da Exposição Nacional do Santo Condestável da Fundação Oureana.
Numa carta dirigida à Real Confraria em 2009 informava: “Ficarei muito contente em ser Patrono Honorário do vosso Museu.”
Festing era grande devoto das Santas Relíquias mas também de São Nuno de Santa Maria tendo assistido à Missa de Canonização, a 26 de Abril de 2009, na Praça de São Pedro no Vaticano, altura em que havia solicitado à Real Confraria, uma relíquia e imagem do Santo Condestável para uso devocional na Capela no Palácio do Grande Magistério em Roma. A relíquia e imagem, oferecidas e enviadas pelos Confrades Fundadores da Real Confraria, Carlos Evaristo e José António Alves Cunha Coutinho, foram entronizadas pelo Príncipe Grão-Mestre, na referida capela, pela Festa de São João Baptista, aniversário do nascimento de D. Nuno Àlvares Pereira.
Sobre a relíquia de São Nuno escreveu: “A Ordem de Malta tem muita honra em receber uma relíquia de São Nuno (…) E obviamente iriamos ficar encantados de a ter e muito a iremos estimar.”
Frá Matthew escrevia com regularidade, e durante muitos anos, para a Real Confraria. Sua última carta como Príncipe e Grão-Mestre da Ordem de Malta, por coincidência, está datada do mesmo dia de sua abdicação.
Festing havia participado no último dia 4 de Novembro, em Malta, na Profissão de Votos Solenes de Frá Francis Vassallo, na Concatedral de São João de la Valette, mas após a cerimônia, sentiu-se mal e foi levado ao hospital onde ficou internado ao se verificar que o seu estado de saúde era considerado grave. No dia 6 de Novembro, Festa de São Nuno, foram enviados votos de rápidas melhoras e orações pelas suas rápidas melhoras por parte da Real Confraria.
Frá Marco Luzzago, atual Lugar-Tenente do Grão-Mestre, pediu orações pela alma de Frá Matthew Festing que nasceu em 1949, em Northumberland, na Inglaterra. Filho de Robert Matthew Festing, era descendente de Sir Adrian Fortescue, Cavaleiro de Malta que morreu Mártir, em1539.
Matthew Festing estudou História na Universidade de Cambridge e era especialista em Arte. Também serviu os Granadeiros, foi Coronel do Exército Britânico e recebeu da Rainha Elizabeth II, o título de Oficial da Ordem do Império Britânico.
Frei Matthew Festing ingressou na Soberana Ordem de Malta no ano de 1977 onde Professou Solenemente os votos em 1991, tornando-se no primeiro membro da Ordem a ter o título de Grão-Prior de Inglaterra após 450 anos. Em 2008, foi Eleito Príncipe e 79º Grão-Mestre da soberana Ordem de Malta e permaneceu no cargo até à sua renúncia, a pedido do Papa, em Janeiro de 2017.
Durante os anos que passou à frente da Ordem de Malta, visitou todos os Continentes para conhecer com detalhes o trabalho da Ordem além de reforçar laços Diplomáticos com todos os países. Foi o principal promotor das peregrinações anuais da Ordem de Malta aos Santuários Marianos, de Fátima e Lourdes, onde se encarregava pessoalmente de acolher os peregrinos com deficiências.
Rogamos a todos os Capelães e Confrades da Real Confraria que rezem para que Deus conceda o Eterno descanso ao nosso querido Patrono para assim gozar de paz na Pátria Celeste na companhia de São Frei Nuno Nuno de Santa Maria que também foi Prior da Ordem de São João em Portugal.
Um Missa por alma de Frá Matthew Festing será mandada celebrar pela Real Confraria em data a anunciar.
12 de Novembro de 2021
Real Confraria e Real Guarda de Honra celebram Festa do seu Patrono na Igreja do Santo Condestável em Lisboa
A Real Confraria do Santo Condestável juntamente com a Real Guarda de Honra, voltaram a celebrar a Festa do seu patrono na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, com investiduras de novos Confrades, Missa Solene com Veneração de Relíquia Insigne e um Jantar de Convívio / Capítulo Geral.
