A Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira

A Confraria do Escapulário foi fundada pelo Santo Condestável no Carmo para auxiliar os Pobres e cerca de cem anos mais tarde se tornou na Ordem Terceira.

Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira promove a Santificação pessoal através de actos corporais de misericórdia, e a promoção da Adoração Eucarística, da devoção Mariana e do Culto ao Santo Condestável. (Afiliada da Sociedade Missionária Beato Nuno, erecta canónicamente na diocese de Duluth, EUA e como Real Confraria na Diocese de São Tomé e Príncipe e mais dioceses.

A Real Confraria do Santo Condestável tem origem na obra de caridade fundada pelo próprio São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, no ano de 1422, pouco tempo após ter Professado no Carmo como Irmão Carmelita “Donato” e de se ter dedicado quase em exclusivo aos pobres e sem abrigo da cidade de Lisboa.

Esta Confraria originalmente conhecida por “Confraria de Nossa Senhora do Carmo”, mas popularmente conhecida por “Confraria do Condestável”, “Confraria dos Pobres” ou “Confraria do Caldeirão” (em recordação do caldeirão de ferro usado por Dom Nuno para alimentar as tropas do exército e mais tarde os pobres), procurava aliviar a fome e sofrimento dos pobres através da recolha de dádivas junto dos Confrades que incluíam, como membros fundadores o próprio Rei D. João I e uma parte da Nobreza da Corte.

A Obra da Confraria de Frei Nuno que procurava desenvolver nos Confrades leigos o espírito da Fraternidade Cristã de devoção ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora do Carmo e a Caridade e Serviço para com os pobres, foi exemplar na Europa e ao fim de mais ou menos um século transformou-se na Ordem Terceira Carmelita em Lisboa.

Em 1895 e novamente em 1918, alguns membros da Ordem Terceira, conscientes do papel fundamental que Frei Nuno teve na Fundação do Laicado Carmelitano, tentaram dar o espírito da Confraria original a uma outra associação de fiés a que chamaram “Obra do Caldeirão” e que durou até meados do Século XX.

Em 1946, o antigo Irmão Donato Carmelita Americano e Co-fundador do “Exército Azul”, Ir. John Mathias Haffert, aquando da publicação da biografia do Santo Condestável “The Peacemaker that went to War”, também organizou um Apostolado semelhante que editava uma revista mensal intitulada “Scapular” (Escapulário) e que durou várias décadas.

Em 1985, aquando do 600º Aniversário da Vitória de Aljubarrota, o então Presidente do “Exército Azul”, o Bispo Missionário, Constantino Luna, com a ajuda do grande Missionário da Consolata e escritor de Fátima, Padre Giovanni Demarchi e do grande devoto do Beato Nuno, Timothy Richard Heinan, recriou uma obra de apóio aos pobres com a mesma espiritualidade da original fundada pelo Santo Condestável e que teve o nome primitivo de “The Count Nuno Society” (Sociedade do Conde Nuno), sedeada na Casa Alta, no Castelo de Ourém.

Pouco tempo mais tarde, esta organização foi reconhecida pelo governo Americano como uma associação sem fins lucrativos dedicada à angariação de fundos para os pobres e órfãos com presença e actividade em Portugal e também em muitos países lusofonos, hispanicos e do Terceiro Mundo.

A mesma organização foi depois Canonicamente Erecta na Diocese de Duluth, no Minnesota, (E.U.A.) com o nome de “Blessed Nuno Society” (Sociedade Missionária do Beato Nuno) sendo mais tarde Canonicamente reconhecida noutras Dioceses em vários países latino–americanos como no México, na Guatemala, em Cuba e na Colômbia. Recentemente foi implantada em São Tomé e Príncipe.

A Federação Internacional das Reais Confrarias do Santo Condestável, sob Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, mantêm a sua sede internacional e museu no Castelo de Ourém, onde o Ir. John Haffert deixou a sua obra.

Esta Obra levada hoje a cabo em países de língua Castelhana em memória do São Nuno relembra os muitos actos de caridade praticados por D. Nuno Álvares Pereira em favor até dos Castelhanos, durante o conflito entre Portugal e Castela.

Em 2008, aquando do 90º Aniversário da Beatificação do III Conde de Ourém por Decreto do Papa Bento XV, a Real Confraria do Santo Condestável foi reestabelecida pelo Promotor de Beato Nuno, Carlos Evaristo, sob a orientação espiritual do Vice-Postulalador para a Causa da Canonização de Frei Nuno de Santa Maria, contando desde então com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa na pessoa de Sua Alteza Real o Duque de Bragança e Conde de Ourém, Dom Duarte Pio, descendente directo do Fundador da Casa de Bragança, Grã-Prior Honorário da Real Confraria; da Casa Ducal de Cadaval (representantes oficiais dos “Pereiras”) e de várias Casas Reais que descendem do próprio Santo.