A Festa litúrgica de São Nuno de Santa Maria celebrada pela Real Confraria do Santo Condestável e a Real Guarda de Honra, teve lugar na Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa, com início às 18:30 Horas, altura em que se realizaram as Investiduras de novos Confrades na Cripta da Igreja junto ao túmulo de São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.
A cerimónia este ano foi presidida por Sua Alteza Real Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, Condestável-Mor Honorário e Patrono em representação de seu pai, Sua Alteza Real Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, que não pode estar presente por se encontrar, à mesma hora, a assistir à Missa de Exéquias Fúnebres de Sua Exª Rev.ma D. Basílio do Nascimento, Bispo de Baucau, Timor Leste que teve lugar no Mosteiro dos Jerónimos.
Presentes este ano nas cerimónias estiveram os Condestáveis Fundadores José António e Maria Antonieta da Cunha Coutinho juntamente Maria Margarida Evaristo, o Condestável-Mor para Lisboa, Humberto Nuno de Oliveira, e o Alcaide para Ourém e Coordenador da Acção Social “Peacemakers” David Alves Pereira. No total participaram 35 Confrades e uma Delegação de 6 elementos da Real Guarda de Honra, comandados nesta ocasião pela Comandante em Exercício, Dama Guarda de Honra Maria Filomena de Castro.
Investiduras de Novos Confrades e Promoções
Os Confrades investidos nesta ocasião foram Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, José Tomé Chasqueira Boavida, Nuno Ricardo Gonçalves Pereira Candeias e D. António Albuquerque de Sousa Lara admitido no grau de Alcaide.
Os Confrades estrangeiros honorários admitidos nesta ocasião foram dois espanhóis: o Alferes de Navio José Luis Barceló e sua mulher Maria del Pilar Vicente, Cavaleiro e Dama Honorários da Casa Real Portuguesa e ainda um Irlandês; William Smyth.
Foi promovido a Alcaide o Confrade Mário Neves, que tem sido incansável na promoção do Culto de São Nuno e igualmente promovido a Alcaide e Adjunto do Condestável-Mor para Lisboa, o Confrade João Pedro Antunes de Ascensão Teixeira, que tal como sua irmã, Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes, foi baptizado naquela igreja onde se encontra o túmulo oficial de São Nuno.
Todos os novos Confrades foram dispensados da imposição do escapulário de Nossa Senhora do Carmo pelo facto de já terem sido investidos há vários anos com o mesmo por um Sacerdote.
No uso da palavra o Condestável-Mór Fundador Carlos Evaristo informou que este ano o Revº. Padre Francisco Rodrigues, O. Carm. Capelão Mór Fundador da Real Confraria e Vice-Postulador Emérito, não pode estar presente pelo facto de ter sido recentemente internado no hospital devido a uma intoxicação alimentar. Carlos Evaristo recordou que foram também investidos este ano como Confrades Professos; Leonardo Pereira Rodrigues, Hernani Luis de Carvalho e Rui Salazar de Lucena e Mello e como Confrades estrangeiros, Professos e Honorários; Simon Andrew Robert Appleby-Wintle, Thomas Joseph Serafin, André Ladislau Olegario Jaross, Eugénio Emiliano Arciuszkiewicz, Anton Tkachuk, Eugenio Magnarin, Franco Vassallo de Ferrari di Brignano e Fernando Diago de la Presentación.
Missa Solene presidida pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa
Durante a homilia D. Manuel Clemente relembrou como o Santo Condestável antes das batalhas se preocupava se o inimigo teria comida suficiente e enviava mantimentos caso não tivessem, algo que mostrava a humanidade e generosidade de São Nuno como Comandante.
Depois da Comunhão foi colocada uma Coroa de Flores junto ao túmulo de São Nuno localizado debaixo do altar-mor e recitada uma oração, composta pelo Infante D. Pedro, pelo Cardeal Patriarca de Lisboa.
Depois do Coro ter cantado o Hino do Santo Condestável, terminada a Missa, foi dada a bênção final por D. Manuel Clemente e depois, ficou exposta no altar para veneração, a Relíquia Insigne do fémur de São Nuno, oferecida à Paróquia há 70 anos pelo então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
Jantar de Convívio
Após a solene celebração litúrgica em honra de São Nuno de Santa Maria, seguiu-se um jantar de confraternização e o Capítulo Geral dos Confrades da Real Confraria do Santo Condestável e dos Membros da Real Guarda de Honra. Presidiu à Sessão o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança, Condestável-Mor acompanhado de seu filho, o Príncipe da Beira o Senhor Dom Afonso de Bragança.