A 26 de Abril de 2009, por ocasião da Canonização de São Nuno no Vaticano por Bento XVI, e após a celebração de vários Protocolos, foi Canonicamente conferida à Confraria pelas Dioceses onde a Sociedade Beato Nuno tem Erecção Canónica e actividade legal civil, a Representação Oficial reciproca em Portugal e Espanha podendo a referida Sociedade Missionária também se chamar de “Real Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, III Conde de Ourém” e vice-versa.

A Sede original da Sociedade Beato Nuno, foi, a Casa Alta situada no Castelo de Ourém, antiga Ermida da Santíssima Trindade (Espírito Santo), fundada pela Rainha Santa Isabel e mais tarde, albergue real. É um local onde, segundo a tradição, o Santo Condestável passou algum tempo com sua mãe e sua filha e séculos mais tarde por alí passou a Rainha D. Catarina de Bragança antes e depois de ser Rainha Consorte de Inglaterra.

Hoje, a sede Internacional da Confraria está localizada em frente à Casa Alta, na antiga Botica de São João fundada em 1392 por Dom Nuno, quando Prior da Ordem Hospitalária de São João (Priorado do Crato) e que faz parte integrante do complexo do Museu Nacional do Santo Condestável da Fundação Histórco – Cultural Oureana (A Fundação para a Pesquisa Religiosa), obra fundada pelo Ir. John Haffert e conta com o Alto Patrocínio de várias personalidades da Igreja Católica entre elas Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Grão – Mestre da Ordem de São João de Malta Fra Matthew Festing e de Suas Excelências Reverendíssimas, o Arcebispo de Santiago de Compostela e o Bispo de São Tomé e Príncipe.

Em Portugal a actividade religiosa tem o apoio do Capelão – Mór e Vice-Postulador da Causa da Canonização, Frei Francisco Rodrigues, O. Carm.

Os Confrades são admitidos nas tradicionais categorias de “Irmão Professo”, “Irmão Nobre Professo” ou “Irmão Honorário”, no gráus de “Confrade, Alcaide” e “Condestável”.

Os membros da Confraria, além de usarem o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, de recitarem o Terço do Rosário por Portugal, nutrirem e promovem devoção a Nossa Senhora do Monte Carmelo, a São João Baptista e a São Nuno, devendo participar nas Missas Festivas e contribuir no acto de admissão e anualmente, com donativos para a “Obra do Caldeirão” que remete a favor da obra dos Pobres Carmelitano

Dias de Festa da Real Confraria ou de especial Observação ou Missas

15 de Janeiro – Aniversário da Beatificação em 1918

1 de Abril – Aniversário do Falecimento em 1431

26 de Abril – Aniversário da Canonização em 2009

24 de Junho – Aniversário do Nascimento em 1360

16 de Julho – Festa de Nossa Senhora do Carmo

14 de Agosto – Aniversário da Vitória de Aljubarrota em 1385

6 de Novembro – Festa Litúrgica Universal de São Nuno

A Insígnia: Medlahões e Colares
Todos os Membros da Real Confraria do Santo Condestável podem usar o  Medalhão usado sobre um Cordão de seda vermelha e branca da Real Confraria do Santo Condestável ou ser proposto a ser Condecorado por Sua Alteza Real o Conde de Ourém ou o Conselho da “Corporação Nobre”, o Grande Colar do Caldeirão de Ouro do Santo Condestável pelos serviços extraordinários prestados à Caridade ou à Real Confraria do Santo Condestável, mas apenas os Membros da “Nobre Corporação” da mesma Soberana Invocação podem usar a Insígnia de Cavalaria que corresponde ao Distintivo de Pescoço Suspenso dos Membros com as correspondentes Estrelas do Peito em Prata para “Alcaides” e em Ouro para “Condestáveis”.
Os “Juízes” das Reais Confrarias do Santo Condestável detêm o antigo título honorário de Alcaide, e juntamente com os Juízes do Conselho da “Nobre Corporação” da mesma Soberana invocação, podem ser agraciados por Sua Alteza Real o Conde de Ourém ou pelo Conselho com o Grande Colar do Santo Condestável, em reconhecimento pelos extraordinários serviços prestados a qualquer uma das Confrarias Reais da FRCHC.

 Real Confraria do Santo Condestável S. Frei Nuno Stª Maria Álvares Pereira

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