Presentes este ano em representação da Delegação Norte Americana da Real Confraria, estiveram os Confrades James e Jean Dudek que há mais de 20 anos promovem a devoção a São Nuno nos Estados Unidos da América no contexto da Mensagem de Fátima.
Agradecimentos Especiais
Antes de terminar o Capítulo Geral o Chefe da Casa Real Portuguesa deu as boas vindas aos novos confrades e agradeceu a presença de todos e particularmente os que vieram de longe. Agradeceu também à organização na pessoa do Alcaide João Pedro Teixeira, que organizou o protocolo da Missa e o jantar, e ao Confrade Armando Mendes que há mais de 30 anos colabora com o Apostolado de São Nuno e das Sagradas Relíquias.
No uso da palavra, Carlos Evaristo agradeceu a presença de todos os Confrades e relembrou os que não podiam estar presente e ainda os que faleceram recentemente. Agradeceu também a Filomena Maria Castro e aos membros da Real Guarda de Honra que deram brilho à homenagem a São Nuno e à Igreja do Santo Condestável no dia do seu 70º Aniversário.
Carlos Evaristo anunciou o encerramento do Centro de São Nuno da Real Confraria em Fátima, que durante muitos anos foi mantido pelos Confrades Brenda e Martin Cleary. O Centro não só acolhia peregrinos devotos em Fátima como também ajudava a angariar fundos para as obras sociais da Diocese de São Tomé e Príncipe. Carlos Evaristo agradeceu também a presença de Mário Pontes, José Manuel e Inês Rodrigues, sobrinhos da saudosa fadista Amália Rodrigues, que foi grande devota do Santo Condestável e à Delegação de Évora da Real Confraria e Real Guarda de Honra chefiada por Ricardo Maria Louro. Presente também esteve Roman von Ruppe, o Confrade responsável em Portugal pela obra social, Mary’s Meals.
Seguidamente o Senhor D. Afonso de Bragança investiu o Revº Padre Mário Cabral de Timor Leste como Capelão Honorário da Real Confraria do Santo Condestável e nomeou o Confrade William Smyth como Organista da Real Confraria e da Real Lipsanotheca.
A Festa de São Nuno terminou com a entrega de um donativo extraordinário de 100.00€ para a Obra do Caldeirão pela Confradessa Maria de Lurdes Antunes de Ascensão Teixeira Fernandes Lopes e a oferta do livro “O Exército e Nuno Álvares Pereira” pelo Alcaide Mário Neves, destinado à Biblioteca Condestabriana.
O Alferes José Barceló também entregou uma Relíquia Insigne de um lenço ensanguentado de Sua Majestade a Rainha Maria de las Mercedes de Orleans y Borbón, adquirida pela Fundação Oureana para a Real Lipsanotheca em Ourém. A Relíquia que chegou acompanhada de Madrid pelos Alferes e sua mulher era da Rainha de Espanha parente do Senhor D. Duarte de Bragança que morreu com fama de Santidade em Madrid, a 26 de Junho de 1878.
6 de Novembro de 2021
Paróquia de Palhais apresenta “Relíquias da Paixão”
Todas as relíquias de Jesus Cristo, mesmo os mais simples objetos, impressionam e comovem a alma cristã, infundem profundo respeito e, ao mesmo tempo, causam intensa atração. A sede de divino, inerente a todo homem, sente-se em algo atendida, ao contemplar uma delas.
Dessas inapreciáveis relíquias, o Sudário de Turim é talvez a mais conhecida, em razão das reiteradas tentativas de negar sua autenticidade.
Carlos Evaristo, especialista em relíquias, estará no salão da Igreja de Santo António da Charneca na tarde do domingo de ramos, 25 de março, a partir das 16 horas para apresentar as sagradas relíquias da Paixão e falar sobre cada uma delas.
Uma oportunidade incrível para todos os curiosos que queiram conhecer melhor a Paixão de Jesus através das suas relíquias. Relíquias verdadeiras? Forjadas ao longo dos séculos? Carlos Evaristo irá esclarecer todas as pessoas.
Pe. Tiago Veloso, pároco de Palhais/Santo António
10 de Março de 2018
FONTE: https://diocese-setubal.pt/2018/03/10/paroquia-de-palhais-apresenta-reliquias-da-paixao/?fbclid=IwAR2C6EDkYb4YqSrq6K3FYfSp_9V1cKVY1k6yRQwsmPFIR9QnImE-gD8Mx9g
SANTO GRAAL – O cálice usado por Jesus na Última Ceia está na Catedral de Valência
O Santo Cálice, conhecido desde a tradição medieval como o Santo Graal, é uma das relíquias mais sagradas de sempre e tem inspirado numerosas histórias na literatura e no cinema. Será verdade que esta peça esteve nas mãos de Cristo? Conheça aqui a sua história e onde ainda hoje o contemplar.
A palavra graal deriva provavelmente do Latim gradalis, que significa jarra, recipiente, e refere-se ao cálice de vinho que Jesus usou durante a Última Ceia.
Tanto os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) como São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, mencionam que Jesus usou um cálice na Última Ceia com os seus discípulos: «Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos eles beberam» (Mc., 14,23), e «do mesmo modo, depois da Ceia, tomou também o cálice, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que beberdes dele, fazei-o em memória de Mim”» (1Cor., 12,25-26). Mas as informações sobre o paradeiro desse cálice encontramo-las na famosa Legenda Áurea (Lenda Dourada), uma colectânea sobre a vida e as histórias dos santos, elaborada por volta de 1260 pelo dominicano Tiago de Voragine, e que teve um grande sucesso na Idade Média. Aqui é-nos dito que São Pedro teria levado o Santo Graal para Roma, onde permaneceu por cerca de dois séculos e foi utilizado pelos Papas na liturgia eucarística. Sendo o maior indício disso a oração eucarística primeira (ou cânone romano) em que o sacerdote diz ao consagrar o vinho, referindo-se a Jesus: «Tomou este sagrado cálice em suas santas e adoráveis mãos».
No ano 258, o 24.° sucessor de Pedro, o Papa Sisto II, recusando ao imperador Valeriano oferecer um sacrifício pagão no templo de Marte, antes de ser martirizado encarregou o diácono Lourenço, tesoureiro da Igreja, de dispor dos tesouros da Igreja como julgasse melhor. Por isso, o diácono Lourenço foi martirizado por não ter entregado ao imperador os bens da Igreja, mas os ter distribuído pelos pobre de Roma. No século seguinte, o imperador Constantino mandou construir um oratório no local da sepultura de São Lourenço que mais tarde veio a tornar-se numa das basílicas papais de Roma. Num dos frescos da basílica, destruído pelos ataques durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, um soldado ajoelhado recebia um cálice das mãos de São Lourenço e outro soldado testemunhava a cena, e ambos teriam recebido a missão de levar a relíquia para um lugar seguro.
A tradição diz que este dois soldados romanos cristãos são os primeiros cavaleiros do Santo Graal e que foram bem sucedidos na missão que lhes foi confiada: levar o Santo Cálice para a casa dos pais de São Lourenço, nos arredores de Huesca, em Espanha, e que Orêncio e Paciência, juntamente com o seu irmão gémeo, se tornaram os guardiães do cálice da Última Ceia.
Em 533 a relíquia terá passado para a catedral de Huesca e aí custodiada. Por causa da invasão moura em 711, o Santo Cálice terá sido levado pelo bispo Adalberto para não cair nas mãos dos inimigos da fé cristã, e foi passando por várias igrejas até chegar ao mosteiro de São João da Penha, a cerca de trinta quilómetros de Huelva. Em 1399, o rei Martinho terá exigido a relíquia e em troca ofereceu ao mosteiro um cálice de ouro. O Santo Graal foi assim levado para a capela do palácio de Aljafería, em Saragoça, e duas décadas depois foi levado para a residência real em Barcelona. Afonso V pediu um empréstimo à Igreja para custear as guerras da expansão do reino e deu como garantia a relíquia do Santo Cálice. Impedido de saldar a dívida, o tesouro real, incluindo o Santo Cálice, foi entregue ao cabido da catedral de Valência, em 1437, e o cálice era utilizado apenas na Quinta-feira Santa pelo arcebispo. Em 1809, por causa das invasões napoleónicas, o Santo Cálice teve de ser levado, mas regressou à catedral de Valência. Durante a guerra civil espanhola, em 1936, a catedral de Valência foi saqueada e incendiada, mas a relíquia foi preservada. Esta foi ainda cobiçada pelo regime nazi, mas mais uma vez o Santo Cálice foi escondido e restituído novamente à catedral de Valência, onde ainda hoje se encontra e pode ser visto numa das capelas medievais rebatizada com o nome de Capela do Santo Cálice.
O aspecto que o actual cálice tem não é o original, apenas a copa superior (em ágata polida, de origem oriental e datada entre os anos 100 e 50 antes de Cristo) é considerada aquela usada por Jesus. A base, decorada com duas esmeraldas, dois rubis e 27 pérolas, bem como a haste, o nó central e as duas asas laterais tem um estilo de ourivesaria árabe de Sevilha ou de Córdoba, e são acrescentos posteriores.
Outro itinerário do Santo Graal, diferente do da Lenda Dourada, desde a sala da Última Ceia até à catedral de Valência, é referido por Carlos Evaristo e Fábio Tucci Farah na obra “Relíquias Sagradas” (Paulus Brasil, 2020), tendo por base dois pergaminhos encontrados no Cairo, documentos do Século XI escritos por Al-Qifti, e as pesquisas da especialista Catalina Martin Lloris: «O Santo Graal não teria sido carregado a Roma por São Pedro. Nem enviado secretamente a Huesca por São Lourenço. Ele teria permanecido alguns séculos em Jerusalém, na Basílica do Santo Sepulcro, onde seria venerada por Egéria, o Venerável Beda e inúmeros outros peregrinos. E desembarcaria na Península Ibérica pela mediação diplomática do emir de Dénia».
Mas o Santo Graal é muito mais do que história e mistério, é símbolo do maior dom que Cristo deixou à Humanidade: a Eucaristia. Por meio desta, somos regenerados no corpo e na alma, acolhendo Cristo que Se faz alimento para nós. A Eucaristia que é celebrada todos os dias em qualquer parte do mundo é o verdadeiro Santo Graal que produz efeitos de santidade em nós.
João Paulo II e Bento XVI celebraram com o Santo Cálice
João Paulo II presidiu à ordenação sacerdotal de 141 diáconos, em Valência, em 8 de Novembro 1982, mas antes venerou e na Eucaristia usou o Sagrado Cálice.
Na homilia exortou os ordenandos: «Será a Eucaristia vértice do vosso ministério de evangelização, ápice da vossa vocação orante, de glorificação de Deus e de intercessão pelo mundo. E pela comunhão eucarística há de consumar-se dia após dia o vosso sacerdócio».
Também Bento XVI, em 2006, visitou Valência, celebrou a missa de encerramento do Encontro Mundial das Famílias com o Santo Cálice e na oração do Angelus, no dia 8 de Julho de 2006, referiu que «ao chegar a Valência, quis visitar primeiramente o lugar que representa o centro desta antiquíssima e florescente Igreja particular que me recebe: a sua bela catedral, onde rezei diante do Santíssimo Sacramento e me detive diante da famosa relíquia do Santo Cálice».
JOSÉ CARLOS NUNES
9 de Julho de 2021
FONTE: Família Cristã / O Clarim (Macau)
Regalis Lipsanotheca da Fundação Oureana convidada a participar em Documentário da BBC Rádio sobre Relíquias.
O Presidente da Direção e Cofundador da Fundação Histórico -Cultural Oureana, Carlos Evaristo, foi convidado a participar como Perito num Documentário sobre relíquias que será transmitido pela BBC Rádio Internacional na Segunda-feira, 22 de Março de 2021, pelas 20 Horas de Londres.
Para Carlos Evaristo: “É gratificante poder contribuir para o esclarecimento do Culto de Relíquias juntamente com outros membros do nosso Apostolado de Relíquias, também eles Peritos de renome mundial, o que é o caso o nosso Confrade amigo Michael Hesemann.”
Especiais agradecimentos a Thomas Serafin, Cofundador da ICHR.
O programa que é parte de uma série chamada “Out of the Ordinary” (Fora do Normal) é apresentado pelo Jornalista da BBC Jolyon Jenkins e pode ser escutado na BBC online através do link:
FONTE: https://www.bbc.co.uk/programmes/m000tcqv
20 de Março de 2021
FUNDAÇÕES OUREANA E D. MANUEL II PROMOVEM CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE AS RELÍQUIAS DOS SANTOS E O DIREITO
A Fundação Histórico – Cultural Oureana através dos Departamentos; Regalis Lipsanotheca (Apostolado de Relíquias) e o Real Instituto para a Arqueologia Sacra, em parceria com a Fundação D. Manuel II, promove em Abril, a primeira Conferência Internacional sobre as Relíquias e o Direito. O encontro inédito é organizado pela Conferência De Saint-Yves, uma Associação de Juristas Católicos do Luxemburgo.
É pretensão dos organizadores da Conferência e seus Patronos e Parceiros, discutir pela primeira vez o Direito Consuetudinário, o Direito Civil e o Direito Canônico no que diz respeito às Relíquias Sagradas.
Para o Perito em Relíquias, Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana e Fundador da Regalis Lipsanotheca “a realização desta Conferência é um marco histórico no Culto das Relíquias Sagradas pois as leis que regulavam a distribuição, conservação e exposição dos restos mortais do Satos e seu pertences eram canónicas mas também civis. Relíquias Insignes eram até usadas nos Tribunais para se fazerem juramentos durante julgamentos, e essa prática foi posteriormente substituída pela Bíblica como Relíquia da Palavra de Deus. Relíquias até estão na origem das primeiras regras de trânsito decretadas pelos Papas nos anos Santos. E uma necessidade divulgar as leis e normas atuais para o Culto das Relíquias que a maioria das pessoas desconhecem mas é importante também se criar leias civis para a proteção das mesmas pois não são somente Património da Igreja mas também da Humanidade. Leias civis e canónicas para combater o trafego, venda e falsificação de Relíquias é outro tema importante a debater. Há muitos anos que combatemos estas três atividades, quer através de denuncias e apoio à Interpol, quer com normas que a Santa Sé adotou depois do nosso apostolado as sugerir. O nosso Co-Fundador e Delegado nos EUA Thomas Serafin também conseguiu implementar normas no ebay que proíbem a venda de restos mortais embora os vendedores sem escrúpulos metem e assim contornam a proibição. Existe também uma proposta do nosso Delegado no Brasil, Fabio Tucci Farah, para legislação que reconheça o direitos à dignidade das Relíquias Sagradas, não só como os tesouros culturais que jamais deveriam ser vendidos, mas também como restos mortais que merecem respeito pelo sentido religioso e a dignidade humana que lhes é devido. É digno de louvor esta iniciativa da Associação de Juristas Católicos de Luxemburgo e do Presidente e organizador Dr. William Lindsay Simpson.”
A Conferência terá lugar na Terça-feira, 27 de Abril de 2021, com início às 18h30 horas locais, na Igreja Saint-Michel, na Rue Sigefroi, na Cidade do Luxemburgo.
PROGRAMA DE INTGERVENÇÕES
As Relíquias dos Santos, formação costumeira de um Direito – Philippe George, Curador Honorário do Tesouro da Catedral de Liège
A questão do comércio de Relíquias e as questões jurídicas – Patrice Biget, Leiloeiro especializado na venda de Relíquias e Perito Judicial no Tribunal de Recurso de Caen
A Posição da Igreja em relação aos padrões aplicáveis às Relíquias -Matthieu Bottin, Doutor em Direito, Advogado homologado pelo Tribunal eccl. de Marselha
Considerações Finais – Cónego Eric de Beukelaer, Vigário Geral da Diocese de Liège
A Conferência tem o apoio da Arquidiocese de Luxemburgo.
INSCRIÇÕES: csy@cathol.lu
UM CERTIFICADO DE PRESENÇA SERÁ EMITIDO A TODOS OS PARTICIPANTES
19 de Fevereiro de 2021